Cisto unilocular é um cisto de ovário simples, comum após a menopausa. Esses cistos estão presentes em cerca de 3 a 17% das mulheres na pós-menopausa e na maioria das vezes não causam sintomas. Grande parte dos cistos uniloculares mantém-se estável ou regride espontaneamente sem necessidade de tratamento, apenas acompanhamento.
O cisto unilocular recebe este nome porque possui um único "loco" ou "compartimento", não apresentando separações, septos, áreas sólidas ou projeções papilares para o seu interior. São cistos anecoicos, ou seja, o seu interior não reflete as ondas de ultrassom, o que impossibilita a visualização do seu conteúdo pelo/a médico/a.
Os cistos uniloculares com conteúdo anecogênico (anecoico), com menos de 5 cm, não precisam de nenhum tratamento pois a maioria regride espontaneamente. A remoção cirúrgica do cisto ou do ovário é indicada quando o cisto aumenta de tamanho ou surgem septos ou várias cavidades no seu interior.
O risco de um cisto unilocular evoluir para câncer é muito baixo, variando entre 0,6 e 1%. A probabilidade de malignidade é maior em mulheres com história de câncer de ovário e mama, e também em cistos uniloculares com paredes irregulares ou componentes sólidos em sua cavidade. O normal desses cistos é serem anecoicos. Se começarem a refletir mais as ondas da ecografia, também significa maior potencial de malignidade.
O aparecimento de cistos uniloculares após a menopausa é maior em mulheres que fazem terapia de reposição hormonal. O uso de tamoxifeno, um medicamento utilizado no tratamento do câncer de mama, também parece estar associado ao surgimento desses cistos de ovário.
O/a médico/a ginecologista é responsável pelo diagnóstico, acompanhamento e tratamento da mulher com cisto unilocular.
Também podem ser do seu interesse:
Quem tem cisto unilocular pode engravidar?