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Tomar antibiótico é suficiente para tratar pneumonia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quando uma pneumonia é diagnosticada corretamente, o tratamento sugerido é o uso de antibióticos. O uso do antibiótico prescrito pelo/a médico/a de forma completa e adequada é suficiente para tratar a pneumonia.

Pneumonia é uma infecção pulmonar adquirida na comunidade ou em ambiente hospitalar que pode afetar pessoas em qualquer idade, embora seja mais frequente e mais grave em idosos.

Os sintomas são diversos e podem incluir dificuldade para respirar, dor no peito, respiração curta, febre, tosse, náusea, vômito, etc.

O diagnóstico é feito pelo/a médico/a de família, clínico/a geral ou qualquer outra especialidade.

O tratamento deve ser feito corretamente como indicado na receita e precisa ser completado, ou seja, o/a paciente precisa tomar o antibiótico nos horários recomendados e pelo tempo indicado. Em alguns casos, o/a médico/a pode prescrever um antibiótico e, se não houver melhora dos sintomas, ele/ela pode trocar o tipo de antibiótico e iniciar um novo ciclo de tratamento.

Seguindo a indicação médica, o tratamento será suficiente para curar a pneumonia.

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O que é doença de Lyme e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Doença de Lyme é uma doença causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida pela picada de carrapato. A transmissão ocorre pela picada da fêmea do carrapato do gênero Ixodes, que suga o sangue do hospedeiro durante 24 horas ou mais. A doença de Lyme não é contagiosa e não é transmitida de pessoa para pessoa.

Os sintomas da doença de Lyme dependem da fase da doença, variando desde vermelhidão no local da picada, sintomas de resfriado, artrite, sintomas cardíacos e neurológicos. Esses sintomas são determinados pela forma como o sistema imune irá reagir, por isso varia de pessoa para pessoa.

Doença de Lyme

Na fase inicial da doença de Lyme, podem estar presentes os seguintes sinais e sintomas:

  • Vermelhidão em formato de círculos ao redor do local da picada;
  • Coceira e queimação no local;
  • Cansaço;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular e articular;
  • Inchaço em linfonodos.

Algumas pessoas podem apresentar disfunções cardíacas, como bloqueio atrioventricular, miopericardite aguda e disfunção ventricular esquerda.

Na fase avançada, pode ocorrer inflamação do coração e redução dos batimentos cardíacos, meningite, dormência, dor e fraqueza nos músculos da face.

Por último, a doença de Lyme pode se agravar e provocar dores musculares e articulares, inflamação das articulações (artrite), dificuldade no pensamento e na memória, inchaços nas mãos, pés, cotovelos e joelhos.

O período de incubação, ou seja, o tempo entre a picada e o aparecimento dos primeiros sintomas (manchas vermelhas em círculos) é de uma a duas semanas, em média.

A área de vermelhidão pode se expandir até os 15 cm, adquirindo uma aparência anelar. A temperatura local aumenta e raramente há dor. Mesmo que a vermelhidão e a posterior lesão cutânea não apareça na fase inicial, a doença de Lyme pode se manifestar anos depois.

Dias após o aparecimento da área vermelha anelar ao redor da picada, surgem os outros sinais e sintomas da doença de Lyme, como febre, mal-estar, dor de cabeça, rigidez de nuca, dores musculares, dores articulares e presença de nódulos (“ínguas”) em algumas partes do corpo.

Mais da metade das pessoas com doença de Lyme acabam desenvolvendo artrite em até 2 anos. Nesses casos, a artrite geralmente se manifesta com crises de inchaço e dor articular, principalmente nas grandes articulações.

Os sintomas da doença de Lyme podem permanecer por várias semanas se o tratamento não for iniciado. Depois de algumas semanas ou meses, podem ocorrer sinais e sintomas neurológicos como meningite asséptica, inflamação do cérebro (encefalite), paralisia facial, entre outras.

Doença de Lyme tem cura? Qual é o tratamento?

A doença de Lyme tem cura e deve ser tratada o mais brevemente possível. O tratamento é feito com medicamentos antibióticos orais como a doxiciclina ou a amoxicilina, durante 15 dias. Se a lesão se disseminar, o tratamento deve ser prolongado por mais 3 ou 4 semanas.

Para tratar as complicações neurológicas, como as meningites, é utilizada a penicilina G cristalina. Em pessoas alérgicas à penicilina, é usada a eritromicina.

Quando o tratamento com antibióticos é iniciado precocemente, a vermelhidão desaparece imediatamente e as principais complicações geralmente não ocorrem.

Na presença dos sintomas da doença de Lyme, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Leite com canela em pó pode fazer descer a menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Neste caso não é o leite, mas é a canela em pó que pode fazer descer a menstruação, pois pode provocar contrações do útero.

Porém, se a menstruação estiver atrasada por mais de 15 dias pode ser sinal de gravidez. Se isso ocorrer, a canela não deve ser usada, pois há indícios de que a canela pode provocar aborto.

No entanto, é importante lembrar que tomar qualquer produto sem orientação médica para fazer descer a menstruação, mesmo que seja natural, pode ser prejudicial para a saúde.

O mais indicado em caso de menstruação atrasada é consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para que seja feito um diagnóstico correto da causa do atraso.

O que é DPOC e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

DPOC é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Nessa doença, as vias aéreas que levam ar para os pulmões tornam-se estreitas, dificultando o fluxo de ar e progressivamente dificultando a respiração. Com o tempo, o oxigênio no sangue torna-se insuficiente, havendo um excesso de dióxido de carbono e começa a surgir os sintomas e a falta de ar.

No início da doença, a pessoa não apresenta nenhum sintoma ou, quando apresenta, são suaves. Contudo, com a progressão da doença, os sintomas podem surgir e se agravar.

Os principais sintomas da DPOC são: tosse com catarro, pieria (chiado ao respirar), falta de ar aos mínimos esforços e até em repouso, cansaço e dor de cabeça pela manhã.

Apesar de permanecer estável por um certo tempo, a DPOC piora progressivamente, podendo causar diversas complicações, como crises que se caracterizam pela exacerbação dos sintomas e levam a pessoa a procurar atendimento médico.

A DPOC também aumenta os riscos de infecções respiratórias, podendo ainda levar à insuficiência respiratória crônica. Neste último caso, a pessoa pode precisar utilizar oxigênio ou ventiladores mecânicos para manter a respiração.

A DPOC pode se tornar incapacitante, deixando a pessoa inválida para trabalhar e executar as suas tarefas diárias. Além disso, a doença tem como complicação a morte precoce.

Quais são os fatores de risco da DPOC?

A principal causa da DPOC é o tabagismo, responsável por até 90% dos casos. O risco é maior para aqueles que fumam ou já fumaram 20 cigarros ou mais por dia.

A DPOC também pode ser causada pela exposição contínua e frequente a gases, poeira ou produtos químicos.

Em casos mais raros, a DPOC tem origem em fatores hereditários.

DPOC tem cura? Como é o tratamento?

A DPOC é uma doença progressiva e não tem cura. Porém, trata-se de uma doença que se pode prevenir e tem tratamento.

O tratamento da DPOC inclui o uso de medicamentos broncodilatadores, corticoides e antibióticos, vacinação contra a gripe e pneumonia, uso de oxigênio, fisioterapia respiratória e mudanças no estilo de vida.

Os objetivos do tratamento são amenizar os sintomas e diminuir as crises, de maneira que a pessoa permaneça o mais ativa possível, além de retardar a evolução da doença.

Interrupção do tabagismo

A primeira medida a ser tomada é parar de fumar. A interrupção do tabagismo pode alterar a evolução natural da DPOC.

Medicamentos

Quanto aos medicamentos, os broncodilatadores são a base do tratamento da DPOC. Nas fases mais avançadas da DPOC, os broncodilatadores são utilizados em conjunto com corticoides.

Vacinas

As vacinas contra a gripe e pneumonia servem para prevenir infecções respiratórias, enquanto que os antibióticos são usados nas infecções respiratórias bacterianas.

Oxigenoterapia

Quando as concentrações de oxigênio no sangue estão baixas, é indicada a oxigenoterapia.

Fisioterapia

A reabilitação respiratória consiste de treino dos músculos respiratórios, prática de exercícios aeróbios e exercícios específicos de fortalecimento muscular.

Para ajudar a retardar a evolução da DPOC e auxiliar na adaptação aos sintomas, recomenda-se manter um estilo de vida ativo.

O/a médico/a pneumologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da DPOC.

Chá de canela aborta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Embora não exista um consenso de que o chá de canela provoque aborto, ele normalmente é contraindicado na gravidez.

Há estudos que indicam uma relação direta entre chá de canela e aborto, mas faltam ainda evidências científicas suficientes que comprovem o efeito do chá na gestação para levar ao aborto. Daí alguns defenderem que o chá aborta e, outros, que não aborta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não recomenda o uso de chá de canela durante a gravidez, assim como grande parte dos nutricionistas e obstetras.

Sabe-se que, em excesso, o chá de canela provoca reações alérgicas na pele e nas mucosas, além de hematúria (presença de glóbulos vermelhos do sangue na urina). Como a parede interna do útero é recoberta por uma mucosa, pode ser que o chá interfira, causando reações ou mesmo contrações, prejudicando a gestação.

De qualquer forma, o mais indicado é pedir orientação ao médico obstetra antes de tomar qualquer tipo de chá durante a gravidez.

Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível confundir sangramento de nidação com menstruação escura, mas as duas situações ocorrem em momentos diferentes do ciclo menstrual da mulher. A nidação ocorre no meio do ciclo e a menstruação inicia um novo ciclo.

Além disso, o sangramento da menstruação é intenso e dura de 3 a 7 dias. A cor do fluxo varia entre vermelho vivo, vermelho escuro e marrom. Quando o fluxo menstrual é intenso, pode vir acompanhado de coágulos. Já o sangramento de nidação dura de 1 a 2 dias e a quantidade de sangue é muito menor. A cor pode ser mais clara que a da menstruação, podendo ser rosada em alguns casos.

Portanto, apesar de haver semelhanças na aparência dos sangramentos, é fácil identificar um e outro pelo período em que ocorreram.

Vale lembrar que o sangramento de nidação é raro, não ocorre em todas as gestações e o sangue pode ter qualquer aspecto. Quando acontece, ocorre no meio do ciclo (longe da menstruação) e tem poucas horas de duração ou dura no máximo 1 ou 2 dias.

O importante é observar se depois desse sangramento a menstruação atrasa. Se ela atrasar por pelo menos duas semanas, é provável que seja gravidez.

Porém, a cor da menstruação varia em cada mulher, sobretudo as que utilizam algum tipo de anticoncepcional hormonal. Nesses casos, é normal a menstruação apresentar uma coloração diferente e não indica nada de grave.

O que é nidação?

A nidação é a implantação do óvulo fecundado no endométrio. Ocorre quando o embrião, normalmente formado nas trompas, já se deslocou para o interior do útero e começou a se fixar na parede interna uterina.

O sangramento de nidação ocorre quando o embrião se fixa na camada interna do útero (endométrio).

Quais são os sintomas de nidação?

A nidação se caracteriza pela ocorrência de pequenos sangramentos de coloração marrom, rosa ou vermelha, que duram no máximo 3 dias. Outros sintomas comuns da nidação são as cólicas semelhantes às cólicas menstruais e a dor leve, em pontada, na região inferior do abdômen.

O que é menstruação?

A menstruação é um sinal de que ocorreu ovulação durante algum dia do ciclo menstrual e o óvulo não foi fecundado. O endométrio, que estava preparado para receber o embrião, descama e sangra por alguns dias, dando origem à menstruação, que é composta por sangue e tecido do interior do útero.

Para uma mulher com um ciclo menstrual de 28 dias, o dia da ovulação é o 14º dia, que fica no meio do ciclo. O período fértil começa 3 dias antes e termina 3 dias depois do dia da ovulação, ou seja, entre o 11º e o 17º dia do ciclo menstrual. Isso significa que, se houver fecundação e nidação, o sangramento irá ocorrer nesse período.

O que pode deixar a menstruação escura?

A mulher também deve estar atenta se a menstruação ficar mais escura, de coloração meio marrom ou quase preta. Se isso ocorrer, pode ser sinal de endometriose, lesões na vagina, no útero ou no colo uterino, cisto de ovário, DST (doença sexualmente transmissível), alterações hormonais causada por medicamentos, estresse ou mudança de pílula anticoncepcional.

Uma menstruação escura e com pouco fluxo também pode ser sinal de gravidez, miomas uterinos, inflamação no útero, uso da pílula do dia seguinte ou ainda efeito colateral de algum medicamento.

Qualquer tipo de sangramento fora do período normal ou que tenha um aspecto diferente do habitual deve ser comunicado ao/à médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Leia também:

Esofagite pode dar câncer se não tratar logo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dificilmente uma esofagite leve irá levar ao aparecimento de um câncer rapidamente. Sabe-se que a esofagite de refluxo pode favorecer o aparecimento de câncer de esôfago se não for tratada no decorrer de anos, ou seja, a longo prazo. Neste caso, o tumor se desenvolve na parte do esôfago que fica mais próxima ao estômago. 

Isso porque o refluxo gastroesofágico pode levar a uma condição chamada Esôfago de Barrett. Trata-se de uma reação de defesa do organismo em casos crônicos de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).

O Esôfago de Barrett surge quando as células que revestem o esôfago são atacadas continuamente pelo suco gástrico e, para poderem resistir melhor ao ácido estomacal, elas transformam-se e ficam parecidas com as células do estômago.

A doença em si não provoca sintomas específicos, mas é comum estarem presentes os sintomas de refluxo, como azia, tosse, queimação, rouquidão e dor de garganta.

Apesar da evolução do quadro ser lenta, ela deve ser acompanhada de perto. Pacientes com alteração no revestimento do esôfago com mais de 2 cm de espessura têm mais chances de desenvolverem câncer de esôfago.

Cerca de 10% dos pacientes com refluxo gastroesofágico possuem essa alteração, que pode evoluir para câncer de esôfago em até 1% dos casos.

O diagnóstico do Esôfago de Barret é feito através do exame de endoscopia. O médico pode solicitar também uma biópsia para verificar se houve transformação das células do esôfago.

Veja também: Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?

Para evitar que uma esofagite de refluxo se transforme em câncer, deve-se controlar o refluxo gastroesofágico com medicamentos e mudanças na alimentação. O esôfago de Barrett pode ser revertido através de técnicas endoscópicas.

Caso apresente sintomas sugestivos de esofagite ou de Doença do Refluxo Gastroesofágico consulte um médico.

Vacina da gripe: quem pode ou não pode tomar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pessoas com mais de 6 meses de idade podem tomar a vacina da gripe. Pessoas que já apresentaram crise alérgica grave (anafilaxia) ao ovo ou a doses anteriores da mesma vacina ou a algum de seus componentes devem evitar tomá-la.

Nessas situações o ideal consultar um médico para avaliar o risco benefício de se vacinar.

Apesar de praticamente todas as pessoas poderem tomar a vacina contra a gripe (salvo as exceções explicadas anteriormente), há determinados grupos de risco que têm preferência nas campanhas de vacinação.

Esses grupos, determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apresentam risco de contraírem a forma mais grave da gripe, que podem levar a morte. Fazem parte desse público-alvo:

  • Crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos;
  • Indivíduos com 60 anos ou mais;
  • Trabalhadores de saúde;
  • Povos indígenas;
  • Grávidas;
  • Puérperas (mulheres no período de até 45 dias depois do parto);
  • Pessoas privadas de liberdade;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais (problemas respiratórios, cardíacos, renais, hepáticos e neurológicos, diabetes, obesidade, baixa imunidade, transplantados).

O objetivo da vacina da gripe é evitar os casos graves e as mortes, e não eliminar a transmissão do vírus. Daí a prioridade em vacinar os grupos mais vulneráveis a complicações e óbitos.

A maioria dos casos de gripe são leves e resolvem-se espontaneamente, sem sequelas ou maiores problemas. Entretanto, nesses grupos de risco, o quadro pode complicar e evoluir para outras doenças graves, como a pneumonia bacteriana.

O médico de família ou um clínico geral poderá esclarecer maiores dúvidas e orientar o paciente quanto à necessidade de tomar ou não a vacina da gripe.

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Vacina da gripe: quais as possíveis reações ou efeitos colaterais?;

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Vacina da gripe: quais as possíveis reações ou efeitos colaterais?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As possíveis reações adversas ou efeitos colaterais da vacina da gripe são:

Dor, vermelhidão e endurecimento no local injeção: Ocorrem em 15% a 20% das pessoas que tomam a vacina da gripe e geralmente desaparecem espontaneamente em 48 horas.

Abscessos: Normalmente estão associados a uma infecção secundária ou a erros técnicos de aplicação da vacina.

Febre, mal estar e dor muscular: Ocorrem em menos de 1% das pessoas vacinadas. Podem surgir de 6 a 12 horas após a aplicação e persistir durante 1 ou 2 dias. São mais frequentes em indivíduos que não tiveram um contato anterior com os antígenos da vacina da gripe.

Os antígenos são as substâncias responsáveis pela formação de anticorpos específicos no organismo. No caso da vacina da gripe, os antígenos são vírus mortos.

Reações anafiláticas (hipersensibilidade): São extremamente raras e podem ser causadas por qualquer componente da vacina. Atualmente já sabe-se que as pessoas com alergia ao ovo podem tomar a vacina da gripe, visto que o risco de reações alérgicas graves é muito pequeno.

Como aliviar os efeitos colaterais da vacina da gripe?

A aplicação de compressas frias ajudam a aliviar a reação no local da aplicação. Se a dor for muito intensa, podem ser indicados medicamentos analgésicos.

Qualquer reação ou efeito secundário observado após tomar a vacina contra a gripe deve ser notificado ao serviço que realizou a aplicação.

Caso os efeitos colaterais se prolonguem por mais de 3 dias, deve-se investigar a origem dos sintomas, que nesses casos provavelmente têm outras causas.

Vacina da gripe pode causar gripe?

Não. É importante lembrar que a vacina da gripe não provoca gripe. Nem mesmo uma "gripezinha". Os vírus utilizados na vacina estão mortos e não são capazes de causar qualquer infecção.

A vacina da gripe é segura e bem tolerada pela grande maioria das pessoas. No entanto, deve-se ter algumas precauções em determinadas situações.

Em caso doença febril moderada ou grave, recomenda-se adiar a vacinação até a cura completa do quadro, para que as manifestações da doença não sejam atribuídas à vacina.

Em relação a aplicação da vacina em pessoas alérgicas ao ovo já sabe-se que o risco para essas pessoas é muito pequeno, portanto recomendações antigas de observação após a vacina não são mais necessárias.

Quem pode tomar a vacina da gripe?

Qualquer pessoa com mais de 6 meses de idade pode tomar a vacina contra a gripe. No entanto, quem já teve reação alérgica grave (anafilaxia) ao ovo ou a alguma dose anterior da vacina da gripe, devem evitar a vacinação. Nesses casos, recomenda-se consultar um médico para avaliar o risco benefício de tomar ou não a vacina.

Salvo nesses casos excepcionais, praticamente todas as pessoas podem tomar a vacina da gripe. Contudo, devido ao maior risco de ficarem doentes e apresentarem complicações, o Ministério da Saúde dá prioridade a certos grupos de risco durante as campanhas de vacinação.

Esse grupo de risco é composto por: crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, grávidas, puérperas (mulheres que ainda estão nos 45 dias de pós-parto), trabalhadores da área da saúde, professores, povos indígenas, pessoas com 60 anos ou mais, pessoas com doenças crônicas, indivíduos entre 12 e 21 anos de idade que não estão em liberdade devido a medidas socioeducativas, pessoas que estão presas e funcionários das prisões.

Como tomar a vacina da gripe?

Pessoas que não fazem parte do grupo de risco podem recorrer à rede privada. Já aquelas que fazem parte do grupo de risco podem ser vacinados na rede pública.

Para crianças dos 6 meses aos 9 anos de idade, são administradas duas doses, com intervalo de 1 mês entre elas. Depois, a vacinação deve ser repetida anualmente.

Depois dos 9 anos de idade, crianças, adolescentes, adultos e idosos recebem uma única dose anual.

O médico de família ou um clínico geral podem esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina da gripe e alertar sobre os seus possíveis efeitos colaterais.

Existe algum medicamento que pode tirar o efeito da vacina da gripe?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns medicamentos, como os imunossupressores e corticoides (em dose alta - dose imunossupressora), podem interferir no resultado da vacina da gripe e da maioria das vacinas.

Os medicamentos imunossupressores, ou seja, que baixam a imunidade, podem reduzir ou cortar o efeito da vacina da gripe. Isso porque o objetivo de qualquer vacina é ativar uma resposta do sistema imunológico da pessoa, produzindo anticorpos específicos contra uma determinada doença, para prevenir futuras infecções.

Assim, tomar um medicamento que inibe o sistema imune certamente irá influenciar na eficácia da vacina, como a da gripe.

Depois de interrompido o tratamento imunossupressor, o organismo pode demorar de 3 meses a 1 ano para recuperar a sua capacidade de responder a uma vacina.

Alguns exemplos de medicamentos imunossupressores (mais utilizados):

  • Azatioprina (Imuran);
  • 6-Mercaptopurina (PuriNethol);
  • Metotrexate (Metotrexate);
  • Ciclosporina (Sandimmun).

No caso dos corticoides, se estiverem sendo utilizados há menos de duas semanas ou com doses que não reduzam a ação do sistema imunológico, não irão cortar ou influenciar o efeito da vacina da gripe, portanto pode ser vacinado/a. 

Se a pessoa estiver tomando corticoides há mais tempo, mesmo que em doses baixas, ou estiver em uso de doses altas de corticoides, deverá adiar a vacinação.

Medicamentos antibióticos, como Benzetacil por exemplo, não cortam nem interferem na resposta à vacina da gripe, podendo ser tomados sem problemas.

O mais indicado, se o paciente estiver tomando qualquer medicamento e decidir tomar a vacina da gripe, é informar ao/a médico/a que prescreveu o remédio, para confirmar se poderá ser vacinado naquele momento, e ainda avaliar a necessidade de alterar sua prescrição e/ou orientar sobre outras precauções.

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Qual o risco de ter o colesterol HDL (colesterol bom) abaixo do ideal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ter o colesterol HDL (colesterol bom) abaixo do ideal aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Isso porque o bom colesterol (HDL) recolhe o colesterol ruim (LDL) depositado nos vasos sanguíneos, prevenindo a formação de placas de gordura na parede das artérias que podem provocar um entupimento das mesmas (aterosclerose).

Em outras palavras, o colesterol HDL ajuda a manter as artérias abertas, reduzindo o risco de ataques cardíacos e derrames. Ter altos níveis de HDL pode ser tão importante como manter baixos os níveis de LDL.

Pessoas que apresentam taxas de colesterol bom abaixo do normal devem incluir algumas mudanças no estilo de vida, tais como praticar exercícios físicos regularmente, perder peso e não fumar.

Alimentação inadequada, excesso de peso, diabetes, tabagismo e pressão alta são alguns dos fatores que provocam um aumento do colesterol ruim (LDL).

É importante lembrar que o principal determinante dos níveis de colesterol é o fator genético. Isso significa que um indivíduo pode ter uma alimentação rica em gorduras e apresentar níveis sanguíneos de colesterol ruim baixos, porque o seu fígado é capaz de eliminar o excesso adequadamente.

Por outro lado, uma pessoa com uma dieta equilibrada pode ter altos níveis de mau colesterol porque o seu organismo não consegue eliminar tão bem as gorduras. Isso explica por que pessoas magras também podem ter colesterol alto e não somente os obesos.

Saiba mais em:

O que é o colesterol HDL?

HDL é a sigla em inglês para "Lipoproteína de Alta Densidade" (High Density Lipoprotein). O colesterol HDL é uma gordura de alta densidade, ou seja, ele é “pesado” e por isso não flutua na superfície do sangue.

Por isso o HDL é conhecido como “bom colesterol”, pois a sua alta densidade faz com que ele afunde no sangue e não se deposite na parede das artérias, evitando a formação de placas de gordura. Além disso, ele arrasta o mau colesterol (LDL), removendo-o da circulação sanguínea.

Por outro lado, o colesterol LDL é uma lipoproteína de baixa densidade (Low Density Lipoprotein), o que faz com que flutue na superfície do sangue e se deposite na parede das artérias. Por isso o LDL é conhecido como “mau colesterol” ou “colesterol ruim”, por levar à formação de placas de gordura nas artérias.

Isso explica por que ter o colesterol HDL baixo aumenta o risco de derrame cerebral e infarto. O HDL é o único colesterol cujos níveis devem estar acima dos valores de referência, com valores superiores a 40 mg/dl.

Como aumentar o colesterol HDL?

Para aumentar o colesterol HDL, recomenda-se incluir na dieta alimentos ricos em gorduras “saudáveis”, como salmão, atum, sardinha, cavala, sementes de linhaça, azeite de oliva, castanhas, nozes, amêndoas, avelãs e abacate.

Pessoas com níveis de colesterol HDL abaixo do normal devem consultar um médico clínico geral ou cardiologista.

Veja também:

Quais remédios posso tomar na gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Por conta própria, não se deve tomar nenhum remédio durante a gravidez. Todo e qualquer medicamento usado durante a gestação deve ser receitado pelo médico. Dentre os remédios permitidos, estão:

  • Dramin B6 ou Plasil: Náuseas e vômitos;
  • Riopan ou Mylanta: Azia;
  • Buscopan: Cólicas;
  • Tylenol ou Dipirona: Dor de cabeça, febre;
  • Flogoral spray, Tylenol, inalação com soro fisiológico: Dor de garganta, tosse;
  • Rinossoro: Nariz entupido;
  • Pasalix ou Passiflora: Ansiedade, nervosismo;
  • Luftal: Gases intestinais;
  • Xyloproct ou Proctoxilodase: Hemorroida;
  • Tamarine ou Metamucil: Prisão de ventre.

Muitos outros remédios podem ser usados na gravidez, desde que a mulher tenha receita médica para poder usá-los. Outros medicamentos permitidos durante a gestação, ou seja, que não são contraindicados na gravidez, são:

  • Amoxicilina;
  • Ampicilina;
  • Buscoduo;
  • Buscopam Plus;
  • Benzetacil;
  • Cefalexina;
  • Cetirizina (levocetirizina);
  • Corticoides;
  • Metoclopramida;
  • Metronidazol (depois dos 3 meses);
  • Paracetamol (Tylenol).

Mesmo sendo permitidos na gravidez, esses remédios podem ter outras contraindicações específicas para a mãe ou para o bebê, por isso em hipótese alguma eles devem ser usados sem prescrição médica.

Quais os remédios proibidos na Gravidez?

Medicamentos completamente contraindicados na gravidez devido ao risco elevado de produzirem malformações fetais:

  • Metotrexato (antineoplásico, usado no tratamento do câncer);
  • Minociclina (antibiótico);
  • Misoprostol (antiulceroso);
  • Atorvastatina;
  • Sinvastatina;
  • Varfarina;
  • Finasterida;
  • Ribavirina (antiviral);
  • Talidomida (hanseniostático/hipnótico);
  • Tetraciclina (antibiótico).

Outros medicamentos contraindicados na gravidez, mas que podem ser indicados pelo médico em casos de doenças graves para as quais não existam outros remédios:

  • Captopril;
  • Cataflan;
  • Ciprofloxacino (nos primeiros 3 meses de gravidez);
  • Diclofenaco;
  • Enalapril;
  • Propranolol;
  • Omeprazol.

Lembrando que uma grávida não deve tomar qualquer medicamento sem o conhecimento do/a seu/sua médico/a ginecologista-obstetra ou médico de família.

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Referências

Federação Brasileira da Associações de Ginecologia e Obstetrícia.