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Leucoplasia é câncer?

Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Leucoplasia não é câncer, mas é uma lesão com potencial de malignização, ou seja, em alguns casos pode tornar-se câncer. A taxa de transformação maligna da leucoplasia varia nos estudos de 0% a 20%, m uma média de de 5%

Embora não seja possível prever quais lesões irão sofrer transformação maligna, sabe-se que as leucoplasias de aspecto não homogêneo são as que têm mais chances de evoluir para câncer.

Outros fatores de risco para a malignização incluem: persistência da lesão por tempo prolongado, presença da leucoplasia em pessoa não fumante, localização na língua ou soalho da boca, lesão maior que 2 cm2 .

A leucoplasia é uma mancha ou placa branca que surge na boca e que não é possível remover com raspagem. Suas causas estão muito associadas ao hábito de fumar, sendo por isso mais comum em fumantes.

Pode ser classificada como homogênea e não homogênea. A primeira apresenta placas brancas uniformes, lisas e finas, enquanto que a não homogênea tem uma superfície rugosa, verrucosa ou com áreas avermelhadas.

Veja também: Língua branca é sinal de doença?

A leucoplasia verrucosa proliferativa é uma forma não homogênea de leucoplasia com elevado risco de se transformar em câncer. Suas lesões são múltiplas e resistentes ao tratamento.

O diagnóstico da leucoplasia é conformado através de biópsia. Uma vez detectada, recomenda-se afastar os fatores de risco, realizar um acompanhamento clínico e remover a lesão cirurgicamente, quando possível.

O tratamento da leucoplasia pode ser feito com medicamentos (retinoides, betacaroteno, bleomicina), terapia fotodinâmica ou cirurgia. Os tratamentos cirúrgicos incluem criocirurgia, laser e remoção cirúrgica convencional.

Para prevenir o aparecimento do câncer, é feita a remoção cirúrgica da leucoplasia. Contudo, a retirada da lesão não é totalmente eficaz para prevenir o aparecimento do câncer. Isso porque o tumor pode se desenvolver em áreas adjacentes à leucoplasia e não apenas onde estava a lesão.

Portanto, não existe um tratamento capaz de prevenir recidivas ou impedir que a leucoplasia se transforme em câncer.

Para maiores informações, consulte um cirurgião dentista.