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Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do transtorno dissociativo de identidade é feito geralmente com psicoterapia e medicamentos.

O papel da psicoterapia é fundamental no sucesso do tratamento do transtorno dissociativo de identidade, pois permite reduzir as crises em que ocorrem as mudanças de personalidade.

O objetivo é ajudar a pessoa a identificar o seu problema, mudar os seus comportamentos, vigiar a sua instabilidade e desenvolver o autocontrole.

Contudo, se o paciente for resistente em aceitar o tratamento psicoterápico, os resultados e as mudanças de personalidades podem ser muito limitados.

Os medicamentos servem para tratar e controlar outros transtornos psiquiátricos que podem estar associados à personalidade múltipla, como ataques de pânico, tendências suicidas, depressão, ansiedade, psicoses, entre outros.

Sintomas

O transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de dupla personalidade ou personalidade múltipla, tem como principal sintoma a presença de pelo menos duas personalidades diferentes que assumem o controle do corpo da pessoa de tempos em tempos.

Essas personalidades muitas vezes não têm conhecimento uma da outra e quando uma está no controle a outra não interfere. Em média, essas pessoas apresentam de 10 a 15 personalidades, embora o número de identidades possa variar muito e chegar a 80, como já foi verificado.

As personalidades costumam ter características bem diferentes, com comportamentos, pensamentos, valores e atitudes próprias.

Algumas personalidades podem identificar familiares, amigos, colegas, trabalho, enquanto outras não chegam nem a reconhecer os da própria família.

Leia também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?

Diagnóstico

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja identificado, a pessoa precisa necessariamente apresentar pelo menos duas personalidades diferentes.

Isso significa que o comportamento, os princípios e os pensamentos esperados do indivíduo sejam diferentes em várias situações.

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja diagnostico, também é essencial que pelo menos duas personalidades assumam o controle da consciência e do corpo da pessoa em determinados períodos de tempo.

Vale lembrar que os sintomas não devem ser associados ao consumo de álcool, medicamentos, drogas ou outras substâncias.

O diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade é da responsabilidade do médico psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?

O que é fibrose cística? Tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Fibrose cística é uma doença hereditária, também conhecida como mucoviscidose. A fibrose cística caracteriza-se pelo acúmulo de secreção densa e viscosa. Não, a doença ainda não tem cura.

É uma doença genética, autossômica recessiva, que leva o organismo a produzir uma secreção espessa e viscosa, capaz de obstruir principalmente os pulmões e o pâncreas.

A obstrução gerada nos pulmões facilita desenvolvimento de infecções, pneumonias de repetição, causando risco de vida.

Já a secreção acumulada no pâncreas, reduz a capacidade de produção das enzimas pancreáticas, prejudicando a digestão de gorduras e proteínas. Com isso, observamos dificuldade de ganho de peso, ou mesmo quadros de desnutrição, uma vez que não conseguem absorver os nutrientes dos alimentos.

Quais são os sintomas da fibrose cística?

A fibrose cística manifesta-se principalmente através de sintomas respiratórios e gastrointestinais, além de uma presença excessiva de cloro no suor do paciente, causando "suor salgado".

No entanto, à medida que o tempo passa, a doença pulmonar piora e pode deixar o paciente incapacitado. 

Dentre as complicações pulmonares que podem ocorrer em consequência da fibrose cística incluem dilatação dos brônquios, acúmulo de secreção, insuficiência respiratória crônica e limitação das atividades de vida diárias.

Fibrose cística tem cura?

Fibrose cística não tem cura. O tratamento, que envolve médico, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente social, visa retardar a evolução da doença, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida do paciente.

Seguindo um tratamento adequado, e multidisciplinar, o ministério da saúde publica em 2017, uma constante melhora na expectativa de vida, atualmente para mais de 75% atingindo idade adulta, e mais de 50% a terceira década de vida.

Qual é o tratamento para fibrose cística?

O tratamento do trato respiratório inclui fluidificação das secreções através de nebulizações, fisioterapia respiratória, antibióticos inalatórios e transplante de pulmão, nos casos muito avançados.

Em muitos casos, o foco principal do tratamento é manter uma nutrição adequada, seguindo uma dieta mais calórica e repondo as enzimas do pâncreas.

Essas medidas podem evitar que o paciente fique desnutrido e a doença pulmonar se agrave, pois já se sabe que quanto pior for a desnutrição, mais os pulmões serão prejudicados.

O diagnóstico da fibrose cística pode ser feito logo ao nascimento do bebê, através do teste do pezinho. Quanto mais cedo a doença for detectada, melhor será a qualidade de vida e maior o tempo de sobrevida do paciente.

Qual o tratamento para febre maculosa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para febre maculosa é feito com antibióticos, uma vez que a doença é causada por uma bactéria. Os antibióticos usados são a doxiciclina ou cloranfenicol, que podem ser administrados por via oral ou endovenosa. O tempo de tratamento é de 7 dias.

Além da antibioticoterapia, a febre maculosa pode necessitar de tratamento de suporte, com analgésico, antitérmico, ou em casos mais graves reposição do volume de sangue, suporte respiratório e medicação específica para atuar nos vasos sanguíneos, como a noradrenalina.

Pacientes que conseguem engolir recebem os antibióticos por via oral. Nos casos mais graves, com vômitos e inchaço, os medicamentos são administrados por via endovenosa.

A resposta aos antibióticos é boa e a febre maculosa fica completamente curada. Porém, para ser eficaz, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes, logo no início da doença.

Embora não seja uma doença muito frequente, a febre maculosa apresenta uma alta taxa de mortalidade devido à falta de diagnóstico e tratamento precoces. A partir do 7º dia, as lesões que a bactéria causa na parede dos vasos sanguíneos podem ser irreversíveis, tornando a morte inevitável.

Por isso é muito importante que a febre maculosa seja diagnosticada e tratada o mais rápido possível, o que nem sempre acontece, uma vez que os seus sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças, como dengue, por exemplo.

Leia também: O que é febre maculosa e quais os sintomas?

Como prevenir a febre maculosa?

A melhor forma de prevenir a febre maculosa é evitar áreas infestadas por carrapatos e ficar atento à presença de carrapatos em animais como cães, cavalos e capivaras.

Se alguém estiver com algum carrapato aderido à pele, não deve esmagar o animal para evitar o possível contágio através de lesões na pele. É preciso remover o parasita com cuidado e lentamente. 

Lembrando que para haver transmissão da febre maculosa, o carrapato precisar ficar "grudado" na pele durante cerca de 4 horas.

O médico infectologista é o responsável pelo tratamento da febre maculosa.

Qual o tratamento para síndrome da bexiga dolorosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da síndrome da bexiga dolorosa (ou cistite intersticial), se baseia em três pilares, são eles:

  • Mudanças na dieta e aconselhamento;
  • Fisioterapia e
  • Uso de medicamentos;

Alguns estudos sugerem ainda a melhora dos sintomas com atividade física regularmente, mas ainda carece de estudos.

A mudança na dieta e aconselhamentos médicos devem ser os primeiros passos para o tratamento da síndrome, visto que mais de 45-50% dos pacientes, relatam importante melhora dos sintomas após essas modificações alimentares.

Inclusive, mais de 90% das crises relatadas, foram causadas pela ingesta de alimentos sabidamente desaconselhados.

Por isso é importante que o paciente identifique os alimentos e bebidas que pioram os sintomas e elimine-os da dieta, pelo menos temporariamente. Depois, eles podem ser reintroduzidos aos poucos, conforme a reação da pessoa.

A fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico está indicada para quase todos os casos, de acordo com a avaliação médica. Auxilia tanto na incontinência e dor local, quando na autoestima da paciente (quando mulher).

Dentre os medicamentos mais estudados e indicados, a primeira escolha no Brasil, é a amitriptilina, na dose inicial de 50 a 75 mg por dia. Outros medicamentos parecem bastante promissores, porém necessitam de mais estudos, como a cimetidina e o hidroxizine, em pacientes alérgicos.

Nos Estados Unidos, o último consenso indica a medicação Pentosan polissulfato (PPS), como grande aquisição no conjunto do tratamento, porém ainda não está disponibilizada no Brasil.

Durante o tratamento da síndrome da bexiga dolorosa, podem ser indicados exercícios físicos, pois liberam substâncias que aumentam a sensação de prazer e bem-estar e aliviam a dor.

Leia também: Cistite intersticial tem cura? Com é o tratamento?

Dieta

Na esmagadora maioria dos casos, os sintomas pioram após o consumo de determinados alimentos, como frutas cítricas, bananas, tomates, nozes, castanhas, amendoim, soja, ovos, frutos do mar, peixes, comidas apimentadas, adoçantes artificiais, vitamina C e produtos derivados do trigo.

Esses alimentos poder provocar reações alérgicas em todo o organismo, inclusive na bexiga, com presença de dor e outros sintomas que indicam irritação local.

Além desses alimentos, pessoas com síndrome da bexiga dolorosa devem evitar alimentos muito condimentados, molhos e temperos industrializados, café e bebidas alcoólicas.

Contudo cabe a cada pessoa identificar o que piora os sintomas e eliminar da dieta durante 7 dias. Se houver melhora do quadro, o alimento pode ser novamente introduzido na alimentação gradualmente, sempre observando o retorno ou a ausência dos sintomas.

Embora a síndrome da bexiga dolorosa não seja uma doença grave, o seu tratamento é complexo. O objetivo é melhorar os sintomas, sobretudo a dor, e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

O médico urologista ou ginecologista, é o especialista responsável pelo tratamento da síndrome da bexiga dolorosa.

Saiba mais em:

Quais as causas da síndrome da bexiga dolorosa?

O que é um abscesso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Abscesso é uma coleção de pus localizada em algum tecido, o mais conhecido é o abscesso localizado embaixo da pele e nas suas camadas mais profundas. Trata-se de um processo inflamatório agudo com acúmulo de pus em alguma parte do corpo.

A região acometida pelo abscesso pode ficar inchada, dolorida, avermelhada, quente e com a parte central amarelada, demonstrando a presença do pus. Na maioria das vezes, o pus decorre de alguma infecção sanguínea que se expressa na pele.

O abscesso é diferente do furúnculo e pode ocorrer inclusive em alguns órgãos como no pulmão, no cérebro, nas mamas, no fígado, entre outros.

Abscesso

Na maioria dos casos, o abscesso é causado por infecções bacterianas. O pus acumulado é formado por bactérias e células de defesa mortas durante o ataque do sistema imunológico aos micro-organismos invasores.

Pacientes com diabetes apresentam abscessos com mais frequência. Por essa razão, pessoas que apresentam abscessos recorrentemente ou dificuldade de cicatrização devem consultar um médico para despistar a possibilidade de diabetes.

O abscesso requer tratamento específico a depender de sua localização e extensão, podendo necessitar de retirada cirúrgica para drenar o pus presente no local.

Como identificar um abscesso?

Os principais sinais e sintomas de um abscesso são a dor, a vermelhidão, o inchaço e o aumento da temperatura local, que são os sinais típicos de uma inflamação.

Os sintomas do abscesso se agravam conforme o abscesso estica o tecido e começa a rompê-lo, como observado nos abscessos da pele.

A dor causada pelo abscesso é provocada pela pressão que o pus exerce sobre as terminações nervosas. Daí o alívio da dor quando ocorre a ruptura ou a drenagem do abscesso.

Quando o abscesso surge no interior do corpo, outros sintomas podem se manifestar, como febre.

Existem ainda abscessos que se formam lentamente, sem manifestação dos sinais e sintomas que caracterizam o abscesso, como dor, aumento da temperatura local e vermelhidão.

Esses abscessos são causados, na maioria das vezes, pela bactéria causadora da tuberculose e podem surgir em qualquer parte do corpo, embora sejam mais frequentes na coluna, no quadril, nos linfonodos (gânglios linfáticos) e na região genital.

Qual é o tratamento para abscesso?

O tratamento do abscesso depende da sua localização e do seu tamanho. O principal objetivo do tratamento é drenar o pus para aliviar a dor e amenizar a infecção. Podem ser indicados medicamentos analgésicos para aliviar a dor. O tratamento de alguns abscessos é feito através de cirurgia para drenar o pus.

A aplicação de compressas quentes sobre a pele, nesses tipos de abscessos, pode ajudar a drenagem, mas aumenta os riscos da infecção se disseminar para os tecidos vizinhos. Nesses casos, recomenda-se que a área afetada permaneça em repouso. Quando pus começar a sair, deve-se cobrir o local com um curativo seco.

Para maiores esclarecimentos, consulte um clínico geral ou um médico de família.

Reposição hormonal tem efeitos colaterais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, tanto a reposição hormonal feminina como a reposição hormonal masculina podem trazer efeitos colaterais ou indesejados. Os riscos e os benefícios devem ser avaliados individualmente, de acordo com cada caso. 

Alguns dos possíveis efeitos colaterais da reposição hormonal feminina são:

  • Aumento do endométrio (membrana que recobre a parede interna do útero), que pode ser atenuado com o uso da progesterona;
  • Aumento dos níveis de triglicérides, quando se administra estrógeno por via oral;
  • Alguns tipos de progesterona podem causar retenção de líquidos e provocar um aumento da pressão arterial.

Já no caso da reposição hormonal masculina, os principais efeitos colaterais associados são:

  • Aumento do volume da próstata;
  • Piora do quadro de apneia do sono, quando o homem já apresenta esse distúrbio antes do início do tratamento.

Devido aos sérios danos à saúde que esses efeitos colaterais podem causar, a terapia de reposição hormonal deve ser sempre acompanhada pelo/a médico/a endocrinologista.

Quanto tempo leva para o albendazol matar vermes?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O tempo que o albendazol leva para eliminar os vermes intestinais é variável, dependendo principalmente da forma como o intestino de cada pessoa se move. Além disso, alguns vermes são mais sensíveis à ação do medicamento, sendo mais facilmente eliminados.

Os vermes que normalmente são eliminados mais rapidamente, com apenas uma dose do medicamento, são:

  • Lombrigas (Ascaris lumbricoides);
  • Ancilóstomos (Necator americanus e Ancylostoma duodenale), que causam a doença conhecida como amarelão;
  • Trichuris trichiura;
  • Enterobius vermicularis.

Já os vermes Strongyloides stercoralis, Taenia sp. (solitárias), Hymenolepis nana e a larva migrans cutânea demoram mais tempo para morrer, sendo necessário tomar o medicamento em dose única diária por 3 dias.

Leia também:

Referências:

Albendazol. Bula do medicamento.

da Silva LA. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA EM LONGO PRAZO DO ANTIPARASITÁRIO ALBENDAZOL EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA CIDADE DE CAJAZEIRAS­PARAÌBA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande. 2013. p. 20.

Histoplasmose: O que é, quais são os sintomas e como tratar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Histoplasmose é uma infecção respiratória causada pelo fungo Histoplasma capsulatum. A transmissão ocorre pela inalação do fungo, presente em grandes quantidades em locais com acúmulo de fezes de morcegos e aves. A histoplasmose pode se desenvolver sem manifestar sintomas ou evoluir para uma infecção disseminada que pode ser fatal.

O fungo Histoplasma capsulatum cresce no solo, especialmente em locais abrigados, úmidos, quentes e com fezes de aves e morcegos acumuladas, como grutas, cavernas, galinheiros, interior de troncos ocos, construções e lugares abandonados, entre outros.

Histoplasma capsulatum, fungo casador da histoplasmose

Mais de 90% das pessoas com histoplasmose não manifesta sintomas ou desenvolve um quadro autolimitado, que não é identificado como histoplasmose.

Em pessoas saudáveis, com um bom sistema imunológico, a histoplasmose pode não causar sintomas ou se manifestar sob a forma pulmonar aguda, com sintomas semelhantes aos de uma gripe.

Indivíduos com imunidade baixa ou defeitos anatômicos no pulmão podem cursar com as formas pulmonar crônica ou disseminada da histoplasmose.

Quais são os sintomas da histoplasmose? Sintomas da histoplasmose pulmonar aguda

Na infecção pulmonar aguda, os sinais e sintomas da histoplasmose podem incluir dor de cabeça, febre com duração superior a 7 dias, dores musculares, fadiga, tosse seca, falta de apetite, dor no peito e falta de ar. Algumas pessoas podem apresentar manchas ou lesões vermelhas na pele.

Depois de duas a três semanas de infecção, podem ocorrer inflamação da pleura (membrana que envolve os pulmões), conjuntivite, derrame na membrana que envolve o coração e artrite.

Essa forma de histoplasmose é autolimitada e as lesões regridem após 1 a 3 meses, deixando sequelas, como calcificações nos pulmões e fora deles.

Porém, em pessoas com a imunidade muito baixa a doença não regride, evoluindo para formas disseminadas agudas de histoplasmose.

Sintomas da histoplasmose pulmonar crônica

A forma pulmonar crônica da histoplasmose ocorre sobretudo em indivíduos com alterações anatômicas no pulmão que favorecem a instalação e proliferação do fungo, como em pacientes com enfisema pulmonar, por exemplo.

Os sinais e sintomas incluem tosse crônica com secreção sanguinolenta, dor torácica, falta de ar, fadiga, febre, perda de peso, fraqueza, falta de apetite e transpiração noturna excessiva.

Sintomas de histoplasmose disseminada

A forma disseminada é mais frequente em pessoas com imunidade baixa, como portadores de HIV e câncer, bebês e idosos. É a forma mais grave de histoplasmose, podendo rapidamente evoluir e levar a óbito se não for diagnosticada e tratada precocemente.

Nesses casos, a doença pode estar disseminada no baço, fígado, gânglios linfáticos e medula óssea, causando febre alta, palidez, perda de peso, cansaço, perda de apetite, vômitos, anemia, fraqueza, diarreia e aumento de tamanho do fígado e do baço. Também é comum a presença de feridas purulentas na pele com formação de crostas, bem como lesões na língua, lábios e garganta.

Cerca de 20% das pessoas com histoplasmose disseminada apresentam inflamação no cérebro e na meninge (membrana que envolve o cérebro). Em crianças e indivíduos com AIDS, pode haver formação disseminada de coágulos nos vasos sanguíneos.

E casos raros, pode ocorrer aumento dos níveis de cálcio no sangue, insuficiência da glândula adrenal, manifestações em ossos e articulações, endocardite (inflamação da parte interna do coração) e infecção no sistema nervoso central.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da histoplasmose disseminada incluem: idade avançada, AIDS, neoplasias hematológicas, transplantes, uso de medicamentos corticoides e deficiências de células de defesa conhecidas como linfócitos T.

Qual é o tratamento para histoplasmose?

As formas assintomática e pulmonar aguda de histoplasmose regridem espontaneamente e não necessitam de tratamento específico. Contudo, pacientes imunocomprometidos precisam ser tratados para evitar a progressão da doença.

O tratamento da histoplasmose nesses casos é feito com medicamentos antifúngicos e medidas de suporte respiratório, nos casos mais graves. A anfotericina B e o itraconazol são os antifúngicos mais usados para tratar a doença.

Na histoplasmose pulmonar aguda em que os sintomas persistem por mais de 1 mês, o tratamento geralmente é iniciado com itraconazol, com doses de 200 mg a 400 mg por dia, durante 6 a 12 semanas.

O tratamento das formas graves de histoplasmose pulmonar aguda é feito com anfotericina B, com doses de 0,5 mg a 1 mg/kg/dia, durante uma a duas semanas. A dose máxima não deve ultrapassar 50 mg por dia. Depois, inicia-se o tratamento com itraconazol, com dose de 200 mg, 3 vezes ao dia, durante 3 dias. A dose de manutenção é de 200 mg, duas vezes ao dia, e deve ser mantida por 12 semanas.

O tratamento da histoplasmose cavitária pulmonar crônica geralmente é feito com itraconazol, 200 mg, 3 vezes ao dia, durante 3 dias. Depois, as doses vão de 200 mg a 400 mg por dia, durante 1 a 2 anos.

Como ocorre a transmissão da histoplasmose?

As principais formas de contágio da histoplasmose são através da manipulação do solo e limpeza de lugares contaminados, pois é assim que as formas infectantes do fungo ficam suspensas no ar e são inaladas. Em geral, quanto mais fungos a pessoa inala, mais grave é a doença.

A infecção pode ocorrer durante escavações, aragem da terra, construções, visitas a grutas e cavernas, limpeza de sótãos e locais abandonados, entre várias outras atividades. A histoplasmose não é contagiosa e não é transmitida de pessoa para pessoa.

Como é feita a prevenção da histoplasmose?

A prevenção da histoplasmose é feita principalmente com a limpeza regular dos locais propícios à proliferação do fungo ou desinfecção dos mesmos com formol a 3%, usando sempre máscaras e luvas. Além disso, deve-se evitar a exposição desnecessária a lugares que podem estar contaminados.

Os/As médicos/as pneumologista e infectologista são os/as especialistas indicados/as para tratar a histoplasmose.