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Vitamina B12: para que serve e alimentos ricos
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vitamina B12, cianacobalamina, é um nutriente essencial para o bom funcionamento do organismo.

Dentre as diversas funções, podemos citar como fundamentais, a participação na produção das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), manutenção do sistema nervoso central e a participação no metabolismo das proteínas.

Os alimentos de origem animal, como carnes, frutos-do-mar, laticínios e alimentos fortificados com a vitamina, são as suas principais fontes.

Em quais alimentos posso encontrar vitamina B12?

O nosso organismo não produz vitamina B12. No nosso corpo ela é absorvida com ajuda de uma proteína, chamada fator intrínseco, que é produzida no estômago.

Deste modo, para manter os níveis ideais de vitamina B12, devemos consumir alimentos de origem animal como:

Carnes e vísceras de animais
  • Carne bovina
  • Carne suína
  • Frango
  • Fígado de frango ou de boi
  • Coração de frango ou de boi
Peixes e frutos do mar
  • Salmão
  • Atum
  • Arenque
  • Truta
  • Ostras
  • Caranguejo
Laticínios e ovos
  • Leite
  • Queijos
  • Ovos
Alimentos fortificados com vitamina B12
  • Cereais matinais
  • Leite
  • Ovos

Os vegetarianos estritos e veganos, principalmente os veganos, precisam fazer suplementação com vitamina B12 para evitar anemias e outros prejuízos. Já os vegetarianos que consomem laticínios como leite e queijos, geralmente, não necessitam de suplementação.

Quais as causas da falta de vitamina B12?

A falta de vitamina B12 ocorre quando a pessoa consome poucos alimentos com a vitamina, ou por distúrbios que impedem a sua absorção dentro do organismo. São exemplos:

  • Dieta vegetariana ou vegana;
  • Doenças intestinais como doença de Crohn ou doença celíaca;
  • Pós-operatório de cirurgias para redução de estômago (cirurgia bariátrica);
  • Anemia perniciosa - Doença autoimune que impede a produção de fator intrínseco, proteína que atua na absorção da vitamina B12;
  • Medicamentos - antiácidos e metformina.
Como repor a vitamina B12?

A reposição da vitamina B12 pode ser feita somente com a alimentação ou através da suplementação de vitamina B12. Ambas as formas devem ser orientadas e acompanhadas por um profissional, nutricionista.

Nos casos de resposta insuficiente ou doses muito baixas da vitamina, a reposição de vitamina B12 pode ser feita com suplementos vitamínicos, gel nasal, vitamina B12 sublingual e/ou vitamina B12 injetável.

Como prevenir a falta de vitamina B12?

Para prevenir a deficiência de vitamina B12, é necessário ingerir a dose diária recomendada da vitamina, de acordo com a idade, o sexo e condições como na gravidez, que as necessidades são maiores.

Cabe ao nutricionista fazer o planejamento, seguindo as preferências e estilo de vida de cada pessoa.

Vitamina B12 engorda?

Não, não engorda. A suplementação com vitamina B12 não causa ganho de peso e nem provoca o aumento de apetite.

Se você está fazendo suplementação de vitamina B12 e está engordando, é preciso investigar o motivo. Neste caso, não suspenda a suplementação e procure um médico de família, clínico geral ou nutricionista.

Não utilize suplementos de vitamina B12 sem orientação médica ou nutricional. Os melhores profissionais para orientá-lo são o médico de família, clínico geral ou nutricionista

Leia mais: Falta de vitamina B12: o que causa, quais os sintomas e como repor

Referências:

  • Associação Brasileira de Nutrologia
  • Obeid R. et al. Vitamin B12 Intake From Animal Foods, Biomarkers, and Health Aspects. Wageningen University, 2019.
Falta de vitamina B12: o que causa, quais os sintomas e como repor?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A falta de vitamina B12 (cianacobalamina) pode ser causada pelo baixo consumo de alimentos de origem animal ou pela menor absorção dessa vitamina no corpo, como ocorre em doenças do trato gastrointestinal.

A anemia perniciosa (doença autoimune), dietas (vegetarianas e veganas), doença de Crohn, uso de alguns medicamentos e cirurgias que reduzem o tamanho do estômago, como as cirurgias bariátricas, são situações que provocam a deficiência dessa vitamina.

Sabendo que a vitamina B12 não é produzida pelo nosso organismo e tem um papel fundamental na formação de glóbulos vermelhos (sangue), proteínas e manutenção do sistema nervoso central, precisamos manter os níveis adequados, seja pela alimentação ou através de reposição com suplemento vitamínico.

O que causa falta de vitamina B12? 1. Anemia perniciosa

A anemia perniciosa é a principal causa de deficiência de vitamina B12. Trata-se de uma doença autoimune em que o organismo produz anticorpos contra células do estômago, produtoras de fator intrínseco. O fator intrínseco é uma proteína produzida no estômago que atua na absorção desta vitamina.

Diabetes do tipo 1, vitiligo, hipotiroidismo e outras doenças autoimunes, aumentam o risco de anemia perniciosa.

O tratamento para casos de anemia perniciosa inclui uma dieta orientada pelo nutrólogo ou nutricionista e reposição da vitamina. A vitamina B12 pode ser reposta por injeções ou por suplementos vitamínicos.

2. Alimentação pobre em alimentos de origem animal

A falta de vitamina B12 é bastante comum em pessoas que têm hábitos alimentares que não incluem ou ingerem de forma muito reduzida, alimentos de origem animal como os ovos e carnes vermelhas.

Os veganos e vegetarianos geralmente precisam inserir suplementos de vitamina B12 na sua alimentação.

3. Inflamações no intestino

A carência de vitamina B12 também pode ocorrer devido a certos problemas de saúde e condições que podem dificultar a absorção de vitamina B12 pelo organismo como:

  • Consumo excessivo de álcool;
  • Doença de Crohn - doença inflamatória do sistema gastrointestinal;
  • Doença celíaca - uma doença autoimune que causa inflamação provocada pelo glúten, trigo, cevada ou centeio que afeta a parede interna do intestino delgado e reduz a absorção de nutrientes como a vitamina B12.
4. Cirurgias do estômago ou intestinos

As cirurgias feitas para remover certas partes do estômago ou intestino delgado como, por exemplo, as cirurgias bariátricas, reduzem a capacidade de o organismo absorver a vitamina 12 ingerida e podem provocar a carência de vitamina B12.

Estas pessoas, normalmente, precisam utilizar suplementos de vitamina B12 junto com a alimentação.

5. Uso de alguns medicamentos

O uso prolongado de medicamentos que reduzem a concentração de ácido no suco gástrico como os antiácidos, omeprazol e ranitidina podem provocar a deficiência de vitamina B12.

A metformina, bastante utilizada por pessoas diabéticas, também pode provocar carência de vitamina B12.

Quais os sintomas da falta de vitamina B12?

Os sintomas da carência de vitamina B12 podem incluir:

  • Fraqueza
  • Fadiga (falta de energia, tontura ao ficar em pé ou realizar esforço)
  • Palidez
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de concentração
  • Perda de apetite
  • Diarreia ou prisão de ventre
  • Falta de ar, especialmente durante o exercício
  • Inchaço e vermelhidão da língua ou sangramento nas gengivas

Se a quantidade de vitamina B12 permanecer baixa por um período prologado, poderá sofrer ainda danos neurológicos. Os sintomas neurológicos devido à falta de vitamina B12 incluem:

  • Confusão ou alteração do estado mental (demência) em casos graves
  • Dificuldade de concentração
  • Psicose (perda de contato com a realidade)
  • Perda de equilíbrio
  • Dormência e formigamento nas mãos e nos pés
  • Alucinações
Como posso repor a vitamina B12?

A reposição da vitamina se dá de maneira mais rápida e eficaz quando ingerida na forma de alimentos. No entanto, pode ser feito o uso da vitamina sintética, em forma de suplementos.

Alimentos ricos em vitamina B12
  • Carnes vermelhas (bovina, suína, fígado e outras vísceras)
  • Peixe (especialmente salmão e atum)
  • Frutos-do-mar
  • Aves
  • Ovos
  • Leite e derivados
Administração de vitamina B12 sintética

A reposição de vitamina B12 pode ser feita através de suplementos multivitamínicos, vitamina B12 injetável, gel nasal ou ainda vitamina B12 sublingual, que se dissolve sob a língua.

Vale lembrar que o corpo absorve melhor a vitamina B12 quando ela é tomada em conjunto com outras vitaminas do complexo B, como niacina (vitamina B3), riboflavina (vitamina B3) e piridoxina (vitamina B6), além de magnésio.

Como é feito o diagnóstico da falta de vitamina B12?

Para diagnosticar a deficiência da vitamina é preciso realizar um exame de sangue com a dosagem da vitamina B12.

Na maioria das vezes, o exame é realizado na presença de anemia, ou quando outros exames de sangue sugerem a presença de anemia perniciosa, uma forma de anemia causada por má absorção de vitamina B12.

A falta de vitamina B12 causa anemia?

Sim, pois a vitamina B12 é necessária para formação dos glóbulos vermelhos do nosso sangue. O tipo de anemia mais comum é causada pela deficiência de ferro, em seguida pela falta de vitamina B12.

Para maiores esclarecimentos sobre esse assunto, procure um médico da família, clínico geral ou nutrólogo.

Referência:

Associação Brasileira de Nutrologia

Ureia alta: o que significa, e quais são as causas.
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ureia alta pode significar um problema renal. A principal função do rim é a filtração do sangue, com a eliminação de resíduos como a ureia e a creatinina na urina.

Outras situações que também causam o aumento da ureia no sangue são: o consumo exagerado de proteínas na alimentação, desidratação, efeito colateral de medicamentos, infarto, hemorragia digestiva, queimaduras e até o envelhecimento natural do corpo.

Portanto, embora seja um indicador importante para avaliar a função renal, para definir a causa da ureia alta, é necessária uma investigação mais detalhada.

6 causas de ureia alta no sangue 1. Doença renal

A insuficiência renal é uma das causas de aumento da ureia no sangue, e se caracteriza pela dificuldade dos rins em realizar as suas funções. A principal função dos rins é filtrar o sangue, eliminando os resíduos, como a ureia e a creatinina. Na doença renal, ocorre o aumento da ureia e da creatinina.

2. Alimentação rica em proteínas

A ureia é resultado da quebra das proteínas no fígado. O consumo aumentado dessas proteínas, faz com que o fígado aumente a sua metabolização, produzindo e liberando mais ureia no sangue. Nesses casos a creatinina não se eleva.

3. Desidratação

A desidratação, reduz a capacidade de filtração renal devido a falta de água e consequentemente falta de sangue para o órgão. Com isso, os resíduos se acumulam no sangue, tanto a ureia quanto a creatinina, causando diversos problemas de saúde. O aumento de ingesta de água ou hidratação venosa, nos casos mais graves, normaliza a taxa de ureia.

4. Medicamentos

Alguns medicamentos, como o corticoide e a tetraciclina, estão relacionados ao aumento da ureia no sangue, especialmente quando em doses altas.

5. Infarto do coração e hemorragia digestiva

O infarto do coração e a hemorragia, assim como a desidratação, reduzem o fluxo de sangue para os rins, prejudicando filtração renal. O infarto devido ao enfraquecimento do coração, que bombeia menos sangue, e a hemorragia pela perda do volume de sangue no corpo. Nesse caso, tanto a ureia quanto a creatinina podem estar elevadas no exame de sangue.

6. Queimaduras

Nos quadros de queimadura grave, especialmente de terceiro grau, o organismo aumenta o seu metabolismo e quebra mais proteínas para a recuperação do tecido danificado e para a sua própria recuperação, porém, com isso, libera mais ureia no sangue. Se a reposição de líquidos estiver boa, a creatinina se manterá normal. Esta reposição de líquidos é feita no hospital por via venosa.

O que é ureia?

A ureia é uma substância produzida pelo fígado durante o processo de metabolização das proteínas. Depois de produzida, a ureia é lançada na corrente sanguínea, filtrada pelos rins e então eliminada na urina e no suor.

A concentração de ureia no sangue está em constante mudança, de acordo com a alimentação e a hidratação do corpo, porém, sempre em equilíbrio devido ao trabalho dos rins. O rim é órgão que coordena esse equilíbrio no sangue.

Qual o valor normal da ureia?

Os valores de referência para uma ureia normal no sangue, varia de 16 a 40 mg/dL, para a maioria dos laboratórios. Portanto, chamamos de ureia alta, o valor de ureia no sangue acima de 40 mg/dL.

O que é o exame de ureia?

A ureia pode ser dosada no sangue ou na urina. O exame de sangue para análise da ureia é realizado através de uma amostra de sangue coletada em laboratório, sem necessidade de jejum ou orientação alimentar.

Entretanto, o mais adequado é sempre manter os hábitos de vida normais, dias antes do exame, para que o resultado seja o mais fiel possível.

O exame de ureia na amostra de urina, costuma ser pedido para avaliação da função renal, de maneira mais específica. Os exames avaliados em conjunto ajudam na definição do problema.

Sintomas de ureia alta

A dosagem aumentada de ureia no sangue só é percebida quando os valores estão muito elevados, ou quando outros eletrólitos também estão elevados, como a creatinina e o potássio.

Os eletrólitos aumentados podem dar origem a um quadro grave, chamado uremia.

A uremia é um conjunto de sinais e sintomas, que ocorrem quando os rins não são mais capazes de filtrar o sangue de forma eficiente. Os principais sintomas são:

  • Náuseas, vômitos,
  • Fraqueza,
  • Mal-estar,
  • Dores de cabeça,
  • Distúrbios de coagulação,
  • Confusão mental e coma.

Recomendamos retornar ao seu médico, levando os exames, para a correta interpretação e orientações.

Leia também:

Alergia na pele: o que causa, tipos de alergia e como tratar.
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A alergia na pele pode ser causada por diferentes agentes e situações, sendo os mais comuns:

  • Medicamentos;
  • Ressecamento da pele;
  • Picadas de insetos;
  • Uso de roupas sintéticas, de lã, poliéster, entre outros;
  • Contato com determinadas plantas ou pelo de animais;
  • Intoxicação alimentar;
  • Exposição ao frio ou ao calor;
  • Uso de Bijuteria;
  • Cosméticos como maquiagem, desodorante, produtos de beleza e produtos químicos.

Os tipos de alergia e o tratamento, devem ser definidos por um médico dermatologista ou alergologista, porque embora os sintomas sejam semelhantes, os tratamentos podem ser distintos.

Contudo, em qualquer caso de reação alérgica, é importante limpar rapidamente o local, com água corrente, para retirar toda a substância irritativa, reduzindo a reação inflamatória da pele e assim, evitando maiores complicações.

Quais são os tipos mais comuns de alergia e como tratar? 1. Urticária

A urticária é o aparecimento de placas ou manchas avermelhadas na pele, em alto-relevo, que coçam bastante e que geralmente acontecem logo após o contato com o fator causador da alergia.

Medicamentos, picadas de insetos, contato com produtos químicos, intoxicação alimentar, estresse, frio ou calor extremos, são exemplos fatores que desencadeiam uma reação alérgica do tipo urticária.

A reação que costuma desaparecer espontaneamente, dentro de poucos dias.

Como tratar?

A urticária é tratada com medicamentos orais ou tópicos a base de anti-histamínicos, como o Hixizine® ou pomada local de corticoides.

Urticária 2. Angioedema

O angioedema, na verdade, é a evolução da urticária, a forma mais grave, devido à uma reação inflamatória intensa, que ao invés de melhorar, alcança camadas mais profundas da pele, dando origem a um importante edema (inchaço) local.

Os locais mais acometidos são os lábios, pálpebras, língua e garganta.

Esse inchaço precisa ser rapidamente tratado, para evitar maiores complicações, como queda da pressão arterial e edema de glote (inchaço na garganta), que causa dificuldade para respirar e risco de morte para o paciente.

Como tratar?

Na presença de angioedema, é necessário procurar imediatamente um serviço de emergência para tratamento com corticoide e/ou antialérgico por via endovenosa, ou intramuscular.

Angioedema de lábio inferior 3. Dermatite

A dermatite é representada por manchas vermelhas e coceira intensa, em regiões mais "ressecadas" da pele. Além das manchas vermelhas e da coceira, a dermatite pode vir acompanhada de outros sinais e sintomas como bolhas que extravasam um conteúdo líquido e formam crostas. É comum ainda, alterações no tom da pele, que pode ficar mais clara ou mais escura.

Habitualmente causada por exposição à água fria ou muito quente, exposição prolongada ao sol, ou mudança brusca de temperatura, que agravam consideravelmente as manchas e a coceira.

As dermatites podem ser classificadas em dermatite de contato, atópica e seborreica.

  • Dermatite de contato: reação na região que teve o contato com a substância alergena (bijuteria, talco, látex, perfumes, roupa sintética, plantas, medicamentos, entre outros);

  • Dermatite atópica: atinge mais as regiões de dobras, como atrás do joelho, dobra do braço e pescoço. Causa vermelhidão, coceira, bolhas e descamação da pele;

  • Dermatite seborreica: acomete mais as regiões com grande quantidade de glândulas seborreias, como a região da face, barba, couro cabeludo e região do tórax.

Como tratar?

O primeiro passo é sempre limpar bem o local com água, para remover todo a substância que causou a reação alérgica do local. Depois, o tratamento dependerá do tamanho da reação alérgica e local acometido. Geralmente é indicado o uso de anti-histamínicos e corticoides, nas diferentes apresentações (pomada, shampoo, loção hidratante).

Dermatite atópica O que é uma alergia de pele?

A alergia na pele é uma reação inflamatória, causada por algum estímulo irritativo, dando origem aos sintomas conhecidos, de vermelhidão e coceira no local, algumas apresentam ainda, placas avermelhadas em alto-relevo, "bolinhas", bolhas, sensação de "pinicação", ardência e descamação da pele.

Vale ressaltar que tão importante quanto tratar, deve ser identificar os fatores causadores da alergia na pele, para que consiga afastar todos os fatores e substâncias irritantes, evitando novos episódios e/ou complicações.

Principalmente se for um quadro de urticária, que pode evoluir com angioedema, levando ao risco de complicações respiratórias graves.

Na presença de uma reação alérgica na pele, procure um médico dermatologista, alergologista ou médico da família, para confirmação do diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequado.

Leia também:

Referência:

Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Ferritina baixa é grave? Quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. A ferritina baixa é um sinal de falta de ferro e pode ser grave, dependendo da sua causa. Se for provocada, por exemplo, por um sangramento, é considerada uma condição grave.

No entanto, a causa mais comum de ferritina baixa é a anemia por carência de ferro, encontrada em pessoas que se alimentam mal. Trata-se de um problema simples, que se resolve com orientação alimentar.

A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado, responsável por armazenar ferro. Conforme o ferro reduz no sangue, o organismo consome mais ferritina. Sabendo que o ferro é essencial para a produção das hemácias, os níveis baixos de ferro e ferritina levam ao quadro de anemia.

Os valores normais de ferritina no sangue são:

  • Homens: 23 a 336 ng/mL;
  • Mulheres: 11 a 306 ng/mL.

Estes valores podem variar de acordo com o laboratório.

Quais os sintomas de ferritina baixa?

Os sintomas mais comuns de ferritina baixa, lembrando que é bastante associada aos quadros de anemia, incluem:

  • Cansaço
  • Queda de cabelo
  • Palidez
  • Fraqueza
  • Tontura
  • Dores de cabeça
  • Dificuldade para respirar
  • Batimento cardíaco acelerado
  • Insuficiência cardíaca
  • Síndrome das pernas inquietas (sensação de desconforto nas pernas que provoca uma vontade incontrolável de movimentá-las)
Quais as causas de ferritina baixa?

As principais causas de ferritina baixa são:

  • Anemia ferropriva (anemia por deficiência de ferro)
  • Alimentação pobre em ferro e vitamina C
  • Sangramento menstrual intenso
  • Hipotiroidismo
  • Tumor
  • Sangramento gastrointestinal (sangramento no esôfago, estômago ou intestinos)
Quando devo fazer o exame de ferritina?

A dosagem de ferritina no sangue não costuma fazer parte dos exames de rotina. De forma geral o médico solicita o exame quando suspeita de deficiência de ferro como, por exemplo, nos casos de fraqueza, cansaço, queda de cabelo ou insônia, sem uma causa aparente.

Pode ser solicitada também, quando o paciente apresenta um hemograma (exame de sangue) com níveis baixos de hemoglobina ou alteração nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue).

O exame é feito a partir de uma amostra de sangue e não é necessário jejum ou qualquer outro preparo para a sua realização. Frequentemente é solicitado em conjunto com o hemograma e com a dosagem de ferro na circulação sanguínea (ferro sérico).

Qual o tratamento para ferritina baixa?

O tratamento para ferritina baixa depende da sua causa, mas a alimentação adequada é recomendada para todas as situações.

A alimentação equilibrada e rica em ferro, é essencial para auxiliar na reposição da ferritina. Entretanto, dependendo dos valores de ferro e ferritina no sangue, pode não ser suficiente porque demora mais a alcançar os valores ideais.

O suplemento de sulfato ferroso combinado com vitamina C, é uma opção de tratamento com resposta mais rápida, pelas concentrações das substâncias nos comprimidos. O comprimido deve ser tomado após as refeições, junto com água ou suco de frutas, para melhor absorção. Nunca tomar com leite ou bebidas alcoólicas.

Para casos de anemia devido ao fluxo menstrual volumoso, vale a pena avaliar com a ginecologista, as possibilidades de suspender a menstruação, com o uso constante de anticoncepcionais ou usar sulfato ferroso durante esse período.

Por fim, nos casos de tumores ou sangramentos do sistema digestivo, o tratamento costuma ser cirúrgico, por vezes de urgência, para cessar o sangramento. Após o tratamento definitivo, a reposição de ferro e suplementos deverá ser avaliada pelo médico clínico geral ou hematologista.

O tratamento deve ser mantido durante aproximadamente 6 meses depois de o exame de sangue mostrar que os níveis de ferritina e ferro no organismo se encontram normais.

Quais são os alimentos ricos em ferro?

A alimentação rica em ferro, inclui principalmente:

  • Carne vermelha;
  • Miúdos da galinha;
  • Feijão,
  • Vegetais verde-escuros como o agrião, espinafre, couve e brócolis,
  • Alimentos enriquecidos com ferro como leite, iogurte, pães e cereais.

Além disso, alimente-se com produtos ricos em vitamina C como laranja, limão, goiaba, pimentão, morango e vegetais verde-escuros (agrião, espinafre), pois auxiliam na absorção do ferro pelo organismo.

É normal ter ferritina baixa durante a gravidez?

Sim, é normal que as mulheres grávidas apresentem taxas baixas de ferritina. Isto acontece porque durante a gravidez, embora a quantidade de sangue da mulher aumente, grande volume de ferro passa para o bebê através da placenta.

O acompanhamento dos níveis de ferro e ferritina são feitos durante o pré-natal e, se necessário, são efetuados ajustes na alimentação ou suplementação com ferro.

O médico que solicitou o exame de ferritina é o responsável pela interpretação dos resultados e indicação do melhor tratamento.

Referências:

  • Centers for Disease Control and Prevention: Iron
  • Iron Disorders Intitute
Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor abdominal do lado esquerdo, costuma estar relacionada a situações corriqueiras como excesso de gases, má digestão, cólica menstrual ou até ansiedade.

No entanto, quando a dor é muito forte ou vem acompanhada de outros sintomas como vômitos, diarreia ou febre, deve ser avaliada por um médico para descartar um problema mais grave, como a gastroenterite ou pancreatite.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga

As causas mais comuns de dor no lado esquerdo da barriga são:

  • Gases;
  • Gastroenterite (infecção intestinal);
  • Pedra nos rins à esquerda;
  • Diverticulite;
  • Cólica menstrual;
  • Endometriose;
  • Cisto de ovário à esquerda;
  • Gravidez ectópica à esquerda (trompa);
  • Dor no testículo esquerdo e
  • Doenças do pâncreas.
Gases

A queixa de dor por acúmulo de gases pode ser bastante intensa, que por vezes se confunde com um problema cardíaco. Tem como característica uma dor intermitente, ou seja, que vem forte e depois alivia. Não costuma ser uma dor contínua e melhora após massagem abdominal e eliminação dos gases.

Gastroenterite

A infecção do sistema gastrointestinal apresenta como sintomas a dor na barriga, que pode ser apenas de um lado ou pode variar a localização, associada a náuseas, vômitos, febre e mal-estar.

Pedra no rim esquerdo

O cálculo renal que se desloca e obstrui a passagem de urina, causa uma dor intensa que começa na região lombar, do lado afetado, e segue para a barriga, depois virilha. Além da dor, a cólica renal vem acompanhada de náuseas, vômitos, suor frio e sangue na urina.

Na suspeita de cálculo renal, procure um atendimento de urgência, para aliviar os sintomas e definir o melhor tratamento. O médico urologista é o responsável por tratar essa doença.

Diverticulite

Divertículo é o nome dado a pequenas saculações do intestino grosso, mais comuns em pessoas idosas e com dieta pobre em fibras. A diverticulite é uma inflamação neste região.

Pode não causar nenhum sintoma, sendo encontrado acidentalmente, ou no caso de inflamação, desencadear sintomas como: dor abdominal, mais comum à esquerda, alterações no trânsito intestinal, febre e presença de sangue nas fezes.

O tratamento, consiste em dieta rica em fibras e aumento no consumo de líquidos. Na diverticulite complicada, com sintomas de infecção, é indicado o uso de antibióticos e/ou tratamento cirúrgico.

Cólicas menstruais e Endometriose

A cólica menstrual ou a endometriose, são doenças comuns da mulher, associadas ao ciclo menstrual, que deve ser investigada e tratada pelo ginecologista.

Cisto no ovário à esquerda

A formação de cistos no ovário a cada ovulação, pode levar a um incômodo ou dor abdominal na mulher, embora não seja tão comum.

Gravidez ectópica à esquerda

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fecundado, fora da cavidade abdominal. O local mais acometido são as trompas. Os sintomas são de dor intensa na região pélvica ou abdominal baixa, localizada de um dos lados (no lado da trompa acometida), acompanhada de náuseas, vômitos e por vezes, febre.

A história de atraso menstrual e sintomas iniciais de gravidez, febre, mal-estar, queda da pressão e nos casos mais graves, de ruptura da trompa, pode haver hemorragia interna, coma e risco iminente de óbito.

Portanto, é uma situação de emergência! Na suspeita de gravidez ectópica, procure imediatamente um serviço de urgência médica.

Dor no testículo esquerdo

Nos homens, não é raro a queixa de dor no testículo, e essa dor pode ser irradiada para a região pélvica, a "dor no pé da barriga" ou para a virilha.

As causas mais comuns são a varicocele, torção testicular e hérnia inguinal. Pode haver ainda casos de prostatite, epididimite e outros casos de inflamação.

No caso de dor no testículo, recomendamos procurar um médico urologista, para avaliação e tratamento mais adequado.

Doenças do pâncreas

As doenças mais comuns do pâncreas são a pancreatite aguda e o tumor de pâncreas. A principal queixa é a dor intensa, que se inicia à esquerda ou no meio da barriga, com irradiação para o dorso, formando um grande "cinturão apertado" de dor.

Isso acontece porque se trata de um órgão com formato comprido, que se estende do lado esquerdo da barriga o meio da barriga, aonde se localiza a sua parte mais anterior, a cabeça do pâncreas.

Outros sintomas comuns às doenças do pâncreas são as náuseas, vômitos, perda de peso, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos).

Para maiores esclarecimentos de dor na barriga, localizada do lado esquerdo, converse com o seu médico de família ou gastroenterologista.

Referências:

  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
Depressão causa dor?

Sim, a depressão pode causar dor. Isso pode ocorrer devido à falta de substâncias produzidas pelo cérebro que atuam como analgésicos naturais do corpo. A falta dessas substâncias em pessoas deprimidas pode desencadear dores.

Os sintomas físicos da depressão podem incluir ainda:

  • Dor de cabeça;
  • Dor crônica;
  • Problemas digestivos;
  • Falta de energia;
  • Cansaço;
  • Mal-estar geral;
  • Dificuldade em adormecer ou dormir demais;
  • Diminuição ou aumento do apetite;
  • Emagrecimento ou ganho de peso.

A dor pode ainda causar depressão ou piorar a depressão já existente. Por isso, a depressão também é muito comum entre pessoas que têm dor crônica, como aquelas com fibromialgia.

A depressão também pode piorar as dores que a pessoa já costuma ter. Mesmo a depressão leve pode afetar a capacidade do indivíduo deprimido gerenciar efetivamente a dor e permanecer ativo.

Quais são os sintomas de depressão?
  • Sentimentos frequentes de tristeza, raiva, abandono, baixa auto-estima ou desesperança;
  • Menos interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas;
  • Dificuldade de concentração;
  • Pensamentos de morte, suicídio ou danos a si mesmo;
  • Humor irritável ou deprimido;
  • Sentimentos de inutilidade, autoaversão e culpa;
  • Dificuldade de concentração;
  • Movimentos mais lentos ou rápidos que o normal.
O que é depressão?

A depressão é um distúrbio de humor no qual sentimentos de tristeza, perda, raiva ou frustração interferem na vida diária por um período de algumas semanas ou mais. A depressão é uma doença, que afeta o funcionamento do corpo.

Quais as causas da depressão?

A depressão é causada por alterações em certas substâncias químicas produzidas no cérebro. O transtorno depressivo é muitas vezes transmitido dos pais para os filhos.

Isso pode ser devido à genética, aos comportamentos aprendidos em casa ou ao ambiente em que a pessoa vive.

A depressão também pode ser desencadeada por um fato estressante ou infeliz na vida. Na maioria dos casos, é uma combinação desses fatores.

Além disso, existem muitos fatores que podem causar depressão, tais como:

  • Alcoolismo ou uso de drogas;
  • Dor crônica (como em casos de fibromialgia, por exemplo);
  • Situações estressantes ou eventos na vida, como perda de trabalho, divórcio ou morte de um cônjuge ou outro membro da família;
  • Isolamento social.

Às vezes, a depressão não tem uma causa ou razão clara.

Depressão tem cura? Qual é o tratamento?

Depressão tem cura. O tratamento da depressão inclui medicamentos (antidepressivo, estabilizador de humor), mudanças no estilo de vida e psicoterapia.

Os antidepressivos atuam restaurando os níveis adequados das substâncias químicas no cérebro, o que ajuda a aliviar os sintomas.

Algumas pessoas podem se sentir melhor após algumas semanas de uso do antidepressivo. No entanto, na maioria dos casos, é necessário tomar esses medicamentos por pelo menos 4 a 9 meses. Esse tempo é necessário para obter uma resposta completa e impedir que a depressão reapareça.

Os medicamentos antidepressivos devem ser tomados todos os dias. O paciente não deve parar de tomar a medicação por conta própria, mesmo que se sinta melhor ou tenha efeitos colaterais. Quando chegar a hora de interromper o uso do medicamento, a dose deve ser reduzida lentamente ao longo do tempo, conforme orientação médica.

A psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, ensina a combater pensamentos negativos. A pessoa aprende como estar mais consciente dos seus sintomas e como detectar os fatores que pioram a depressão.

A psicoterapia também pode ajudar a entender os problemas que podem estar por trás dos pensamentos e sentimentos.

A eletroconvulsoterapia pode melhorar o humor das pessoas com depressão grave ou pensamentos suicidas que não melhoram com outros tratamentos.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da depressão.

Principais perigos para a saúde do Colesterol Alto
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O colesterol alto preocupa porque aumenta o risco de infarto do coração e derrame cerebral. Este risco aumenta quando o colesterol elevado é o LDL, também conhecido como colesterol “ruim”.

O excesso de colesterol ruim no sangue, passa a se acumular na parede das artérias, formando placas de gordura que impedem a passagem normal da circulação sanguínea. Dependendo da quantidade de gordura, esse entupimento pode levar a morte de células, que chamamos de isquemia ou infarto.

Quais os valores normais de colesterol no sangue?

Os valores de colesterol no sangue considerados normais, variam um pouco com a idade e com o sexo, mas, em geral, atualmente são:

  • Colesterol total: 125 a 200 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Abaixo de 130 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Abaixo de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): Acima de 40 mg/dL (para homens) e acima de 50 mg/dl (para as mulheres).
Quais são os sintomas do colesterol alto?

Essa é mais uma preocupação, porque o colesterol alto nem sempre causa sintomas até que o entupimento provoque uma obstrução importante. Um exemplo disso é a angina no peito, a dor no tórax que indica que o coração não está recebendo sangue suficiente.

A única forma de saber se o nível de colesterol está elevado é através de um exame de sangue. Sendo assim, é recomendada a realização de um exame de sangue de rotina, com a pesquisa de colesterol, anualmente ou mais frequente, para casos de maior risco.

Quando devo fazer o exame de colesterol no sangue?

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a pesquisa de colesterol no sangue deve começar desde a infância, de preferência aos 10 anos de idade. Para crianças com história na família de colesterol alto, pode ser iniciado aos 2 anos.

A partir dos 20 anos, a medição deve ser feita a cada 5 anos, reduzindo para uma por ano a partir dos 35 anos de idade. Mas em casos de pessoas que já estejam com colesterol alto, em tratamento, esse exame deve ser mais frequente.

O que aumenta o colesterol?

Algumas causas do colesterol elevado podem ser por nós, controladas, como os nossos estilos de vida, outros como os distúrbios hereditários estão fora do nosso controle. Entretanto, diversos fatores ajudam a aumentar os níveis de colesterol LDL no nosso organismo:

Estilos de vida pouco saudáveis

O fígado produz colesterol, que também é encontrado em alguns alimentos, como carnes e laticínios. Para muitas pessoas, o colesterol alto é devido a um estilo de vida pouco saudável, o que inclui dieta rica em gorduras, estar acima do peso e falta de exercício físico.

Fumar não aumenta as taxas de colesterol, mas pode reduzir o colesterol HDL (colesterol bom).

Algumas doenças e condições de saúde

Algumas doenças e condições também podem aumentar o colesterol, como diabetes, doença renal, síndrome do ovário policístico, gravidez, condições que elevam os níveis de hormônios femininos e hipotireoidismo.

Medicamentos

Alguns medicamentos, como certos anticoncepcionais, diuréticos, betabloqueadores e algumas medicações usadas para tratar a depressão, também podem aumentar os níveis de colesterol.

Distúrbios hereditários

Existem ainda vários distúrbios transmitidos de pais para filhos que podem deixar o colesterol alto, como hiperlipidemia familiar, hipercolesterolemia familiar e hipertrigliceridemia familiar.

Para baixar o colesterol alto, são indicadas mudanças no estilo de vida, o que inclui dieta pobre em gorduras e rica em fibras, perda de peso e atividade física. Se essas medidas não forem suficientes, é necessário tomar medicamentos.

O que posso comer para ajudar na redução do colesterol ruim?

A alimentação para pessoas com colesterol alto, deve ser orientada por um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista. Dessa forma é possível realizar um planejamento alimentar que agrada e com isso fica mais fácil a adesão ao tratamento.

Nenhum nutriente deve ser excluído da dieta, inclusive as gorduras, que são substratos essenciais para a produção de hormônios, membranas celulares e sais biliares, que participam do processo de digestão do organismo.

No planejamento alimentar, será possível incluir todos os nutrientes, com as concentrações adequadas de cada grupo alimentar.

Quais alimentos evitar no caso de colesterol alto?

Nenhum alimento deve ser evitado, o mais importante é definir a quantidade de cada alimento semanalmente, para evitar uma carência nutricional.

Sabemos que as carnes com muita gordura, embutidos (linguiça, salsinha), pele de aves, torresmo e frituras, não são hábitos saudáveis e devem ser evitados, mas cada paciente deve ser avaliado de forma individual e personalizada.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Referências:

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia

O que pode ser Dor no Estômago e o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no estômago, que geralmente é descrita como uma dor na porção superior da barriga (dor na boca do estômago) pode ter diferentes causas.

Entre as principais causas destacam-se:

  • Síndrome dispéptica: ocasionada por gastrite, úlcera péptica e doença do refluxo gastroesofágico;
  • Gases;
  • Gastroenterites;
  • Constipação.

O uso de medicamento, determinados alimentos ou mesmo estresse e ansiedade também podem ocasionar, ou piorar dores estomacais.

Além disso, a dor referida como sendo no estômago não necessariamente é ocasionada por problemas ou doenças no estômago, já que podem ser causadas por alterações em outros órgãos e áreas do abdômen.

A maior parte dos casos de dor de estômago melhoram espontaneamente e não apresentam gravidade. Causas mais frequentes de dor no estômago:

Gastrite

A gastrite é a presença de inflamação no revestimento do estômago, e é uma das principais causas de dor no estômago constante.

É comum as pessoas relatarem uma sensação de queimação ou de pontada no estômago muito incomoda após comer certos tipos de alimentos, como alimentos picantes, ácidos, alimentos gordurosos ou que contém cafeína.

O tratamento consiste basicamente em mudanças dietéticas, como a redução dos alimentos que provocam irritação gástrica, e uso de medicamentos da classe dos inibidores de bomba de prótons, os IBPs, (omeprazol, pantoprazol, etc).

Úlcera péptica

A úlcera é uma ferida que ocorre no revestimento interno do estômago, a mucosa gástrica, mas também pode atingir o revestimento do esôfago e do duodeno.

A úlcera péptica causa dor na região do estômago, essa dor geralmente piora com o jejum e alivia quando se come algo.

O tratamento é feito com inibidores de bomba de prótons. Caso se esteja a tomar medicamentos que agravem a úlcera, como anti-inflamatórios não esteroides, deve-se suspendê-los.

Se for constatada a presença da bactéria H. pylori na endoscopia, ela deve ser tratada com antibióticos.

Doença do refluxo gastroesofágico

Se refere ao retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. Um dos principais sintomas do refluxo gastroesofágico é a azia, que é a sensação de queimação no estômago após as refeições.

A doença do refluxo gastroesofágico ode ocorrer por conta da presença de uma hérnia de hiato.

Esse tipo de hérnia ocorre quando parte do estômago passa pelo diafragma para a cavidade torácica. A hérnia de hiato dificulta a digestão e facilita o refluxo

O tratamento é feito com uso de medicamentos da classe dos inibidores da bomba de prótons e medidas gerais, como:

  • Diminuição da ingesta de irritantes gástricos (café, alimentos picantes, ácidos);
  • Redução do consumo de refrigerantes e álcool;
  • Dieta fracionada (comer mais vezes em menor quantidade);
  • Elevação da cabeceira da cama.

Em algumas situações podem estar indicada a cirurgia.

Gases

A presença de excesso de gases é uma das causas mais frequentes de dores abdominais, inclusive dores na região do estômago. Pode estar relacionado a dor em cólica ou constipação (prisão de ventre).

O alívio dos gases pode ser feito através de algumas medidas, as principais são:

  • Comer devagar e pausadamente;
  • Evitar o consumo de bebidas gaseificadas;
  • Evitar mascar chicletes e pastilhas;
  • Diminuir o consumo de alimentos que aumentam a produção de gases como: leite, feijões e alimentos ricos em fibras.
Gastroenterite

Gastroenterites são infecções virais ou bacterianas que acometem o trato gastrointestinal, geralmente também levam a sintomas de vômitos e diarreia. A ingestão de alimentos contaminados com toxinas também pode provocar gastroenterites;

A gastroenterite pode levar ao aparecimento de sangue ou muco nas fezes. Eventualmente, também pode desencadear febre.

Grande parte dos casos as gastroenterites resolvem-se com o decorrer do tempo e constituem um quadro autolimitado.

A hidratação faz parte do tratamento, já que um dos principais riscos das gastroenterites é a desidratação.

Constipação

A prisão de ventre pode causar gases e dores difusas por todo o abdômen, inclusive na região do estômago.

O tratamento inclui principalmente aumento da ingestão hídrica e de alimentos ricos em fibras, como verduras, legumes e alimentos integrais.

O que pode ser dor de estômago com diarreia ou vômitos?

As principais causas de dor de estômago com a presença de diarreia, náuseas ou vômitos são as gastroenterites e a síndrome do intestino irritável.

Gastroenterite

Quando a dor de estômago vem acompanhada de diarreia ou vômitos é provável que seja causada por uma gastroenterite.

Gastroenterite é um termo que se refere a um processo inflamatório gastrointestinal, causado por bactérias, vírus ou toxinas alimentares.

A gastroenterite pode levar também ao aparecimento de sangue ou muco nas fezes. Eventualmente também pode desencadear febre.

Grande parte dos casos as gastroenterites resolvem-se com o decorrer do tempo e constituem um quadro autolimitado.

Em alguns casos quando esses sintomas são persistentes podem exigir uma avaliação médica, principalmente quando acomete crianças pequenas e idosos.

Síndrome do Intestino Irritável

Outra possibilidade é a síndrome do intestino irritável, que é uma perturbação do tubo digestivo sem uma causa orgânica específica.

A síndrome do intestino irritável pode ocasionar diferentes sintomas, como dor abdominal, diarreia, gases, constipação e distensão abdominal.

Leia também: Quais os sintomas de infecção intestinal?

O que é bom para dor no estômago?

O tratamento para dor no estômago irá depender principalmente da sua causa.

Quando a causa da dor no estômago for uma gastrite ou a doença do refluxo gastroesofágico, o tratamento irá incluir mudanças na alimentação e uso de medicamentos.

O grupo dos inibidores da bomba de prótons é um dos principais medicamentos usados nos quadros de gastrite e doença do refluxo gastroesofágico. O seu uso deve ser orientado e prescrito por um médico.

Entre as medidas alimentares importantes para aliviar a dor estomacal, estão:

  • Evitar alimentos picantes, ácidos ou gordurosos;
  • Evitar alimentos que contenham cafeína;
  • Comer de forma fracionada: mais vezes em pequenas quantidades;
  • Evitar o consumo abusivo de álcool;
  • Gerir melhor episódios de ansiedade ou estresse.
Quando devo procurar um médico?

Deve procurar um médico de família ou clínico geral nas seguintes situações:

  • A dor piora muito rapidamente;
  • A dor não desaparece;
  • A dor vai e volta muitas vezes, de forma recorrente;
  • Dificuldade em respirar ou engolir;
  • Vômito ou diarreia persistentes que não melhoram;
  • Pressão intensa ou dor no peito;
  • Presença de sangue no vômito ou nas fezes;
  • Febre alta que não baixa;
  • Tossir sangue;
  • Na presença de perda de peso sem causa aparente;
  • Fadiga extrema ou perda de consciência.

Para mais esclarecimentos consulte o seu médico de família ou clínico geral.

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Tontura e enjoo: saiba as principais causas do mal-estar e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tontura, o enjoo e o mal-estar podem ser causados por diversas e diferentes situações, sendo as principais e mais comuns:

  • Início de uma gravidez,
  • Crise de enxaqueca,
  • Labirintite, VPPB (vertigem Paroxística Posicional Benigna),
  • Pressão alta ou pressão baixa,
  • Ansiedade,
  • Efeito colateral de um medicamento,
  • Infarto agudo do coração ou
  • Derrame cerebral.

Uma característica importante para diferenciar doenças benignas das mais graves, como o infarto e o derrame, são o tempo de início dos sintomas. O início súbito dos sintomas sugere um problema mais grave.

Por isso, se a tontura vier de repente, associada a dor no peito, falta de ar, dificuldade de falar ou de se movimentar, procure imediatamente uma emergência. Para cada uma das demais situações, existe uma orientação e tratamento específicos, que serão mais detalhados a seguir.

1. Gravidez

Na gravidez, o organismo da mulher passa por diversas modificações, que permitem o desenvolvimento do bebê. Uma dessas modificações é a dilatação dos vasos sanguíneos, para aumentar o fluxo de sangue atendendo as novas necessidades. Com isso, a mulher pode desenvolver retenção de líquidos, inchaços e diminuição da pressão arterial.

Todas essas alterações, junto com o aumento das taxas de hormônios, acabam por desencadear os sintomas de tontura, enjoo e mal-estar. Especialmente nos primeiros meses de gestação.

Para diminuir a sensação de tontura e mal-estar é recomendado à gestante:

  • Evitar o jejum e aumentar o consumo de água, tomando pelo menos 1 litro e meio por dia;
  • Manter alimentação saudável, com menor quantidade de gordura, facilitando a digestão, preferir legumes e verduras;
  • Praticar atividade física, se não houver restrições, com profissionais capacitados, pelo menos 4 vezes por semana, ou drenagem linfática.
2. Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo bastante frequente de dor de cabeça na nossa população, com características bem marcantes, de dor intensa, do tipo latejante, unilateral e associada a náuseas (enjoo), vômitos, tontura e mal-estar.

A dor piora com o estresse, jejum, distúrbios do sono, presença de luz intensa ou contínua, como o uso prolongado de aparelhos eletrônicos e com o barulho.

O tratamento deve ser orientado individualmente, mas, em geral, a recomendação é:

  • Manter-se em repouso, em ambiente escuro e silencioso;
  • Tomar um medicamento analgésico potente ou anti-inflamatório;
  • Anotar em um diário da dor todas as informações possíveis, para levar ao médico e
  • Procurar um neurologista para o tratamento definitivo. A enxaqueca não tem cura, mas pode ser controlada com as orientações adequadas.
3. Labirintite

Quase metade das queixas de tintura com enjoo, estão relacionadas as doenças do labirinto. No entanto, a doença mais comum é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) e não a labirintite. A labirintite é, na verdade, uma doença rara, causada por infecção no labirinto.

A maior parte das doenças do labirinto se resolvem espontaneamente após uma ou duas semanas. Na VPPB, o tratamento preconizado é a realização de manobras específicas, realizadas por médicos experientes, com o objetivo de recolar os cristais de dentro do labirinto, em seus lugares.

Com o intuito de amenizar os sintomas durante os dias de mal-estar, é recomendado:

  • Manter-se em repouso;
  • Tomar medicamentos para melhoras os sintomas, como o Dramin® ou Labirin® e
  • Procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliação, caso os sintomas permaneçam por mais de 2 semanas.
4. Pressão alta ou pressão baixa

A variação da pressão, seja para pressão alta ou pressão muito baixa, reduz o fluxo de sangue para o cérebro, diminuindo a oxigenação cerebral. Essa redução provoca os sintomas de tontura, enjoo (náuseas), vômitos e mal-estar.

Na gestação é ainda mais grave, porque pode reduzir o fluxo de sangue para a placenta, prejudicando o crescimento do bebê. Além disso, aumenta o risco de abortamento e eclâmpsia.

Portanto, para evitar a variação da pressão, é recomendado:

  • Acompanhar os níveis de pressão arterial, medindo pelo menos 1x por ano ou de 6 em 6 meses, para pessoas saudáveis;
  • Medir a pressão com maior regularidade, para pessoas hipertensas, de acordo com a orientação do seu cardiologista e fazer o uso correto das suas medicações;
  • Manter alimentação saudável, com restrição de sal (2g por dia é o mais seguro), menor quantidade de frituras ou alimentos gordurosos;
  • Praticar atividade física, de acordo com as suas possibilidades e orientações do médico.
5. Crise de ansiedade

Na crise de ansiedade, o organismo aumenta a liberação de neurotransmissores e hormônios, que desencadeiam sintomas como: suor frio, tremores, dores de cabeça, palpitação, sensação de falta de ar, tontura e enjoo.

Os sintomas na crise de ansiedade, também podem acontecer repentinamente, confundindo com situações mais graves de infarto ou derrame. Entretanto, ocorre em momentos de maior estresse ou emoções fortes.

O tratamento nesse caso, deve ser:

  • Procurar exercícios que acalmem o organismo, como respiração prolongada e profunda, pedir ajuda, conversar, pensar em coisas boas, ouvir músicas agradáveis ou meditação;
  • Agendar uma consulta com psicólogo e/ou psiquiatra, para discutir a necessidade de um tratamento definitivo, evitando novas crises.
6. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, como os antidepressivos, anticonvulsivantes ou calmantes, pode no início, ou com doses muito altas, ocasionar a tontura e enjoos, como efeitos colaterais.

O ajuste das doses ou a troca de substância, pode ser suficiente para resolver os sintomas. Porém, o recomendado é que:

  • Procure o seu médico para informar os novos sintomas;
  • Nunca interrompa a medicação por conta própria, porque pode ser ainda mais perigoso para a sua saúde, visto que alguns desses medicamentos precisa ser retirado gradativamente;
  • Na dúvida sempre converse com o seu médico da família ou médico que o acompanha.
7. Infarto agudo do coração

No infarto do coração, é importante lembrar que os sintomas dessa doença são principalmente a dor no peito, em aperto ou pressão. Os demais sintomas associados são a tontura, palidez, suor frio, náuseas e mal-estar.

Entretanto, pessoas com diabetes ou idosos, com muitas outras doenças, podem nem apresentar a dor no peito no início, e queixar apenas de tontura, enjoo e mal-estar.

Portanto, para pessoas com alto risco de infarto, como idosos, diabéticos de longa data, hipertensos, tabagista e portadores de colesterol alto, que apresentam subitamente esses sintomas, devem ser avaliados em serviço de emergência, imediatamente.

8. Derrame cerebral

O derrame, ou isquemia cerebral, ou ainda, AVC isquêmico, é a falta de sangue e oxigênio no cérebro, por uma obstrução arterial. A baixa oxigenação causa, tonturas, mal-estar, náuseas e vômitos, também de início súbito.

Outros sintomas que podem vir associados, são a dificuldade de fala, "boca torta", fraqueza em um dos membros ou falta de coordenação e equilíbrio.

Na presença de um ou mais desses sintomas, em pessoas com fatores de risco para AVC, hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo, procure imediatamente uma emergência.

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Referências:

UpToDate - Joseph M Furman, et al;. Causes of vertigo. Aug 24, 2018.

Dor na barriga do lado direito. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga do lado direito é uma queixa bastante frequente e na maioria das vezes está relacionada a situações simples, como o excesso de gases ou prisão de ventre.

No entanto, algumas vezes pode representar um problema mais grave como uma hepatite, apendicite ou um tumor.

Sendo assim, é importante ter atenção aos sintomas, e se a dor piorar ou vir associada a outros sintomas como febre alta, vômitos ou perda de peso, o ideal é que procure um clínico geral ou gastroenterologista para avaliação médica.

O que causa dor do lado direito da barriga?

As causas mais relacionadas à dor na barriga no lado direito são:

  • Gases: Dor de intensidade variada, do tipo cólicas (dor que vai e vem), ou do tipo pontadas, associada a "barulhos" na barriga e história de má alimentação;
  • Prisão de ventre: Dor tipo cólica, mais localizada, inchaço na barriga, dificuldade de evacuar, com ou sem massa palpável na barriga (fezes endurecidas);
  • Hepatite aguda: Dor forte do lado direito do abdome, próximo das costelas, associado a náuseas, vômitos, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
Coloração amarelada na pele e nos olhos (Icterícia).
  • Pedras na vesícula (Colecistite ou colelitíase): Dor tipo cólica, de forte intensidade, do lado direito da barriga, associada a náuseas e vômitos, que piora após uma alimentação gordurosa;
  • Apendicite aguda: Dor na barriga, que pode ter início no umbigo e mais leve, que depois se mantém fixa na região mais baixa da barriga, à direita, associada a febre, náuseas e vômitos;
  • Endometriose: Dor na barriga, que pode se localizar em diversas regiões, não só a direita, associada ao ciclo menstrual, quando os hormônios agem para a realização da ovulação;
  • Gravidez ectópica à direita - Mulher em idade reprodutiva como dor intensa no baixo ventre, apenas de um lado (direito ou esquerdo), suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos, com história de atraso menstrual, sugere a gravidez nas trompas;
  • Tumor - Dor localizada, febre baixa e perda de peso. Os tumores em geral, são doenças silenciosas, que quando desenvolvem sintomas já estão em estágios avançados, dificultando um tratamento adequado.

Além destas, situações como cólicas menstruais, infecção urinária, pedra nos rins, gastroenterite, obstrução intestinal (fecaloma), vermes ou ansiedade podem causar uma dor localizada à direita.

O mais importante, deve ser compreender os sinais de perigo que indicam a necessidade de procurar um atendimento de urgência. Para outros casos, procure o seu médico de família ou gastroenterologista, que deverá iniciar uma avaliação mais criteriosa.

Quando devo procurar uma emergência?

Os sinais de risco, que indicam a necessidade de procurar uma emergência imediatamente, são:

  • Febre alta (maior que 38,5º),
  • Náuseas e vômitos que não melhoram com a medicação habitual,
  • Piora da diarreia,
  • Sinais de desidratação (muita sede, boca seca, urina pouco),
  • Presença de sangue na urina ou nas fezes,
  • Coloração amarelada na pele ou nos olhos (parte branca) ou
  • Confusão mental ou desorientação.

Referência:

FBG - Federação Brasileira de gastroenterologia.

Sangramento na gravidez, pode ser normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, pode ser normal. O sangramento no início da gravidez, pode representar a fixação do embrião no útero, que para formar a placenta e nutrir o bebê, penetra na camada muscular do útero, causando um discreto sangramento.

A esse sangramento damos o nome de sangramento de implantação, ou sangramento de nidação. Trata-se de um sangramento de pequeno volume, que apenas suja a roupa íntima, por isso nem sempre é percebido e dura de 2 a 3 dias.

No entanto, o sangramento também pode sinalizar um problema grave, como o início de um aborto. Sendo assim, todo e qualquer sangramento durante a gravidez deve ser informado ao obstetra imediatamente, sobretudo aqueles associados a dor, cólicas, febre, sangramento volumoso ou com presença de coágulos.

Causas de sangramento na gravidez Sangramento no início da gravidez

No primeiro trimestre da gravidez, o sangramento pode ocorrer pela implantação do óvulo, por um descolamento do embrião, por uma gravidez ectópica ou aborto espontâneo. Outras causas menos comuns são as infecções urinárias e presença de pólipos.

1. Sangramento de nidação

Nos primeiros dias da gravidez, quando o óvulo fecundado chega ao útero, ele penetra na parede do útero, para dar origem a placenta, estrutura que nutre o embrião, possibilitando o desenvolvimento do bebê.

Como a parede do útero é composta de músculo e com grande número de vasos sanguíneos, pode haver um pequeno sangramento rosado, sem dor ou outros sintomas, que dura no máximo 3 dias.

O sangramento representa um dos primeiros sinais de gravidez, embora não seja percebido por todas as mulheres e recebe o nome de sangramento de nidação.

2. Descolamento do embrião (saco gestacional)

O descolamento do saco gestacional, significa a presença de sangue (hematoma), entre o embrião e a parede do útero. Situação de risco, que pode evoluir com o descolamento completo e aborto. Essa alteração se manifesta pelo sangramento vaginal.

Dependendo do volume desse hematoma, será indicado repouso absoluto e medicamentos, visando proteger a gestação.

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é uma gestação que acontece fora da cavidade uterina. O local mais comum são as trompas, mas pode ocorrer no ovário, ligamento largo, colo do útero ou mais raramente, na cavidade abdominal.

Os principais sintomas são o atraso menstrual, dor abdominal ou no baixo ventre, de forte intensidade e sangramento vaginal.

A gravidez ectópica é uma urgência médica, pois pode evoluir com ruptura da trompa, hemorragia e risco de morte. Por isso, na suspeita de gravidez ectópica, procure imediatamente um serviço de emergência.

4. Ameaça de aborto

A ameaça de aborto é a condição mais temida pelas mulheres nessa fase da gestação. Situação em que por algum motivo, o organismo inicia um processo de expulsão do óvulo fecundado. O primeiro ou um dos primeiros sinais de aborto, é o sangramento vaginal, com presença de coágulos e cólica abdominal.

Em geral acontece até a 8ª semana de gestação e a causa mais comum de aborto no primeiro trimestre são as anomalias genéticas.

Sangramento no segundo e terceiro trimestre de gravidez

No segundo e terceiro trimestres de gestação, os sangramentos são mais preocupantes, e devem ser rapidamente investigados. As causas mais comuns são o aborto tardio (com mais de 20 semanas), placenta baixa, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia e trabalho de parto prematuro.

1. Aborto tardio

O abortamento nessa fase da gestação costuma acontecer devido a complicações de doenças crônicas, como diabetes e pressão alta. Os sintomas são o sangramento, associado a cólicas de forte intensidade, ainda pode apresentar, febre, náuseas ou vômitos, no caso de aborto infectado.

O tratamento deve ser avaliado caso a caso, na maioria das vezes precisa de internação hospitalar para hidratação, antibioticoterapia e curetagem ou cirurgia de urgência.

2. Placenta prévia

A placenta prévia é a implantação da placenta muito baixa, próxima ao colo do útero. Posição em que a placenta fica mais exposta a traumas, mais próxima do meio externo (colo uterino), propensa a infecções e mais próxima da cabeça do bebê, sofrendo pressão contínua no final da gestação.

Sendo assim, situações de pequenos traumas, esforço físico ou contrações uterinas, podem causar pequenos sangramentos, com sangue vivo. O tratamento deve ser repouso e medidas de prevenção como evitar as relações e esforço físico, mesmo que leve.

3. Descolamento prematuro de placenta

O descolamento prematuro de placenta (DPP) acontece principalmente entre a 33ª e 34ª semanas de gestação, na grande maioria das vezes por um pico hipertensivo, mas pode ocorrer também devido à idade avançada, uso de drogas, tabagismo ou traumatismos (quedas ou acidentes).

Os sintomas são de sangramento volumoso, com presença de coágulos e cólica intensa e contínua. É um caso de emergência obstétrica, com risco de vida para a mãe e o bebê. Por isso, na suspeita de DPP procure uma urgência médica imediatamente.

4. Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto prematuro, pode levar a pequenos sangramentos, pela contração uterina e "amolecimento" do colo do útero.

Não costuma sinalizar um problema, a não ser que venha acompanhado de outros sinais como: dor abdominal, cólicas ou presença de coágulos junto ao sangramento.

Outras causas de sangramento na gravidez

Outras situações que podem causar sangramento em qualquer momento da gravidez, são:

  • Infecção urinária
  • Infecção sexualmente transmissível (IST)
  • Traumatismo
  • Ruptura uterina

As infecções em geral apresentam febre, mal-estar e falta de apetite, junto ao quadro de sangramento vaginal. São situações que devem ser tratadas com antibióticos, o quanto antes, para evitar complicações como o abortamento.

O trauma na barriga da gestante pode comprometer a mãe e o bebê, por isso deve sempre ser avaliado pelo obstetra mesmo que parece algo simples.

A ruptura uterina é uma emergência médica, com alto risco de morte para a mãe e para o bebê, devido a grave hemorragia. Os sintomas são de sangramento volumoso, dor intensa na barriga e

Sangramento na gravidez é grave?

Sim, pode ser grave principalmente na presença de:

  • Sangramento volumoso,
  • Sangramento vermelho vivo,
  • Sangramento com coágulos,
  • Sangramento com cólicas ou dor na barriga e
  • Sangramento com febre.

Se perceber qualquer um desses sintomas, ou mais de um, procure uma emergência médica, imediatamente.

Ter relações durante a gravidez é perigoso?

Não. Em geral, a relação sexual não é contraindicado durante a gravidez, a não ser que haja algum problema. Um exemplo de contraindicação é a placenta prévia ou risco de parto prematuro.

Na dúvida, converse e esclareça todas as dúvidas com o seu obstetra. Cabe ao obstetra avaliar e conduzir, da melhor forma, as situações de sangramento e dúvidas da gestante, assegurando o bem-estar da mãe e do bebê, durante todas as fases da gestação.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

UpToDate - Errol R Norwitz, e cols. Overview of the etiology and evaluation of vaginal bleeding in pregnant women. Dec 17, 2019.