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Vitiligo tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O vitiligo não tem cura, mas há tratamentos que ajudam a reestabelecer a pigmentação natural da pele.

Vitiligo é uma despigmentação da pele resultado de um processo auto imune contra as células que produzem melanina, os melanócitos. A explicação exata do desenvolvimento desse processo ainda é desconhecida.

Há uma diversidade de opções de tratamento que dependerá da idade da pessoa, da extensão do corpo que foi afetado, das regiões de predominância e da presença de outras doenças associadas.

Essas opções constituem de corticoides tópicos, medicamentos imunossupressores, fototerapia, cuidados durante a exposição solar com constante uso de protetor solar, aplicação de laser e terapia de despigmentação.

O acompanhamento psicológico deve fazer parte do tratamento e é muito importante para a pessoa compreender a doença e receber suporte para manejo do estresse.

O tratamento deve ser orientado pelo/a médico/a dermatologista. 

Qual o tratamento para amenorreia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da amenorreia depende da causa desse problema, ou seja, o que está gerando a ausência de menstruação.

Portanto de acordo com cada caso podem ser indicados:

  • Mudanças no estilo de vida;
  • Uso de hormônios ou outros medicamentos;
  • Psicoterapia e
  • Cirurgias.

No caso da amenorreia primária (ausência da primeira menstruação até os 16 anos de idade), o tratamento pode ser feito através de exercícios e plano alimentar para ganhar peso. Isso porque a falta de gordura no corpo é uma causa comum de amenorreia primária, uma vez que a gordura corporal participa ativamente na produção dos hormônios necessários para haver ovulação e, consequentemente, ciclo menstrual.

Outra causa de amenorreia primária é a presença de hímen imperfurado, e nesse caso o tratamento deverá ser a cirurgia para remoção do mesmo.

Na amenorreia secundária, se for causada por exemplo por obesidade, a terapia inclui exercícios físicos e dieta para emagrecer. No caso de baixo peso, assim como na amenorreia primária, o tratamento será dieta para ganho de peso.

A psicoterapia pode ser indicada quando a amenorreia secundária é causada por estresse emocional.

Os hormônios são usados para equilibrar possíveis deficiências, como na síndrome de ovários policísticos, distúrbios da hipófise, tireoide ou produção anormal de determinados hormônios (testosterona, hormônio da tireoide, cortisona).

A cirurgia pode ser a única solução para a amenorreia se a causa do problema for um tumor no ovário, útero ou ainda na hipófise.

Além dessas, existem outras causas de amenorreia que serão investigadas pelo profissional responsável e determinado seu tratamento.

No caso de amenorreia, o/a médico/a ginecologista deverá ser consultado.

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O que é gengivite e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gengivite é uma inflamação reversível da gengiva, induzida por placas bacterianas nos dentes. A gengivite pode atingir pessoas de qualquer idade. A causa mais comum de gengivite é a higiene oral inadequada ou ausente.

A gengivite é uma inflamação detectável com a vermelhidão excessiva da gengiva associada ao inchaço e, por vezes, sangramento, principalmente após escovação e uso de fio dental. Essa inflamação da gengiva é o problema dentário mais frequente na infância.

A gengivite é causada por uma placa formada por bactérias, que surge entre a gengiva e os dentes. Caso essa placa não seja removida através da escovação e do uso de fio dental diariamente, ocorre produção de ácidos que causa irritação da mucosa da gengiva, gerando a inflamação.

No início da gengivite, é possível reverter os danos, pois o osso e o tecido que mantém os dentes no lugar ainda não foram atingidos. Sem tratamento, a gengivite pode evoluir para uma periodontite e danificar definitivamente os dentes.

Qual é o tratamento para gengivite?

O tratamento da gengivite na infância consiste em melhorar as técnicas e frequência da higiene oral, com o uso de escovas de dente apropriadas e supervisão dos cuidadores durante a higiene em crianças com menos de 8 anos de idade.

Após a infância, o tratamento da gengivite será de acordo com as causas e a presença de outras lesões dentárias como placa bacteriana, periodontite ou mesmo problemas gerais como má nutrição, deficiência de vitaminas, imunodeficiência, hipertensão e mudanças hormonais.

Dentro disso, o tratamento pode incluir limpeza dos dentes, aumento da frequência das escovações, uso do fio dental, reposição de vitamina, controle das condições de saúde como hipertensão e diabetes, além de fortalecimento da imunidade em pessoas que fazem tratamento com imunodepressores.

Quais são os sintomas da gengivite?

Os sintomas da gengivite incluem vermelhidão, inchaço e aumento da sensibilidade na gengiva, podendo causar sangramento durante a escovação. A gengivite também pode provocar a retração da gengiva.

Durante um quadro de gengivite pode haver formação de bolsas entre os dentes e a gengiva que podem acumular restos de alimentos e placa bacteriana.

Como prevenir a gengivite?

Para prevenir a gengivite, é fundamental ter uma boa higiene bucal, com escovação adequada e uso correto do fio dental para remover a placa bacteriana e os restos de alimentos, controlando o desenvolvimento do tártaro.

Contudo, é muito importante realizar limpeza nos dentes feitas por um dentista. Quando a placa bacteriana acumula-se e fica mais dura, só é possível removê-la no dentista

Também recomenda-se não fumar, uma vez que o cigarro prejudica a gengiva e os dentes.

Procure um/a dentista para realizar uma avaliação da sua saúde bucal e recomendar tratamento adequado de acordo com seu caso.

O que é revascularização do miocárdio e quais as indicações?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de revascularização do miocárdio, conhecida popularmente como "ponte de safena", é um procedimento cirúrgico indicado para casos de estreitamento ou obstrução de artérias coronárias, as artérias responsáveis por nutrir o músculo do coração - miocárdio.

A obstrução das artérias coronárias levam a isquemia do miocárdio, ou seja, o infarto cardíaco, ou infarto agudo do miocárdio (IAM), uma doença grave que pode levar inclusive à morte, dependendo de sua extensão.

Atualmente a revascularização do miocárdio é um tratamento indicado apenas para os casos mais graves de obstrução de artérias coronárias, visando aumentar o fluxo sanguíneo, para reduzir riscos de IAM, controlar os sintomas, prolongar a expectativa de vida do paciente e garantir uma melhor qualidade de vida.

O procedimento consiste em costurar parte de uma veia (retirada da perna) ou de uma artéria (retirada do tórax) na artéria coronária, de maneira a formar uma "ponte" que leva o sangue oxigenado ao músculo do coração (miocárdio).

Essa obstrução das artérias coronárias é o resultado de placas de gordura depositadas na parede do vaso. O termo "ponte de safena" refere-se aos casos em que a veia safena magna é usada como enxerto ("ponte") durante a cirurgia, embora hoje a tendência é de que enxertos com artérias sejam mais utilizados, devido aos melhores resultados que vem sendo demonstrados, principalmente em relação a sobrevida média.

As indicações para uma cirurgia de revascularização do miocárdio são:

  • Múltiplos estreitamentos das artérias, como ocorre frequentemente em diabéticos ou idosos;
  • Obstrução na artéria coronária esquerda, principal artéria responsável pela nutrição do miocárdio;
  • Mau funcionamento de áreas importantes do coração devido à diminuição do aporte sanguíneo.

A cirurgia de revascularização do miocárdio é feita por um médico cirurgião cardíaco.

O que é clamídia, quais os sintomas e como é a transmissão?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma infecção muito comum em jovens sexualmente ativos, sobretudo os que têm várias parcerias e praticam relações sexuais sem uso da camisinha.

A clamídia atinge principalmente o canal da urina, causando uretrites, mas também pode causar infecção anal, respiratória e ocular.

A infecção por clamídia pode não causar sintomas, mas pode provocar complicações como: dor pélvica crônica, infertilidade, maior risco para abortamentos e partos prematuros, artrites, doenças urológicas e genitais.

Principais sintomas da clamídia

Os sintomas mais comuns da clamídia incluem dor ou ardência ao urinar, corrimento vaginal e presença de secreção clara saindo do pênis.

A infecção por clamídia muitas vezes não apresenta sintomas ou eles demoram para aparecer. Em outros casos, os sinais e sintomas da clamídia podem ser confundidos com os da candidíase, fazendo com que a infecção não seja tratada adequadamente.

Alguns tipos de clamídia causam infecções genitais e urinárias e, quando transmitida durante a gravidez, podem causar conjuntivite ou pneumonia no bebê.

Outros tipos de clamídia provocam uma lesão genital conhecida como linfogranuloma venéreo. Nesses casos, a lesão aparece no local de contacto com o micro-organismo. Depois de algumas semanas, surge um nódulo inflamado que pode crescer e formar uma placa que geralmente evolui para ferida, podendo cicatrizar e causar inchaço.

Sintomas de clamídia nos homens

Em geral, a clamídia não causa sintomas nos homens. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor ou sensação de queimação no períneo (região entre ânus e genitais), nos testículos ou ainda presença de corrimento uretral.

Outros sintomas que podem estar presentes nos homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite ou proctite. Pode ocorrer ainda a chamada síndrome de Reiter, que caracteriza-se pela presença de artrite, conjuntivite e uretrite.

Sintomas de clamídia nas mulheres

Nas mulheres, é comum a clamídia também não causar sintomas. Numa minoria dos casos, pode haver presença de corrimento, ardência e aumento da frequência urinária. Em outros casos podem estar presentes ainda uretrite ou cervicite.

O atraso no início do tratamento da clamídia pode causar graves problemas nos órgãos reprodutivos das mulheres, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que pode provocar gravidez fora do útero (ectópica), dor crônica no baixo ventre (pélvica) e esterilidade.

Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, está indicado a pesquisa da bactéria de rotina na faixa etária mais prevalente, mulheres entre 25 e 35 anos de idade.

Como é a transmissão da clamídia?

A transmissão da clamídia ocorre através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção. A infecção também pode ser transmitida através do canal do parto, da mãe para o bebê.

Qual é o tratamento para clamídia?

O tratamento da clamídia é feito com medicamentos antibióticos, preferencialmente doxiciclina ou azitromicina, os quais devem ser prescritos por médicos/as, em média por 1 semana. Já o tratamento do linfogranuloma venéreo é mais prolongado, com duração de pelo menos 3 (três) semanas.

É importante lembrar que o tratamento da clamídia também deve ser realizado pelo/a parceiro/a. Caso contrário, a infecção pode voltar a aparecer.

O tratamento precoce da clamídia é eficaz e a evolução costuma ser boa, desde que a doença seja diagnosticada e tratada no início.

As complicações são raras quando o tratamento for realizado corretamente.

A prevenção da clamídia é feita através do uso de camisinha em todas as relações sexuais.

O/a médico/a de família, clínico/a geral, ginecologista ou urologista são indicados/as para diagnosticar e tratar a doença ocasionada pela presença de clamídia.

Queratose pilar tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Queratose pilar não tem cura definitiva. O tratamento raramente é necessário e pode haver melhora espontânea. Quando necessário, podem ser usados hidratantes e medicamentos queratolíticos, que amenizam os depósitos de queratina da pele e fazem as bolinhas desaparecer temporariamente.

Dentre os produtos dermatológicos usados para tratar a queratose pilar estão pomadas ou cremes à base de ureia, esfoliantes e, mais raramente, ácidos. Também podem ser indicados cremes com tretinoína ou vitamina D.

Queratose pilar

As loções hidratantes são usadas para suavizar a pele e melhorar a sua aparência. Pomadas esteroides podem ser utilizadas para diminuir a vermelhidão.

Não é indicado espremer, cutucar ou mexer nas bolinhas para não machucar a pele e causar infecções.

A melhoria dos sintomas geralmente demora meses e é comum o reaparecimento da queratose, mesmo após o uso da medicação.

Apesar de não ter cura definitiva, a queratose pode desaparecer lentamente com a idade em alguns casos.

O que é queratose pilar?

Queratose pilar é uma condição cutânea em que uma proteína da pele, chamada queratina, forma tampões rígidos dentro dos folículos pilosos. A queratose pilar é benigna e parece ser hereditária. Geralmente piora no inverno e melhora no verão.

Quais as causas da queratose pilar?

A queratose pilar ocorre devido ao acúmulo de queratina, uma proteína que forma a barreira de defesa da pele. Esse excesso de queratina bloqueia a saída do pelo e forma-se então a "bolinha", chamada pápula.

As pápulas são pequenas e ásperas, sendo muitas vezes confundidas com cravos ou espinhas. As bolinhas podem surgir em qualquer parte do corpo que tenha pelos.

A queratose pilar está presente em cerca de 30 a 40% da população. Indivíduos com pele seca ou dermatite atópica têm maior risco de ter o problema.

Quais os sintomas da queratose pilar?

A queratose pilar caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas bolinhas do tamanho de um grão de areia na pele, semelhantes a "arrepios". As bolinhas são muito ásperas e a pele ao redor delas pode ter coloração rosada.

Caso apresente queratose pilar procure o médico de família para uma avaliação inicial, em alguns casos pode ser necessário o tratamento realizado por um dermatologista.

Cisto pilonidal pode voltar após cirurgia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o cisto pilonidal pode voltar após a cirurgia. As chances de recidiva variam entre 2% e 27%, de acordo com a técnica cirúrgica utilizada:

  • Marsupialização: 4%;
  • Eletrocauterização: 2% a 12%;
  • Incisão e curetagem: 10% a 27%;
  • Ressecção com fechamento primário (cirurgia fechada com pontos): 0% a 20%;
  • Ressecção com fechamento secundário (cirurgia aberta, a ferida cicatriza sozinha, sem pontos ): 12% a 16%;
  • Retalho cutâneo de Limberg: 2% a 5%.

A cirurgia fechada com retalhos cutâneos ("pedaços de pele") parece ter os melhores resultados gerais no pós-operatório, com pouca dor, retorno rápido às atividades diárias, poucas complicações e baixo risco do cisto pilonidal voltar.

A técnica consiste na remoção do cisto e fechamento do local da lesão com retalhos cutâneos, associando procedimentos de cirurgia plástica aos métodos cirúrgicos tradicionais.

Esse procedimento diminui o longo tempo de cicatrização das cirurgias abertas e elimina as complicações comuns dos métodos fechados. Suas principais vantagens são:

  • Baixas taxas de recidiva: A chance do cisto pilonidal voltar é de cerca de 12%;
  • Método pouco doloroso: A maioria dos pacientes não precisa tomar analgésicos pós-operatório;
  • Poucas chances de complicações: Cerca de 70% dos casos não apresentam complicações após a cirurgia;
  • Rápida recuperação: Permite andar e retornar às atividades habituais precocemente.

O tratamento cirúrgico do cisto pilonidal é a única forma de curar definitivamente o problema, mas existe muita discussão quanto à melhor técnica que deve ser utilizada.

Cabe à equipe médica cirúrgica ou dermatológica esclarecer o/a paciente quanto à técnica empregada, bem como as suas vantagens e desvantagens.

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Primeiros dias tomando sertralina: o que esperar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nos primeiros dias tomando sertralina é comum o aparecimento de alguns efeitos colaterais, principalmente náuseas, falta de apetite e tristeza.

Outros efeitos comuns do uso de sertralina incluem:

  • Diarreia
  • Agitação e ansiedade
  • Insônia
  • Náusea
  • Perda de apetite / anorexia
  • Problemas sexuais
  • Dores de cabeça

Efeitos menos frequentes são boca seca, intestino preso, hipotensão (pressão baixa), sonolência, problemas urinários e vômitos. O aumento dos sintomas relacionados à depressão pode acontecer no início do tratamento com a sertralina (tenha atenção e informe seu médico se tiver pensamentos sobre suicídio).

Os efeitos da sertralina podem surgir até 7 dias depois que você começou a tomar o medicamento, mas normalmente são necessárias algumas semanas.

O uso do alprazolam associado à sertralina ajuda a reduzir a ansiedade mais rápido. Entretanto, isso pode aumentar os sintomas de depressão, como a tristeza que você está sentindo, e a perda de apetite.

O alprazolam deve ser usado por um período curto a partir do início do tratamento porque pode causar dependência. Além disso, o organismo “se acostuma” com a dose inicial e depois de algum tempo passa a precisar de uma quantidade maior para obter o mesmo efeito. Por isso, nunca aumente a quantidade de medicamento que toma sem a indicação do médico.

Leia também:

Referências:

D S Baldwin DS, Birtwistle J. The side effect burden associated with drug treatment of panic disorder. J Clin Psychiatry. 1998; 59 Suppl 8:39-44; discussion 45-6.

Ait-Daoud N, Hamby AS, Sharma S, Blevins D. A Review of Alprazolam Use, Misuse, and Withdrawal. J Addict Med. 2018; 12(1): 4–10.

Cipriani A, La Ferla T, Furukawa TA, Signoretti A, Nakagawa A, Churchill R, McGuire H, Barbui C. Sertraline versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2014; (4): CD006117.