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Qual o tratamento para impetigo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para impetigo, seja ele bolhoso ou não bolhoso consiste em:

  • Higiene local e retirada das crostas na maioria das vezes é o suficiente para alcançar a cura;
  • Evitar coçar ou mexer nas lesões, por isso está indicado fechar com curativos;
  • Afastamento da escola, ou atividade laboral, até a cura completa;
  • Pomada de antibiótico e
  • Antibiótico oral, apenas em algumas situações.

Se o impetigo for localizado, a limpeza com água e sabão e a retirada das crostas em geral é o suficiente. Entretanto algumas vezes passa a ser necessário a introdução de pomadas com antibiótico e até mesmo antibiótico oral, nos casos de impetigo de repetição ou muito extenso.

A higienização consiste na remoção e limpeza das crostas, 2 a 3 vezes por dia, com água e sabão. A seguir, a pele deve ser seca com pano limpo ou gaze, e por fim, aplica-se a pomada ou o creme de antibiótico, se indicado.

Por ser uma lesão altamente contagiosa, é importante não tocar nem coçar as lesões, que podem ser cobertas e protegidas com uma gaze ou um curativo. O manuseio das lesões pode além de perpetuar a contaminação, levando a bactéria de um local para outro, contaminar outras pessoas, quando compartilham objetos, como talheres e toalhas.

Impetigo Qual a pomada usada para tratar impetigo?

A pomada mais indicada para casos de impetigo, quando se faz necessário, é a Pomada ou creme de mupirocina, deve ser aplicada nas lesões, após limpeza e remoção das crostas, pelo menos duas vezes ao dia.

Quais são os antibióticos usados para tratar impetigo?

Em casos de impetigo extenso, refratário ou de repetição, é necessário o uso de antibióticos por via oral. O impetigo é considerado extenso quando a área acometida não permite o uso de pomadas devido à sua extensão ou ao número de lesões.

Os antibióticos normalmente escolhidos nesses casos são: Penicilinas (Benzetacil), Cefalosporinas (Cefalexina), Clindamicina ou Doxiciclina (para alérgicos à penicilina).

Lembrando que os antibióticos são medicações de receita controlada, obrigatória, portanto seu uso deve ser prescrito e devidamente orientado pelo/a médico/a assistente.

O tratamento com antibióticos orais por 7 dias é suficiente, na maioria dos casos de impetigo.

Se ao final do tratamento o paciente não apresentar uma resposta satisfatória, deve-se fazer uma coleta da secreção das feridas, e estudo laboratorial, para identificar o tipo de bactéria e iniciar um novo ciclo de antibiótico desta vez guiado pelos exames.

Existe algum tratamento caseiro para impetigo?

A higiene do local pode ser considerada como um "tratamento caseiro" para impetigo, e é o ponto fundamental do tratamento. Por vezes pode não ser suficiente para acabar com a infecção, necessitando de medicamentos tópicos ou orais, mas deve ser realizado de forma cuidadosa para que alcance seu objetivo.

Como prevenir o impetigo?
  • Ter uma boa higiene pessoal;
  • Lavar as mãos com frequência;
  • Evitar o contato com pessoas que estejam com impetigo;
  • Não usar talheres, roupas ou toalhas de outras pessoas;
  • Manter as unhas bem aparadas e limpas.
O que é impetigo e quais são as causas?

O impetigo é uma infecção de pele comum, que acomete a camada mais superficial da pele e atinge principalmente crianças. Pode ser causado por 2 tipos de bactérias: Staphylococcus aureus (mais comum em crianças de qualquer idade) e Streptococcus do grupo A, (mais frequente em crianças de 3 aos 5 anos).

Essas bactérias estão normalmente presentes no nariz e na pele. Quando alguma porta de entrada surge, como cortes pequenos ou picada de inseto, essas bactérias penetram na pele e causam a infecção. O impetigo pode ser transmitido de pessoa para pessoa e é altamente contagioso.

Quais são os sintomas do impetigo?

Os sinais e sintomas do impetigo podem incluir presença de espinhas, feridas ou bolhas vermelhas no rosto, nos braços, nas pernas ou em outras partes do corpo. Os sintomas costumam se manifestar cerca de 4 a 10 dias depois da infecção.

As lesões podem estar cobertas com uma crosta suave, seca e cor de mel. Em alguns casos, as bolhas podem se romper, dando origem ao impetigo bolhoso.

Na maioria dos casos, o impetigo é leve. Contudo, sem tratamento, pode ocorrer dor, inflamação, disseminação da infecção, presença de pus ou febre. Em casos raros, quando o impetigo é causado por estreptococos do grupo A, podem surgir complicações como: glomerulonefrite, febre escarlate e doença estreptocócica invasiva, que pode ser fatal.

O tratamento do impetigo deve ser realizado pelo médico pediatra ou dermatologista.

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Endometriose pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há evidência de que a endometriose possa causar câncer. Além disso, a incidência de câncer não parece ser maior em mulheres com endometriose do que nas mulheres da população em geral. 

No entanto, observa-se que alguns tipo de câncer de ovário são ligeiramente mais frequentes em mulheres com endometriose, por isso muitas vezes pensa-se que a endometriose causaria ou se transformaria em câncer, mas na verdade ainda não se sabe qual é a relação exata entre endometriose e o risco de câncer.

É importante salientar que a endometriose é uma doença benigna e a sua associação com o desenvolvimento de câncer depende de outros fatores, como predisposição genética e fatores ambientais.

Os casos de câncer ovariano relacionados à endometriose costumam se manifestar ainda nas fases iniciais, com lesões de baixo grau e com maiores chances de cura, quando comparados com os casos não associados à endometriose.

A endometriose profunda caracteriza-se pela presença de lesões de endometriose com mais de 5 mm de profundidade.

Saiba mais em: O que é endometriose profunda e quais os sintomas?

Normalmente essas lesões surgem na forma de nódulos e podem acometer qualquer órgão pélvico, sobretudo os ligamentos uterinos, vagina, intestino e bexiga.

Para mais esclarecimentos sobre a endometriose consulte o seu médico ginecologista ou médico de família.

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Quais são os sintomas do câncer de ovário?

O que é endometrioma?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O endometrioma é um cisto que acomete principalmente o ovário, preenchido por sangue escuro envelhecido e tecido endometrial (camada mais interna do útero). Trata-se de uma lesão decorrente de endometriose profunda nos ovários.

Esses cistos se desenvolvem a partir de células da parte mais interna do útero (endométrio) que se fixam na superfície do ovário, podendo acometer apenas um ou os dois ovários ao mesmo tempo.

Os endometriomas pequenos podem medir entre 1 e 3 cm, enquanto que os grandes podem ter mais de 7 cm.

Quais são os sintomas do endometrioma?

Endometriomas com menos de 3 cm normalmente não manifestam sintomas. Já os cistos maiores podem causar:

  • Dor pélvica em um ou ambos os lados, dependendo da localização do cisto;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor intensa durante a ovulação ou menstruação.

Veja aqui os sintomas da endometriose.

Endometrioma tem cura? Como é o tratamento?

Endometrioma tem cura e o tratamento depende dos sintomas, do tamanho do cisto e da avaliação da fertilidade da mulher.

Endometriomas pequenos (menos de 3 cm) que não causam sintomas geralmente não necessitam de tratamento específico, apenas acompanhamento médico.

Já os endometriomas com mais de 3 cm podem ser tratados com medicamentos ou cirurgia. O tratamento medicamentoso geralmente é feito com o hormônio GnRH, que pode reduzir pela metade o tamanho do cisto, mas não é capaz de eliminá-lo completamente.

Nesses casos, o mais indicado é a remoção cirúrgica do endometrioma. Contudo, em alguns casos, o cisto pode voltar a aparecer.

Saiba mais em: Endometrioma tem cura? Qual o tratamento?

O tratamento do endometrioma tem como objetivo aliviar as cólicas menstruais e a dor pélvica, além de restabelecer a fertilidade da mulher.

Conheça a relação entre endometrioma e infertilidade em: Quem tem endometrioma pode engravidar?

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento dos endometriomas.

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Quais são os sintomas da endometriose?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Os sintomas da endometriose podem ser variados, e incluem: dor pélvica (no baixo ventre ou "pé da barriga"), que pode ocorrer diariamente, ou apenas no período menstrual; dores durante relação sexual; dificuldade para engravidar; alterações do hábito intestinal durante o período menstrual, como dores, sangramentos ou diarreia e alterações do hábito urinário, como dor e/ou sangramento ao urinar.

Como a endometriose ocorre pela presença de células do endométrio (camada interna do útero) fora de seu lugar habitual e sujeitas às alterações hormonais, é uma pista importante para o diagnóstico o fato dos sintomas aparecem ou piorarem ciclicamente, junto com a menstruação.

No caso de haver sintomas similares, é necessário uma avaliação ginecológica.

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Endometriose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
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Médico

A cura para a endometriose ainda é controversa. Considera-se que a cura só ocorreria através da retirada do útero (histerectomia) e possivelmente dos ovários (ooforectomia), além da retirada cirúrgica dos focos de endometriose presentes em outros locais (intestino, bexiga, pulmões, peritônio), o que, claro, só deve ser indicado em pacientes com doença muito grave e que não desejam mais engravidar.

Há diversas modalidades de tratamento para endometriose:

  • esperar, para ver se ocorre melhora espontânea;
  • uso de anti-inflamatórios;
  • uso de medicações ou dispositivos, com objetivo de que a paciente pare de menstruar de 6 meses a um ano, como: contraceptivos orais ("pílula"), DIU com progesterona, danazol, gestrinona, leuprolide, goserelina, inibidores de uma enzima chamada aromatase.
  • cirúrgico: por videolaparoscopia, com objetivo de destruir implantes de células do endométrio, ou definitiva, na tentativa de "curar" a endometriose.

O seguimento e o tratamento deve ser feito por médico ginecologista.

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O que é endometriose profunda e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Endometriose profunda é uma forma grave de endometriose, que caracteriza-se pela presença de tecido endometriótico (lesões) com mais de 5 mm de profundidade. Essas lesões de endometriose profunda normalmente surgem na forma de nódulos e são ricas em fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.

Endometriose é a presença de tecido uterino (endométrio) em outro local que não seja o útero. O endométrio é a camada mais interna do útero, que sangra durante a menstruação. Por isso, se não estiver no útero durante o período menstrual, esse tecido irá provocar dor ou alterações no local onde estiver.

Tecido com Endometriose

A endometriose profunda pode acometer qualquer órgão da pelve, sobretudo os ligamentos uterinos, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres.

Quais são os sintomas da endometriose profunda?

Os principais sintomas da endometriose profunda incluem cólicas menstruais (dismenorreia), dor durante a relação sexual (dispareunia), dor pélvica, ciclos menstruais irregulares, dor à mobilização do colo do útero durante o exame ginecológico e diarreia durante o período menstrual.

Quando a doença atinge os ovários pode provocar o desenvolvimento de endometrioma, um cisto ovariano preenchido com sangue escuro envelhecido e tecido endometrial.

Leia também: O que é endometrioma?

A presença de endometrioma pode ser um indicador de gravidade da endometriose profunda, uma vez que o número médio de lesões de endometriose profunda é maior em mulheres com endometrioma.

A endometriose profunda não tem cura, mas possui tratamentos que melhoram a qualidade de vida da paciente.

Saiba mais em: Como é a cirurgia de endometriose?

O diagnóstico e tratamento da endometriose é da responsabilidade do médico ginecologista.

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O que são mamilos invertidos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Mamilo invertido é quando o mamilo (bico do seio) é interiorizado na mama e, portanto não fica projetado para fora do seio.

Ele pode ocorrer em apenas uma das mamas ou em ambas. Ele pode ser congênito, quando a pessoa já nasce com ele nesse formato ou adquirido ao longo da vida.

A presença de mamilo invertido pode ter causas benignas ou malignas. A inversão do mamilo por causas benignas ocorre de forma gradual ao longo dos anos. Quando a inversão ocorre de forma abrupta, as causas podem ser malignas, vinculadas a mudanças pós cirúrgicas ou devido a processos inflamatórios.

Em alguns casos, a avaliação do mamilo invertido deverá ser feita com outros exames além do exame físico como mamografia, ultrassom ou biópsia.

Por razões estéticas, algumas mulheres optam pela realização da cirurgia de correção mamilar, apesar de não haver uma indicação clínica para tal procedimento.

Caso você tenha mamilos invertidos, você pode consultar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

O que é distrofia muscular?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Distrofia muscular é um termo que se refere a várias doenças genéticas que causam perda progressiva de força muscular e degeneração dos músculos esqueléticos. Todas as distrofias musculares pioram progressivamente, à medida que as células musculares se degeneram e enfraquecem.

As distrofias musculares são hereditárias, o que significa que são transmitidas dos pais para os filhos. Elas podem se manifestar na infância ou na idade adulta, mas as formas mais graves tendem a ocorrer na primeira infância.

Quais os tipos de distrofia muscular?

Existem vários tipos de distrofia muscular. Os principais são:

  • Distrofia muscular de Becker;
  • Distrofia muscular de Duchenne;
  • Distrofia muscular de Emery-Dreifuss;
  • Distrofia muscular fácio-escápulo-umeral;
  • Distrofia muscular da cintura escapular ou pélvica;
  • Distrofia muscular oculofaríngea;
  • Distrofia muscular miotônica.

A gravidade da incapacidade depende do tipo de distrofia muscular. Todos os tipos de distrofia pioram lentamente, mas a rapidez com que isso acontece varia amplamente.

Alguns tipos de distrofia muscular, como a distrofia muscular de Duchenne em crianças, causam grande incapacidade. Outros tipos causam pouca incapacidade e as pessoas têm uma vida útil normal.

Quais as causas da distrofia muscular?

Dentre as possíveis causas da distrofia muscular, estão:

  • Formação inadequada ou falta de proteínas fundamentais para o funcionamento da célula muscular;
  • Problemas no metabolismo que prejudicam a nutrição dos músculos;
  • Disfunção das glândulas endócrinas;
  • Deficiência dos nervos periféricos.

A distrofia muscular ocorre principalmente em meninos, sendo rara no sexo feminino.

Quais os sintomas da distrofia muscular?

Os sintomas da distrofia muscular variam entre os diferentes tipos da doença. Todos os músculos podem ser afetados ou apenas grupos específicos, como os da pelve, ombros ou face. A fraqueza muscular piora lentamente e os sinais e sintomas podem incluir:

  • Atraso no desenvolvimento das habilidades musculares e motoras;
  • Dificuldade em usar um ou mais grupos musculares;
  • Salivação constante;
  • Pálpebra caída;
  • Quedas frequentes;
  • Perda de força em um músculo ou grupo muscular quando adulto;
  • Diminuição do volume dos músculos;
  • Dificuldade para caminhar (atraso na caminhada).

Frequentemente, há perda de massa muscular devido à atrofia da musculatura. Isso pode ser difícil de observar, porque alguns tipos de distrofia muscular causam um acúmulo de gordura e tecido conjuntivo que faz o músculo parecer maior (pseudo-hipertrofia).

Uma pessoa com distrofia muscular pode apresentar ainda coluna curvada para os lados (escoliose), contraturas musculares (pé torto, dedos em garra) e tônus muscular baixo (hipotonia). Alguns tipos de distrofia muscular comprometem o miocárdio (músculo cardíaco), causando cardiomiopatia ou ritmo cardíaco anormal (arritmia).

Quando surgem os primeiros sintomas da distrofia muscular?

Os sintomas da distrofia muscular começam a ser percebidos por volta dos 2 anos de idade. A criança tem tendência para andar na ponta dos pés e cair e raramente consegue correr.

Em seguida, surgem outros sinais decorrentes da fraqueza muscular, como:

  • Dificuldade para subir e descer escadas, pular e levantar do chão;
  • Mais ou menos aos 3 anos a criança deixa de esticar e dobrar o joelho;
  • Dificuldade para realizar tarefas em que os braços têm que ser levantados, como lavar ou pentear os cabelos, alcançar objetos em prateleiras altas;
  • Dificuldade em usar caneta ou lápis;
  • Falta de firmeza para manipular objetos com as mãos;
  • Dificuldade para assobiar e chupar canudos devido à fraqueza dos músculos da face.

Em geral, entre 10 e 12 anos de idade a criança precisa usar cadeira de rodas para se locomover. Quando chega na adolescência, geralmente já não consegue andar.

A respiração vai ficando cada vez mais curta devido à perda de força do músculo diafragma, principal músculo respiratório. A pessoa pode precisar ficar acamada.

É importante lembrar que grande parte dos pacientes com distrofia muscular não tem alterações na sua capacidade intelectual.

Existe tratamento para distrofia muscular?

A distrofia muscular não possui um tratamento específico capaz de reverter o processo de perda de força dos músculos. Até o momento, não há medicamentos ou exercícios que impeçam o progressivo enfraquecimento muscular. Portanto, a distrofia muscular não tem cura e o tratamento visa controlar os sintomas.

Contudo, a fisioterapia motora e respiratória, a terapia ocupacional e a hidroterapia podem melhorar muito a qualidade de vida do paciente e prolongar a sua expectativa de vida, que pode ultrapassar os 35 anos nos países desenvolvidos.

A fisioterapia pode ajudar a manter a força e o funcionamento muscular. Dispositivos ortopédicos para as pernas e cadeira de rodas podem melhorar a mobilidade e a independência.

É importante que a pessoa seja o mais ativa possível. A inatividade completa, como o repouso absoluto, pode piorar a doença.

Às vezes, são prescritos corticoides orais para crianças com alguns tipos de distrofia muscular com o objetivo de mantê-las andando o maior tempo possível.

Em alguns casos, a cirurgia da coluna ou da perna pode ajudar a melhorar a função. Alguns pacientes com fraqueza respiratória podem se beneficiar dos dispositivos de assistência respiratória.

É possível prevenir a distrofia muscular?

O aconselhamento genético é recomendado quando há histórico familiar de distrofia muscular. As mulheres podem não manifestar sintomas, mas ainda sim são portadoras do gene que causam o distúrbio. A distrofia muscular de Duchenne pode ser detectada com aproximadamente 95% de precisão através de estudos genéticos realizados durante a gravidez.

O diagnóstico da distrofia muscular deve ser feito preferencialmente por um médico neurologista.

Quem já teve sífilis pode ter filhos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem já teve sífilis pode ter filhos, desde que a doença tenha sido tratada e os exames de sangue confirmem que a mulher e o homem estejam curados.

Mulheres que já tiveram sífilis podem engravidar, mas é preciso que o tratamento tenha sido feito corretamente e a doença esteja completamente curada.

Se a mulher engravidar com sífilis ou adquirir a doença durante a gravidez e não tratá-la, a sífilis pode ser transmitida para o bebê e provocar malformações, morte fetal ou aborto espontâneo.

A sífilis possui tratamento que pode ser feito mesmo durante a gestação. Durante o pré-natal, o exame de detecção da sífilis é solicitado e deve ser feito juntamente com outros exames. Esse acompanhamento é fundamental para a saúde da gestante e o bem-estar do feto.

Quanto aos homens que já tiveram sífilis, também devem se certificar que estão completamente curados antes de tentarem ter filhos, pois podem infectar a parceira e esta pode transmitir a doença para o bebê.

Quando ambos estão infectados (homem e mulher) o tratamento deve ser feito em conjunto.

O tratamento da sífilis é feito com o antibiótico penicilina.

Saiba mais em:

Qual a diferença entre atrofia, distrofia e hipertrofia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para melhor compreender a diferença entre atrofia, distrofia e hipertrofia é preciso conhecer o que significa cada uma dessas alterações celulares:

  • Atrofia (hipotrofia): Diminuição do tamanho da célula. Quando um número suficiente de células passa por essa adaptação, ou redução de tamanho, todo o órgão ou tecido também diminui de tamanho.

    • Exemplo: Um bom exemplo de atrofia pode ser observado após tirar o gesso de um braço ou de uma perna: o membro fica "mais fino" devido à redução do volume muscular (atrofia).
    • Causas:
      • Compressão do órgão ou tecido afetado.
      • Envelhecimento;
      • Perda de estímulos hormonais;
      • Má nutrição;
      • Redução do aporte sanguíneo;
      • Perda da inervação;
      • Diminuição da carga de trabalho, ou de exercícios;
  • Hipertrofia: Aumento do tamanho das células, com consequente aumento do órgão ou tecido. Trata-se de uma resposta adaptativa da célula a estímulos mecânicos ou hormonais.
    • Exemplos:
      • Hipertrofia muscular: Aumento do tamanho do músculo, cujas células tiveram que se adaptar para poderem suportar uma maior carga de trabalho;
      • Hipertrofia do miocárdio (músculo cardíaco): Pode ocorrer em pessoas com pressão alta, pois o coração bombeia o sangue com mais força para a artéria aorta;
      • Hipertrofia de hepatócitos (células do fígado): O uso de medicamentos barbitúricos pode provocar um aumento das células hepáticas.
    • Causas:
      • Maior demanda funcional;
      • Estimulação hormonal (por exemplo, uso de testosterona na forma de anabolizantes para ganhar massa muscular).
  • Distrofia: Qualquer distúrbio na formação da célula que afeta o seu desenvolvimento e crescimento. O termo é bastante abrangente, sendo largamente usado para designar processos regressivos ou degenerativos.
    • Exemplo:
      • Distrofia muscular. O termo refere-se a várias doenças genéticas que provocam perda de força progressiva e degeneração dos músculos esqueléticos. Todos os tipos de distrofia muscular pioram progressivamente, à medida que os músculos se degeneram e enfraquecem;
    • Causas: Grande parte das distrofias tem origem genética.

Portanto, atrofia, distrofia e hipertrofia são alterações ou adaptações que a célula pode sofrer quando submetida a estímulos fisiológicos ou patológicos. Muitas vezes tais alterações são necessárias para a própria sobrevivência da célula.

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O que pode causar fraqueza muscular?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A fraqueza muscular pode ter várias causas:

  • doenças neurológicas: esclerose amiotrófica lateral, paralisia de Bell, paralisia cerebral, síndrome de Guillain-Barré, esclerose múltipla, compressão de um nervo (por exemplo, causada por um disco deslocado na espinha vertebral), derrame (acidente vascular cerebral), poliomielite, miastenia gravis, mielite transversa, deficiência de vitamina B12, neuropatia diabética;
  • doenças musculares: distrofia muscular de Becker, dermatomiosite, distrofia muscular de Duchenne, distrofia miotônica;
  • doenças metabólicas: doença de Addison, hiperparatireoidismo, baixos níveis de sódio ou potássio, tireotoxicose;
  • problemas psicológicos: depressão, sintomas imaginários, histeria (reação de conversão), fibromialgia, síndrome da fadiga crônica;
  • outros: botulismo, envenenamento (inseticidas, ostras), anemia.

Leia também: O que é distrofia muscular?

Ao avaliar o sintoma de fraqueza muscular, é importante saber:

  • início e tempo de duração: algumas doenças, como as distrofias musculares e a paralisia cerebral são de início nos primeiros anos de vida;
  • se é objetiva ou subjetiva, ou seja, se há diminuição de força muscular no exame clínico ou não;
  • quais membros são acometidos: no caso da esclerose múltipla, compressão de nervo e derrame, o acometimento usualmente é assimétrico;
  • quais partes do corpo são acometidas: no caso da neuropatia diabética e deficiência de B12, por exemplo, o acometimento é distal e simétrico; já na dermatomiosite, o acometimento usualmente é proximal;
  • antecedentes familiares e pessoais de doenças ou sintomas similares.

Para determinar a causa da fraqueza muscular é indispensável a realização de um exame clínico completo, incluindo o exame neurológico. Muitas vezes, será necessária a realização de exames complementares, como uma eletroneuromiografia e alguns exames laboratoriais para determinar a causa da fraqueza muscular.

Se você apresentar fraqueza muscular exagerada, não associada a infecções agudas ou esforço físico, deve procurar um médico neurologista ou um pronto atendimento para uma melhor avaliação e tratamento.

Qual a diferença entre endometriose e endometrioma?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O endometrioma é um cisto que acomete principalmente o ovário, sendo considerado uma forma de manifestação localizada da endometriose. Já a endometriose é o crescimento de tecido do endométrio (camada mais interna do útero) fora da cavidade uterina.

A endometriose é uma doença benigna, que caracteriza-se pela presença de tecido endometrial em outros locais que não o útero, tais como:

  • Ovários;
  • Peritônio (tecido que recobre os órgãos);
  • Intestino;
  • Ligamentos uterinos;
  • Região posterior do colo uterino.

A endometriose pode se manifestar de forma difusa ou localizada. O endometrioma pode ser definido como uma forma de manifestação localizada da endometriose.

Leia também: O que é endometriose?

O conteúdo do endometrioma é composto por sangue escuro envelhecido e tecido endometrial. Esses cistos acometem os ovários em cerca de 70% dos casos, podendo medir mais de 7 cm em alguns casos.

Ainda não se sabe ao certo a origem do endometrioma. Uma das teorias sugere a penetração de um foco de endometriose localizado na superfície do ovário. Outra admite que o cisto se forma a partir de sangue menstrual que se deposita na superfície do ovário e penetra no órgão.

Saiba mais sobre endometrioma, seus sintomas e tratamento em:

O que é endometrioma?

Endometrioma tem cura? Qual o tratamento?

Tanto o endometrioma como a endometriose possuem tratamento, que pode incluir medicamentos, terapia hormonal ou cirurgia.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e escolha do tratamento mais indicado.