O que é aneurisma cerebral?
O aneurisma cerebral, também conhecido como aneurisma sacular, é uma dilatação que se forma na parede uma artéria do cérebro. Geralmente ocorre em artérias do Polígono de Willis, responsáveis por parte da irrigação cerebral.
Acredita-se que a predisposição genética possa ser a origem do aneurisma cerebral, inclusive em indivíduos com pressão arterial normal, embora seja muito mais frequente em pessoas com pressão alta.
A formação do aneurisma parece ocorrer por uma pressão exercida na região menos resistente da artéria, dando origem a uma espécie de bexiga que vai crescendo lenta e progressivamente. Ou uma malformação do vaso congênita (a pessoa já nasce com essa alteração.)
Com o tempo, pode haver a rotura da artéria nessa região, devido sua distensão, causando volumosa hemorragia, ou compressão de outras áreas do cérebro ao redor do aneurisma.
Os episódios de ruptura e sangramento costumam ocorrer entre os 40 e 50 anos de idade, são mais comuns em mulheres e tornam-se mais frequentes à medida que a pessoa envelhece. Nestes casos, apenas dois terços dos pacientes sobrevivem e, dentre esses, metade permanece com sequelas que comprometem a qualidade de vida.
Quais são as causas do aneurisma cerebral?
O aneurisma cerebral tem como possíveis causas: predisposição genética, hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol ou triglicerídeos altos), diabetes, tabagismo e consumo exagerado de bebidas alcoólicas.
Quais são os sintomas do aneurisma cerebral?
Um aneurisma cerebral pequeno e que não se rompeu pode não causar sintomas.
Quando se rompe, causando hemorragia cerebral, os sintomas ocorrem pela irritabilidade que o sangue (fora do vaso sanguíneo), banhando o cérebro, pode causar. Os sintomas mais comuns são: dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, crise convulsiva e perda da consciência ou coma.
Em caso de ruptura do aneurisma cerebral, o risco de morte é alto, variando entre 30 a 50%, dependendo dos estudos.
O diagnóstico do aneurisma cerebral é realizado por exames de imagem, como arteriografia, angiotomografia ou angiorressonância cerebral, tornando a detecção precoce infrequente, já que esse exame não faz parte da rotina dos exames de check-up.
Qual é o tratamento para aneurisma cerebral?
Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento do aneurisma cerebral deve ser realizado o quanto antes, seja através de cirurgia aberta ou embolização (cateterismo cerebral).
O melhor método deverá ser avaliado, de acordo com as características do aneurisma e as condições clínicas da pessoa. O risco da cirurgia deve ser menor do que os riscos oferecidos pela história natural da doença.
A cirurgia aberta do aneurisma cerebral é feita através de uma abertura no crânio. O procedimento consiste em colocar um clipe de titânio que comprime a base do aneurisma.
Contudo, atualmente o tratamento da maioria dos casos de aneurisma cerebral tem sido feito por embolização. Esse procedimento é minimamente invasivo e consiste na colocação de um material no interior do "saco" aneurismático, por via de um cateter, bloqueando o aneurisma.
O objetivo do tratamento de um aneurisma cerebral que se rompeu é evitar que o mesmo volte a sangrar. Uma nova hemorragia aumenta as taxas de mortalidade.
Em caso de pessoas que não podem, não devem ou não querem passar por cirurgia, deve-se manter controle rigoroso da pressão arterial, evitar esforços físicos e não fumar.
Portanto, é importante lembrar que dores de cabeça intensas, com surgimento súbito e repentino (como se tivesse levado uma pancada), acompanhada de enjoo e vômitos, indica a necessidade urgente de atendimento médico-hospitalar.
Em caso de suspeita de aneurisma cerebral, um médico clínico geral, médico de família ou, preferencialmente, um neurologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.
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