HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.
Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.
Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.
Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.
A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.
Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?
Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?
O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.
Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.
Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.
Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.
Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?
HPV durante a gravidez impede o parto normal?
Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.
A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.
Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.
Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.
Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.
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