Últimas Questões
A diabetes, dieta rica em açúcar ou a falta de exercícios são as causas mais frequentes de aumento dos níveis de glicose no sangue.
A glicose é absorvida dos alimentos que ingerimos. No sangue ela é transportada pela insulina, para dentro das células, onde é utilizada como fonte de energia para exercer as suas funções.
Portanto, uma alimentação com quantidades altas de açúcar, menor produção de insulina ou baixo gasto energético, como no sedentarismo, determinam o aumento dos níveis de açúcar no sangue.
1. DiabetesA diabetes é a principal representante dessa situação. Trata-se de uma doença caracterizada pela produção insuficiente de insulina, levando ao quadro de glicose alta no sangue.
A insulina é o hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por transportar a glicose do sangue para dentro das células. Quando existe pouca ou nenhuma insulina, sobra glicose dentro do sangue, resultando na hiperglicemia.
Pode ter origem genética, quando os sintomas se iniciam ainda na infância ou adolescência, chamada de Diabetes tipo I. Pode ser causada também por doenças crônicas, como a obesidade, a Diabetes tipo II.
O tratamento deve ser feito com mudança de hábitos de vida, alimentação controlada por um nutricionista e exercício físico regular. Nos casos de diabetes tipo I ou a glicose não melhorar apenas com as mudanças de estilo de vida, é preciso iniciar medicamentos ou a própria insulina injetável.
2. Dieta rica em açúcarO consumo exagerado de carboidratos e açúcares pode causar o aumento da glicose no sangue, porque o organismo não consome toda essa energia e nem consegue produzir insulina suficiente para retirar todo esse açúcar do sangue.
Um plano alimentar ideal não deve restringir nenhum alimento, deve incluir todos os tipos de alimentos: carboidratos, legumes, verduras, frutas, proteínas, leite, derivados, óleos e até a gordura, fundamental para formação de hormônios e outras células do corpo, no entanto, em quantidades adequadas às necessidade e preferências de cada pessoa.
Alimentos embutidos e bebidas alcoólicas devem ser evitados. Farinha branca pode ser substituída pela versão integral e reduzir, na medida do possível, o consumo de açúcar branco nas preparações de sobremesas e doces em geral, prefira o açúcar amarelo ou açúcar mascavo.
O nutricionista é o profissional responsável por avaliar as necessidades nutricionais de cada pessoa e planejar essas orientações de maneira individualizada.
3. Falta de atividade físicaA atividade física traz inúmeros benefícios para o organismo e evita o aumento do açúcar no sangue, devido ao maior gasto de energia e consumo da musculatura. Por isso a falta de exercícios pode ocasionar ou permitir, o aumento do açúcar no sangue.
Entretanto, para que a atividade consiga controlar e evitar esse aumento, é preciso que seja feita de forma regular, de 3 a 5 vezes por semana, durante 30 minutos, pelo menos.
O exercício regular promove controle glicêmico, diminuição de peso, menor acúmulo de gordura, ou mesmo quando não perde peso, reduz a "resistência à insulina", quer dizer que, a insulina funciona melhor no corpo de quem pratica atividades.
Outros benefícios comprovados são a redução do risco de pressão alta, do risco de infarto do coração ou colesterol aumentado, promover melhor qualidade de vida, menos queixas de dor e melhora do humor em geral.
Glicose alta: o que fazer?Para controlar a glicose o sangue (glicemia), é preciso seguir uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e evitar situações de estresse.
Podemos enumerar algumas dicas para ajudar a normalizar a glicemia:
- Se hidratar bem, beber pelo menos 1 litro e meio a 2l de água por dia;
- Fazer mais refeições ao dia, em pequenas quantidades;
- Evitar sobremesas, dê preferência às frutas, principalmente melancia, laranja e abacaxi;
- Evitar bebidas alcoólicas, se beber que seja moderadamente e de preferência junto com as refeições;
- Praticar atividades físicas com regularidade. Procure um esporte ou lazer que te traga prazer e bem-estar para ajudar na manutenção dessa prática;
- Procurar dormir bem e descansar sempre que sentir necessidade e
- Evitar situações de estresse ou ansiedade. Se for preciso procure ajuda de um profissional.
Glicose é um monossacarídeo, uma espécie de açúcar simples, encontrado no sangue, a partir dos alimentos ingeridos, que tem como função, a produção de energia para todo o corpo.
O valor considerado normal de glicose no sangue, chamado de glicemia, varia de 70 a 99 mg/dl em jejum. Após uma refeição esse valor pode chegar a 130 mg/dl.
Qual é o melhor horário para medir a glicose?Não existe uma melhor hora para todas as pessoas, depende de cada caso, por isso deve ser determinada pelo médico que o acompanha.
Um paciente que acabou de receber um diagnóstico de diabetes, deve avaliar com maior frequência o açúcar no sangue, pelo menos 2x ao dia, em jejum e após as refeições, até o completo ajuste do seu tratamento.
Pessoas com mais tempo de tratamento e em controle adequado, não precisa medir diariamente, pode variar os horários, conforme os seus hábitos de vida, pratica de exercícios ou se sentir mal-estar.
Gestantes nunca devem passar muito tempo em jejum, por isso podem controlar a sua glicose com medidas após as refeições. E assim por diante. Cabe ao médico endocrinologista definir a melhor opção para cada caso.
Quais os sintomas de glicose alta?Os sintomas de um alto nível de glicose no sangue podem incluir:
- Sede excessiva;
- Boca seca;
- Visão turva;
- Pele seca;
- Fraqueza;
- Cansaço;
- Aumento do número de micções;
- Levantar-se com frequência à noite para urinar.
Os sintomas podem ser mais graves, se a glicemia permanecer alta por muito tempo ou aumentar muito. Com o tempo, A glicose alta enfraquece o sistema imunológico e aumenta a probabilidade de desenvolver infecções.
Às vezes, o nível de glicose pode subir devido a cirurgia, infecção, trauma ou medicamentos. Porém, quando a causa é tratada ou afastada, as taxas de açúcar no sangue voltam ao normal.
O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento e acompanhamento.
Veja como saber se tem ou não diabetes no artigo: Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Referência:
Sociedade Brasileira de Diabetes.
Má digestão, dispepsia ou indigestão é um desconforto na parte superior do abdômen, ou na barriga.
Tem como principal sintoma a sensação de “estômago cheio” imediatamente depois de comer. Outros sintomas que geralmente estão associados são o enjoo, azia e falta de apetite.
Para evitar a má digestão é importante comer devagar mastigando bem os alimentos, evitar alimentos gordurosos e frituras e ingerir pouco ou nenhum líquido durante as refeições.
Quais os sintomas da má digestão?Os sintomas da má digestão, dispepsia ou indigestão incluem:
- Sensação de estômago cheio imediatamente após as refeições, mesmo se você comeu pouco,
- Arrotos (eructações) frequentes,
- Azia (sensação de queimação no estômago),
- Enjoos,
- Vômitos,
- Dores no estômago ou região abdominal,
- Sonolência e cansaço após as refeições,
- Gases e flatulência,
- Prisão de ventre ou diarreia.
Modificações nos hábitos alimentares e o uso de antiácidos ajudam a aliviar os sintomas de má digestão. Dentre as medidas indicadas estão:
1. Alimente-se de forma saudávelPrefira alimentos leves, ricos em fibras e de fácil digestão e que não irritem o estômago como: sucos de fruta, água de coco, gelatina, cereais integrais, pão sem recheio, bolachas do tipo água e sal e chás.
Evite beber líquidos durante as refeições, especialmente as bebidas com gás como os refrigerantes.
É importante também evitar os alimentos embutidos, alimentos industrializados e com alto teor de gordura como leite, manteiga e carnes vermelhas. São produtos que contém grande quantidade de gorduras, irritando a mucosa do estômago e do intestino.
2. Reserve tempo suficiente para as refeiçõesProcure fazer as suas refeições com calma e tempo suficiente para comer devagar. Mastigar bem os alimentos, pois a nossa digestão começa na boca, quando trituramos os alimentos.
Comer muito rápido e sem mastigar direito os alimentos faz com que eles cheguem ao estômago quase inteiros, o que dificulta a digestão e pode desencadear os sintomas de má indigestão.
Evite discussões durante as refeições. Elas podem alterar seu estado emocional comprometendo a mastigação e a digestão dos alimentos.
3. Evite exercita-se logo após as refeiçõesDeixe para realizar atividade física pelo menos de duas a três horas após as refeições. Nas primeiras horas após alimentar-se, o seu corpo todo se prepara para digerir os alimentos e absorver nutrientes. A atividade física neste momento desvia o fluxo de sangue e para outras regiões, como musculatura e órgãos em atividade, o que pode levar à má-digestão.
4. Remédios para indigestãoO uso de medicamentos antiácidos como ranitidina e omeprazol tem a função de aliviar os sintomas da dispepsia. O médico também pode prescrever esses medicamentos em doses mais altas ou por períodos mais longos, se for necessário
Evite usar medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina) e anti-inflamatórios. Se precisar tomá-los, deve-se fazer com o estômago cheio e sob recomendação médica.
Se a causa da má digestão está relacionada com o estresse, busque relaxar, descansar mais, ou praticar meditação, para aliviar os sintomas da má digestão.
Quais as causas de má digestão?As causas mais comuns de dispepsia incluem:
- Consumo exagerado de bebidas com cafeína;
- Consumo de álcool em excesso;
- Comer alimentos condimentados ou gordurosos;
- Comer muito, ou rápido demais;
- Comer alimentos ricos em fibras;
- Fumar ou mascar tabaco;
- Estresse, nervosismo ou ansiedade.
Entretanto, alguns distúrbios gástricos e o uso de alguns medicamentos também podem causar a má-digestão. Estes distúrbios incluem:
- Cálculos biliares;
- Gastrite;
- Inflamação do pâncreas (pancreatite);
- Úlceras intestinais ou gástricas;
- Uso de certos medicamentos como antibióticos, aspirina e anti-inflamatórios não esteroides (AINE's), como ibuprofeno ou naproxeno.
Na maioria dos casos, a indigestão não é sinal de algum problema de saúde grave, a menos que ocorra junto com outros sintomas, tais como sangramento, dificuldade para engolir e perda de peso.
Quando procurar um médico em caso de má digestão?Se os sintomas de má digestão desaparecem quando você realiza mudanças na alimentação ou antiácidos, é sinal de que a sua saúde não corre riscos. Entretanto, procure ajuda médica se:
- Os sintomas da indigestão permanecerem por mais de uma semana;
- Ocorrer perda de peso inexplicável;
- Sentir súbita e intensa dor abdominal;
- Tiver dificuldade em engolir;
- Estiver com a pele e os olhos amarelados (icterícia);
- Vomitar sangue ou houver sangue nas fezes;
- Os sintomas vierem acompanhados de fezes escuras;
- Apresentar dor no peito que irradia para as costas, dor na mandíbula, transpiração abundante, ansiedade ou um sentimento de morte iminente: esses são sintomas de um possível ataque cardíaco. Neste caso, acione 192 (SAMU) ou 193 (Corpo de Bombeiros) ou procure imediatamente uma emergência hospitalar.
Se você perceber estes sinais, procure um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista. Não utilize medicações sem orientação médica.
Referência:
Federação Brasileira de Gastroenterologia
Na pneumonia os sintomas são mais graves do que os encontrados em um quadro gripal ou resfriado. A febre, dor no peito e tosse não melhoram após 3 a 5 dias. O cansaço é mais intenso e pode haver falta de ar se a doença progredir.
É importante estar atento principalmente aos seguintes sinais e sintomas:
1. Tosse com catarroA tosse na pneumonia costuma ser produtiva, com secreção de coloração amarelada ou esverdeada. É um dos principais sintomas, mas especialmente quando o volume de secreção for grande, deve ser um sinal de alerta e não pode ser ignorado.
2. Dor no peitoA dor no peito típica de pneumonia, é uma dor em aperto, cansaço ou descrita como "desconforto no peito". A dor se apresenta apenas do lado acometido e piora com a respiração profunda ou durante a tosse.
3. Dificuldade de respirarA queixa de dificuldade de respirar deve ser avaliada com cautela, porque a pneumonia causa um acúmulo de líquido nos alvéolos, local onde é realizada a troca gasosa. Entretanto, existem milhões de alvéolos nos pulmões, que compensam a área infectada.
A presença de falta de ar, indica que a infecção é extensa ou grave, podendo evoluir com complicações como o derrame pleural, pneumotórax e sepse (infecção generalizada).
4. Febre altaA febre é um sinal de que o organismo está produzindo anticorpos ou reagindo contra um germe não identificado. Porém, para que aconteça a febre, é necessário que a imunidade da pessoa esteja preservada.
Crianças pequenas, idosos, portadores de diabetes, pessoas em tratamento com quimioterapia ou uso crônico de medicamentos imunossupressores, podem não desenvolver a febre, devido à baixa imunidade, atrasando o diagnóstico.
5. Falta de apetiteA falta de apetite é considerada um sinal de alerta, porque apenas em situações de metabolismo muito acelerado ou infecção grave, esse sintoma estará presente.
6. CansaçoO cansaço, fraqueza, falta de interesse, desânimo e dificuldade de realizar tarefas simples, é um sinal de que o organismo está direcionando suas energias para o principal foco: combater a infecção pulmonar. O que ocorre em casos de resfriado comum ou gripe.
Nas crianças, a falta de interesse em brincar, a recusa em se alimentar, representam um sinal de maior gravidade da doença.
7. Duração de mais de 5 diasO quadro de febre, tosse e dor no peito que dura mais de 5 dias sugere uma complicação, e uma das mais comuns é a pneumonia. Devendo sempre ser investigada.
A pneumonia diagnosticada e tratada adequadamente com medicamentos antibióticos, deve apresentar melhora dos sintomas nas primeiras 48 h do medicamento. Caso não observe melhora nesse tempo, retorne ao médico que prescreveu a medicação, para uma reavaliação.
8. Piora progressivaA piora progressiva dos sintomas, como piora da dor no peito, dificuldade de respirar ou piora da tosse são sinais de agravo da doença. Nesses casos, procure imediatamente uma emergência.
Como saber se o que tenho é gripe, resfriado ou pneumonia?Os sintomas de gripe, resfriado e pneumonia são bastante semelhantes, diferenciados pela gravidade dos sintomas e tempo de duração da doença.
Se for Gripe:Na gripe os sintomas são variados, dependendo do tipo do vírus, com febre, tosse, dor no peito, dores no corpo, calafrios e inapetência. Sua duração em média é de 3 a 7 dias, com o início da melhora dos sintomas a partir do terceiro dia da doença.
No caso de 3 a 5 dias com sintomas de gripe sem melhora, procure um atendimento médico, pois pode ser o início de uma pneumonia, e quanto antes iniciar o tratamento, melhor será a resposta.
Se for Resfriado:No resfriado os sintomas são mais leves, com febre baixa, congestão nasal, dor de cabeça, tosse seca e mal-estar. A duração também é curta, durando entre 2 a 5 dias, com melhora a partir do segundo ou terceiro dia da doença. O resfriado dificilmente evolui para infecção pulmonar (pneumonia) e resolve de maneira espontânea, independente de tratamento medicamentoso.
Se for Pneumonia:A pneumonia é a inflamação do tecido pulmonar, nos alvéolos, onde acontece a troca gasosa, por isso os sintomas são mais graves, com febre alta, dor no peito, calafrios, falta de ar e cansaço exacerbado.
A causa mais comum é de uma gripe complicada, onde o agente causador da gripe consegue migrar para o pulmão, ultrapassando todas as barreiras naturais do organismo, dando origem à pneumonia.
O quadro dura mais de 5 dias e evolui com piora dos sintomas.
O médico, na maioria das vezes é capaz de diferenciar a gripe, resfriado e a pneumonia, apenas com o exame clínico. Contudo, quando não é possível, a realização de exames laboratoriais e exames de imagem (Raio-X de tórax), ajudam a definir o problema, possibilitando o tratamento mais adequado.
O que fazer para confirmar a pneumonia?A pneumonia na maioria das vezes é confirmada em uma consulta médica, quando o médico colhe a história clínica, observa os sinais e sintomas apresentados e realiza um exame físico completo.
O Rx de tórax ou tomografia são exames de imagem onde a pessoa é exposta à radiação, por vezes desnecessária. Cabe ao médico definir quando essa exposição é realmente indispensável.
Pneumonia tem cura? O que fazer no caso de pneumonia?Sim, a pneumonia tem cura. O tratamento da pneumonia deve ser definido de acordo com a sua causa base.
Sabendo que a maioria das pneumonias é causada por bactérias, o uso de antibióticos é frequente, associado a hidratação (oral ou venosa), repouso e alimentação balanceada para aumentar a imunidade e combater a infecção.
A resposta e melhora dos sintomas é esperada nas primeiras 24 a 48 h do primeiro comprimido de antibiótico.
Não havendo melhora após 48 h do tratamento ou se observar piora dos sintomas, é necessário procurar um serviço de urgência médica, para reavaliação e ajuste da medicação.
Pneumonia é contagiosa?Depende do agente causador. As pneumonias virais são facilmente contagiosas, as bacterianas menos. Embora, a maior parte das pneumonias sejam causadas por bactérias, é prudente evitar o contato com outras pessoas no início da doença.
A recomendação é que no caso de pneumonia, evite locais fechados e com muitas pessoas; evite tossir perto de outras pessoas, ou quando o fizer tomar cuidado colocando o braço à frente; lave sempre as mãos e não compartilhe copos e talheres.
Após 2 dias de uso de antibióticos, com boa resposta, a chance de contágio é muito pequena.
O que é princípio de pneumonia?O "princípio de pneumonia" é um termo utilizado apenas popularmente. Para os médicos, não existe o "princípio", a pneumonia significa a inflamação do pulmão.
Quando os germes não alcançam o pulmão, o nome dado não será pneumonia, mas conforme a localização acometida. Por exemplo, a inflamação que se restringe à traqueia é chamada traqueíte, inflamação nos brônquios, bronquite, traqueia e brônquios, traqueobronquite, e assim por diante.
Sinais de emergência de uma pneumoniaNos casos de sinais ou sintomas de maior gravidade, é fundamental que procure um atendimento de emergência para avaliação médica de imediato. São eles:
- Falta de ar,
- Dor no peito incapacitante,
- Fraqueza extrema,
- Sonolência,
- Confusão,
- Recusa alimentar (especialmente a recusa em bebês pequenos),
- Piora dos sintomas após 48h de tratamento com antibióticos.
A piora dos sintomas após 48 h de tratamento, com os antibióticos em uso correto, sugere uma complicação pulmonar, como o derrame pleural, abscesso, pneumotórax, entre outros.
Todas essas possibilidades são altamente prejudiciais e oferecem risco de morte se não tratadas rapidamente, por isso devem ser avaliadas em serviço de urgência médica.
Leia também:
A dor no peito ou dor torácica, localizada no lado direto, pode representar diversas situações, sendo as mais comuns:
- Problemas pulmonares à direita,
- Excesso de gases,
- Dor muscular,
- Inflamação na vesícula e
- Problemas psicológicos.
Outras doenças como doenças na mama (à direita), herpes zoster, infarto do coração, embolia pulmonar e aneurisma de aorta, também podem causar sintomas no lado direito do peito, embora seja menos frequente.
Portanto, na presença de dor no peito, mesmo que a direita, é importante procurar um atendimento médico, para a correta avaliação e orientações.
Causas de dor no peito do lado direito 1. Problemas pulmonares AsmaA asma é uma doença crônica dos pulmões, que provoca o estreitamento da via respiratória, causando dor ou sensação de aperto no peito, falta de ar, cansaço e sibilos (chiados no peito).
A doença não tem cura, mas tem tratamento com boa resposta, para a fase aguda e ainda, para prevenir as crises. O médico pneumologista é o responsável por esse acompanhamento.
Saiba mais: Existe tratamento para a asma? Tem cura?
Pneumonia à direitaA pneumonia é uma infecção do pulmão, que apresenta como sintomas a dor no peito, do lado direito, nesse caso, associada a tosse seca ou com catarro, febre, mal-estar e indisposição.
A doença deve ser tratada rapidamente com antibióticos, hidratação e repouso, para não evoluir com piora ou complicações, sendo as mais comuns, o derrame pleural e abscesso pulmonar.
Leia também: Pneumonia é contagiosa?
PneumotóraxO pneumotórax é a presença de ar entre as pleuras do pulmão. As pleuras são duas membranas finas que recobrem e protegem o pulmão. Habitualmente estão "coladas", mas se houver um trauma, inflamação ou infecção local, que permita a entrada de ar entre elas, provoca uma dor intensa, do tipo "pontada ou agulhada", que dificulta a respiração profunda e os movimentos.
O tratamento varia de acordo com o volume de ar encontrado. Nos casos de grande volume de ar, é indicado drenagem cirúrgica de urgência, ou pode ser apenas acompanhado com repouso e orientações.
O cirurgião geral e/ou pneumologista, são os responsáveis pela avaliação desses casos.
Derrame pleuralO derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras. Assim como no pneumotórax, a separação das pleuras desencadeia uma dor intensa no tórax, do lado acometido, que dificulta a respiração, principalmente a respiração profunda e aumenta a dor em cada movimentação.
O tratamento é quase sempre cirúrgico, mas também deve ser avaliado caso a caso, pelo médico cirurgião geral ou pneumologista.
2. Excesso de gasesO excesso de gases pode ocorrer em qualquer região do abdômen e não é incomum a irradiação para a região torácica. A dor pode ser tão intensa que leva o paciente a um serviço de emergência, acreditando estar sofrendo um infarto agudo do coração.
Os sintomas associados são de dores em pontadas, muito intensas, mas que vão e vem, ainda, inchaço na barriga e dificuldade para respirar.
O tratamento é feito com massagens abdominais, exercícios físicos, alimentação balanceada e se preciso, medicamentos para auxiliar a eliminação dos gases, como o Luftal®.
Leia também: Excesso de gases: o que pode ser e como tratar?
3. Dor muscularA dor muscular na região do tórax ou peitoral, é comum em pessoas que frequentam academias, praticam atividades físicas, ou de trabalho, que exigem grande esforço ou ainda, após um trauma local. A história ajuda o médico a definir a causa.
Os sintomas típicos são de dor localizada no músculo afetado, com intensidade variada e piora da dor com o movimento e com a palpação do local.
O tratamento é feito com repouso, compressa morna, e se preciso, o uso de medicamento relaxante muscular. O médico clínico geral poderá orientar a melhor opção para cada caso.
4. Inflamação na vesículaEmbora a vesícula seja um órgão da cavidade abdominal, fica localizada logo abaixo das costelas, por isso biotipo da pessoa, não é incomum a queixa de dor na base do tórax, à direita, nos casos de inflamação (colescistite).
A queixa é de dor intensa do tipo "cólica", associada a náuseas, vômitos e por vezes, febre. A alimentação gordurosa pode precipitar ou piorar de forma importante todos esses sintomas.
O tratamento depende da gravidade da crise e da presença ou não de cálculos na vesícula, podendo ser indicado apenas anti-inflamatórios e antibióticos, até a retirada da vesícula em caráter de urgência.
O médico cirurgião geral ou gastroenterologista é o responsável pela avaliação e tratamento desses casos
Leia também: Quais são os sintomas de pedra na vesícula?
5. Problemas psicológicosAlém das possibilidades descritas, as causas psicológicas devem ser sempre investigadas, a ansiedade e o estresse têm como caraterísticas, a tensão muscular e palpitação, o justifica a dor no peito.
A dor no peito por causas psicológicas não obedece a um padrão típico. Pode se associar a dificuldade respiratória, dificuldade de engolir ("bolo na garganta"), palpitações, sudorese, tontura, náuseas ou vômitos.
Portanto, é um diagnóstico de exclusão. Todos os exames e avaliações devem ser realizadas, para evitar um erro diagnóstico e prejuízos a saúde da pessoa.
No caso de dores no peito à direita, à esquerda ou no meio do peito, procure um médico clínico geral, ou médico da família para avaliação.
Dor do lado direito do peito: quando procurar a emergência?Procure um serviço de emergência nos casos de:
- Dor forte no peito que não melhora após 20 minutos,
- Dor no peito, associada a febre, sudorese, náuseas ou vômitos,
- Dor no peito de início súbito, com dificuldade para respirar ou
- História prévia de infarto do coração ou embolia pulmonar.
Pode lhe interessar ainda:
Para parar a diarreia, é preciso beber bastante água e cuidar da alimentação, sem fazer jejum ou dietas restritivas. O uso de zinco, probióticos e antibióticos também podem ser prescritos pelo médico, se achar necessário.
Medicamentos antidiarreicos, nem sempre são indicados, porque podem piorar o quadro da diarreia e impedir que o organismo expulse aquilo que não o está fazendo bem.
Para crianças, esses medicamentos são contraindicados.
Qual o melhor tratamento para diarreia? 1. ÁguaO tratamento se baseia na hidratação e reposição daqueles eletrólitos perdidos nas fezes, como, por exemplo, o sódio e o potássio. Essa reposição é conseguida através do soro de reidratação oral, soro caseiro e aumentando o consumo ingesta de água por dia.
A desidratação é a principal complicação da diarreia, por isso é preciso ter muita atenção aos sinais que indicam a desidratação, especialmente nas crianças. Os sinais mais frequentes são a boca seca, língua e lábios rachados, muita sede e diminuição no volume de urina.
Nos bebês observe a frequência que troca as fraldas e o seu peso. Fralda muito leve indica pouca urina. Outro sintoma de desidratação nos bebês é a irritabilidade e recusa pelo leite materno.
2. Boa alimentaçãoManter a alimentação habitual é muito importante para não prejudicar a sua nutrição. Por muitos anos acreditava-se que uma dieta era necessário para tratar a diarreia, mas os estudos já demonstraram que manter a dieta normal, sem restrição, tem um melhor resultado.
Portanto, não deixe de se alimentar! Apenas procure as melhores opções dentro do que está habituado a consumir e faça pequenas refeições, mais vezes durante o dia.
- Prefira alimentos cozidos, grelhados ou assados.
- Pães, arroz, batata, macarrão e biscoitos de água sal ajudam a reter a água.
- Frutas mais indicadas são a maçã (sem casca) e a banana.
- Nos lacticínios, dê preferência aos desnatados.
- Evite comidas gordurosas e bebidas estimulantes como o mate, bebidas alcoólicas, refrigerante, café e leite integral.
A amamentação também deve ser mantida. O aleitamento materno protege o bebê de desidratação, de infecções e auxilia na recuperação da mucosa intestinal, mais rapidamente.
3. ZincoA reposição de zinco tem mostrado cada vez mais, a recuperação mais rápida da função intestinal. Portanto, é recomendado o uso de Zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.
4. ProbióticosOs medicamentos probióticos podem melhorar os sintomas da diarreia viral, reduzindo o tempo da doença e o risco de internação, através do equilíbrio da flora intestinal.
No entanto, são muitas as opções de probióticos no mercado, o que dificulta essa indicação mais detalhada. Além disso, pesquisas apontam para uma piora da diarreia infecciosa, provavelmente pelo uso conjunto de antibiótico e probióticos.
Portanto, como ainda não existe um consenso sobre as opções e doses mais seguras de probióticos na diarreia, principalmente na infecciosa, recomenda-se uma avaliação médica antes de iniciar o medicamento.
5. AntibióticosO antibiótico está indicado nos casos de infecção, febre alta, sangue nas fezes ou diarreia prolongada. O remédio recomendado pelo Ministério da saúde atualmente é a Ciprofloxacina®. A dose e tempo de uso deve ser avaliada caso a caso.
6. AntidiarreicosOs medicamentos antidiarreicos, como a loperamida (Tiorfan®), só está indicado nos casos de diarreia crônica, sem sinais de infecção e na idade adulta.
Remédio caseiro para diarreiaO remédio caseiro mais eficaz para a diarreia é o soro caseiro, ou o soro de reposição oral já preparado e distribuído pelo Governo, nos postos de saúde do SUS. Esse preparado também pode ser encontrado nas farmácias para venda.
Conheça as três formas de preparar o soro caseiro com segurança nesse artigo: Quais os benefícios do soro caseiro?
Outras opções de remédio caseiro são:
- Água de coco
- Soro caseiro
- Chá de casca de maça
- Chá de camomila
- Chá de erva-doce
No preparo do chá, coloque a casca da maçã ou o envelope do chá escolhido na água fervida ainda quente, deixe descansar por alguns minutos e depois de coar, beba em pequenas quantidades durante o dia.
Evite os sabores de chá-preto, menta ou uso de açúcar, porque piora a diarreia.
Quais são as causas de diarreia?As viroses, consumo de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, como utensílios de cozinha e banheiro, ou ainda contato com pessoas contaminadas, são as causas mais comuns de diarreia.
Quando procurar um atendimento médico?- Presença de sangue ou muco nas fezes,
- Febre alta e dores abdominais,
- Vômitos repetidos,
- Sinais de desidratação (muita sede, boca seca e menor quantidade de urina),
- Não conseguir se alimentar, especialmente em crianças,
Na presença de diarreia com essas características e outros sintomas associados, procure um médico clínico geral ou médico de família.
Saiba mais sobre a diarreia infecciosa, também conhecida por disenteria:
7 Remédios eficazes e medidas caseiras para dor de barriga
O que é disenteria e quais os sintomas?
Referências:
- Ansari F, e cols. A systematic review and meta-analysis: The Effectiveness of probiotics for viral gastroenteritis. Curr Pharm Biotechnol. 2020 Apr 16.
- Ministério da Saúde do Brasil
A diarreia é sinal de infecção quando apresenta febre, calafrios e presença de sangue, muco ou pus nas fezes. Nesse caso, a diarreia passa a ser considerada uma disenteria.
A disenteria é uma situação bastante perigosa, especialmente para as crianças e pessoas com a imunidade baixa, pelo risco de complicações como a desidratação e sepse (infecção generalizada).
Portanto, na presença de sinais de infecção, procure um atendimento médico imediatamente.
Quando procurar atendimento médico?Os sinais de maior gravidade que indicam a necessidade de atendimento médico, são:
- Presença de sangue, pus ou muco nas fezes;
- Febre alta (acima de 38,5ºC);
- Mais de 6 evacuações líquidas por dia;
- Mais de 7 dias de diarreia com febre;
- Episódios de vômitos (mais de 5 vezes por dia), junto com a diarreia;
- Sinais de desidratação (boca seca, muita sede e redução do volume de xixi);
- Pacientes com imunidade baixa (em tratamento com quimioterapia, corticoides ou imunossupressores);
- Crianças pequenas, menores de um ano, ou que não aceitam bem a hidratação;
- Sinais de desidratação (boca seca, menor quantidade de xixi, sede constante).
A principal orientação nos casos de diarreia é manter uma boa hidratação, repor os eletrólitos perdidos junto com as fezes, como o sódio, potássio e zinco; manter a alimentação habitual e quando preciso, acrescentar o antibiótico.
A restrição de alimentos durante a diarreia, foi por muitos anos usada como tratamento ideal. Contudo, os estudos mostraram que essa medida prejudica a nutrição e a recuperação da mucosa intestinal, por isso, é muito importante que a alimentação normal, de costume, seja mantida.
Quais remédios podem ser usados na diarreia?As diretrizes de saúde, tanto no Brasil como em outros países, só indica uso de medicamentos, quando realmente é necessário, para evitar a piora da diarreia.
1. AntitérmicosO paracetamol é a antitérmico mais indicado, porém apenas nos casos de febre alta (acima de 38,5º), ou quando causa grande incômodo na criança, interferindo na sua alimentação e aceitação de líquidos.
2. AntibióticosOs antibióticos podem ser indicados nos casos de infecção, com a febre alta persistente, presença de sangue, muco ou pus nas fezes e quando a doença dura mais de 7 dias consecutivos.
3. AntidiarreicosAs medicações com objetivo de interromper rapidamente a diarreia não são indicadas! Sobretudo nos casos infecciosos, quando a medicação reduz a motilidade do intestino, mantendo a infecção por mais tempo e aumentando o risco de uma sepse (infecção generalizada).
4. ProbióticosOs medicamentos probióticos podem ser utilizados, embora tenham poucos estudos comprovando a sua eficácia.
5. AntieméticosAs medicações para náuseas e vômitos podem ser utilizadas, inclusive em crianças, para reduzir a perda de água nos episódios de vômitos. As opções mais prescritas são a metoclopramida, prometazina e a ondansetrona.
Quais são os tipos de diarreia?A diarreia pode ser dividida pelo tempo de duração, pela causa ou ainda pelos sintomas e as suas caraterísticas.
Diarreia agudaTipo de diarreia que dura apenas alguns dias, geralmente entre 5 e 7 dias, podendo chegar a 14 dias no máximo. As causas mais comum são as viroses e a melhora é espontânea.
Diarreia crônicaTipo de diarreia que dura mais de 3 a 4 semanas, mesmo que não seja constante durante esse período. As causas mais comuns são a presença de vermes, inflamações intestinais, como a doença de Crohn, tumores, ou situações de estresse, como a síndrome do intestino irritável.
Nesses casos é preciso procurar um gastroenterologista para investigação e tratamento.
Gastroenterite (infecciosa)A diarreia infecciosa, disenteria ou gastroenterite, é um tipo de diarreia mais grave, causada por bactérias, onde é comum a presença de cólicas abdominais, febre, mal-estar e sangue ou pus nas fezes.
O tratamento deve ser feito com hidratação e antibióticos, por isso é procurar um atendimento médico para confirmação da doença e início rápido dos medicamentos.
Causas de diarreiaDiversas situações e doenças crônicas podem causar diarreia, como, por exemplo:
- Consumir alimentos contaminados;
- Viroses;
- Alimentação rica em gordura;
- Dietas restritivas (fórmulas para emagrecimento);
- Doença celíaca (doença causada caracterizada pela intolerância ao glúten);
- Doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e colite ulcerativa;
- Síndrome do intestino irritável;
- Intolerância à lactose;
- Falta de higiene pessoal;
- Cirurgias de estômago ou de intestino;
- Radioterapia.
A diarreia é uma condição em que ocorre eliminação de fezes aquosas (diarreia líquida) ou moles, pelo menos 3 vezes por dia. A diarreia pode ser leve e desaparecer em alguns dias ou durar mais tempo, podendo deixar a pessoa fraca ou desidratada.
Para maiores esclarecimentos sobre os distúrbios gastrointestinais, como a diarreia, procure um médico gastroenterologista.
Leia também: O que é bom para parar a diarreia rapidamente?
Referências:- Ministério da Saúde - saude.gov.br
- Brandt KG, de Castro Antunes MM, da Silva GA. Acute diarrhea: evidence-based management. J Pediatr (Rio J). 2015;91:S36-43.
A dor de cabeça de um lado só, ou cefaleia unilateral, pode representar diversas situações, mas podemos citar como principais: enxaqueca, torcicolo, hipertensão arterial, trauma e tumor.
A definição da causa da dor de cabeça e o tratamento, são baseados na história clínica, características da dor e exame médico. Além disso, quando é preciso, o médico pode solicitar exames complementares para definição, como exames laboratoriais e exames de imagem.
EnxaquecaA enxaqueca apresenta uma dor típica, com as seguintes características:
- Dor unilateral (dor de cabeça do lado esquerdo ou do lado direito),
- Dor tipo pulsátil, pontadas ou latejante,
- Sintomas associados: náuseas, vômitos, fotofobia (piora da dor com estímulo luminoso) e fonofobia (piora da dor com barulho),
- História familiar de enxaqueca,
- Melhora com repouso em local escuro,
- Melhora com analgésicos ou anti-inflamatórios.
O diagnóstico é praticamente clínico, devendo descartar outras causas com exames complementares, quando o médico entender necessário.
Leia também: Qual é o tratamento da enxaqueca?
TorcicoloO torcicolo é uma contratura do músculo do pescoço, que causa dor intensa na região. Suas características são:
- Dor de cabeça unilateral (apenas do lado contraído),
- Dificuldade de movimentar o pescoço (piora a dor),
- Edema ou "caroço" na região do pescoço,
- Melhora da dor com o repouso e medicamento relaxante muscular.
O exame médico costuma ser suficiente para o diagnóstico.
Hipertensão arterialO aumento da pressão arterial, ou pico hipertensivo, tem como característica mais comum a dor de cabeça "atrás", ou "dor na nuca", ou ainda, dor em aperto por toda a cabeça, entretanto e devido à alta prevalência de dores de cabeça por hipertensão, essa possibilidade tem que ser sempre investigada.
Para todo caso de dor de cabeça, independente do lado, a pressão arterial deve ser aferida durante a consulta médica.
O tratamento deve ser instituído, quando confirmado os valores aumentados da pressão.
TraumaA ocorrência de um trauma na cabeça, seja uma pancada por queda de objeto, bater contra uma porta de armário ou situações de agressão, mesmo que não seja grave, pode desencadear dor de cabeça no local, por um período indeterminado. Chamamos de cefaleia pós traumática. As características dessa dor são:
- Dor unilateral (no lado do traumatismo, direito ou esquerdo),
- Dor tipo aperto ou "dolorido" constantemente,
- Não tem relação com sono, luz ou barulho,
- Não costuma ter sintomas associados,
- História prévia de trauma local.
O diagnóstico, da mesma forma que a enxaqueca, é feito na consulta médica, porém devido à história clínica, faz-se necessário o exame de imagem com o objetivo de descartar fraturas e outros problemas decorrentes de um evento traumático. O raio X ou tomografia computadorizada são os exames mais indicados.
Os analgésicos são indicados quando necessário, com cautela para não causar cefaleia por uso abusivo de medicamentos ou outros efeitos colaterais. Outra opção são as terapias alternativas para tratamento de dor, como acupuntura ou osteopatia.
TumorNos casos de tumor cerebral, a dor de cabeça pode ser variada, dependendo do tipo e localização do tumor. Em geral as características são:
- Dor de cabeça (do lado direito, esquerdo ou toda a cabeça),
- Náuseas, vômitos,
- Dificuldade de fala,
- Diminuição de força ou sensibilidade de um lado do corpo,
- Dificuldade visual,
- Alterações de comportamento,
- Crises convulsivas até o coma.
Nos casos de dores de cabeça, com sintomas de comprometimento cerebral sugestivo de tumor, deve ser solicitado exames de imagem para avaliação.
O tratamento será indicado conforme o tipo de tumor e localização. Atualmente grande parte das cirurgias são realizadas por métodos menos invasivos, com segurança e bons resultados.
Leia também: Quais são os sintomas de tumor no cérebro?
Outras causas de dor do lado esquerdo da cabeçaOutras causas de dor apenas do lado esquerdo da cabeça são: sinusite, estresse, ansiedade e problemas visuais. Embora sejam causas mais associadas com dor na testa, dor atrás da cabeça ou dor generalizada, podem inicialmente se apresentar com dor apenas de um lado.
Portanto, também devem ser avaliadas e descartadas pelo médico clínico geral ou médico da família. Contudo, para casos de dores de cabeça apenas de um lado, o mais recomendado é que procure um médico neurologista.
Leia também: Dor de cabeça frequente: o que pode ser?
As dores musculares, por serem problemas nos músculos, se modificam com a mudança de posição, movimentação do corpo e/ou palpação no exame. A dor nos rins não se altera com nenhum movimento.
Além disso, as doenças musculares são dores intermitentes, localizadas. As dores nos rins quando se iniciam são constantes, nada melhora, tem irradiação para a barriga, virilha ou genitais e costumam apresentar alterações na urina, como dificuldade em urinar, presença de sangue ou urina amarronzada.
Na presença de dor em região lombar, mesmo que intermitente, sangue na urina, dificuldade de urinar ou massa palpável na barriga, procure um médico da família, urologista e/ou clínico geral para avaliação.
Causas de dor nos rinsAs principais causas de dor nos rins são a presença de pedra nos rins e a infecção urinária. Outras causas menos frequentes são: câncer, cisto renal, trombose de veia renal e trauma renal.
Vale ressaltar que o baixo consumo de água é um dos fatores que mais contribui para a formação de pedras nos rins, especialmente pessoas que já tem história de cálculo renal na família.
Por isso, para o bom funcionamento renal, é fundamental beber bastante água durante o dia, pelo menos 1 litro e meio a 2 litros. O médico urologista é o responsável por avaliar e orientar quanto às doenças renais.
1. Pedra nos rinsOs rins produzem a urina, que segue através do ureter até a bexiga, onde fica armazenada e depois é expelida como xixi.
Pessoas com pedras nos rins, em algum momento da vida, terão um cálculo passando pelo ureter, para ser eliminado na urina. O problema ocorre quando esse cálculo não é pequeno o suficiente e fica preso nesse canal, impedindo também a passagem da urina.
Essa obstrução causa os sintomas de dor intensa na região lombar, apenas do lado acometido, náuseas, vômitos, suor frio e presença de sangue na urina.
O tratamento é feito com medicamentos potentes para dor, hidratação, antibiótico e cirurgia para desobstruir o canal.
Saiba mais: O que causa pedra nos rins?
2. Infecção urináriaA infecção na urina costuma se iniciar na uretra e bexiga, embora possa acometer todo o sistema urinário, conhecido popularmente por cistite.
Os sintomas são de aumento da frequência urinária, urina muitas vezes, mas em pequenas quantidades, ardência ao urinar e dor na barriga.
O tratamento da cistite é simples, com aumento da ingesta de água, antisséptico da via urinária e antibióticos orais por 1 a 2 semanas.
No entanto, a cistite pode evoluir com piora, quando as bactérias alcançam o sistema urinário mais alto (reteres e rins), causando uma pielonefrite. O quadro é mais frequente em crianças pequenas, idosos, pessoas acamadas ou com imunidade muito baixa.
Nos casos de pielonefrite o tratamento deve ser imediato, em ambiente hospitalar, com hidratação e antibióticos pela veia, para evitar complicações como sepse e insuficiência renal.
3. CâncerNo Brasil, a incidência de câncer renal tem aumentado, segundo a estatística do Instituto Nacional de Câncer (INCA), desde o ano de 1990. Hoje está entre os 10 tipos de tumores mais frequentes na população.
Os sintomas são de dor na região lombar, sangue na urina e massa palpável no abdômen. Pode haver queixa de falta de apetite e perda de peso, mas nos casos já avançados.
O tratamento definitivo e curável, é a cirurgia com remoção do tumor. Pode ser necessário tratamento complementar com imunoterapia, dependendo do tamanho e tempo de doença. O médico oncologista é o responsável por determinar os tratamentos adjuvantes.
4. Cisto renalCisto renal é uma espécie de "bolsa cheia de líquido", que aparece nos rins, geralmente em exames realizados aleatoriamente. Na maioria das vezes não causa sintomas, indicando apenas acompanhamento.
Nos casos de infecção, formação de cálculos no interior ou sangramento, pode haver dor na região lombar, do lado acometido, associado a náuseas, mal-estar e febre. O tratamento indicado será de antibioticoterapia oral e/ou cirurgia para remoção do cisto.
Leia também: Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?
5. Trombose de veia renalA trombose de veia renal é a obstrução da veia renal principal. É uma doença rara, desencadeada por doenças auto-imunes, distúrbios de coagulação, complicação gestacional, entre outras.
Os sintomas são de dor na região lombar, diminuição do volume de urina, mal-estar, náuseas, vômitos e presença de sangue na urina.
O diagnóstico não é simples, porque o quadro é bem semelhante à cólica renal. Por isso, são necessários exames de imagem mais específicos, como venografia ou angiografia, para definir essa doença.
O tratamento se baseia em resolver o problema que está causando essa obstrução, associado a anticoagulação. A cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves e que não respondem ao medicamento.
6. Trauma renalO rim é um órgãos mais comprometidos nos traumas "fechados", como acidentes de carro e de grande impacto. Os sintomas serão de dor na região lombar, ou na barriga difusamente, mal-estar e pode haver sangue na urina.
O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia de abdômen.
O tratamento depende da gravidade do trauma. Na lesão leve, é indicado apenas o acompanhamento. Nas lesões mais graves, com formação de hematoma, dor e sinal de infecção, pode ser preciso intervenção cirúrgica.
Sintomas de dor nos rinsOs sintomas relacionados a problemas nos rins são:
- Dor lombar (de um dos lados)
- Dor ou ardência ao urinar
- Coloração avermelhada ou amarronzada na urina
- Menor quantidade de urina
- Náuseas, vômitos e mal-estar
Pode lhe interessar ainda:
Os sinais típicos do trabalho de parto são as contrações uterinas, a ruptura da bolsa amniótica e a perda do tampão mucoso.
Todos os sinais são importantes, porém o único que está sempre presente é a contração uterina. A ruptura da bolsa amniótica pode ocorrer até horas antes do início do trabalho de parto, sendo nesses casos o primeiro sinal, porém nem todas as mulheres têm a bolsa rota.
Assim como a perda do tampão mucoso, uma espécie de secreção viscosa expelida quando as contrações se iniciam, pode ser um dos primeiros sinais, ou pode nem ser percebido, quando for um tampão discreto ou extremamente fino.
Portanto, na presença de qualquer sinal sugestivo de trabalho de parto, a gestante deve fazer contato imediato com o seu médico obstetra, para informar e esclarecer as suas dúvidas, sem colocar a gravidez em risco.
Sinais de trabalho de parto 1. Contrações uterinasExistem contrações que ocorrem naturalmente durante a gestação e as contrações uterinas relacionadas efetivamente, com o parto. As diferenças mais marcantes, são a dor e o ritmo nas contrações do parto.
Contrações de Braxton-Hicks
São contrações uterinas que acontecem durante a gravidez naturalmente, não tem relação com o trabalho de parto ou riscos para a gestação. São contrações que seguem o seguinte padrão:
- Contrações indolores, ou causam leve sensação de cólica;
- Duram pouco tempo;
- Não tem regularidade, são aleatórias;
- Raramente acontecem mais de duas por dia;
- Melhoram com o repouso ou simples mudança de posição.
Contrações de trabalho de parto
As contrações típicas do trabalho de parto, ou contrações de parto "verdadeiras", tem como características:
- Dor. São contrações dolorosas, desde o início, que pioram gradativamente;
- Contrações ritmadas;
- Frequência de 20 a 30 minutos, que se tornam mais curtas com a evolução do parto;
- Localizadas na região pélvica, com irradiação para as costas, pernas e coxas.
A bolsa amniótica, ou membrana amniótica, é o local aonde o bebê fica protegido, dentro da barriga da mãe. Quando essa bolsa se rompe, extravasa grande quantidade de líquido de coloração clara, pela vagina da mulher, de maneira indolor, indicando que o parto está próximo.
A ruptura pode acontecer naturalmente pelo início do trabalho de parto, ou devido a problemas na gravidez, como uma infecção vaginal ou traumatismos.
Sempre que a gestante apresentar "bolsa rota", deverá ser imediatamente internada e manter acompanhamento pela equipe médica, pelo risco de infecção e abortamento.
A bolsa pode também não romper, prejudicando a evolução do parto. Nessa situação, o médico obstetra poderá romper cirurgicamente essa bolsa, para ajudar na progressão do parto, evitando sofrimento do bebê.
Leia também: Como saber se a bolsa estourou e o que fazer?
3. Perda do tampão mucosoO tampão mucoso, é a formação de uma "barreira de muco" no colo do útero, com o objetivo de impedir a entrada de bactérias e germes provenientes da vagina.
A perda do tampão mucoso costuma acontecer após a 37ª semana de gravidez, quando o colo do útero começa a reduzir, para aproximar o bebê do canal vaginal. A secreção é mucoide, espessa ou gelatinosa, de coloração clara com raias de sangue.
A saída dessa secreção deve ser explicada a mãe, para não causar sustos e alertar de que pode também não ser identificado. Por isso, não é obrigatório a sua presença para confirmar um trabalho de parto.
Como saber se estou em trabalho de parto?Os sinais e sintomas que indicam o início do trabalho de parto são:
- Presença de contrações uterinas dolorosas e ritmadas, em média 5 contrações dentro de 1 hora;
- Dores que irradiam para as costas ou para as pernas;
- Saída de líquido pela vagina ("bolsa rota");
- Saída de secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue (perda do tampão mucoso).
No caso de estar grávida e observar a barriga mais "endurecida", contrações dolorosas que vem de maneira cíclica ou repetida, ou perda de líquido pela vagina, entre em contato com o seu médico imediatamente, e siga as suas orientações.
Pode lhe interessar também:
Sim, coceira na vagina pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase pode causar coceira na vulva, coceira na entrada da vagina e coceira dentro da vagina.
Além de coceira vaginal, a candidíase pode causar o aparecimento de corrimento vaginal branco espesso e abundante, semelhante a requeijão, ardência nos grandes lábios e na vagina, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, vermelhidão e inflamação da vulva (parte externa da vagina).
Como aliviar a coceira na vagina em caso de candidíase?O tratamento da candidíase é realizado com pomada ginecológica para coceira, creme, comprimidos vaginais ou supositórios e comprimidos orais. Para aliviar a coceira e a ardência na vagina são usados remédios antifúngicos, como miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol.
A pomada ginecológica ou o remédio antifúngico podem precisar ser usados por até 7 dias. Se a mulher não tiver infecções repetitivas, pode ser indicado um medicamento de 1 dia, tomado em dose única.
Quando a coceira nas partes íntimas femininas e os outros sintomas são mais graves ou quando a mulher tem candidíase vaginal com frequência, pode ser necessário usar medicação por até 14 dias, além de pomada ginecológica com azol ou tomar comprimidos de fluconazol todas as semanas para prevenir novas infecções.
Além da candidíase, o que mais pode causar coceira na vagina?A coceira na vagina também pode ser causada por certos distúrbios da pele ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em casos raros, o prurido vaginal pode ser sintoma de câncer de vulva.
Coceira na vulva ou na entrada da vagina em, geral, tem como causas alergia ou irritação. Já uma coceira dentro da vagina pode ser sintoma de alguma infecção causada por fungos ou bactérias. Nesse caso, além da coceira, é comum haver corrimento vaginal e inchaço local.
Abaixo seguem as principais causas de coceira na vagina, na vulva ou na região ao redor da vagina.
1. AlergiaA exposição da vagina a produtos químicos irritantes pode causar coceira. Esses irritantes podem desencadear uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea com coceira em várias áreas do corpo, incluindo a vagina.
A alergia pode ser causada por calcinha de nylon, sabonete, absorvente, perfume, desodorante, amaciante de roupa, sprays femininos, duchas, cremes, pomadas, papel higiênico perfumado, entre outros.
O uso de calcinhas de material sintético e o uso frequente de calça jeans, sobretudo nos dias mais quentes, podem irritar a vulva (parte externa da vagina), provocando coceira e aumentando as chances de candidíase.
O que fazer: quando a coceira na vagina é causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira. Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calças jeans apertadas.
2. Doenças da peleAlgumas doenças de pele, como eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região da vagina.
No eczema, surge uma erupção avermelhada com textura escamosa e que coça. A psoríase provoca o aparecimento de manchas vermelhas escamosas, sobretudo no couro cabeludo e nas articulações. Porém, às vezes, esses sintomas também podem ocorrer na vagina.
O que fazer: na maioria das vezes, o tratamento das doenças de pele que causam coceira na vagina é feito com pomadas e remédios aplicados diretamente no local. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos por via oral.
3. VaginoseAlém de coceira na vagina, leva ao aparecimento de corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro, dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.
A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal ou no pH da vagina. É parecida com uma infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase.
O que fazer: o tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.
4. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)Além de coceira na vagina, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), antes chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), podem causar dor, sensação de formigamento, queimação, aparecimento de corrimento com cheiro e feridas. Clamídia, herpes genital, tricomoníase e gonorreia estão entre as ISTs mais comuns.
O que fazer: o tratamento da infecção sexualmente transmissível depende da doença e da sua causa. Nas infecções causadas por vírus, são usados medicamentos antivirais específicos para a doença. Nas doenças causadas por bactérias e fungos são utilizados medicamentos antibióticos e antifúngicos, respectivamente.
5. Menopausa e alterações hormonaisA menopausa pode causar coceira na vagina devido à falta de lubrificação vaginal, provocada pela queda dos níveis do hormônio estrógeno.
Gravidez, pré-menopausa e uso de anticoncepcional hormonal também podem causar alterações hormonais que levam à secura vaginal, o pode causar coceira na vagina.
O que fazer: uma vez que a coceira na vagina nesse caso é causada pela falta de lubrificação, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar a aliviar a coceira. Se o prurido for muito intenso, pode ser indicada a aplicação de pomada vaginal de estriol.
6. Líquen esclerosoCausa coceira na vagina e o aparecimento de vários pontinhos brancos na pele. O líquen escleroso pode estar relacionado com alterações hormonais e imunidade baixa.
O que fazer: o objetivo do tratamento do líquen escleroso é aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização. Se os sintomas forem leves, pode não ser necessário tratamento. O tratamento pode incluir:
- Anti-histamínicos;
- Medicamentos para acalmar o sistema imunológico (em casos graves);
- Corticoides orais ou em pomadas para diminuir a inflamação e reduzir a resposta imune;
- Injeções de corticoides na lesão;
- Vitamina A em pomada ou comprimido;
- Terapia com luz ultravioleta.
Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na vagina e não tem uma causa conhecida. Provoca coceira intensa na vagina e pode evoluir para câncer de vulva.
O que fazer: o tratamento da coceira na vagina causada por líquens vulgares geralmente é feito com pomada vaginal de corticoide. A pomada pode eliminar completamente os sintomas em mais de 70% dos casos.
A aplicação da pomada vaginal, em geral, é realizada duas vezes ao dia, por três meses, além de doses de manutenção posteriormente. Em alguns casos, pode ser necessário manter as doses de manutenção por até 10 anos.
8. Câncer de vulvaEm casos raros, a coceira na vagina pode ser um sintoma de câncer de vulva, que é a parte externa do órgão genital feminino. Inclui os lábios interno e externo da vagina, o clitóris e a abertura da vagina.
O câncer de vulva nem sempre causa sintomas. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir coceira, sangramento anormal ou dor na região vulvar.
O que fazer: o tratamento do câncer de vulva normalmente é feito através de cirurgia para retirar o tumor. A radioterapia também pode ser indicada. O tratamento é feito por meio da aplicação de radiação no local para destruir as células cancerosas.
Quando procurar um médico em caso de coceira na vagina?É importante consultar um médico ginecologista ou médico de família quando a coceira na vagina for intensa. A mulher também deve procurar o médico se a coceira persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de algum dos seguintes sintomas:
- Feridas ou bolhas na vulva;
- Dor ou sensibilidade na região genital;
- Vermelhidão ou inchaço na vagina;
- Dificuldade para urinar;
- Corrimento vaginal;
- Dor ou desconforto durante a relação sexual.
Em caso de coceira na vagina, na vulva ou em qualquer local das partes íntimas femininas, consulte um médico ginecologista ou médico de família para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.
A identificação e o tratamento para cada dor de cabeça, começam pela avaliação das suas características, o tipo de dor, localização e sintomas associados.
1. Pressão na cabeça ou dor em apertoA cefaleia tensional é uma dor de cabeça do tipo aperto ou pressão, geralmente causada por ansiedade, tensão muscular, cansaço físico ou mudanças de temperatura repentina. Outras causas possíveis são os problemas de coluna e pressão alta.
A dor é causada pela contração dos músculos e pode ser aliviada quando "apertam" as têmporas com a ponta dos dedos.
O tratamento é feito com repouso em ambiente calmo, medicamentos analgésicos, relaxante muscular, além de tratar a causa do problema. Nos casos de ansiedade, procurar tratamento com psicoterapia e atividade física prazerosa.
2. Dor só de um ladoA dor de um lado só, direito ou esquerdo, que sempre muda de localização sugere um quadro de ansiedade ou tensão muscular (chamada cefaleia tensional).
A tensão muscular costuma ocorrer em situações estresse, preocupações ou até por posturas inadequadas de trabalho, muito tempo na mesma posição e/ou treinos intensificados.
O tratamento é feito com relaxante muscular e fortalecimento da musculatura através da fisioterapia.
Contudo, a dor relacionada a tensão muscular, ansiedade e por vezes, por pressão alta, varia de localização e intensidade. Sendo assim, quando uma dor permanecer em um único lado, com início já na idade adulta e sem melhora com medicamentos, pode ser um sinal de gravidade, por isso está recomendado procurar um neurologista para melhor investigação.
3. Dor de cabeça frequenteA dor de cabeça frequente, todos os dias, sugere pressão alta, um quadro de cansaço físico e mental (estafa) ou problemas de visão.
Na pressão alta, a dor de cabeça costuma ser constante, em aperto ou pressão, em toda a cabeça, de embora habitualmente seja descrita na nuca. Pode ter início ainda pela manhã e vir associada a náuseas, vômitos e mal-estar.
O tratamento é feito com mudança de hábitos de vida, mantendo boa alimentação e atividade física regular, além de usar corretamente as medicações anti-hipertensivas.
O cansaço físico e mental, ou estafa, como é conhecido popularmente, é a sobrecarga do organismo, e tem como sintomas, dor de cabeça frequente, tipo aperto, localizada por toda a cabeça ou na região das têmporas, associada a sensação de desânimo, dores no corpo, falta de apetite e humor deprimido.
O tratamento é feito com repouso, alimentação balanceada, reposição de vitaminas quando preciso e beber bastante água. Pode ser preciso as atividades diárias ou de trabalho, se forem a causa do problema.
Problemas de visão como miopia, uso incorreto dos óculos ou trabalho por horas em ambientes luminosos como o uso de computadores, causam dores de cabeça com frequência. A dor é mais comum no final do dia, após o esforço excessivo, localizada na região "atrás dos olhos", testa ou nuca.
O tratamento se baseia no uso correto dos óculos e orientações de descansar a vista por 10 a 15 minutos, várias vezes durante o dia. Nos casos de maior intensidade, o uso de analgésicos comuns, aliviam mais rapidamente a dor, durante uma crise.
4. Dor de cabeça latejante ou pulsátilA principal representante da dor tipo pulsátil e latejante é a enxaqueca.
Enxaqueca é uma dor de cabeça crônica, caracterizada por ser de um único lado, que varia a cada episódio de dor e que piora com a luz e com o barulho. Geralmente é associada a náuseas, vômitos e mal-estar.
O tratamento da crise pode ser feito com uma das 5 classes de medicamentos aprovados no Brasil: analgésicos comuns, anti-inflamatórios não esteroidais, ergotamínicos, antagonistas dopaminérgicos e triptanos. Além disso, o repouso em ambientes calmos e escuros ajudam no alívio da dor.
Nos casos de enxaqueca crônica (mais de 3 meses consecutivos de dor), é indicado tratamento preventivo, sendo as medicações de mais eficazes, o Topiramato® e a aplicação de toxina botulínica tipo A.
Outras opções que podem ser utilizadas, dependendo de casa caso, são os corticoides, antidepressivos e mais recentemente, os anticorpos monoclonais.
Saiba mais sobre esse tratamento no artigo: Qual é o tratamento da enxaqueca?
5. Dor nos olhosA dor de forte intensidade, na região de um dos olhos, associada a lacrimejamento, vermelhidão, congestão nasal e coriza, sugere a cefaleia em salvas, ou cluster.
Um tipo de dor de cabeça mais comum nos homens jovens, sem causa definida, e que dura pouco tempo, com longos períodos de calmaria, no entanto, durante a crise, a dor é considerada uma das piores dores já sentidas na medicina.
O tratamento mais eficaz na crise, é o oxigênio nasal e para tratamento de manutenção, a Indometacina, com objetivo de diminuir a sua frequência.
A neurite óptica é outra causa de dor em um dos olhos, de início súbito, associado a dificuldade visual ou cegueira total desse olho. Uma causa comum é a esclerose múltipla. A crise deve ser tratada o quanto antes, com corticoterapia ou imunoglobulina, para evitar sequelas.
Nos casos de dengue, zika, sinusite, entre outros processos infecciosos ocorrem episódios de dores na região dos olhos, mais descritas como "atrás dos olhos", porém vem associada a febre, mal estar, manchas na pele e falta de apetite, auxiliando no correto diagnóstico. O tratamento depende de repouso, hidratação e alimentação saudável.
6. Dor na testaA dor na testa é típica da sinusite. O processo inflamatório, com o acúmulo de líquido e edema em um dos seios da face. A dor de cabeça se localiza no meio da testa ou na maçã do rosto, uma dor do tipo em aperto, que piora quando abaixa a cabeça ou movimenta rápido.
Pode vir ou não acompanhada de febre. O diagnóstico é clínico, não é preciso a exposição ao Raio-X, a menos que haja alguma dúvida.
O tratamento deve ser feito com antibióticos e limpeza nasal constante.
7. Dor na nucaA dor na nuca está popularmente associada ao aumento da pressão arterial, e realmente é uma das principais causas. Portanto, a pressão deve ser sempre aferida, mas o torcicolo, enxaqueca e ansiedade também podem causar dores na nuca.
O tratamento da pressão alta deve ser o uso correto da sua medicação anti-hipertensiva. Alem disso, é fundamental informar ao seu cardiologista sobre a dor, pois pode ser necessário um ajuste da dose da medicação.
Nos casos de contratura muscular, o uso de um relaxante muscular pode resolver rapidamente o problema. Um relaxante muscular bastante utilizado é a ciclobenzaprina.
Vale ressaltar que pessoas com miastenia gravis ou outras doenças que atingem o músculo, não podem usar esse tipo de medicação! As opções para esse caso, são o repouso, colar cervical, para evitar movimentar e contrair ainda mais, e os tratamentos alternativos como a yoga, meditação e a osteopatia.
8. Dor de cabeça e muito sonoAté que prove o contrário, e antes de tomar qualquer medicação, a mulher que apresente dores de cabeça associada a sono, deve descartar a possibilidade de uma gravidez.
Na gestação, devido à ação dos hormônios e a vasodilatação natural da mulher, é muito comum a presença de dores de cabeça. O uso de anti-inflamatórios na gravidez é contraindicado, devido ao risco de sangramento e aborto, por isso, não tome uma medicação se houver essa possibilidade.
A hipertensão também pode causar dores de cabeça e cansaço extremo, que pode ser confundido pelo paciente, por sono. Sendo importante pessoas hipertensas em qualquer situação de dor de cabeça, medir a sua pressão.
9. Dor de cabeça e febre altaA dor de cabeça é esperada em uma situação de febre alta, no entanto, as infecções cerebrais como a meningite e a encefalite, tem um alto risco de mortalidade.
A meningite é uma doença grave, com alto risco de mortalidade, caracterizada pela infecção das meninges, película que recobre o cérebro. A encefalite é a infecção que atinge todo o cérebro. Os sintomas em ambos os casos são de dor de cabeça intensa, febre alta e rigidez de nuca. O pescoço fica tão rígido que a pessoa é incapaz de encostar o queixo no peito.
O tratamento é feito com antibioterapia venosa e isolamento, para não infectar outras pessoas, e deve ser iniciado assim que for suspeitada a doença para evitar sequelas.
Na suspeita de uma dessas doenças, procure imediatamente uma emergência médica.
10. Pior dor de cabeça da vida!A dor de cabeça relacionada ao aneurisma cerebral costuma ser descrita como a pior dor de cabeça da vida, ou como uma "bomba explodindo dentro da cabeça".
O aneurisma cerebral é uma malformação no vaso sanguíneo do cérebro, que não causa nenhum sintoma até que se rompa, mesmo que parcialmente, permitindo que o sangue saia do vaso e atinja o cérebro, causando uma grande irritação química.
Os sintomas são de dor intensa na cabeça, de início súbito associado a vômitos e rigidez de nuca. Na suspeita de um aneurisma, procure imediatamente uma emergência. O tratamento definitivo é cirúrgico.
Quando procurar uma emergência?Os sinais de alerta, que indicam a necessidade de procurar imediatamente um serviço de emergência, são:
- Dor de cabeça com febre alta (mais de 39º),
- Dor de cabeça de início após os 50 anos de idade,
- Dor de cabeça associada a alteração de visão (visão dupla ou cegueira),
- Dor de cabeça com rigidez de nuca (pescoço duro) e
- Dor de cabeça associada a desorientação ou confusão mental.
Leia também:
- Dor de cabeça frequente: o que pode ser?
- É possível ter meningite mais que uma vez?
- o que é cefaleia tensional e quais os sintomas?
Referência:
Sociedade Brasileira de Cefaléia.
A tontura constante pode ser causada por diversas doenças, sendo as principais: a labirintite, diabetes, doenças cardíacas, problemas neurológicos, hipotiroidismo, aterosclerose ou os efeitos colaterais de medicamentos.
Para cada uma das situações, existe uma orientação e tratamento individualizados.
1. LabirintiteA labirintite é uma doença rara, caracterizada pela inflamação do labirinto, que pode causar tonturas. Entretanto, a causa mais comum de tontura por problemas no labirinto, é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), embora menos conhecida do que a labirintite.
Os sintomas são semelhantes e incluem náusea, vômito, dificuldade de se manter em pé, zumbido no ouvido e movimento descoordenado dos olhos (nistagmo).
A enxaqueca, situação de estresse, infecções respiratórias, uso de medicamentos ou doenças cerebrais como sequela de AVC e esclerose múltipla, são causas comuns tanto para labiritnite quanto para a VPPB.
O que fazer?O tratamento inicial tem o objetivo de aliviar os sintomas, para isso pode fazer uso de medicamentos para náuseas e vômitos, como a cinarizina ou dramin e manter-se em repouso.
Para os casos mais graves, com dificuldade em se alimentar, vômitos frequentes e muito mal-estar, está indicado procurar uma emergência para tratamento venoso e realização de manobras específicas, como a manobra de Epley.
Para o tratamento definitivo e cura do problema, é preciso procurar um atendimento médico, para definir a causa da labirintite. Nos casos de infecção será preciso uso de antibióticos.
2. DiabetesAs pessoas que têm diabetes apresentam com certa frequência, níveis baixos de açúcar no sangue, definido como hipoglicemia. Isto ocorre, especialmente, quando o tratamento para diabetes não é seguido de maneira adequada.
Os sintomas mais comuns de hipoglicemia incluem tontura, suor frio, mal-estar, sensação de queda, fraqueza e tremores.
O que fazer?Ofereça açúcar! A hipoglicemia é uma situação grave, que pode evoluir com crise convulsiva e coma, se não for rapidamente tratada. Sendo assim, se a pessoa estiver acordada e lúcida, pode ingerir alimentos ricos em carboidratos simples como pão doce ou suco natural de fruta, ou o próprio açúcar, na colher ou misturada a um copo de água.
No caso de desorientação, não ofereça alimentos nem água, para evitar um engasgo e maiores complicações pulmonares. Se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, ou a pessoa perder a consciência, chame uma emergência (SAMU 192).
3. Tontura ao levantar (hipotensão ortostática)O sintoma de tontura quando se levanta rapidamente, é chamado de hipotensão ortostática. Uma situação bastante comum, principalmente em idosos, que ocorre pela queda repentina da pressão arterial, quando a pessoa se levanta.
A tontura pode vir acompanhada de sensação de desmaio, náuseas, visão turva ou mal-estar.
A pressão arterial baixa pode ser normal, mas também pode indicar um problema cardiológico, o que requer tratamento e acompanhamento por parte de um médico cardiologista.
O que fazer?Para aliviar o sintoma, é preciso levantar-se sempre lentamente, de preferência se sentar primeiro e depois colocar-se de pé. Para o tratamento definitivo, deverá procurar um cardiologista para avaliação e acompanhamento.
4. Pressão baixaA variação de pressão, provoca a tontura e desequilíbrio, uma vez que o sangue não chega adequadamente ao cérebro. Outros sintomas são: mal-estar, fraqueza, visão turva, sonolência, e dores de cabeça.
O uso de sal embaixo da língua nesses casos, é uma prática comum, no entanto, pode ser uma medida perigosa, pois se a pressão arterial aumentar rapidamente, pode causa sérios problemas, como o AVC (derrame cerebral).
O que fazer?Nestes casos, é importante medir adequadamente a pressão arterial, de preferência com um profissional de saúde para definir o melhor tratamento. O uso de sal para a pressão baixa, deve ser em situações que não consegue contato com o seu médico, e em pequena quantidade (uma pitada de sal).
5. Doenças neurológicasPessoas que têm enxaqueca, epilepsia, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e tumores cerebrais, podem apresentar queixa de tontura constante. Na enxaqueca, a tontura acontece geralmente associada a dor.
O que fazer?Para cada caso existe um tratamento. Na crise de enxaqueca, é preciso ficar em repouso e tomar a medicação para a dor. Na epilepsia, avaliar as medicações e as suas dosagens, pode ser um efeito colateral ou dose excessiva.
Nas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ajustar as doses dos medicamentos pode resolver o problema. No caso de tumor, será preciso a cirurgia ou radioterapia.
É importante que você procure um neurologista para esclarecer os sintomas da tontura e estabelecer o melhor tratamento.
6. HipotireoidismoO hipotireoidismo é a incapacidade da glândula tireoide produzir hormônios suficientes para manter um metabolismo do corpo adequado. Dessa forma, todo o organismo funciona de maneira mais lenta, e tem como sintomas, o edema generalizado, sonolência, cansaço, unhas frágeis e quebradiças, queda de cabelo e tonturas.
A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, crônica, que não tem cura, mas pode ser bem controlada com a reposição hormonal.
O que fazer?A reposição hormonal, é o tratamento de escolha, com a administração de um comprimido de hormônio ao dia. O médico clínico geral ou o endocrinologista são os responsáveis por tratar e acompanhar adequadamente esses casos.
7. Gordura na artéria carótidaA presença de placas de gordura nas artérias do pescoço, como a artéria carótida, é outra causa comum de tonturas e bastante preocupante, porque se a placa obstruir completamente a passagem do sangue para o cérebro, pode resultar em um derrame cerebral (AVC).
A alimentação gordurosa, a falta de exercícios, o cigarro e a hipertensão, são fatores de risco para a formação dessas placas. Sendo assim, a realização de um exame de ultrassonografia de pescoço, faz parte do protocolo de investigação para queixa de tontura constante.
O que fazer?Procure um clínico geral ou cirurgião vascular para avaliação e, enquanto isso, mantenha uma alimentação saudável, procure reduzir o sal nas refeições, aumente a ingesta de água e evite hábitos ruins como o tabagismo.
8. Efeito colateral de medicamentosDiversos medicamentos podem provocar tontura como um efeito colateral. Principalmente em pessoas idosas ou que façam uso de diferentes medicamentos, é importante tomar cuidado com as interações medicamentosas.
Os antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, medicamentos para controlar a pressão arterial, antialérgicos, relaxantes musculares e remédios para convulsão podem ter como efeito colateral a tontura.
Informe ao seu médico, todas as medicações que costuma fazer uso, mesmo que não seja de forma regular, para evitar as interações medicamentosas.
O que fazer?Neste caso, converse com o médico sobre todas as suas medicações, para avaliar a possibilidade de troca ou ajuste da dose da medicação.
O que fazer para aliviar a tontura?O tratamento da tontura constante depende da sua causa específica, entretanto algumas medidas simples podem aliviar esse sintoma, como:
- Consumir bastante líquido (pelo menos 1 litro e meio de água por dia);
- Limitar ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar o cigarro;
- Praticar atividade física regularmente;
- Se levantar lentamente depois de sentar ou deitar por muito tempo;
- Dormir com a cabeceira da cama levemente elevada (30°). Esta inclinação pode ser conseguida com uso de travesseiros, até sentir que está quase sentada.
Leia também