Perguntar
Fechar
Como tratar sarna humana?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da sarna humana é feito com o uso de loções para o corpo, próprias para matar o parasita que provoca a doença. A sarna humana, em algumas situações, pode ser tratada ainda com medicamentos por via oral, que deve ser prescrito pelo médico.

Também podem ser usados medicamentos anti-histamínicos para aliviar a coceira e a vontade de coçar, evitando que a pessoa arranhe a pele e provoque uma infecção por bactérias. Fazer banhos ou compressas frias podem ajudar a diminuir a coceira.

Mulheres grávidas e crianças em fase de amamentação devem utilizar medicamentos e dosagens próprias para essas fases.

Vale lembrar que alguns tipos de sabão, creme e pomada não são indicados para tratar a sarna humana e podem até mesmo piorar o quadro.

Além dos medicamentos, são indicadas medidas de higiene, que incluem:

  • Não compartilhar roupas, roupas de cama e toalhas;
  • Lavar diariamente roupas, roupas de cama e toalhas; não é preciso fervê-las uma vez que o ácaro não sobrevive muito tempo fora da pessoa (hospedeiro);
  • Retirar objetos do quarto, como bichos de pelúcia que não podem ser lavados, embalá-los em sacos plásticos e guardá-los em local distante das pessoas por alguns dias;
  • Manter as unhas curtas para evitar lesões causadas pela coceira.
O que é a sarna humana e como se transmite?

A sarna humana é uma doença contagiosa que afeta a pele. A doença é causada por um parasita, um ácaro chamado Sarcoptes scabiei. A fêmea desse parasita forma um túnel na pele e deposita ovos no local, gerando uma reação alérgica.

A transmissão da sarna ocorre pelo contato direto, de pessoa para pessoa, ou através de roupas, roupa de cama e toalhas usadas pela pessoa com sarna.

Quais são os sintomas da sarna humana?

Os sintomas da sarna humana geralmente aparecem depois de 3 a 4 dias que ocorreu o contágio, podendo se prolongar por várias semanas. Os sintomas incluem: coceira, principalmente à noite, bem como erupções cutâneas parecidas com picadas, sobretudo entre os dedos, nas mãos, nas axilas, nos seios, nas nádegas, nos genitais e no abdômen.

Em crianças mais novas e bebês, a sarna pode afetar outras partes do corpo, como cabeça, palmas das mãos e plantas dos pés.

Existe uma forma grave e rara de sarna, chamada sarna crostosa ou norueguesa, que causa descamação e crostas na pele. Nesses casos, há uma hiperinfestação do ácaro causador da doença. Essa forma de sarna afeta principalmente indivíduos com doenças que baixam a imunidade.

Procure um médico de família, clínico geral, pediatra ou dermatologista para o diagnóstico e tratamento da sarna.

Leia também: Estou com manchas vermelhas pelo corpo o que pode ser?

Água oxigenada no ouvido faz mal? É verdade que cura gripe?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Água oxigenada no ouvido não faz mal, embora não seja recomendado pingar qualquer tipo de produto no ouvido sem orientação médica. No entanto, água oxigenada no ouvido não cura gripe.

Há quem utilize água oxigenada para remover cera do ouvido, mas a recomendação médica é para que o excesso de cera seja removido apenas com a ponta da toalha, na hora do banho. As lavagens do ouvido devem ser feitas de preferência por um profissional da saúde.

Já o uso de água oxigenada no ouvido para curar gripe não tem nenhuma fundamentação científica. A água oxigenada serve principalmente para desinfetar feridas e facilitar a cicatrização das mesmas.

A gripe é causada por um vírus, que não fica localizado no ouvido. A água oxigenada pingada no ouvido permanece no local e mesmo que penetrasse no corpo, não teria a capacidade de matar o vírus causador da gripe. Aliás, não existe um medicamento capaz de curar a gripe. Todos os remédios indicados para gripe apenas aliviam os sintomas.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso de água oxigenada no ouvido, consulte um médico.

Refluxo tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Refluxo gastroesofágico tem cura. O tratamento pode ser feito com medicamentos, dieta, mudanças na alimentação e no estilo de vida, além de cirurgia, dependendo do caso.

O tratamento medicamentoso do refluxo inclui o uso de remédios que modificam a produção de ácido estomacal ou favorecem o esvaziamento gástrico. O tratamento do refluxo gastroesofágico é feito sobretudo com medicamentos e mudanças na dieta. Os casos mais graves necessitam de cirurgia.

Os principal grupo de medicamento usados para tratar o refluxo são os inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, entre outros). Outras medicações eventualmente também podem ser usadas como antagonistas dos receptores H-2, que bloqueiam a secreção de suco gástrico.

Cirurgia para refluxo gastroesofágico

Já a cirurgia para refluxo é indicada quando a medicação e as mudanças na alimentação e no estilo de vida não resultam, ou como alternativa a tratamentos demasiado longos.

O tratamento cirúrgico consiste no fortalecimento da válvula responsável por impedir o refluxo, localizada na entrada do estômago. Nenhuma parte do estômago é retirada na cirurgia.

Medidas não medicamentosas no tratamento do refluxo

É fundamental alterar o estilo de vida durante o tratamento do refluxo gastroesofágico. Apenas os medicamentos não são suficientes para tratar o problema.

Alguns alimentos e bebidas que devem ser evitados por pessoas com refluxo gastroesofágico: café ou qualquer outra bebida com cafeína, chocolate, alimentos ácidos ou muito condimentados, bebidas alcoólicas e bebidas gasosas.

Algumas das recomendações para aliviar e evitar o refluxo gastroesofágico incluem não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, perder peso (quando necessário), reduzir o tamanho das refeições, evitar roupas apertadas, não ir dormir logo após uma refeição (esperar pelo menos 3 horas) e colocar calços de 15 a 20 cm embaixo dos pés da cama para elevar a cabeceira.

O que é refluxo e quais são os sintomas?

O refluxo gastroesofágico é o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. O refluxo pode ocorrer quando há muita produção de ácido estomacal ou quando o músculo que fecha a passagem entre o estômago e o esôfago (esfíncter) não fecha adequadamente.

Os sintomas do refluxo gastroesofágico incluem azia, sabor ácido na boca devido ao retorno de alimentos ou bebidas que retornam estômago, sensação de queimação no peito, dificuldade para engolir e tosse seca.

Quais as possíveis complicações do refluxo?

Apesar de evoluir bem e ter um bom prognóstico com o tratamento adequado, o refluxo pode causar algumas complicações se não receber o tratamento e cuidados necessários.

Dentre as possíveis complicações decorrentes do refluxo estão: lesões na mucosa gástrica, hemorragias, úlcera, esofagite, estreitamento do esôfago, esôfago de Barrett e câncer de esôfago.

O tratamento do refluxo gastroesofágico pode ser realizado pelo médico de família, clínico geral ou gastroenterologista.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

O que é refluxo e quais os sintomas?

Esofagite pode virar câncer?

Cuidados com a alimentação para quem tem refluxo

Hormônio da paratireoide (PTH) alto: quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se os níveis de paratormônio (PTH), um hormônio produzido pelas paratireoides, estiverem altos, a pessoa nem sempre manifesta sintomas, principalmente nos estágio iniciais desse aumento. Quando presentes, os sintomas são decorrentes do aumento da quantidade de cálcio no sangue e na urina e também da maior retirada de cálcio dos ossos, já o que PTH ajuda a controlar os níveis desse mineral no corpo.

Uma vez que o cálcio é fundamental para o bom funcionamento do sistema nervoso e muscular, os sintomas do hiperparatireoidismo também poderão estar muitas vezes relacionados com esses sistemas.

Pequenos aumentos na concentração de cálcio circulante no corpo normalmente não causam sintomas. Contudo, se os valores estiverem altos, poderá haver formação de pedra nos rins, osteopenia ou osteoporose, problemas renais, fraqueza muscular, formigamentos, prisão de ventre, dores abdominais, náuseas, vômitos, confusão mental, distúrbios psiquiátricos (depressão, psicose) e ainda dor nos ossos.

O hiperparatireoidismo pode ser causado por tumores benignos da paratireoide, aumento do seu tamanho ou ainda por câncer. Há ainda um tipo de hiperparatireoidismo secundário a insuficiência renal.

Para que os níveis de paratormônio voltem ao normal, geralmente é necessário remover o tumor ou a própria paratireoide através de cirurgia. Quando o hiperparatireoidismo é decorrente de um aumento benigno da paratireoide, como no caso do hiperparatireoidismo secundário, a glândula pode ser removida e implantada em outra parte do corpo. 

Se a quantidade de cálcio circulante estiver muito elevada, o tratamento deve incluir hidratação por via oral ou endovenosa. Se a opção for pela hidratação oral, a pessoa deve beber pelo menos 2 litros de água por dia. Caso o médico opte pela hidratação endovenosa, serão administrados, em média, 3 litros de soro por dia ao paciente. Quando essas medidas não são suficientes para normalizar os níveis de cálcio, podem ser usados alguns medicamentos, como diuréticos.

Caso suspeite de elevação do hormônio da paratireoide procure um médico de família ou clínico para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário um encaminhamento para o endocrinologista.

Saiba mais:

Hormônio da paratireoide (PTH) baixo: quais os sintomas e tratamento?

O que pode causar tireoide alterada?

Quais são os sintomas de tireoide alterada?

O que fazer para recuperar a flora intestinal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para recuperar a flora intestinal consiste em dieta personalizada, com alimentos que favoreçam a constituição da microbiota intestinal, além de produtos probióticos e prebióticos, que promovem o equilíbrio dos micro-organismos que habitam o intestino.

A alimentação para recuperar a flora intestinal deve ser individualizada, de acordo com a causa do problema, por um profissional da área, gastroenterologista, nutrólogo ou nutricionista.

Em geral, deve-se priorizar o consumo de grandes quantidades de cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, farinha de banana, arroz integral, alho, frutas, castanhas e leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico). 

Já as carnes vermelhas, leite e derivados, corantes, conservantes, alimentos gordurosos, ovos, soja, embutidos, açúcar branco e alimentos processados devem ser evitados.

Dependendo da causa da alteração da flora intestinal e da gravidade do problema, frutos do mar e alimentos com glúten também devem ficar excluídos da dieta, e muitas vezes são necessários medicamentos específicos para o tratamento.  

Os produtos probióticos são aqueles que contêm micro-organismos vivos (Lactobacillus, Bifidobacterium, Enterococcus, Streptococcus) que melhoram a flora intestinal, tais como leites fermentados e alguns iogurtes.

Os probióticos inibem a colonização intestinal por bactérias que causam doenças. Os produtos com probióticos ajudam a diminuir os gases, melhoram o funcionamento do intestino e combatem casos de diarreia.

Já os prebióticos contêm ingredientes alimentares que não são digeridos e estimulam o crescimento de determinadas bactérias intestinais. Esses produtos contém carboidratos complexos resistentes aos sucos digestivos e que chegam por isso intactos ao intestino, onde são fermentados por certas bactérias.

Dessa forma, os prebióticos alteram favoravelmente a composição da flora intestinal, melhorando assim o trânsito intestinal e prevenindo diarreia e prisão de ventre.

As alterações da flora intestinal podem ter como causa diversas situações, como uso de antibióticos, uso de laxantes, infecções, estresse, dieta inadequada, intestino preso, entre outras. Os sintomas podem incluir mudanças no ritmo intestinal, gases, irritabilidade e fadiga.

O tratamento deve ser orientado por um médico gastroenterologista.

Pode lhe interessar ainda:

Quais os sintomas de infecção intestinal?

Qual o tratamento para infecção intestinal?

Diarreia: o que fazer?

Duodenite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a duodenite tem cura. O tratamento é definido individualmente, não existe um único tratamento, depende do grau de acometimento. Pode ser indicado apenas medicamentos e medidas gerais que visam aliviar e evitar a piora dos sintomas, ou até a necessidade de intervenção cirúrgica nos casos mais graves.

Se concomitante a duodenite, houver infecção por Heliobacter pylori, uma bactéria presente no estômago, o tratamento pode incluir antibióticos, que devem ser mantidos durante pelo menos 14 dias.

Se não, podem ser indicados remédios que diminuem a quantidade de ácido no estômago, para impedir a irritação da mucosa do aparelho digestivo. Dentre esses medicamentos estão a cimetidina, famotidina, esomeprazol, omeprazol, entre outros.

Os antiácidos, como carbonato de cálcio e leite de magnésia, também podem ajudar a neutralizar a acidez estomacal e aliviar a dor.

O tratamento da duodenite inclui ainda a mudança de hábitos que podem piorar os sintomas. Dessa forma, o paciente deve evitar cigarro, abuso de bebidas alcoólicas, bebidas ácidas, alimentos condimentados, estresse e medicamentos que podem irritar o duodeno (porção inicial do intestino delgado).

Quando a duodenite não é diagnosticada de forma precoce, o que é bastante comum já que os sintomas são pouco específicos, pode evoluir para uma lesão mais grave, perfurando a mucosa do duodeno, essa lesão é conhecida por úlcera duodenal, ou provoca complicações como hemorragia local, e nesses casos, o paciente pode precisar ser internado para receber um tratamento cirúrgico.

Para todos os casos de duodenite, o médico gastroenterologista é o especialista e responsável, devendo acompanhar e definir o tratamento mais adequado.

Sangramento após a curetagem é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Um sangramento leve após a curetagem pode ser normal e durar alguns dias. Sangramento intenso não é considerado normal após a curetagem.

É importante observar se a quantidade de sangue está diminuindo com o passar do tempo e se o sangue apresenta alteração de cheiro.

Se o sangramento for abundante, com coágulos e tiver um mau cheiro forte (diferente da menstruação) e ainda se a mulher estiver com cólicas fortes ou febre, ela deve procurar o atendimento de emergência.

As complicações da curetagem uterina são raras, mas podem acontecer. Dentre elas, pode haver perfuração do útero, traumas na região do colo do útero, infecção ou adesão intra uterina.  

A mulher que nos dias após o procedimento apresentar cólicas que não melhoram com analgésicos, febre ou sangramento intenso deve procurar o serviço de urgência de ginecologia para reavaliação do procedimento.

Quais as vantagens e desvantagens da laqueadura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A laqueadura é uma cirurgia que interrompe a ligação entre as tubas uterinas e o útero, evitando o encontro do óvulo com o espermatozoide e a consequente fecundação. Por isso, a laqueadura é um procedimento de contracepção permanente, seguro e altamente eficaz. Cada mulher tem uma percepção de seu corpo e uma vivência de sua sexualidade. Dessa forma, as vantagens e desvantagens podem ser relativas e pessoal.

Vantagens:

  • Contracepção eficaz e permanente;
  • Ausência do uso de hormônios;
  • Acessível: a cirurgia é disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde;
  • Redução ou ausência de efeitos colaterais;
  • Manutenção do desejo sexual e da libido;
  • Procedimento simples com baixo risco de complicações.

Desvantagens:

  • Não proteção contra DST (doenças sexualmente transmissíveis): por ser um método que evita a gravidez, muitas mulheres deixam de usar preservativo nas relações sexuais, o que aumenta a chance de contrair doenças sexualmente transmissíveis;
  • Complicações relacionadas à cirurgia ou à anestesia: embora o risco é bem reduzido, pode ocorrer infecção no local da cirurgia ou sangramento interno;  
  • Arrependimento: algumas mulheres podem arrepender da decisão, pois desejariam engravidar novamente, isso principalmente quando o procedimento é feito antes dos 30 anos;
  • Possibilidade de gravidez ectópica.

Para tomar a decisão definitiva é importante a mulher ponderar sobre o planejamento familiar que deseja para a sua vida, se for o caso, conversar com o/a parceiro/a e ter apoio de uma equipe multidisciplinar com ginecologista, assistente social e psicologia.