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Aneurisma da aorta: quais são os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maioria dos casos de aneurisma da aorta não apresenta sintomas. Quando presentes, os sintomas variam de acordo com a gravidade (aneurisma íntegro ou roto), de acordo com a compressão de estruturas vizinhas pela artéria dilatada ou devido as complicações.

Sintomas de aneurisma íntegro

No caso de aneurisma íntegro, a pessoa pode não manifestar qualquer sintomas, apenas ser encontrado ao acaso em algum exame de imagem, ou pode apresentar sintomas leves e inespecíficos como:

  • Dificuldade para engolir, devido à compressão do esôfago
  • Falta de ar, pela compressão da traqueia
  • Dor abdominal
  • Dor lombar
Sintomas de aneurisma roto

Quando ocorre a ruptura do aneurisma, chamado aneurisma roto, então passa a ocorrer sintomas graves e risco iminente de morte, por isso nesses casos os sintomas são de :

  • Dor abdominal ou lombar intensas
  • Hipotensão arterial
  • Queda do hematócrito, anemia aguda
  • Confusão mental ou coma

Outras complicações incluem trombose, embolia, corrosão das vértebras da coluna e compressão de outras estruturas vizinhas, podendo trazer graves consequências para o organismo.

Tratamento

No caso de Aneurisma roto a indicação é de cirurgia aberta ou endovascular em caráter de emergência, devido ao alto risco de mortalidade.

Nos demais casos, o tratamento do aneurisma da aorta varia de acordo com o tipo, tamanho, características e condições clínicas do pacientes, porém consiste basicamente em:

  1. Acompanhamento rigoroso
  2. Tratamento clínico - Controle dos fatores de risco
  3. Cirurgia aberta ou
  4. Terapia endovascular.

O acompanhamento rigoroso é realizado através de exames de imagem, como ecografia, tomografia computadorizada e ou ressonância magnética a cada 6 meses, determinando o momento em que deve ser abordado o aneurisma. Em geral seu crescimento é lento, porém progressivo.

O tratamento clínico é baseado no controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, principalmente, encorajar o paciente a parar de fumar, controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol e triglicerídeos, assim como níveis de açúcar no sangue e aderir a uma alimentação saudável.

Porém, quando o aneurisma aumenta de tamanho, o que acontece na grande maioria dos casos, e as vantagens de uma cirurgia forem superiores às desvantagens e riscos, está indicado o tratamento cirúrgico. A cirurgia convencional corrige o aneurisma e posiciona uma prótese no local para restabelecer o fluxo sanguíneo.

Já a terapia endovascular é uma técnica minimamente invasiva que consiste na colocação de uma endoprótese internamente ao aneurisma, com o objetivo de reforçar a parede da aorta ajudando a impedir que a área lesionada se rompa. A endoprótese é introduzida pela virilha, através da artéria femoral, e levada até a aorta abdominal.

Quanto a decisão do tipo de cirurgia, aberta ou endovascular, existem critérios e consensos bem definidos, que serão avaliados pela equipe de cirurgia vascular.

O/A médico/a cirurgião/ã vascular é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do aneurisma da aorta.

Saiba mais em:

O que é aneurisma da aorta?

Qual é o tratamento para aorta dilatada?

O que é aneurisma da aorta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Aneurisma da aorta é uma dilatação local, anormal e permanente de uma parte da artéria aorta, a maior artéria do corpo humano. Considera-se um aneurisma, quando a dilatação da artéria ultrapassa 50% do diâmetro normal do vaso.

Artéria aorta

A artéria aorta se inicia no coração, atravessa o tórax (aorta torácica) e termina na altura do umbigo (aorta abdominal), e o local mais acometido pelos aneurismas é a porção abdominal.

Causas de aneurisma de aorta

A causa mais comum é o envelhecimento natural do vaso, ou seja, a degeneração da parede pela doença aterosclerótica. Outras causas incluem: infecção, isquemia, artrite, traumas abdominais, algumas doenças crônicas.

Fatores de risco

O problema afeta sobretudo homens, idosos, fumantes, hipertensos e com histórico da doença na família.

Aneurisma de aorta

Trata-se de uma doença silenciosa e muito perigosa devido ao risco de ruptura da artéria, que pode ser fatal. Além da rotura da aorta, o aneurisma pode provocar trombose, embolia, corrosão das vértebras da coluna e compressão de estruturas vizinhas, podendo trazer graves consequências para o organismo.

Com o enfraquecimento da parede arterial, o vaso se dilata devido à pressão constante do sangue no seu interior. A dilatação aumenta progressivamente até que a artéria se rompe, causando uma grande perda de sangue que pode levar à morte. Quanto maior o aneurisma, maior o risco de ruptura.

Sintomas do aneurisma de aorta

A maioria dos casos de aneurisma da aorta não apresenta sintomas. Quando presentes, os sintomas são decorrentes da compressão de estruturas vizinhas pela artéria dilatada ou das complicações que esteja causando.

Um aneurisma grande da artéria torácica pode causar dificuldade para engolir, devido à compressão do esôfago, e falta de ar, pela compressão da traqueia, por exemplo.

No caso de ruptura e perda de grande quantidade de sangue o paciente apresenta dor aguda e súbita no abdômen, além de mal-estar, queda da pressão e desmaio, podendo levar ao coma e morte se não for tratado rapidamente.

Saiba mais em: Aneurisma da aorta: quais são os sintomas e qual é o tratamento?

Diagnóstico e Tratamento do aneurisma de aorta

O diagnóstico do aneurisma da aorta é feito principalmente através da história clínica e ecografia abdominal. Contudo, a tomografia computadorizada fornece imagens mais detalhadas, que permitem ao médico obter informações precisas sobre o tamanho, a localização e os limites do aneurisma.

O tratamento do aneurisma da aorta é feito através de cirurgia ou terapia endovascular. O procedimento cirúrgico consiste na correção do aneurisma e colocação de uma prótese que restabelece o fluxo sanguíneo. Já a terapia endovascular é uma técnica minimamente invasiva em que é colocada uma prótese internamente ao aneurisma.

O/A médico/a especialista responsável pelo tratamento dos aneurismas é o/a cirurgião/ã vascular.

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Quais são os tipos de daltonismo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O daltonismo pode ser diferenciado em três tipos deuteranopia, protanopia e tritanopia

No daltonismo tipo deuteranopia, a pessoa não consegue distinguir a cor verde e, em consequência, enxerga tonalidades da cor marrom.

O daltonismo do tipo protanopia provoca uma diminuição na percepção da tonalidade do vermelho. Com isso, a pessoa poderá enxergar tonalidades de marrom, verde ou cinza. Em geral, a pessoa percebe o verde muito parecido com o vermelho.

Já no daltonismo do tipo tritanopia, a pessoa tem dificuldade em diferenciar o amarelo do azul. Esse é o tipo mais raro de daltonismo. A pessoa verá o amarelo em tonalidade rosada enquanto que a cor azul será percebida em tonalidades diferentes.

O que é daltonismo?

O daltonismo é um distúrbio visual em que a pessoa percebe as cores de forma diferenciada. A pessoa daltônica tem dificuldade em enxergar cores e suas diferentes tonalidades e brilhos.

A maioria das pessoas com daltonismo tem dificuldade em reconhecer as cores vermelho e verde. A dificuldade em reconhecer as cores azul e amarelo é menos frequente. Há ainda uma pequena parte de daltônicos que só conseguem distinguir tons de branco, cinza e preto.

Quais são as causas do daltonismo?

O daltonismo tem como principal causa a genética. O distúrbio é transmitido dos pais para os filhos e está ligada ao cromossomo X, sendo mais comum em homens.

Para entender melhor as causas do daltonismo, é preciso lembrar que a mulher tem dois cromossomos X (XX), enquanto que o homem tem um cromossomo X e um outro cromossomo Y (XY).

Assim, a mãe sempre irá fornecer o cromossomo X, enquanto que o pai pode fornecer o cromossomo X ou Y. Por se tratar de uma doença recessiva, o daltonismo só irá se manifestar se houver alteração em todos os cromossomos X.

Portanto, uma mulher, para ser daltônica, precisa herdar o cromossomo X alterado do pai e da mãe; já o homem, basta receber o cromossomo X alterado da mãe para ser daltônico, uma vez que irá receber o cromossomo Y do pai.

Uma mulher, ao herdar o cromossomo X alterado do pai e o outro cromossomo X normal da mãe, não irá ser daltônica. Contudo, será portadora do gene e poderá transmiti-lo aos seus filhos.

Daltonismo tem cura? Existe tratamento?

O daltonismo não tem cura e não há um tratamento específico para o distúrbio. Há casos em que o uso de óculos com filtros de cor ajudam a diminuir o desconforto e melhoram o contraste, mas não corrigem o problema. Também podem ser usados filtros coloridos em lentes de contato.

Para maiores informações ou em caso de suspeita de daltonismo, consulte o/a médico/a oftalmologista.

Otosclerose: cura e tratamento desta doença auditiva
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A única forma de curar a otosclerose é através de cirurgia. No caso da otosclerose do estribo, o tratamento cirúrgico consiste na substituição do estribo defeituoso por uma prótese. Já na otosclerose da cóclea, a operação consiste na colocação de um implante coclear.

Alguns medicamentos podem estabilizar a otosclerose ou diminuir a sua velocidade de progressão. Porém, a medicação não é capaz de melhorar a audição. Para isso, são indicados aparelhos auditivos.

Os aparelhos auditivos podem melhorar muito a audição quando a otosclerose não afeta a cóclea. Porém, a doença é progressiva e a surdez aumenta com o tempo, o que pode fazer com que o aparelho deixe de ser eficaz.

A cura da otosclerose do estribo pode ser conseguida através da cirurgia que substitui o estribo que está fixo ou com pouca mobilidade por uma prótese de teflon, platina ou titânio. A cirurgia, chamada de estapedotomia, é realizada através do canal do ouvido com o auxílio de um microscópio.

O procedimento também pode ser efetuado por meio de uma pequena incisão próxima ao ouvido. A operação pode ser realizada com anestesia local e sedação ou anestesia geral.

Apesar do elevado grau de sucesso do tratamento, a estapedotomia tem os seus riscos e complicações, podendo causar tontura, alterações no paladar, perda auditiva, zumbido no ouvido, perfuração de tímpano e fraqueza nos músculos da face.

Nos primeiros dias após a cirurgia, pode ocorrer tontura, que tende a desaparecer depois de algumas semanas. Embora seja raro, a tontura pode permanecer por mais tempo. Neste caso, são indicados medicamentos específicos para controlá-la.

Há casos em que a pessoa pode sentir um sabor desagradável na boca durante alguns dias depois da operação. A permanência definitiva dessa alteração é muito rara.

É normal haver alguma perda auditiva após uma cirurgia no ouvido. Contudo, raramente ocorrem perdas significativas de audição. Em alguns casos pode acontecer da audição não melhorar após a operação.

Outras consequências pouco comuns da cirurgia é a ocorrência de zumbido no ouvido e fraqueza dos músculos faciais durante o pós-operatório, que geralmente desaparecem em alguns dias.

A perfuração do tímpano é uma complicação muito rara e, quando ocorre, a membrana do tímpano é capaz de cicatrizar sozinha. A perfuração também pode ser fechada por meio de cirurgia.

A complicação mais grave da cirurgia para otosclerose é a perda total da audição, que pode acontecer se o nervo responsável pela audição for lesionado durante o procedimento ou se a operação não for bem executada.

Casos de otosclerose coclear são tratados através da colocação de um implante coclear. O implante é um dispositivo eletrônico formado por uma unidade interna e externa.

A primeira é introduzida na cóclea durante a cirurgia, enquanto que a segunda é uma espécie de aparelho auditivo que capta o som e transmite o sinal descodificado à unidade interna. Esta, por sua vez, transmite os impulsos elétricos diretamente para o nervo auditivo.

Enquanto que a substituição do estribo por uma prótese pode fazer a pessoa voltar a ouvir normalmente, o implante coclear não é capaz de devolver completamente a audição em casos graves de surdez.

O tratamento da otosclerose é da responsabilidade do médico otorrinolaringologista.

O que é albinismo (distúrbio genético)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O albinismo é um distúrbio genético que afeta parcialmente ou totalmente a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, ao cabelo e aos olhos e protege contra os raios ultravioletas do sol.

Existem diversos tipos de albinismo, que são causados por mutações em diferentes genes. Há 7 genes envolvidos no aparecimento do albinismo, que podem apresentar mutações distintas.

As diferentes mutações que podem ocorrer em cada um desses genes determinam as diversas formas de apresentação do distúrbio.

A produção de melanina pelos melanócitos, células presentes na pele, pode estar totalmente ou apenas parcialmente comprometida. Por isso o tom da pele dos albinos pode ir do branco ao castanho, enquanto o cabelo pode ser branco, amarelado, avermelhado ou acastanhado.

Já os olhos podem ser avermelhados, já que a ausência de pigmentação deixa os vasos da retina visíveis, bem como azuis ou acastanhados. As alterações genéticas do albinismo também podem causar problemas visuais, como estrabismo, visão abaixo do normal, catarata, entre outros.

A falta de melanina na pele deixa os albinos muito vulneráveis aos danos causados pelo sol. O que aumenta o risco de envelhecimento precoce e de desenvolvimento de câncer de pele.

Não há um tratamento específico para o albinismo, uma vez que a sua causa é uma mutação genética. Estudos de engenharia genética e com medicamentos que podem aumentar a produção de melanina já tem sido feitos, mas ainda não existe um tratamento eficaz disponível.

Pessoas albinas devem ser acompanhadas de perto por um médico dermatologista e oftalmologista devido ao risco de complicações dermatológicas e oculares.

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Qual é o melhor tratamento para acabar com piolhos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O melhor tratamento para acabar com piolhos é:

  1. A aplicação local de solução com vinagre,
  2. Seguido do medicamento (xampu ou spray) antipiolhos,
  3. Secar os cabelos e
  4. Passar o pente fino até eliminar todos os parasitas e lêndeas.

Atualmente existem xampus pós tratamento para evitar uma nova contaminação. Vale ressaltar outras medidas preventivas, principalmente para idade escolar, aonde ocorrem com maior frequência essa transmissão.

Os familiares e as pessoas que têm contato direto com o indivíduo que tem piolhos também devem ser tratadas. Cortar ou rapar o cabelo não é necessário.

Tratamento tópico

Um bom tratamento caseiro para acabar com o piolho é aplicar uma solução de vinagre, sal e água morna na cabeça, deixar atuar por um tempo, lavar a seguir com xampu antipiolho e secar com secador de cabelos.

Para preparar a solução, basta misturar:

  • Meio copo de vinagre
  • 1 colher de sopa de sal e
  • 1 copo de água.

Depois, espalhe bem o produto pelo cabelo com algodão e enrole uma toalha na cabeça ou coloque uma touca de banho. Deixe atuar por 5 a 10 minutos, mas se coçar ou arder a cabeça, a solução deve ser retirada imediatamente, pode estar causando alergia.

Em seguida lave a cabeça com o xampu antipiolho indicado pelo médico dermatologista. Aplique também condicionador para ajudar a desembaraçar os fios.

Seque o cabelo com o secador e retire as lêndeas e os piolhos com a ajuda de um pente fino. Não esprema os piolhos e as lêndeas após retirá-los da cabeça. Jogue-os num recipiente com vinagre.

O que são lêndeas?

As lêndeas são os ovos do piolho e precisam ser retiradas para acabar definitivamente com a sua proliferação. Para removê-las, é preciso escorregá-las até o fim do fio de cabelo.

Outra medida importante para acabar com piolhos e lêndeas é lavar as roupas de cama e banho com água quente, fervendo as toalhas, os lençóis e as fronhas ou utilizando o programa de água quente da máquina de lavar.

Como se prevenir de piolhos?
  • Evitar compartilhar roupas, toalhas e acessórios de cabelo
  • Evitar o contato direto com pessoas infectadas
  • Manter o cabelo sempre limpo e seco
  • Manter o cabelo preso em situações com maior risco, como ambientes escolares.

Se os sintomas não melhorarem com as medidas citadas ou se houver dificuldade em eliminar os piolhos, agende uma consulta com médico/a da família ou dermatologista para avaliação e mais esclarecimentos.

Pelo encravado inflamado: o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se o pelo encravado não estiver muito inflamado, ele pode se curar sozinho. Porém, se a inflamação persistir, pode ser necessário fazer um tratamento com pomadas à base de corticoide, antibiótico ou antifúngico. Dependendo da infecção, também pode haver necessidade de tomar antibióticos por via oral.

Quando o pelo encravado inflamado está infeccionado com bactérias que habitam a pele (estafilococos), há coceira no local e a inflamação apresenta pus. O tratamento nesse caso é feito com antibióticos através de pomadas ou por via oral. Também pode ser feita uma combinação de ambos. Enquanto houver inflamação, a área afetada não deve ser raspada.

O pelo encravado também pode estar infectado por bactérias presentes na água. O local apresenta erupções vermelhas e coça, podendo surgir depois bolhas com pus. Nesse caso, os pelos encravados tendem a infeccionar nos locais do corpo que ficam úmidos por mais tempo, como as regiões que ficam em contato com a roupa de banho. Os antibióticos raramente são indicados nessas situações e o tratamento é feito com loções que aliviam a coceira.

Os pelos encravados também podem estar inflamados devido à presença de fungos, provocando coceira, sobretudo nas costas e no peito. Pode ocorrer também no pescoço, rosto, ombros e braços. O tratamento nesses casos é feito com antifúngicos tópicos ou por via oral.

Há casos de pelo encravado inflamado em que o/a médico/a pode optar por fazer uma drenagem através de um pequeno corte para retirar o pus e aliviar a dor.

Existe algum tratamento caseiro para pelo encravado inflamado?

O tratamento caseiro para pelo encravado inflamado consiste na aplicação de compressas de água quente no local, todos os dias, durante 10 a 15 minutos. Essa medida ajuda a tratar a inflamação mais rápido, pois estimula a circulação sanguínea e, na presença de pus, ajuda a drená-lo.

Vale lembrar que o tratamento caseiro para pelo encravado inflamado não substitui os medicamentos, necessários quando a inflamação persiste ou em casos de infecção.

Como prevenir pelo encravado?

Alguns cuidados podem ajudar a prevenir o aparecimento de pelos encravados inflamados, tais como:

  • Usar barbeador elétrico;
  • Utilizar água morna para se barbear e massagear os pelos para amolecê-los antes de fazer a barba;
  • Usar gel ou espuma de barbear ou ainda sabão para facilitar o deslizamento da lâmina e evitar cortes;
  • Passar o barbeador no sentido do crescimento dos pelos;
  • Passar um hidratante no rosto depois de fazer a barba;
  • Manter a pele limpa, seca e hidratada, sem irritações ou lesões;

A depilação definitiva com laser pode eliminar permanentemente a ocorrência de pelos encravados inflamados, pois destrói totalmente o folículo piloso e o pelo não volta mais a crescer.

O que é um pelo encravado e quais são as causas?

O pelo encravado é um pelo que cresce “para dentro”, pois não encontra passagem para crescer naturalmente “para fora”. A obstrução do folículo piloso ocorre pelo atrito com a roupa ou lâmina de depilação ou barbear. Como consequência, os pelos rapados curvam-se e viram-se para dentro da pele.

Outros fatores que contribuem para a ocorrência de pelo encravado inflamado incluem:

  • Excesso de oleosidade na pele
  • Acne
  • Lesões na pele
  • Transpiração
  • Calor
  • Dermatites
  • Imunidade baixa
  • Uso crônico de alguns remédios tópicos
  • Depilação frequente com cera
  • Muito tempo entre um banho e outro

No início, o pelo encravado provoca desconforto estético. Entretanto, o folículo piloso pode inflamar, causando dor e coceira, além de deixar cicatrizes.

Quais os sintomas de um pelo encravado inflamado?

A inflamação no folículo piloso pode ser superficial ou profunda. Quando o pelo encravado está inflamado superficialmente, surge uma espinha vermelha pequena, que pode ou não conter pus. Os sintomas incluem coceira e aumento da sensibilidade local. A região ao redor também pode apresentar vermelhidão e inflamação.

Se a inflamação atingir áreas mais profundas do folículo piloso, o pelo encravado pode evoluir para um furúnculo, que caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão elevada amarelada no meio, que indica a presença de pus. O folículo piloso pode ser destruído e há mais chances da lesão deixar cicatriz.

Os sintomas nesses casos incluem ainda: dor intensa e hipersensibilidade local, além de vermelhidão numa grande área da pele ao redor.

O/a especialista indicado para diagnosticar e tratar os pelos encravados inflamados é o/a médico/a dermatologista.

Saiba mais em:

Como tirar pelo encravado de forma segura
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O pelo encravado, ou foliculite, muitas vezes apresenta melhora espontânea, mas quando acontece de forma regular ou não melhora rápido, pode ser necessário tratamento específico.

Os tratamentos usados incluem:

  • Cremes tópicos (corticoides, antibióticos ou antifúngicos);
  • Antibióticos por via oral (se necessário);
  • Esfoliantes ou peeling;
  • Depilação a laser ou com luz pulsada e
  • Nunca espremer!

Os cremes tópicos na maioria das vezes resolvem o problema, podendo ser a base de corticoides, antifúngicos e/ou antibiótico. No mercado encontramos diversas composições entre essas substâncias que facilitam o tratamento.

O antibiótico oral é menos utilizado nos casos de foliculite, mas quando já apresenta sinal de infecção de pele, presença de pus, vermelhidão intensa, ou quando o paciente tem outras doenças e risco de evoluir para infecção grave como celulite, está indicado o uso de antibiótico oral associado.

Esfoliantes à base de ácido retinoico e glicólico ou peelings feitos com os mesmos ácidos também podem ser indicados para amenizar o quadro. Durante o tratamento do pelo encravado, não se deve fazer depilação ou a barba.

A depilação a laser ou com luz pulsada pode resolver definitivamente o problema dos pelos encravados na virilha, provocados pela depilação, ou no rosto, provocados pelo ato de se barbear.

Lembrando que não se deve espremer o pelo encravado devido ao risco de provocar uma infecção. Quando a foliculite é persistente, pode ser necessário fazer uma drenagem para eliminar o pus, mas sempre com profissional da área e em ambientes devidamente higienizados.

Os pelos podem ficar encravados em qualquer parte do corpo que tenha pelo, sendo mais frequente em regiões submetidas à depilação ou raspagem frequente como barba, axilas, virilha e coxas. Também é comum a foliculite em couro cabeludo quando existe muita oleosidade.

Como prevenir pelo encravado (foliculite)?

A sociedade brasileira de dermatologia sugere algumas medidas para se prevenir os casos de foliculite, principalmente quem tem a tendência ou predisposição a apresentar foliculite.

1. Higiene da pele: manter a pele limpa, seca e em casos de ferimentos ou irritação na pele, cuidados com curativos;

2. Evitar o uso de sabonetes antissépticos diariamente, pois ressecam a pele e retiram a barreira natural protetora;

3. Fazer uso sempre que possível, do sabonete específico para aquela área, especialmente o rosto;

4. Manter a pele hidratada;

5. Cuidados com depilação ou ao fazer a barba. Descartar a lâmina conforme orientação pelo fabricante. Usar loção após o procedimento, para acalmar e hidratar a pele.

O tratamento do pelo encravado deve ser indicado por um médico dermatologista, conforme o tipo de pele, o grau da infecção e doenças associadas.

Saiba mais em:

O que é paralisia facial? Quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Paralisia facial periférica é a perda parcial ou total dos movimentos dos músculos de um dos lados da face. A paralisia facial pode ser causada por traumatismos, tumores, infecções, derrames, herpes zoster, infecções de ouvido, entre outras causas. Quando não tem uma causa aparente, ela é denominada paralisia facial periférica idiopática ou paralisia de Bell.

A paralisia de Bell representa até 75% dos casos de paralisia facial e caracteriza-se por uma inflamação no nervo facial, responsável pelo transporte dos impulsos nervosos cerebrais para os músculos faciais.

Paralisia facial periférica Quais as causas da paralisia facial periférica?
  • Lesão ou inchaço do nervo facial;
  • Lesões na área do cérebro que envia sinais para os músculos do rosto;
  • Infecção do cérebro ou tecidos circundantes;
  • Doença de Lyme;
  • Sarcoidose;
  • Tumor que pressiona o nervo facial.

Um derrame cerebral pode causar paralisia facial. Com um derrame, outros músculos de um lado do corpo também podem ser comprometidos.

Nos recém-nascidos, a paralisia facial pode ser causada por traumatismo durante o parto.

Quais os sintomas da paralisia facial periférica?

O principal sintoma da paralisia de Bell é a perda súbita dos movimentos da face. Cerca de metade das pessoas também refere dor atrás da orelha que persiste por alguns dias. A dor pode surgir de 2 a 3 dias antes da paralisia facial ou no momento em que ela ocorre.

Também é comum haver diminuição do paladar, alteração na produção de lágrimas (olho seco) e aumento da sensibilidade auditiva (hiperacusia).

Quando a paralisia facial é total, a pessoa apresenta a boca caída e não consegue fechar o olho do lado afetado. Outros sinais e sintomas incluem alterações na sensibilidade da face, na audição, no paladar e na secreção de saliva e lágrima

Devido à interrupção dos movimentos da musculatura do rosto, a paralisia facial provoca dificuldades para falar, mastigar, sugar, deglutir, além de trazer prejuízos estéticos que afetam significativamente o lado emocional da pessoa.

A paralisia facial causada por tumor cerebral geralmente se desenvolve lentamente. Os sintomas incluem dor de cabeça, convulsões ou perda auditiva.

Em mais de 80% dos casos de paralisia de Bell, os movimentos faciais começam a retornar em até 3 semanas. Nas demais situações, os sintomas começam a melhorar entre 3 e 6 meses após a paralisia.

Qual é o tratamento para paralisia facial periférica?

O tratamento da paralisia facial periférica inclui uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia. Alguns casos de paralisia facial periférica podem necessitar de cirurgia para interromper a agressão ao nervo facial.

O tratamento da paralisia de Bell deve começar o quanto antes. São necessários cuidados oculares através do uso de lágrimas artificiais e pomada protetora, uma vez que a pessoa não consegue fechar completamente a pálpebra e apresenta lacrimejamento insuficiente.

Os corticoides estão entre os medicamentos mais eficazes para tratar a paralisia facial periférica. O tratamento deve ter início de preferência nos primeiros 3 dias após surgirem os sintomas.

Também são indicados fisioterapia e exercícios para os músculos da face em frente ao espelho, de maneira a prevenir a atrofia da musculatura e melhorar a sua função.

Se a paralisia de Bell durar de 6 a 12 meses, a cirurgia plástica pode ser indicada para melhorar o fechamento dos olhos e a aparência facial.

Contudo, a grande maioria das pessoas com paralisia de Bell fica completamente curada em 6 meses. Quando a cura não ocorre após esse período, a paralisia facial pode ter alguma causa que precisa ser investigada.

Procure imediatamente um atendimento médico se sentir fraqueza ou dormência no rosto, principalmente se esses sintomas vierem acompanhados de dor de cabeça forte, convulsões ou perda da visão.

O/a médico/a neurologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da paralisia facial.

Como reconhecer os sintomas de câncer de fígado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O câncer de fígado geralmente não causa nenhum sintoma específico e característico da doença. Algumas pessoas podem apresentar:

  • Nodulação e dor leve na região superior do abdômen;
  • Perda de peso;
  • Sensação de satisfação antes de terminar a refeição;
  • Inchaço nas pernas;
  • Olhos amarelados;
  • Icterícia;
  • Inchaço abdominal.

Com o avançar da doença, a pessoa poderá apresentar:

  • Sangramento;
  • Diarreia;
  • Dor óssea;
  • Falta de ar;
  • Alterações na pele.

Na suspeita de câncer no fígado, o/a médico/a deverá proceder à investigação com exames de sangue, exames de imagem como tomografia, ressonância magnética e biópsia hepática caso identifique essa necessidade.

Quais são as características de uma pessoa com síndrome de Down?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pessoa com síndrome de Down apresenta algumas características típicas, como face achatada e arredondada, olhos oblíquos, dobras na pele das pálpebras, nariz pequeno e mais largo, uma única prega na palma da mão, e mais transversal, cabelos finos e pouca quantidade, além de diminuição do tônus muscular.

A língua da pessoa com síndrome de Down é a protusa, a boca costuma estar aberta e observa-se alterações dentárias. O pescoço é mais curto e as orelhas são mais baixas e pequenas.

Bebê com síndrome de Down

Também são características comuns da síndrome de Down: mãos curtas e largas, atraso na articulação da fala, dificuldades motoras e comprometimento intelectual, que reflete em dificuldade na aprendizagem.

Pessoas com síndrome de Down apresentam um déficit físico e mental. As crianças apresentam atraso no desenvolvimento motor e começam a falar e a andar mais tarde que o normal. Assim que aprendem a andar, apresentam pouco equilíbrio.

Crianças com síndrome de Down muitas vezes podem realizar as mesmas atividades que outras crianças, como falar, brincar e ir à escola. Porém, elas só adquirem essas habilidades mais tarde, numa idade que não pode ser determinada.

Por isso, existem programas especiais para bebês com síndrome de Down que podem contribuir muito para que essas crianças atinjam o máximo do seu potencial.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de Down?

Apesar das características físicas da síndrome de Down, o diagnóstico é feito por exame específico, que detecta a trissomia do cromossomo 21. Lembrando que pessoas com síndrome de Down possuem material genético extra nesse par de cromossomos.

É recomendado que a criança com síndrome de Down seja estimulada desde o nascimento para que consiga superar algumas limitações impostas pela genética.

O acompanhamento da pessoa com síndrome de Down é feito por uma equipe multidisciplinar capaz de oferecer um cuidado diversificado e completo.

Entenda para que serve a medula óssea
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A medula óssea, é um tecido gelatinoso localizado no interior dos ossos, onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).

A medula óssea pode ser vermelha ou amarela. A primeira é responsável pela produção das células do sangue, enquanto que a segunda é formada apenas por gordura e não produz células sanguíneas.

Nos bebês recém-nascidos, a medula óssea é toda vermelha. Já nos adultos, a medula óssea vermelha é encontrada apenas nos ossos chatos (esterno, costelas, crânio), nas vértebras da coluna e nos ossos longos do corpo, como fêmur (osso da coxa) e úmero (osso do braço).

À medida que a pessoa envelhece, a medula vermelha dos ossos longos é substituída por tecido gorduroso e torna-se amarela.

É na medula óssea vermelha que são produzidas as células do sangue: hemácias ou eritrócitos (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.

As hemácias são responsáveis pelo transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e também levam o gás carbônico dos tecidos para os pulmões para ser eliminado através da respiração.

Os leucócitos fazem parte do sistema imunológico, são as células de defesa que protegem o organismo contra infecções e agentes invasores.

Já as plaquetas são responsáveis pela coagulação do sangue. São essas células que interrompem um sangramento e impedem que a pessoa sangre sem parar.

O transplante de medula óssea é indicado em casos de doenças que afetam gravemente a produção das células do sangue, como leucemias, anemia aplástica, linfomas, mieloma múltiplo, doenças autoimunes, entre outras.

O transplante consiste na substituição da medula doente por células normais da medula óssea, de maneira que o organismo da pessoa volte a produzir células sanguíneas. A medula óssea usada no transplante pode ser do próprio paciente (transplante autogênico) ou de um doador (transplante alogênico).

O transplante também pode ser realizado a partir de células que darão origem a novas células de medula óssea, obtidas através do sangue do cordão umbilical ou de um doador.

O médico hematologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas com a medula óssea.