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Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar

Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do herpes labial pode ser feito com uso de pomadas, comprimidos e curativos, além de alguns tratamentos caseiros que podem ajudar a reduzir a dor e o desconforto causado pelas bolhas que surgem nos lábios.

1. Pomadas

As pomadas antivirais são bastante usadas para tratar herpes labial e, em geral, devem ser aplicadas nas bolhas assim que surgem. Nos casos leves, a pomada reduz significativamente o tempo da doença além de aliviar os sintomas. Entretanto, a maioria delas tem um custo elevado.

Algumas destas pomadas são:

  • Aciclovir (Zovirax®): a aplicação desta pomada deve ser feita de 4 em 4 horas por um período de 7 dias.
  • Penciclovir (Penvir lábia®): precisa ser aplicada de 2 em 2 horas durante 4 dias em média.
  • Sulfadiazina de prata + nitrato de cério (Dermacerium HS Gel®): esta pomada deve ser aplicada 3 vezes ao dia até que as lesões cicatrizem completamente. É indicada, preferencialmente, quando ocorrem infecções por bactérias.

Existem ainda algumas pomadas que podem ser usada sem receita médica. Elas podem ajudar a aliviar o incômodo provocado pelas bolhas sem, entretanto, contribuir para que elas desapareçam mais rapidamente. Estes medicamentos são a base de docosanol e devem ser usados 5 vezes ao dia.

O ideal é que você seja avaliado por um médico e utilize pomadas antivirais.

2. Comprimidos

O uso de antivirais orais costuma ser a forma mais eficaz de tratar o herpes labial em pessoas com herpes recorrente, ou nos casos mais graves de herpes.

Os mais utilizados são o aciclovir (Zovirax®, Hervirax®) valaciclovir (Valtrex®, Herpstal®), fanciclovir (Penvir®). Estes medicamentos somente podem ser usados com prescrição médica.

Para a pessoas que têm herpes labial recorrente, estes medicamentos aliviam o desconforto e resolvem os sintomas em um ou dois dias, antes de aparecerem as bolhas. Por este motivo, se você tem crise de herpes e já sabe quando ela vai começar porque já identifica os primeiros sintomas, como formigamento e desconforto no local, fale com seu médico para iniciar o quanto antes o tratamento.

3. Curativos líquidos

O curativo líquido auxilia na cicatrização e no alívio da dor provocada pelas lesões do herpes. Pode ser uma solução alternativa para o uso das pomadas.

O adesivo é transparente e adere à pele e, por este motivo, é bastante discreto. A vantagem deste curativo é que ele impede a contaminação e a propagação do vírus.

4. Tratamentos caseiros

É importante que mantenha a área das lesões limpa lavando suavemente com água e sabão. A aplicação de gelo pode ajudar a reduzir o inchaço e ter um efeito calmante, entretanto não substitui o uso de medicamentos antivirais.

Algumas pessoas usam bálsamo de ervas ou chás, entretanto ainda não há comprovação científica dos seus efeitos.

O ideal é que, ao perceber os sinais de herpes labial, você procure o médico para avaliação das lesões e escolha do tratamento mais indicado.

Tenho herpes labial, o que não devo fazer?

  • Não se exponha ao sol,
  • Não fure as bolhas: perfurá-las pode agravar a lesão e causar infecções que deixam cicatrizes nos lábios,
  • Não se exponha a situação estressante que aumentem a sua ansiedade.
  • Não utilize medicamentos sem a prescrição médica.

É importante que durante o tratamento você não encoste os lábios em talheres, copos de outras pessoas, evite beijos, e tenha uma toalha de uso exclusivo para secar as lesões. Além disso, siga as orientações médicas.

O que é herpes labial?

O herpes labial é uma doença causa pelo vírus herpes simples tipo-1 que tem como sintomas o aparecimento recorrente de pequenas bolhas dolorosas, cheias de líquido nos lábios e boca e que duram cerca de 7 a 10 dias.

Se você quer saber mais sobre herpes, pode ler:

Referências

  • Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
  • Sociedade Brasileira de Infectologia.