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Bursite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, na maioria das vezes a bursite pode ser totalmente curada.

A melhora se inicia nos primeiros 2 a 3 dias de tratamento, com a recuperação completa dentro de poucas semanas, se for seguido o tratamento rigorosamente. O tratamento consiste em repouso, compressas de gelo e medicamentos anti-inflamatórios, quando necessário.

No entanto, alguns fatores e situações podem atrasar essa melhora, podendo demorar meses ou até mais de um ano, para a resolução completa dos sintomas.

Tratamento para bursite

O tratamento se baseia em:

  • Repouso,
  • Bolsa de gelo,
  • Medicamentos para dor (quando preciso),
  • Antibioticoterapia (no caso de infecção),
  • Retirar os fatores que causam a inflamação,
  • Injeção de corticoides
  • Cirurgia.

O antibiótico só deve ser prescrito em casos de infecção. Não é o mais comum, porém existem casos de complicação da inflamação, que origina uma infecção. Nesses casos é preciso incluir o uso de medicamentos antibióticos, por via oral, ou injetados diretamente na bursa.

A injeção com corticoides e/ou cirurgia são indicadas nos casos mais graves, ou que não respondem ao tratamento convencional, porém é raro.

Os principais objetivos do tratamento são: 1. Acalmar a dor

Algumas medidas podem ser tomadas para tratar a dor causada pela bursite, entre elas proteger a articulação (diminuindo a movimentação) com uso de tipoias, descansar a articulação, aplicar bolsas de gelo ou compressas frias durante 20 minutos, 4 vezes ao dia, e fazer sessões de fisioterapia (quando recomendado pelo médico).

Como a bursa está inflamada, é essencial descansar e evitar movimentos que causam dor, para que a pressão no local diminua.

Na bursite aguda grave, pode ser indicado uso de corticoides por via oral por alguns dias para auxiliar no alívio da dor e da inflamação. Quando a dor diminuir, a prática de exercícios específicos ajuda a recuperar a amplitude e o movimento da articulação.

Os exercícios são importantes também para fortalecer os músculos, retornando sua função por completo.

No caso da bursite crônica, o tratamento é semelhante. Porém, o repouso ou a imobilização não costumam ser suficientes.

2. Eliminar os fatores que causam bursite

Alguns cuidados para eliminar fatores que causam ou pioram o quadro de bursite:

  • Evitar posturas que aumentem a pressão na bursa, como ficar na mesma posição durante muito tempo;
  • Evitar apoiar o corpo sobre um único braço;
  • Evitar a prática de atividades que forcem demasiadamente as articulações;
  • Pode ajudar a utilização de proteções acolchoadas também é recomendada;
  • Manter o peso ideal, reduzindo sobrecarga nos joelhos.
3. Terapia de manutenção

A manutenção deve ser feita assim que termine os sintomas de dor, vermelhidão e edema, típicos da crise aguda. O fortalecimento da musculatura e orientação quanto a movimentação correta da articulação que foi atingida.

Essa fase do tratamento deve ser acompanhada por fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional.

Fatores que atrasam a recuperação nos casos de bursite: 1. Atraso no diagnóstico e início de tratamento

A demora em iniciar o tratamento correto é muito comum. Seja porque a pessoa tenta inicialmente um tratamento caseiro ou simplesmente aguardar a dor "passar", ou porque procurou um médico, mas não pôde começar o repouso imediatamente.

2. Idade

Outro fator é a idade, estudos comprovam que quanto mais jovem, melhor a resposta e mais chances de curar completamente a bursite. Pessoas idosas, costumam ter problemas articulares e circulatórios associados, o que interferir no tempo de recuperação.

3. Doenças crônicas

A presença de doenças crônicas também interfere na recuperação da doença, por induzir reações inflamatórias ou reduzir a imunidade do organismo, aumentando inclusive o risco de infecção local. A diabetes e a artrite reumatoide são exemplos de doenças que aumentam o risco de bursites.

4. Infecção

A bursite aumenta o risco de uma infecção local, pelo edema e calor local, ambiente propício para a proliferação bacteriana. Nesses casos a dor é mais intensa, pode haver febre, e piora dos sintomas, apesar do tratamento. Na suspeita de infecção, procure um médico para avaliação e início do antibiótico.

5. Profissão

Dependendo da profissão e/ou atividades exercidas, para o bom resultado do tratamento de bursite, é preciso interrompê-los, mesmo que temporariamente. É o caso de atletas de alto rendimento, manicures, pianistas ou digitadores.

Sendo assim, um dos pilares de tratamento para a bursite, é avaliar possíveis causas para a inflamação e afastar de imediato essa agressão à articulação. Mesmo que para isso, precise se afastar do trabalho temporariamente.

Bursite no cotovelo O que é bursite?

A bursite é uma inflamação da bursa, uma espécie de bolsa cheia de líquido presente nas grandes articulações como ombros, cotovelos, quadris e joelhos. A bursa protege os tecidos ao redor das articulações e evita o atrito entre o tendão e o osso, protegendo o tendão e evitando o seu desgaste.

A bursa também favorece o deslizamento entre ossos, ligamentos e tendões, além de proteger as extremidades dos ossos nas articulações.

Contudo, pode haver lesão ou desgaste dos tendões, o que causa inflamação do tendão (tendinite). Quando a inflamação chega à bursa é denominado bursite.

A bursite pode ser provocada por uso excessivo da articulação, excesso de carga, traumatismos ou ainda doenças, como artrite reumatoide.

Quais são os sintomas de bursite?

O sintoma inicial da bursite é a dor, que varia de intensidade e surge ao movimentar a articulação. As articulações mais afetadas pela bursite são as grandes articulações como ombro, joelho, cotovelo e quadril.

Além da dor, é comum ocorrer a restrição ou limitação dos movimentos da articulação afetada, bem como diminuição da força muscular, inchaço, vermelhidão e calor local.

Quando o acúmulo de líquido na articulação é significativo, a dor permanece mesmo durante o repouso, o que limita a movimentação da articulação.

Em caso de suspeita de bursite, um médico clínico geral ou ortopedista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.

Saiba mais sobre esse assunto no link: O que é bursite e quais os sintomas?

O que é bursite e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Bursite é a inflamação da bursa, uma espécie de bolsa que envolve a articulação. A bursa contém líquido sinovial e funciona como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares, evitando o atrito entre essas estruturas durante os movimentos e protegendo as proeminências ósseas.

Quando a bursa alguma está "irritada" ou inflamada, ocorre acúmulo de líquido no seu interior, calor e distensão da sua cápsula, dando origem à bursite. As articulações mais afetadas são os ombros, os cotovelos e os joelhos.

Bursite no cotovelo Quais são os sintomas da bursite?

Os sinais e sintomas mais comuns da bursite incluem: dor, inchaço, vermelhidão, aumento de temperatura local (calor local) e dificuldade na realização dos movimentos.

Quando a bursite é causada por traumatismo, o inchaço aparece rapidamente. Nos casos de lesões repetitivas, o processo é mais lento. Porém, na maioria dos casos, o edema (inchaço) é o primeiro sinal da bursite.

A presença de vermelhidão e/ou aumento da temperatura local podem indicar um processo infeccioso, que deve ser tratado para evitar cronificar a doença ou disseminar a infecção para outras partes do corpo. Nesses casos, dependendo da articulação, pode ocorrer saída espontânea de pus da bursa.

Com o tempo, a dor e o inchaço causam limitação dos movimentos, prejudicando as funções motoras e provocando inclusive atrofia muscular.

As crises de bursite crônica podem durar alguns dias ou várias semanas. As recaídas são comuns.

Quais as causas da bursite?

A bursite pode ser idiopática, isto é, sem causa definida, ou ser causada por traumas, infecções, uso excessivo das articulações (como no caso das lesões por esforços repetitivos), artrite (inflamação das articulações), gota (depósito de cristais de ácido úrico nas articulações), entre outras.

Qual é o tratamento para bursite?

Se a articulação não estiver muito inchada, se o inchaço surgir aos poucos e se não houver traumatismos, o tratamento inicial da bursite consiste em:

  • Repouso, e interrupção das atividades que forçam a articulação;
  • Gelo local, aplicação de gelo durante 20 minutos;
  • Elevação da articulação afetada, auxiliando na drenagem da líquido;
  • Fisioterapia;
  • Anti-inflamatórios, se não houver contraindicação;
  • Mais raramente, corticoides e antibióticos.

Em caso de traumatismo, se houver presença de vermelhidão e a dor se tornar mais intensa, é preciso excluir a possibilidade de fratura, entorse ou infecção.

Tratamento medicamentoso da bursite

O uso de medicamentos anti-inflamatórios é a base do tratamento medicamentoso da bursite, e mais raramente pode ser necessário realizar infiltração de corticoides.

Na suspeita de infecção, pode ser necessário aspirar o material acumulado na bursa para análise e definição de antibioticoterapia.

Para bursite aguda, pode ser indicado ainda o uso de medicamento corticoide por via oral durante alguns para aliviar a dor. Com o alívio da dor, podem ser realizados exercícios específicos para aumentar a amplitude dos movimentos.

No caso da bursite crônica, o tratamento é parecido. Contudo, o repouso e a imobilização podem não ser suficientes.

Cirurgia para bursite

Quando o tratamento com o anti-inflamatórios e outras medidas não surtem efeito, é indicada a cirurgia. O procedimento consiste na retirada da bursa e exige um breve período de imobilização para proteger a pele.

A fisioterapia é indicada no pós-operatório para melhorar a amplitude de movimento da articulação e posteriormente fortalecer a musculatura que atua sobre a articulação.

Em geral, o tempo de cicatrização é de 10 a 14 dias. Depois de 3 a 4 semanas, a articulação pode ser usada sem restrições, mas deve ser protegida durante alguns meses para evitar recaídas ou novas lesões.

Se a causa da bursite não for tratada ou afastada, a inflamação da bursa pode ser recorrente.

Em caso de suspeita de bursite, um médico clínico geral, médico de família ou ortopedista deve ser consultado, para avaliação e tratamento o quanto antes.

Pode lhe interessar também: Bursite tem cura? Qual o tratamento?

O que é fibromialgia e quais os sintomas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A fibromialgia é uma doença reumatológica caracterizada por dores difusas musculoesqueléticas, não articulares, com curso superior a três meses, com predomínio no sexo feminino, que normalmente se associa à rigidez matinal, alteração do sono, alterações intestinais e fadiga.

Os sintomas da fibromialgia são dores difusas no corpo, associadas a fadiga, dificuldade para dormir ou despertares noturnos e alterações intestinais.

Outros sintomas podem ser: dificuldades de memória, tontura, dor no peito, dor de cabeça, formigamentos de mãos e pés e dificuldades de interação e convívio social.

A causa para a fibromialgia é desconhecida. Há teorias de que ela seria uma disfunção do sistema nervoso central, com secreção inapropriada de substâncias responsáveis pela transmissão do estímulo doloroso.

O paciente deve procurar o reumatologista para diagnóstico e tratamento.

Saiba mais em:

Sinto dor no corpo todo. Será que tenho fibromialgia?

Fibromialgia tem cura?

Gota tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A gota tem cura sim e, com o tratamento adequado, é difícil o desenvolvimento de tofos (acúmulos de cristais nas articulações).

Nos casos de elevação do ácido úrico, sem sintomas articulares (hiperuricemia assintomática), apenas raramente é prescrito o alopurinol (medicamento que diminui os níveis de ácido úrico), mas, uma vez prescrito, deve ser utilizado por longo período. Na maioria dos casos, é recomendado apenas perda de peso, diminuição da ingestão de álcool, de proteínas e de outros alimentos ricos em purina. Também é recomendado o controle da pressão alta e problemas de colesterol.

Quando houver a crise aguda (artrite gotosa), são utilizadas medicações para diminuir a dor e o inchaço. O tratamento é feito com colchicina, anti-inflamatórios ou corticoides, ou mesmo uma associação destes.

Para prevenir a recorrência de crises agudas, é utilizada a colchicina. Para diminuir os níveis de ácido úrico sanguíneo, é recomendado o alopurinol ou probenecida.

O diagnóstico, seguimento e tratamento deve ser feito por médico reumatologista.

Artrite reumatoide tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A artrite reumatoide não tem cura, porém é possível conviver com a doença, sem sintomas, se fizer um tratamento e acompanhamento adequados.

Tratamento para artrite reumatoide

O tratamento inclui o uso de medicamentos específicos, fisioterapia, exercícios e cirurgia.

Essas medias e tratamento específico devem ser mantidos durante toda a vida. Os medicamentos são prescritos conforme o quadro clínico de cada paciente.

Os medicamentos mais usados para tratar a artrite reumatoide são os anti-inflamatórios não esteroides, os corticoides, medicamentos imunossupressores e fármacos antirreumáticos modificadores da doença (FARMD). Há alguns medicamentos mais recentes, baseados em biologia molecular, que trazem novas possibilidades terapêuticas.

Os principais objetivos dos medicamentos são: aliviar os sintomas (principalmente a dor), o processo inflamatório, evitar ou retardar as deformidades e assim, melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Em estágios mais avançados da doença, pode-se realizar cirurgia e/ou colocação de próteses articulares.

O repouso só deve ser indicado por pouco tempo e quando os pacientes apresentam dor intensa. As atividades físicas e a fisioterapia são fundamentais para evitar o comprometimento das articulações e perda da mobilidade.

Quanto mais cedo o tratamento da artrite reumatoide começar, melhor será a resposta em retardar a destruição dos componentes articulares.

O que é a artrite reumatoide?

A artrite reumatoide, também conhecida como artrite degenerativa, artrite anquilosante, poliartrite crônica evolutiva (PACE) ou artrite infecciosa crônica é uma doença inflamatória autoimune e crônica. Ou seja, uma doença causada por produção de anticorpos contra o próprio organismo.

A doença afeta as membranas sinoviais (camada fina de tecido conjuntivo) de várias articulações e órgãos como o coração, os pulmões e os rins, dos indivíduos que têm uma predisposição genética. As articulações acometidas poder ser nas mãos, ombros, coluna cervical, cotovelos, punhos, joelhos, tornozelos e pés.

Com a progressão, podem ocorrer deformidades, com comprometimento da função dos membros (restrição em certos movimentos).

Quais são as causas da artrite reumatoide?

Ainda não se conhecem as causas exatas da artrite reumatoide, mas sabe-se que afeta as mulheres duas vezes mais do que os homens e ocorre principalmente entre os 50 e os 70 anos.

Entretanto, pode manifestar-se em qualquer idade e em ambos os sexos. A forma juvenil tem início antes dos 16 anos. Acomete um número de articulações menor e há menos alterações em exames de sangue

O médico reumatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da artrite reumatoide.

Qual o tratamento para retocolite ulcerativa?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O tratamento da retocolite ulcerativa tem como objetivo tirar o paciente da crise e mantê-lo em remissão. O tratamento farmacológico é geralmente efetivo no controle da doença.

Para a forma clássica, são usadas sulfas e seus derivados. Se estes medicamentos não apresentarem bons resultados, podem ser usados corticoides, que agem com rapidez e eficácia, porém, devem ser retirados depois da melhora clínica, no período de manutenção. A prescrição de antibióticos é fundamental nos casos de megacólon tóxico. 

Após a retirada da crise, o tratamento de manutenção deve ser contínuo, para o resto da vida, com aminossalicilatos orais e/ou mesalamina tópica em doses progressivamente menores, até que apareçam sinais clínicos de recidiva. Nesse momento, a dose mínima foi descoberta para aquele paciente.

Deve-se também seguir uma dieta rígida; rica em fibras nos casos em que há constipação; pobre em frutas e vegetais frescos, cafeína e carboidratos não absorvíveis nos casos que cursam com cólicas abdominais e diarreias, reposição de ferro para pacientes com perdas sanguíneas relevantes e reposição de ácido fólico quando o paciente está fazendo uso de sulfassalazina.

O tratamento cirúrgico é definitivo, mas agressivo e indicado apenas para os casos que não respondem ao tratamento farmacológico, megacólon tóxico, perfuração intestinal, hemorragia incontrolável, complicações incontroláveis do tratamento medicamentoso e displasia de alto grau confirmada, displasia associada a lesão de massa (DALM) ou câncer.

Vale ressaltar que sempre um médico, preferencialmente um gastroenterologista, neste caso, deve ser consultado antes de iniciar qualquer tipo de tratamento por conta própria.

Quais os sintomas de gastrite?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A gastrite (inflamação da mucosa do estômago) pode se acompanhar de vários sintomas:

  • Dor e distensão no abdome (mais comum na metade superior);
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de queimação no abdome ou retroesternal;
  • Perda de apetite;
  • Sensação de saciedade precoce, mesmo com pequena quantidade de alimento ingerido.

A gastrite complicada com úlcera pode dar sintomas mais graves e que necessitam de atendimento de urgência: sangramento nas fezes (fezes escuras, muito mal cheirosas e com cor similar à borra de café) ou vômitos com sangue.

No caso de sintomas similares, é importante consultar um médico gastroenterologista ou gastrocirurgião.

O que é retocolite ulcerativa? Tem cura?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A retocolite ulcerativa idiopática (RCIU) é uma doença inflamatória que acomete o intestino. Não tem cura definitiva, exceto com cirurgia (retirada do intestino grosso), mas tem tratamento eficaz. Seus sintomas são parecidos com os de outras doenças intestinais. Embora ainda não se conheça a sua causa, sabe-se que fatores genéticos e auto-imunes estão envolvidos no seu aparecimento.

A inflamação da RCIU é superficial e crônica, e acomete predominantemente a camada mucosa do cólon. Esta doença pode não afetar apenas o reto de forma contínua, mas também algumas secções próximas do cólon.

Sintomas principais

Cólicas e diarréia com sangue e eventualmente com pus, se houver infecção. As crises de diarréia são persistentes e ocorrem a qualquer hora do dia ou noite. Há reflexo intenso para evacuar logo após as refeições.

Diagnóstico

Colonoscopia com realização de biópsia. Certos exames de sangue podem detectar alterações decorrentes da doença (anemia e deficiência de ferro, devido ao sangramento, diminuição da albumina, aumento de proteína C-reativa, etc).

Tratamento

Tem como objetivo tirar o paciente da crise e mantê-lo em remissão. O tratamento farmacológico geralmente age com rapidez e eficiência na forma aguda da doença. Nos casos de megacólon tóxico é fundamental a prescrição de antibióticos.

Recomendações

Em caso de crises persistentes de diarréia (7 dias ou mais) com ou sem sangramento, procure assistência médica;

Evite alimentos que contenham fibras insolúveis (cascas de frutas, verduras, etc.), leite ou condimentos picantes para não estimular o intestino e agravar as crises de diarreia. O mesmo vale para bebidas fermentadas.

Vontade de urinar na relação é normal?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A vontade de urinar durante a relação sexual é geralmente normal, especialmente em mulheres.

A uretra também é estimulada durante a relação e, ao se aproximar do orgasmo, essa sensação se intensifica; inclusive pode haver pequeno escape de urina (o que é relativamente raro).

Algumas mulheres podem ter ejaculação (1 a 2%), com eliminação de um líquido claro, que pode ser confundido com urina, mas é um líquido incolor e sem cheiro produzido nas glândulas de Skene (parauretrais). Acontece em orgasmos muito intensos ou múltiplos.

Algumas doenças podem cursar com aumento da vontade de urinar, mas não especificamente durante a relação sexual, como é o caso da cistite (polaciúria), mas são exceções; na maioria dos casos essa vontade é totalmente normal.

Nos homens com mais de 50 anos a vontade de urinar ou a perda de urina na hora da relação sexual pode indicar alterações no sistema urinário, na próstata ou a presença de tumores.

As causas mais comuns da perda de urina durante a relação sexual nos homens incluem:

Aumento do tamanho da próstata não associado ao câncer (Hiperplasia Prostática Benigna – HPB),

Obstrução do sistema urinário: um tumor em qualquer lugar ao longo do trato urinário pode bloquear o fluxo normal de urina, levando à perda de urina, e

Câncer de próstata: a perda de urina durante a relação sexual pode estar associada ao câncer de próstata.

Tratamento de câncer de próstata, especialmente nos casos de retirada da próstata.

O que posso fazer?

Alguns hábitos simples podem ajudar a reduzir a perda de urina durante a relação sexual. Estes hábitos incluem as seguintes ações:

  • Hidrate-se: homens e mulheres que apresentam perda de urina durante a relação sexual, geralmente, diminuem a ingestão de água, o que pode provocar desidratação e infecção urinária,
  • Evite o consumo de bebidas com cafeína, álcool e adoçantes artificiais: estas substâncias irritam a bexiga e podem agravar o problema;
  • Evite fumar,
  • Pratique atividade física.

Se a vontade de urinar ou a perda de urina durante a relação sexual for algo recorrente, que não aconteça apenas próximo da hora do orgasmo, é recomendado consultar um urologista para investigação da causa e tratamento associado.

Entretanto, se for algo recorrente, que não aconteça apenas próximo da hora do orgasmo, é recomendado consultar um urologista para investigação da causa e tratamento associado

Para saber mais sobre urina e relação sexual, você pode ler:

Depois da primeira relação sexual é normal fazer mais xixi?

Dor ao urinar depois da relação é normal? O que pode ser?

ICS. International Continence Society.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Vontade de urinar toda hora, o que pode ser e o que posso fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vontade de urinar a toda hora pode decorrer de uma série de motivos e nem sempre é sinal de doença. Diversas condições, patológicas ou não, podem provocar um aumento da produção de urina ou irritações na bexiga que deixam a pessoa com uma vontade constante de urinar.

1. Diabetes

Na diabetes, o aumento do açúcar no sangue, leva a um aumento também na absorção de água, resultando na maior produção de urina. A doença desencadeia ainda outros sintomas, como sede excessiva e maior vontade de comer.

Portanto, podemos dizer que os sintomas que sugerem a diabetes são:

  • Poliúria (maior volume de urina),
  • Polidipsia (aumento da sede),
  • Polifagia (aumento do apetite),
  • Emagrecimento (sem causa aparente).

Na suspeita de diabetes, especialmente se houver familiares com esta doença, procure um endocrinologista para confirmar esse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.

2. Cistite (infecção urinária)

A cistite (infecção urinária) é a principal causa de aumento da vontade de fazer xixi na população geral. A infecção leva a uma irritação na parede da bexiga e desenvolve os sintomas:

  • Vontade de urinar várias vezes ao dia,
  • Urgência para urinar,
  • Urinar em pequenas quantidades,
  • Ardência ao urinar,
  • Coceira,
  • Dor no "pé da barriga" (região abaixo do umbigo).

Mais raramente pode haver ainda febre e confusão mental. Esses sintomas são mais comuns em pessoas idosas, diabéticas ou com imunidade baixa e indica maior risco de complicações.

Na suspeita de infecção urinária, procure imediatamente um médico clínico geral, médico da família ou urologista, para iniciar quanto antes o tratamento com antibióticos.

A infecção urinária não tratada pode evoluir com pielonefrite (infecção renal) e infecção generalizada (sepse urinária).

3. Doenças na próstata

A próstata é uma pequena glândula localizada abaixo da bexiga e junto a uretra. Por isso, quando acontece um aumento dessa glândula, ela comprime a uretra impedindo a passagem normal do fluxo de urina. Ela pode aumentar seja por inflamação (prostatite) ou presença de um tumor (hiperplasia ou câncer). Com isso, a bexiga não consegue esvaziar completamente, aumentando a necessidade de urinar e outros sintomas, como:

  • Maior frequência na micção,
  • Urinar em pouca quantidade, em cada micção,
  • Pode haver dor, dependendo da compressão na uretra,
  • Pode haver sangue na urina, nos casos mais avançados.

Na suspeita de problemas de próstata, é preciso procurar o urologista, para confirmar o diagnóstico. Após o diagnóstico, o médico poderá definir o melhor tratamento, na maioria das vezes existe a indicação de ressecção cirúrgica da próstata.

4. Gravidez

Durante a gravidez, é normal o aumento do volume de sangue e aumento das taxas hormonais. Isso causam um aumento do volume de urina, sendo preciso urinar mais vezes durante o dia.

Além disso, no terceiro trimestre, com o crescimento do bebê, o espaço se torna menor. A bexiga passa a ser comprimida, reduzindo a sua capacidade de armazenamento de urina. Isso aumenta ainda mais a necessidade de urinar da gestante. Os sintomas são de:

  • Aumento na frequência urinária,
  • Aumento do volume de urina em cada micção,
  • Urgência para urinar.

Neste caso, não é preciso nenhum tratamento ou preocupação, trata-se de uma adaptação natural do organismo da gestante, para permitir o desenvolvimento saudável do bebê.

No entanto, se junto a maior frequência de urina, surgir sintomas de ardência, coceira, sangramento ou febre, é preciso procurar imediatamente atendimento médico. A infecção urinária durante uma gestação pode causas graves problemas.

5. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos diuréticos, é outra causa bastante comum de aumento na vontade de urinar. Algumas vezes é preciso correr ou usar um absorvente, para passar mais tempo na rua, em segurança. Os sintomas são de:

  • Urgência para urinar,
  • Maior volume de urina,
  • Sintomas relacionados ao início de um medicamento diurético, ou ajuste de dose.

Neste caso, é preciso conversar com o seu médico de família ou cardiologista, para avaliar os benefícios e qualidade de vida. Se houver comprometimento no seu dia a dia e/ou constrangimentos, pode ser avaliada a troca da medicação, sem prejudicar o seu tratamento.

6. Ansiedade

Na crise de ansiedade, são liberados neurotransmissores, que dentre outras ações, aumentam a contração involuntária da bexiga e a vontade de urinar. Os sintomas que sugerem os diversos tipos de ansiedade são:

  • Preocupação excessiva,
  • Palpitação,
  • Suor frio,
  • Dor no peito,
  • Vontade de fazer urinar várias vezes durante o dia.

Nos casos de ansiedade, o tratamento deve ser multidisciplinar, com medicamentos, psicoterapia e atividade física, um conjunto que permite alcançar a cura dessa doença, na grande maioria das vezes.

7. Síndrome da bexiga hiperativa

A Síndrome da Bexiga Hiperativa afeta tanto homens como mulheres e é mais encontrada em pessoas brancas, portadores de diabetes. Trata-se de uma alteração no funcionamento da bexiga que provoca contrações involuntárias no órgão, causando vontade constante e urgente de urinar. Os sintomas clássicos desta síndrome são:

  • Urgência para urinar,
  • Aumento de frequência de micção,
  • Noctúria (incontinência urinária noturna),
  • Incontinência de urgência.

Pessoas com essa Síndrome têm mais de 8 micções ao longo do dia e da noite, inclusive após dormir. A urgência urinária, ou seja, a necessidade de urinar logo que se tenha vontade, é o sintoma característico.

O tratamento deve ser realizado pelo urologista. Ele inicialmente orienta quanto a comportamentos que podem ajudar:

  • Treinamento vesical(estratégias para tentar controlar os músculos dessa região)
  • Controle da ingesta hídrica por dia

Quando não for suficiente, poderá incluir o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos.

Segurar o xixi faz mal?

Sim. O hábito de prender a urina aumenta o risco de desenvolver doenças como a infecção urinária e a incontinência urinária.

O ato de fazer xixi é uma das defesas do nosso corpo. Na urina são eliminados todos os germes, bactérias e substâncias tóxicas para o organismo, que foram filtradas pelos rins.

Quando seguramos o xixi, mantemos a urina por mais tempo na bexiga, expondo o trato urinário a proliferação dessas bactérias e risco de uma infecção urinária.

Além disso, reter a urina por mais tempo do que o necessário sobrecarrega a bexiga, prejudicando a sua elasticidade e função do esfincter. Isso pode resultar na perda do controle da urina e incontinência urinária.

Portanto, para evitar essas complicações, procure ir com frequência ao banheiro, e beber pelo menos 1litro e meio de água por dia, de modo a auxiliar a filtração renal e limpeza do trato urinário.

É normal ter vontade de urinar a noite?

Sim, é normal desde que mantenha o volume considerado normal, e desde que não interfira nos hábitos de sono.

A vontade de urinar durante a noite, alterando a qualidade de sono e/ou com volume e frequência aumentados é chamado noctúria. Pode ter as mesmas causas da poliúria (aumento do volume de urina) e da polaciúria (aumento na frequência de urinar).

A poliúria é definida por um volume de urina maior do que 3 litros por dia, para o adulto e maior de 2litros por metro quadrado, na criança. Polaciúria, número excessivo de micções em 24h, é caracterizado pela frequência acima de 6 vezes por dia para um adulto, e mais de 12 micções por dia para as crianças.

Em caso de vontade de urinar a toda hora, consulte um clínico geral, médico de família, ou um urologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Veja também:

Referências:

SBN — Sociedade Brasileira de Nefrologia

SBU - Sociedade Brasileira de Urologia / Portal da Urologia

UpToDate - Daniel G Bichet, et al. Evaluation of patients with polyuria. Sep 27, 2019.

O que é ascite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ascite é o acúmulo anormal de líquido dentro do abdome. 

Pode ocorrer por diversas causas, como cirrose hepática (fibrose do fígado), esquistossomose (doença infecciosa conhecida popularmente como barriga d'água), tumores no ovário ou no peritônio (membrana que envolve o abdome) e insuficiência cardíaca e/ou renal.

O sintoma mais característico da ascite é o aumento anormal e progressivo do volume abdominal. Outro sintoma pode ser dor no abdome.

Além disso, outros sintomas como icterícia, perda de pelos, inchaço generalizado, aumento das veias do pescoço, antecedente de câncer, hepatite ou perda de peso devem ser pesquisados e podem ser pistas para se descobrir a causa da ascite.

Os tratamentos para a ascite podem ser diversos, e têm o objetivo de remover o líquido que se depositou na cavidade abdominal e controlar sua produção e extravasamento. Incluem o uso de diuréticos, a restrição de sal na dieta diária, a interrupção do consumo de bebidas alcoólicas e a administração de albumina.

Saiba mais em: Ascite tem cura? Como é o tratamento?

No caso de suspeita de ascite, deve-se procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para investigação da causa e tratamento associado.

O que é cirrose hepática e quais as causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Cirrose hepática é uma fibrose que ocorre no fígado, caracterizada por uma desorganização estrutural e vascular do órgão, que leva a morte de células e prejuízo nas suas funções.

Um fígado normal tem a superfície lisa, enquanto o fígado com cirrose apresenta nódulos e rigidez, devido a inflamação crônica.

Quais são as causas da cirrose?

Há diversas causas para a cirrose. Dentre as mais comuns estão o consumo excessivo de álcool e as hepatites B e C, infecções do fígado causadas por vírus.

A cirrose também pode ser causada por doenças do fígado relacionadas à obesidade, doença auto imune (cirrose biliar primária), hepatite autoimunes, doença de Wilson, entre outras.

Quais são os sintomas da cirrose?

Os sintomas da cirrose podem ser muito variados e são provocados pela perda das funções do fígado. Quando presentes, os sintomas incluem cansaço, falta de energia, falta de apetite, perda de peso, náuseas, dor abdominal, sangramentos, aparecimento de manchas negras na pele e aparecimento de pequenos vasos no tórax.

Quando a doença já está mais avançada outros sinais e sintomas podem surgir, como:

  • Icterícia (pele e olhos amarelados), ascite (aumento do volume abdominal);
  • Inchaço nos membros inferiores, presença de sangue nos vômitos ou nas fezes;
  • Descoloração das fezes, confusão mental, agressividade;
  • Infecções, alterações hormonais, crescimento das mamas nos homens, perda de pelos;
  • Coma.

A cirrose também pode evoluir para o câncer de fígado.

Qual é o tratamento para cirrose?

O tratamento da cirrose depende da sua causa. Contudo, a única forma de cura, é com o transplante hepático, embora seja recomendado apenas para casos selecionados, pois oferece riscos potencialmente graves.

Se a origem da doença for a hepatite C, são usados medicamentos para eliminar o vírus e impedir que a cirrose evolua, podendo em alguns casos regredir o quadro.

No caso da hepatite B, o tratamento é feito com medicamentos antivirais e moduladores do sistema imunológico. Já na hepatite autoimune, são usados corticoides.

Na suspeita de cirrose hepática, procure um médico gastroenterologista ou hepatologista.

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