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Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.

Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.

Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer?1. Diverticulite

A diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.

A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.

O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.

O que fazer?

Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.

2. Problemas no baço

O baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).

Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.

O que fazer?

Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.

3. Gases em excesso

O acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.

Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.

O que fazer?

A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.

Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).

4. Pedras nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.

A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).

O que fazer?

O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.

5. Cólicas menstruais

As cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.

Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.

O que fazer?

Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.

6. Cisto no ovário

Existem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).

Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.

O que fazer?

O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.

7. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.

Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.

O que fazer?

O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.

8. Pancreatite aguda

A pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".

A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.

O que fazer?

O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.

Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.

Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.

Quando procurar o médico?

Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Náuseas e vômitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Pele amarelada (icterícia)

Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.

Referência:

  • Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
  • Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
  • UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
TDAH tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

TDAH não tem cura, mas tem tratamento.

Para tratar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são utilizados psicoterapia, psicopedagogia (crianças) e medicamentos estimulantes e antidepressivos.

Nas crianças, o tratamento do TDAH deve ser multidisciplinar devido às disfunções pedagógicas e comportamentais que podem estar associadas. Além das medicações, os pais e os professores devem receber orientações e para a criança são ensinadas técnicas específicas para reduzir as suas dificuldades no aprendizado.

A fonoaudiologia é recomendada em casos específicos, quando simultaneamente ao TDAH a criança apresenta também dislexia (dificuldade na leitura) ou disortografia (dificuldade no aprendizado da ortografia e regras gramaticais). Também pode ser necessário o acompanhamento com outros profissionais, como psicopedagogo e psicomotricista, dependendo das dificuldades apresentadas.

Os medicamentos já apresentam resultados positivos logo no início do seu uso, sendo necessário cuidado com as doses devido alta incidência de efeitos colaterais. O ideal é que seja iniciado com doses baixas e que o seu aumento seja lento e gradativo.

Os efeitos colaterais mais comuns são: irritabilidade, insônia, dor abdominal, tremores, falta de apetite e dor de cabeça. Contudo, essas reações são leves e ocorrem sobretudo no começo do tratamento.

A Terapia Cognitivo Comportamental é a técnica de psicoterapia mais usada para tratar o TDAH em adultos, com boa resposta no alívio dos sintomas. O método ajuda o paciente a desenvolver formas de lidar com as suas limitações.

Os medicamentos estimulantes ou antidepressivos são recomendados principalmente quando os sintomas provocam muito sofrimento ao indivíduo ou prejudicam gravemente a sua vida pessoal e profissional.

O primeiro passo para tratar o TDAH é reconhecer o problema. Muitas vezes as pessoas demoram a procurar ajuda devido ao preconceito que existe em relação aos transtornos mentais.

A criança com suspeita de TDAH deve ser avaliada por um médico pediatra, que a encaminhará para um especialista se suspeitar do transtorno. Já os adultos devem consultar um médico psiquiatra.

Saiba mais em: O que é TDAH e como é diagnosticado?

O que fazer para aumentar o nível de testosterona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A primeira coisa a ser feita é definir a causa dos níveis baixos de testosterona. Alguns casos são indicados a reposição e outras são contraindicados, como nos casos de câncer.

Como aumentar os níveis de testosterona

Quando indicado, é preciso fazer uma terapia de reposição hormonal, que pode ser feita através de: comprimidos, injeção ou adesivos aplicados à pele, que deverá ser definido pelo médico assistente, de acordo com cada caso.

Grande parte dos pacientes responde de forma rápida e positivamente ao tratamento, sobretudo na diminuição dos sintomas relacionados à sexualidade e depressão.

Dentre os efeitos colaterais da reposição hormonal masculina estão: Apneia do sono e aumento do risco de desenvolvimento de câncer de próstata e câncer de mama (mais raramente).

Contraindicação para reposição hormonal

A terapia de reposição hormonal é contraindicada em casos confirmados ou suspeita de câncer de próstata ou câncer de mama masculina.

Os medicamentos usados para aumentar o nível de testosterona não devem ser usados para ganhar massa muscular ou melhorar o desempenho esportivo, uma vez que podem causar graves efeitos colaterais e sérios problemas à saúde.

A terapia de reposição hormonal masculina é indicada para homens que apresentam sintomas de queda do nível de testosterona e que não tenham contraindicações para o seu uso, o que só poderá ser confirmado por um/a médico/a.

Veja também o artigo: Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?

O/A médico/a urologista ou endocrinologista são os responsáveis pelo tratamento para aumentar o nível de testosterona.

Impotência sexual tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, impotência sexual tem cura. O tratamento pode incluir terapia sexual, medicamentos administrados por via oral ou por injeção no local, ou ainda cirurgia, com implante de prótese peniana. A escolha do tratamento irá depender da causa da impotência.

Os remédios mais utilizados para tratar a impotência sexual são aqueles que contém sildenafila, o nome comercial mais comum é Viagra, com uma taxa de sucesso que ronda os 70%. Tais medicamentos favorecem o fluxo sanguíneo necessário para que ocorra ereção.

Contudo, essas medicações são mais eficazes quando a disfunção erétil tem causas psicológicas. A eficácia não é a mesma se a impotência tiver origem em problemas vasculares ou neurológicos.

A injeção aplicada diretamente no pênis é indicada principalmente para diabéticos. O tratamento consiste na aplicação de um medicamento que dilata os vasos sanguíneos, favorecendo o fluxo de sangue e a ereção.

O tratamento cirúrgico para a impotência sexual consiste sobretudo no implante de uma prótese peniana. Essas próteses normalmente são feitas de silicone e servem para dar rigidez ao pênis e permitir a penetração. A ejaculação, o desejo e o prazer não sofrem qualquer alteração. Outra opção de tratamento cirúrgico é a cirurgia arterial, indicada apenas na minoria dos casos.

O médico urologista é o especialista responsável por diagnosticar a causa da disfunção erétil e indicar o tratamento mais adequado.

Leia também: Quais são as causas da impotência sexual?

Deficiência de IgA tem cura? Qual é o tratamento?

A deficiência de IgA pode ter cura, dependendo da sua causa. O tratamento é direcionado para prevenir ou tratar as doenças que podem surgir devido à deficiência de imunoglobulina A. 

Pacientes que não apresentam sintomas precisam apenas de acompanhamento. Casos de infecções bacterianas são tratados com antibióticos, que também podem ser administrados para prevenir novos quadros infecciosos nos casos mais graves.

O tratamento da deficiência de IgA pode incluir ainda preparados orais de imunoglobulinas contendo IgG e pouquíssimas quantidades de IgA devido ao risco de reação anafilática.

Deficiências de IgA decorrentes do uso de medicamentos muitas vezes são resolvidas com a suspensão da medicação. 

Pessoas que sofreram reação anafilática após uma transfusão de sangue ou depois de receber imunoglobulinas devem usar algum tipo de identificação para prevenir a administração de imunoglobulinas e evitar assim a anafilaxia.

A deficiência de IgA está relacionada com defeitos em uma célula de defesa chamada linfócito B. Pode ser causada sobretudo por fatores genéticos, uso de medicamentos e infecções virais.

Apesar de não ter cura em alguns casos, a deficiência de IgA normalmente tem evolução benigna e muitos pacientes têm uma vida praticamente normal, sem grandes problemas. O prognóstico tende a ser pior quando a pessoa desenvolve alguma doença autoimune.

O imunologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a deficiência de IgA.

Saiba mais em:

Qual é a função da Imunoglobulina A (IgA)?

O que é IgG e IgM e qual a diferença entre os dois?

Laringite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, laringite tem cura e o tratamento depende da causa e extensão da inflamação da laringe.

Podendo se limitar a orientações de repouso, umidificação da garganta e hidratação, até medicamentos como corticoides e adrenalina, para casos mais prolongados ou graves.

Portanto o tratamento pode variar entre:

  • Repouso,
  • Hidratação;
  • Diminuir o uso da voz;
  • Anti-inflamatórios;
  • Analgésicos;
  • Antialérgicos;
  • Antibióticos;
  • Corticoides e
  • Adrenalina.

No caso da laringite viral, a causa mais comum de laringite na nossa população, o melhor tratamento é manter uma boa hidratação, repouso e diminuir o uso da voz. Forçar a voz durante um quadro de laringite aguda pode provocar ferimentos graves nas cordas vocais.

A laringite bacteriana necessita de tratamento com antibióticos orais, além dos cuidados já citados anteriormente. A evolução do quadro com piora, representada pela dificuldade para respirar ou engolir, indica que deve ser levada imediatamente a um serviço de urgência.

Nos casos de laringite por reações alérgicas, causa menos comum, podem ser usados medicamentos antialérgicos, até adrenalina, quando evolui com edema local e mais uma vez, dificuldade de respirar ou engolir. Outra situação de emergência médica.

Já as laringites crônicas, qe podem ser causadas por doenças sistêmicas como o refluxo gastroesofágico, necessitam de tratamento específico e por vezes, pode ser necessário a associação de corticoides orais.

Outros medicamentos que podem ser usados para aliviar os sintomas da laringite, como anti-inflamatórios e analgésicos, serão definidos através da avaliação médica.

Na suspeita da laringite, procure atendimento médico, de preferência com otorrinolaringologista.

Leia também:

Quais os sintomas da laringite?

Diferenças entre Amigdalite, Faringite e Laringite

Qual o tratamento para edema de língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para edema de língua depende da sua causa. Se o edema for devido a uma mordida na língua ou a machucados causados por aparelhos de dentes, por exemplo, o inchaço e a dor podem ser aliviados chupando um pedra de gelo ou comendo alimentos gelados, como sorvete.

No entanto, as causas para o edema de língua são muito variadas e podem incluir doenças ou situações graves que necessitam de tratamento médico especializado, como infecções, tumores, hipotireoidismo, choque anafilático, entre outras.

Veja também: O que pode causar edema de língua?

Se não for devidamente tratado, o inchaço na língua pode trazer complicações como:

  • Dificuldade para engolir;
  • Dificuldade para respirar, devido ao bloqueio das vias aéreas;
  • Desconforto.

Para determinar a origem do edema de língua deve-se consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista, que poderão prescrever um tratamento adequando ou encaminhar para outro/a especialista.

Melanoma tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, melanoma tem cura. Apesar de ser o câncer de pele com o pior prognóstico e os maiores índices de mortalidade, o melanoma pode ser curado em mais de 90% dos casos, se for diagnosticado no início.

Na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia. Nas fases mais avançadas, o câncer já está mais profundo, o que aumenta o risco de metástase (disseminação para outros órgãos) e reduz a probabilidade de cura.

O tratamento do melanoma depende sobretudo do tamanho, da localização e da agressividade do tumor, sendo o tratamento cirúrgico o mais utilizado.

A cirurgia excisional consiste na remoção da lesão e de uma borda de pele saudável ao redor do tumor, que serve como margem de segurança. Este procedimento tem altas taxas de cura e pode ser usado quando o melanoma é recorrente.

Enquanto que a cirurgia excisional é feita com um bisturi, a cirurgia micrográfica é realizada com uma cureta, com a qual o cirurgião retira o tumor com um pouco de pele saudável ao redor e faz uma raspagem no local.

Os tecidos removidos são analisados ao microscópio e, se ainda houver vestígios de células cancerosas, o procedimento é repetido sucessivamente até não haver mais nenhum resquício de células doentes.

A cirurgia micrográfica é indicada quando o melanoma está localizado em áreas críticas ou quando o tumor não está bem delimitado.

Já o melanoma metastático tem menos opções de tratamento e não tem cura na maioria dos casos. Contudo, alguns medicamentos administrados por via oral podem aumentar consideravelmente a sobrevida desses pacientes.

O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, com a taxa de mortalidade mais alta e o pior prognóstico dentre todos os tumores malignos de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), daí o nome "melanoma.

Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele, que é mais frequente em pessoas de pele clara.

Indivíduos com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção. A presença de qualquer pinta ou sinal de pele que muda de cor, formato ou relevo deve ser examinada pelo/a médico/a dermatologista.

Saiba mais em:

O que é melanoma?

Quais são os sintomas do melanoma?