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Quais são os tipos de meningite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem vários tipos de meningite, classificados de acordo com a causa:

  • Meningite viral, causada por vírus;
  • Meningite bacteriana, causada por bactéria;
  • Meningite fúngica, causada por fungos;
  • Meningite medicamentosa, causada por medicamentos;
  • Meningite carcinomatosa, causada por câncer;
  • Meningite inflamatória, causada por doenças inflamatórias;

Todos os tipos de meningite apresentam sintomas semelhantes. A principal diferença entre elas está na rapidez e na intensidade com que o quadro evolui.

Dentre todos os tipos de meningite, as meningites virais e as bacterianas são as mais comuns e também são aquelas que podem causar surtos e epidemias.

O que é meningite viral?

Meningite viral é um tipo de meningite causada por vírus. Os seus sintomas mais comuns são:

  • Dor de cabeça;
  • Fotofobia (sensibilidade aumentada à luz);
  • Rigidez de nuca (dificuldade em encostar o queixo no peito);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre.

Quando a doença é causada por enterovírus, o paciente também pode apresentar:

  • Manifestações gastrointestinais e respiratórias;
  • Dor muscular;
  • Erupção cutânea.

Geralmente as meningites virais têm evolução rápida e benigna, sem complicações, exceto nos casos de pessoas com o sistema imunológico debilitado.

Quais os vírus que podem causar meningite viral?

Os principais vírus causadores de meningites virais são:

  • Enterovírus;
  • Arbovírus, principalmente o vírus da febre do Nilo Ocidental;
  • Vírus do sarampo;
  • Vírus da caxumba;
  • Vírus da coriomeningite linfocítica;
  • HIV-1;
  • Adenovírus;
  • Vírus do grupo do herpes:
    • Herpes simples tipo 1 e tipo 2;
    • Varicela zoster;
    • Epstein-Barr;
    • Citomegalovírus.

A transmissão das meningites virais pode ocorrer pela saliva (tosse, espirro, fala, beijo) ou pelas fezes, no caso dos enterovírus, que habitam o intestino.

A meningite viral normalmente não precisa de um tratamento específico, sendo apenas controlados os sintomas com medicamentos para dor e febre, além de acompanhamento rigoroso para observar de forma precoce sinais de complicação da doença.

O que é meningite bacteriana?

As meningites bacterianas são aquelas causadas por bactérias. É o tipo de meningite mais grave, podendo levar à morte se não for tratada a tempo.

Os seus sinais e sintomas incluem:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça intensa e contínua;
  • Dor no pescoço;
  • Vômitos, algumas vezes em jato;
  • Náuseas;
  • Rigidez de nuca (dificuldade em encostar o queixo no peito);
  • Manchas vermelhas na pele, no caso da meningite meningocócica.
Quais as bactérias que podem causar meningite bacteriana?

As principais bactérias que podem causar meningite são:

  • Meningococo (meningite meningocócica);
  • Pneumococo (meningite pneumocócica);
  • Haemophilus influenzae tipo B.

Veja também: Qual a diferença entre meningite viral e bacteriana?

A meningite meningocócica é a mais grave de todas, não só por apresentar maior risco de morte e de deixar sequelas após o tratamento, mas também pelo potencial que tem de provocar surtos e epidemias, uma vez que é a mais facilmente transmissível pelas vias respiratórias.

Já as meningites causadas por pneumococo e Haemophylus são menos frequentes porque temos disponíveis vacinas, as quais são bastante eficazes para prevenir esses dois tipos.

O tratamento das meningites bacterianas é feito com medicamentos antibióticos específicos para o tipo de bactéria.

O que é meningite fúngica?

A meningite fúngica é causada por um fungo. Normalmente ocorre quando o sistema imunológico está debilitado, como no caso de pessoas com AIDS, câncer ou que estão fazendo terapia com imunossupressores.

É um tipo de meningite que pode ser crônica e de difícil diagnóstico e tratamento, podendo apresentar os seguintes sinais e sintomas:

  • Dor de cabeça;
  • Irritabilidade;
  • Confusão mental;
  • Náuseas e vômitos;
  • Febre;
  • Rigidez de nuca;
  • Coma, em alguns casos.
Quais os fungos que podem causar meningite fúngica?

O principal fungo causador de meningite fúngica é o criptococo, que está presente no solo, frutas estragadas e fezes ressecadas de pombos.

A meningite causada por criptococos é uma das doenças oportunistas da AIDS, pois se aproveita da baixa imunidade do doente.

As meningites fúngicas não são transmitidas de pessoa para pessoa e o tratamento é feito com antifúngico endovenoso.

Toda vez em que houver quadro semelhante aos descritos acima, que levem a suspeita de meningite, você deve procurar imediatamente uma emergência médica para avaliação e orientação.

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O que é meningite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. As meningites são causadas principalmente por vírus (meningite viral) e bactérias (meningite bacteriana).

A meningite também pode ser provocada por fungos (meningite fúngica), parasitas, lesões físicas, infecções (otites, por exemplo), câncer e uso de medicamentos.

A inflamação geralmente é decorrente de alguma infecção no líquido cefalorraquidiano, que fica entre as meninges e a medula espinhal e entre as meninges e o cérebro. As meningites podem causar lesões no cérebro e na medula.

As meningites virais são as mais frequentes e costumam ser menos graves. A meningite bacteriana, causada principalmente pelas bactérias Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae (pneumococo), é bem mais grave e pode ser fatal.

Streptococcus pneumoniae (pneumococo), bactéria causadora de meningite bacteriana pneumocócica.

A meningite fúngica é mais rara e afeta sobretudo pessoas com o sistema imunológico comprometido, como as pessoas com diabetes, câncer, HIV/AIDS.

Apesar de ter tratamento, a taxa de mortalidade da meningite é alta, variando entre 5% e 15% dos casos. Quando não leva a óbito, a meningite pode deixar sequelas, como surdez e atraso do desenvolvimento psicomotor, em até 25% das pessoas que ficam doentes.

Qualquer pessoa pode contrair meningite, mas sabe-se que a doença atinge sobretudo crianças com menos de 5 anos.

Quais são os sintomas da meningite?

Os sintomas da meningite incluem febre, dor de cabeça, rigidez ou dor na nuca, náuseas, vômitos, manchas vermelhas ou roxas na pele (meningite meningocócica), dores musculares, confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar.

As manchas na pele não desaparecem quando são pressionadas. No início, surgem manchas pequenas, que depois evoluem para manchas roxas ou negras. Esse sinal indica a passagem de sangue dos vasos sanguíneos para os tecidos localizados abaixo da pele.

Nos bebês, a meningite causa febre, irritação, cansaço, falta de apetite, endurecimento ou elevação da moleira, gemidos ao tocar na criança, inquietação, choro agudo, rigidez ou moleza corporal.

No início, os sintomas da meningite podem ser confundidos com os de uma gripe ou gastroenterite. Contudo, a evolução da doença pode ser rápida, podendo levar a óbito em poucas horas.

Na meningite bacteriana do tipo meningocócica, os sintomas geralmente começam a se manifestar depois de 4 dias que ocorreu a infecção. Porém, o período de incubação pode variar de 1 a 10 dias.

Como ocorre a transmissão da meningite?

A meningite viral pode ser transmitida pela saliva (fala, tosse, espirro, beijo) ou pelas fezes. A meningite bacteriana geralmente é transmitida de pessoa para pessoa através do contato com a saliva (tosse, espirro, fala, beijo) da pessoa doente ou portadora da bactéria.

É importante lembrar que a maioria das pessoas está imune contra muitos dos vírus e bactérias que podem causar meningites.

Porém, nem todas as meningites são contagiosas ou transmissíveis, pois isso depende da sua causa. Se a doença for provocada por um traumatismo craniano, por exemplo, ela não é transmissível.

Contudo, as meningites virais e bacterianas são altamente contagiosas e podem provocar surtos e epidemias.

Meningite bacteriana

A meningite meningocócica, por exemplo, é um tipo de meningite bacteriana, causada pela bactéria meningococo. Além de ser muito contagiosa, provoca um quadro grave e de evolução rápida. O mesmo acontece com a meningite pneumocócica, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que apresenta um elevado risco de morte e sequelas graves.

Meningite viral

A meningite viral é menos grave e mais comum que a meningite bacteriana e pode melhorar sem um tratamento específico.

Qual é o tratamento para meningite?

O tratamento da meningite depende do agente causador (vírus, bactéria, fungo). As meningites bacterianas necessitam de tratamento imediato com antibióticos específicos para o tipo de bactéria e o/a paciente precisa ficar internado/a.

O tratamento das meningites virais incluem repouso, cuidados gerais e medicamentos para aliviar os sintomas. Os antibióticos não são necessários. Pode, ou não, haver necessidade de internação, dependendo do caso. Na maioria dos casos, a meningite viral resolve-se espontaneamente sem necessidade de tratamento.

É possível prevenir a meningite? Existe alguma vacina?

Sim, existe vacina contra certos tipos de meningite meningocócica (tipos A, C, W e Y), pneumocócica e por Haemophilus influenzae tipo b. Elas estão incluídas no Calendário Nacional de Imunização e são disponibilizadas gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Outras formas de prevenir a meningite incluem cuidados como evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e higienizar adequadamente os ambientes (casa, escolas, hospitais, creches).

Procure o/a médico/a clínico geral ou médico/a de família o mais rápido possível na presença de sinais e sintomas de meningite. O diagnóstico e tratamento precoce pode evitar sequelas e complicações que podem inclusive provocar a morte do/a paciente.

Saiba mais em:

Meningite tem cura? Qual o tratamento?

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Meningite é contagiosa? Como ocorre a transmissão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Sim, meningite é contagiosa, principalmente a viral e a bacteriana, que são transmitidas de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva ou secreção expelidas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar ou beijar.

No caso da meningite viral causada por enterovírus (vírus que habitam o intestino), a transmissão ocorre pelo contato com fezes infectadas pela via fecal-oral.

É importante lembrar que não é preciso estar com meningite para transmitir a doença. A pessoa pode ter o vírus ou a bactéria e não desenvolver meningite, mas pode transmitir a doença mesmo assim. Isso pode ocorrer na meningite meningocócica, por exemplo, em que a pessoa tem a bactéria na garganta, não está doente, mas pode transmitir o micróbio, sobretudo pelobeijo.

Para ocorrer a transmissão da meningite é necessário haver contato íntimo e prolongado (morar na mesma casa, compartilhar o mesmo quarto). Daí o convívio com pessoas doentes ou infectadas ser importante para o contágio.

As crianças com menos de 1 ano são as mais suscetíveis às meningites, pois ainda não desenvolveram anticorpos capazes de combater os vírus e as bactérias que causam a doença.

Como prevenir a meningite?
  • Tomar a vacina, que protege contra os tipos A, B, C, W e Y da meningite meningocócica (saiba mais em: Vacina para meningite B provoca alguma reação ou efeito colateral?);
  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Lavar as mãos depois de ir ao banheiro;
  • Limpar e higienizar adequadamente os ambientes;
  • Detectar e tratar precocemente os casos de meningite para evitar que a doença seja transmitida.

Procure imediatamente um médico se tiver tido contato com alguém doente ou se apresentar algum dos sintomas da meningite.

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Para que serve o exame ELISA?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

O exame ELISA serve para detectar anticorpos específicos no sangue. O teste é utilizado para diagnosticar diversas doenças que promovem a produção de anticorpos, como doenças infecciosas (HIV, Doença de Chagas...), doenças autoimunes e ainda alergias.

A palavra ELISA vem do inglês Enzyme-Linked Immunosorbent Assay, que em português significa ensaio de imunoabsorção enzimática. 

O exame é realizado mediante a fixação de um antígeno (vírus, por exemplo) numa superfície sólida. Depois, liga-se ao antígeno um anticorpo ligado a um marcador enzimático. 

No caso do resultado ser positivo, a coloração do produto usado na placa de teste fica alterada.

ELISA serve para detectar HIV?

Sim, o ELISA também é usado para detectar anticorpos anti-HIV no sangue. Portanto é um teste usado para saber se a pessoa está ou não infectada pelo HIV.

O teste ELISA procura os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico para combater a infecção pelo vírus HIV.

Contudo, como pode demorar semanas ou até meses para esses anticorpos estarem presentes em grandes quantidades no sangue, o ELISA pode dar falso negativo ou indeterminado se for feito logo nos primeiros dias ou semanas após a infecção.

Por isso, o teste ELISA não é considerado seguro para detectar uma infecção aguda pelo HIV. Para infecções agudas existem outros testes específicos capazes de rastrear o vírus.

Quanto tempo depois da infecção o ELISA detecta o HIV?

O ELISA geralmente positiva após 1 a 3 meses da contaminação. Mesmo assim, para confirmar a infecção pelo HIV, é necessário realizar outro exame, mais específico, que pode ser o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta para HIV-1 ou o Imunoblot.

Esse teste adicional é necessário porque o ELISA pode dar um resultado falso positivo se a pessoa for portadora de determinadas doenças, como artrite reumatoide, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer.

O teste de HIV pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), Hospitais e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

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Como é feito o diagnóstico do HIV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O diagnóstico do HIV é feito a partir do resultado do exame de sangue específico.

Há vários tipos de testes disponíveis: teste de triagem, teste confirmatório, testes moleculares. Nesses testes, o/a paciente realiza a coleta de sangue em laboratório e o resultado é liberado em média após 4 horas.

Os testes rápidos ganharam visibilidade pela facilidade na realização, acessibilidade e a rapidez na liberação do resultado que pode demorar menos de meia hora. Eles podem ser feitos a partir de uma gota de sangue retirada do dedo da pessoa ou a partir da saliva captada por um dispositivo. Os testes rápidos são disponibilizados em unidades móveis e em algumas unidades de saúde e hospitais.       

Apesar de atualmente ser rara, falha no diagnóstico pode ocorrer e, em alguns casos, pode ser necessária a repetição com outros testes para confirmação. Outra consideração que deve ter é a questão da janela imunológica, o período no qual há presença do vírus no organismo da pessoa, porém ainda não houve uma resposta do sistema imune capaz de ser detectada nos testes.  

Todos esses testes são gratuitos e podem ser feitos a qualquer momento nas Unidades de Testagem Móvel ou nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Leia também: Para que serve o exame ELISA?

Como é feito o exame do HIV?
Dra. Nicole Geovana
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Medicina de Família e Comunidade

O exame do HIV é feito a partir da coleta de sangue. O exame de sangue solicitado com esse fim específico, o anti-HIV, detecta os anticorpos produzidos contra o vírus. Quando o exame de sangue anti-HIV é positivo, há necessidade de realização de um outro tipo de exame a título de confirmação. Esse tipo de exame detecta a presença do RNA do vírus.

Outro exame disponível é o teste rápido de detecção do HIV realizado a partir de uma gota de sangue tirada do dedo da pessoa.        

Outra opção atualmente disponível é o exame a partir do fluído oral da pessoa. Nesse exame, o/a profissional de saúde orienta a coleta da secreção do interior da boca da pessoa utilizando uma haste que deve ser friccionada na gengiva superior e inferior dos dentes.

A coleta de sangue realizada em laboratório segue o procedimento de um outro exame qualquer em que o sangue é retirado do braço da pessoa em menos de 5 minutos. O resultado do exame geralmente é liberado em 24 horas a depender do laboratório.

Os testes rápidos (gota de sangue e fluído oral) é indicado em apenas algumas situações. O tempo para liberar o resultado em geral não excede os 30 minutos.

Todos eles são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado nas unidades de saúde do sistema.

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Fiz 3 exames de HIV e todos deram negativo, mas ainda acho que tenho o vírus. O teste de HIV é confiável?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, os exames e testes de HIV são confiáveis e seguros, com uma eficácia que pode chegar aos 100%.

Se a camisinha estourou durante o sexo anal, existe o risco de contaminação maior, mas se você já fez 3 testes de HIV (o primeiro, 6 meses depois da relação e os outros dois, 1 ano e meio depois) e todos deram negativo, é extremamente improvável que você tenha o vírus.

O teste de HIV mais comum procura os anticorpos que o corpo produz contra o vírus HIV. É o teste EIA, também conhecido como ELISA.

Os testes rápidos de HIV, realizados no sangue ou fluidos orais, são testes que detectam os anticorpos contra o HIV.

Porém, como os anticorpos podem demorar semanas ou meses para estarem presentes no sangue, o teste ELISA e o Western Blot podem dar negativo ou indeterminado se forem feitos nesse período.

Leia também: Para que serve o exame ELISA?

Portanto, não são testes confiáveis para identificar uma infecção aguda pelo HIV.

Existe um outro teste de HIV que rastreia o próprio vírus, conhecido como RNA do HIV ou carga viral. Este exame já é capaz de detectar o HIV cerca de 5 dias após a infecção, sendo bastante útil em casos de infecção aguda pelo HIV.

Se um teste de anticorpos de HIV der resultado negativo ou indeterminado e um teste de RNA der positivo, é bem provável que haja uma infecção aguda pelo HIV.

O diagnóstico precoce do HIV (até 72 horas após o contágio) permite iniciar o tratamento que protege contra a propagação da infecção. Veja mais sobre o assunto em: O que é PEP?

Se você ainda acha que está infectado pelo HIV, mesmo com 3 testes negativos, procure o/a médico/a infectologista e leve esses exames na consulta. Procurar um/a psicólogo/a pode ser uma boa opção para se livrar dessa ideia fixa de que está com HIV.

O que é lipodistrofia e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lipodistrofia é um conjunto de alterações que ocorrem na distribuição da gordura subcutânea, que está abaixo da pele, causada por problemas no metabolismo. A lipodistrofia pode ocorrer sobretudo em pessoas com diabetes ou que fazem tratamento com antirretrovirais para o HIV.

Os sinais e sintomas da lipodistrofia caracterizam-se por alterações na redistribuição da gordura corporal, que podem se manifestar das seguintes formas:

  • Lipoatrofia: Diminuição da gordura em braços, pernas, rosto e nádegas, o que pode deixar os músculos e as veias de pernas e braços bem visíveis;
  • Lipo-hipertrofia: Concentração excessiva de gordura em determinados locais, como: abdômen, nuca, região dorsal (entre os ombros), tórax, ao redor do pescoço e região pubiana. Leva ainda ao crescimento das mamas nos homens e aumento das mesmas nas mulheres.

A lipodistrofia também pode se manifestar de forma mista, com associação de lipoatrofia e lipo-hipertrofia.

Nas mulheres, a lipoatrofia leva à perda de gordura no quadril e pernas e deixa os braços com as veias mais proeminentes. Quando há acúmulo de gordura (lipo-hipertrofia), o aumento das mamas e o aparecimento de giba (corcova) são muito frequentes.

Nos homens, a gordura acumula-se principalmente no abdômen, que fica mais consistente e estufado.

Além das alterações na distribuição da gordura corporal, a lipodistrofia também pode aumentar os níveis de triglicérides, colesterol e açúcar no sangue.

O tratamento da lipodistrofia inclui procedimentos estéticos e realização de atividade física. A prática de exercícios físicos, aliada a uma alimentação saudável, previne e melhora a lipodistrofia.

Leia também: Lipodistrofia tem cura? Qual o tratamento?

Lipodistrofia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Lipodistrofia não tem cura, mas existem tratamentos capazes de minimizar os seus efeitos. Dentre os tratamentos mais eficazes para a lipodistrofia estão:

  • Correções estéticas através de enxertos permanentes ou provisórios;
  • Cirurgias plásticas, como mamoplastia (redução das mamas), implante de próteses de silicone em determinadas partes do corpo e lipoaspiração;
  • Exercícios físicos visando hipertrofia muscular e perda de peso;
  • Controle das alterações metabólicas comumente associadas à lipodistrofia, como aumento dos níveis de colesterol, triglicérides e açúcar no sangue.

A lipoaspiração é uma boa opção de tratamento para os casos de acúmulo de gordura (lipo-hipertrofia). A gordura retirada também pode ser usada como enxerto em áreas com perda de gordura (lipoatrofia), como nádegas e coxas.

Injeções com um tipo de gel (polimetilmetacrilato) também podem ser usadas para preencher a perda de gordura em locais como rosto, nádegas, pernas e braços. Porém essa medicação apresenta riscos importantes quando utilizada de maneira errada, ou em doses acima das recomendadas pela ANVISA e sociedade médicas.

Os exercícios físicos produzem bons efeitos estéticos, pois desenvolvem a musculatura das pernas e dos braços e ajudam a definir a silhueta corporal.

O exercício também é importante para combater o acúmulo de gordura nos órgãos, além de ajudar a baixar os níveis de colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue.

A lipodistrofia é uma síndrome que provoca alterações no metabolismo e na distribuição da gordura corporal.

Portanto, tanto as medicações, procedimentos cirúrgicos e exercícios físicos, devem sempre ser realizados por profissionais habilitados a fim de evitar maiores problemas para a saúde.

Por que é importante tratar a lipodistrofia?

O tratamento da lipodistrofia é importante para melhorar a estética corporal do paciente e restabelecer a sua autoestima.

A lipodistrofia pode ser originada pelo uso de medicamentos, como antirretrovirais em pacientes HIV, e a insulina, em pacientes diabéticos, e uma das causas de abandono do tratamento adequado é exatamente esse efeito colateral, pela perda de autoestima que ela provoca nos casos mais graves.

Além disso, os distúrbios metabólicos podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, pancreatite, diabetes, osteoporose, necrose (morte) da cabeça do fêmur, entre outras complicações.

O tratamento da lipodistrofia é multidisciplinar, podendo incluir médico infectologista, dermatologista, cirurgião plástico, cardiologista e endocrinologista, além de enfermeiro, psicólogo, assistente social, farmacêutico, nutricionista, educador físico e fisioterapeuta.

Leia também: O que é lipodistrofia e quais os sintomas?

Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os ovários policísticos não têm cura. No entanto, é possível fazer alguns tratamentos para controlar os seus sintomas.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos irá depender dos sintomas apresentados pela mulher e poderá incluir perda de peso, uso de anticoncepcionais hormonais, uso de metformina, terapia com gonadotrofina, cirurgia bariátrica, controle do colesterol, entre outros.

Em caso que a mulher tenha o desejo de engravidar, é possível tomar medicamentos para estimular a ovulação e regularizar a menstruação.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende de cada caso, de acordo com os sintomas apresentados. Muitas vezes, o tratamento tem apenas objetivos estéticos, já que não existe cura para a síndrome dos ovários policísticos.

Apesar de alguns sintomas serem tratados como uma doença isolada, como a acne, por exemplo, essa forma de tratamento não é indicada. Os medicamentos específicos para acne não atuam na origem da síndrome dos ovários policísticos.

Os principais tratamentos para a síndrome dos ovários policísticos incluem:

  • Prática regular de atividade física;
  • Dieta para perder peso ou para diabéticos;
  • Pílula anticoncepcional específica para a síndrome;
  • Medicamentos orais para baixar os níveis de glicose no sangue ou outras medicações indicadas para o distúrbio metabólico apresentado;
  • Medicamentos para reduzir o excesso de testosterona ou os efeitos da testosterona já existente;
  • Medicamentos para estimular a menstruação;
  • Psicoterapia para controlar o estresse e a ansiedade provocados pelas mudanças no corpo.
O que é a síndrome dos ovários policísticos?

A síndrome dos ovários policísticos é um dos distúrbios endócrinos mais comuns, podendo afetar cerca de 6% das mulheres em idade reprodutiva.

Para que a síndrome dos ovários policísticos seja diagnosticada, a mulher deve apresentar pelo menos 2 dos seguintes conjuntos de sintomas:

1. Menstruações escassas e muito espaçadas, ausência de menstruação ou ausência de ovulação;

2. Excesso de hormônios andrógenos, como a testosterona;

3. Identificação dos ovários policísticos em exames de imagem.

A causa da síndrome dos ovários policísticos ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que a síndrome esteja relacionada com fatores genéticos e hormonais, que podem ser agravados de acordo com o estilo de vida.

Quais são os sintomas da síndrome dos ovários policísticos?

A síndrome dos ovários policísticos agrega um conjunto de sinais e sintomas que a mulher pode manifestar, provocando alterações nos ciclos menstruais (que podem ficar mais espaçados) e até dificultar a gravidez.

Como exemplo desses sintomas estão aumento de peso, acne, aumento da oleosidade da pele, queda de cabelo, distúrbios no metabolismo da glicose, hipertensão arterial, excesso de pelos no corpo, alteração no humor, crescimento de pelos no rosto, peito e abdômen.

A síndrome dos ovários policísticos é a principal causa de infertilidade por falta de ovulação. A síndrome pode ainda aumentar o risco de doenças como infarto e derrame cerebral, se a mulher tiver excesso de peso, pressão alta e alterações no metabolismo da glicose.

Em caso de suspeita de ovários policísticos, é recomendado consultar o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral. O/a profissional poderá avaliar detalhadamente, com anamnese e exame físico, definir o diagnóstico correto e orientar o melhor tratamento.

Leia também: Ovário policístico e mioma podem dificultar engravidar?

A pílula do dia seguinte faz efeito depois de 2 dias?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Mesmo usada após 2 dias da relação sexual, a pílula do dia seguinte faz efeito.

A pílula do dia seguinte é eficaz quando usada até 3 dias (72 horas) após a relação sexual desprotegida. Quanto mais cedo ela for usada, maior será sua eficácia.

A pílula do dia seguinte é indicada para mulheres que apresentaram falhas no método contraceptivo habitual (esqueceu de tomar a pílula ou injeção, camisinha estourou) ou tiveram relação sexual desprotegida durante o período fértil ou em situações de estupro.

Ela é considera uma contracepção de emergência e não deve ser tomada como método contraceptivo de rotina.

Se a mulher deseja evitar gravidez é recomendado procurar o/a médico ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para indicar um método contraceptivo de longa duração. 

Quais os riscos de ter um cisto hemorrágico?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O maior risco de ter um cisto hemorrágico no ovário é o cisto se romper e o sangue se espalhar para a cavidade abdominal, o que pode gerar uma forte dor abdominal.

Se o sangramento for muito intenso, é necessário fazer uma cirurgia por laparoscopia para remover o cisto e estancar a hemorragia.

No entanto, os sangramentos decorrentes do cisto geralmente cessam espontaneamente, por isso raramente os cistos hemorrágicos necessitam de intervenção cirúrgica.

O cisto hemorrágico é um cisto de ovário funcional, ou seja, faz parte da fisiologia natural da mulher e por isso não está relacionado com nenhuma doença nem oferece riscos à saúde.

Esses cistos benignos surgem durante a ovulação e geralmente não necessitam de tratamento, pois desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 3 meses.

Quando necessário, o médico ginecologista pode prescrever um anticoncepcional hormonal, como a pílula, para inibir a formação de novos cistos hemorrágicos, além de acompanhar pela ultrassonografia o crescimento dos mesmos.

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