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As taxas ideais de colesterol HDL, LDL, VLDL, não-HDL e colesterol total variam de acordo com a idade e são diferentes para homens e mulheres. A seguir detalhamos os valores de acordo com os valores praticados atualmente.
Taxas ideais de colesterol para pessoas com até 19 anos:
Tipo de colesterol | Valores de referência |
Colesterol total | Menos de 170 mg/dL |
Colesterol não-HDL | Menos de 120 mg/dL |
Colesterol LDL | Menos de 100 mg/dL |
Colesterol HDL | Mais de 45 mg/dL |
Taxas ideais de colesterol para homens a partir dos 20 anos:
Tipo de colesterol | Valores de referência |
Colesterol total | 125 a 200 mg/dL |
Colesterol não-HDL | Menos de 130 mg/dL |
Colesterol LDL | Menos de 100 mg/dL |
Colesterol HDL | 40 mg/dL ou superior |
Taxas ideais de colesterol para mulheres a partir dos 20 anos:
Tipo de colesterol | Valores de referência |
Colesterol total | 125 a 200 mg/dL |
Colesterol não-HDL | Menos de 130 mg/dL |
Colesterol LDL | Menos de 100 mg/dL |
Colesterol HDL | 50 mg/dL ou superior |
Quem tem 20 anos ou mais deve medir as taxas de colesterol pelo menos uma vez a cada 5 anos. Homens de 45 a 65 anos e mulheres de 55 a 65 anos devem fazer o exame de colesterol a cada 1 ou 2 anos.
Para pessoas com até 19 anos, as recomendações são as seguintes:
- O primeiro exame de colesterol deve ser feito a partir dos 5 anos de idade; depois repetir de acordo com a história familiar e resultado, variando de ano em ano ou a cada 5 anos;
- Crianças com história familiar de colesterol alto, infarto ou derrame cerebral podem precisar fazer o exame a cada 2 anos.
O nível de colesterol é medido através de um exame de sangue. Antes do exame, é preciso estar em jejum durante 8 horas.
O que é colesterol?O colesterol é uma espécie de gordura encontrada em todas as células do corpo. O colesterol está presente em alguns alimentos, como carnes e laticínios, além de ser produzido pelo fígado. O corpo precisa de colesterol para funcionar adequadamente. Porém, as taxas devem estar dentro do ideal para evitar doenças tromboembólicas.
Quais são os tipos de colesterol?Existem 3 tipos de colesterol: LDL, HDL e VLDL. O colesterol total é a quantidade total de colesterol no sangue e inclui os 3 tipos (LDL, HDL e VLDL).
O colesterol LDL é o chamado colesterol “ruim”, pois se acumula na parede das artérias e forma placas de gordura, obstruindo a circulação sanguínea. Ter um nível de colesterol LDL alto aumenta o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
O colesterol HDL é conhecido como colesterol “bom”, pois não se acumula nas artérias e ajuda a eliminar o colesterol ruim (LDL) do sangue.
O colesterol VLDL também é considerado um tipo de colesterol ruim, pois pode se acumular nas artérias se estiver com um valor alto.
O colesterol não-HDL é o colesterol total menos o bom colesterol (HDL). Portanto, o colesterol não-HDL apresentado no resultado do exame de sangue inclui o colesterol ruim (LDL) e outros tipos de colesterol, como o VLDL.
Triglicerídeos são um tipo de colesterol?Os triglicerídeos também são gorduras, mas não são um tipo de colesterol. Contudo, as suas taxas também são avaliadas no exame de colesterol. Níveis altos de triglicerídeos aumentam o risco de doenças cardiovasculares, assim como o LDL.
O valor de referência de triglicerídeos é de até 150 mg/dL. Portanto, um nível normal de triglicerídeos deve estar abaixo de 150 mg/dL.
O que pode deixar o colesterol alto ou baixo? DietaA gordura saturada e o colesterol presentes nos alimentos aumentam o nível de colesterol no sangue. A gordura saturada é a principal responsável pelo aumento, mas o colesterol dos alimentos também exerce um papel importante. Diminuir a quantidade de gorduras saturadas na dieta ajuda a baixar o colesterol. Os alimentos que apresentam altos níveis de gorduras saturadas incluem algumas carnes, laticínios, chocolate, alimentos processados e fritos.
PesoO excesso de peso também aumenta o colesterol. Perder peso pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL), colesterol total e triglicerídeos, além de ajudar a aumentar o bom colesterol (HDL).
Atividade físicaA atividade física regular pode ajudar a reduzir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL). Para isso, recomenda-se praticar exercícios durante 30 minutos, pelo menos 4 vezes por semana.
TabagismoFumar reduz o bom colesterol (HDL), contribuindo assim, para um nível mais alto de colesterol ruim (LDL).
Idade e alterações hormonaisÀ medida que mulheres e homens envelhecem, seus níveis de colesterol aumentam. Antes da menopausa, as mulheres apresentam níveis mais baixos de colesterol total do que os homens da mesma idade. Após a menopausa, os níveis de colesterol (LDL) nas mulheres tendem a aumentar.
História familiarA genética determina parcialmente a quantidade de colesterol que o corpo produz. Por isso, o colesterol alto pode ocorrer em pessoas da mesma família.
Como baixar o colesterol?- Ter uma dieta pobre em gorduras;
- Controlar o peso;
- Praticar atividade física.
Se as mudanças no estilo de vida por si só não forem suficientes para baixar o colesterol alto, pode ser necessário tomar medicamentos.
O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável pela interpretação dos resultados dos valores de colesterol. Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.
Leia também: O stress aumenta o nível de colesterol?
Herpes zoster pode ser contagioso, porém não tanto quanto a catapora, embora seja causado pelo mesmo vírus. O Herpes zoster só é transmitido quando existem lesões muito extensas e acontece o contato direto com o líquido eliminado das bolhas.
Quando as bolhas se secam, a doença já não é transmitida.
Se um adulto ou uma criança que não teve catapora ou não recebeu vacina contra a doença, entrar em contato direto com uma lesão de herpes zoster, poderá desenvolver a catapora (varicela) e não a herpes zoster, como primeira manifestação clínica.
Herpes zoster ("cobreiro") O que é herpes zoster?O herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”, é uma manifestação clínica do mesmo vírus da catapora, o vírus varicela-zoster.
O herpes zoster pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em idosos, pessoas que tiveram catapora antes de completar 1 ano de idade ou que têm o sistema imunológico enfraquecido por medicamentos ou doenças, como diabetes mellitus descompensado, e uso crônico de corticoides ou imunossupressores.
Quais são os sintomas do herpes zoster?Os primeiros sintomas do herpes zoster são a dor, o formigamento ou a queimação em um local do corpo, que segue o trajeto de um nervo. O local mais frequente é o dorso, no entanto a vermelhidão segue da região dorsal até abaixo da axila ou até o tórax.
Toda a região se torna muito sensível, como dor e a queimação intensas, dificultando inclusive o uso de qualquer tipo de roupa, principalmente em contato direto com a pele, como o sutiã.
Após a alteração de sensibilidade aparecem as manchas vermelhas e pequenas bolhas cheias de líquido.Em seguida as bolhas estouram, formando feridas que depois secam e formam crostas. Com duas a três semanas, as crostas desaparecem.
A sua extensão varia de acordo com a localização e imunidade, sempre acometendo o trajeto de um nervo. Apesar do dorso ser o local mais frequente, a doença pode afetar ainda o rosto, os olhos, a boca e os ouvidos.
Outros sintomas do herpes zoster podem incluir:
- Febre e calafrios;
- Sensação de mal-estar;
- Dor de cabeça;
- Dor nas articulações;
- Inflamação dos gânglios linfáticos.
O cobreiro desaparece depois de duas ou três semanas e raramente volta a aparecer. Se o vírus afetar os nervos que controlam os movimentos, pode ocorrer fraqueza ou paralisia temporária ou permanente.
Em alguns casos, a dor na área onde o herpes zoster surgiu pode durar meses ou anos. Essa dor é chamada de neuralgia pós-herpética. Isso ocorre quando os nervos foram danificados após um surto de herpes zoster. A dor pode variar de leve a muito intensa. A neuralgia pós-herpética é mais provável de ocorrer em pessoas com mais de 60 anos de idade.
As complicações do herpes zoster podem incluir:
- Novo surto de cobreiro;
- Infecções bacterianas da pele;
- Cegueira (quando afeta os olhos);
- Surdez;
- Infecção no cérebro (encefalite) ou infecção generalizada em pessoas com imunidade baixa;
- Síndrome de Ramsay Hunt, quando o herpes zoster afeta os nervos do rosto ou do ouvido.
Se o cobreiro afetar um nervo facial, pode haver dor, fraqueza muscular e erupções cutâneas em diferentes partes da face. O herpes zoster no rosto pode causar os seguintes sinais e sintomas:
- Dificuldade para movimentar alguns músculos do rosto;
- Queda da pálpebra;
- Perda auditiva;
- Perda do movimento dos olhos;
- Alterações no paladar;
- Problemas de visão.
O tratamento do herpes zoster é feito com medicamento antiviral. O medicamento ajuda a reduzir a dor, prevenir complicações e encurtar o curso da doença.
Os antivirais são mais eficazes quando começam a ser tomados nas primeiras 72 horas após a primeira sensação de dor ou queimação.
A medicação usada para tratar o herpes zoster geralmente é administrada por via oral, sob a forma de comprimidos.
Medicamentos anti-inflamatórios potentes, como o corticoide, podem ser associados para reduzir a inflamação e a dor.
Outros medicamentos utilizados no tratamento do cobreiro incluem:
- Anti-histamínicos orais ou aplicados na pele, para reduzir a coceira;
- Analgésicos, para aliviar a dor;
- Zostrix, um creme para diminuir a dor.
Algumas medidas e cuidados indicados durante o tratamento do herpes zoster:
- Cuide da pele aplicando compressas úmidas e frias para reduzir a dor;
- Mantenha-se em repouso caso apresente febre;
- Evite contato com outras pessoas enquanto as lesões estiverem liberando líquido, para evitar a transmissão do vírus, principalmente com mulheres grávidas.
O herpes zoster não tem cura. Uma vez infectada, a pessoa permanece com o vírus no corpo até o fim da vida. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e diminuir o tempo de duração das manifestações. Contudo, depois de aparecer uma vez, o cobreiro raramente volta a se manifestar.
Existem duas vacinas disponíveis para herpes zoster, a vacina viva e a vacina recombinante. A vacina contra o cobreiro é diferente da vacina contra a catapora. Adultos mais velhos que recebem a vacina do herpes zoster têm menos chances de desenvolver complicações da doença.
O médico dermatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar o herpes zoster.
Reticulócitos são glóbulos vermelhos levemente imaturos. A contagem de reticulócitos é um exame de sangue que mede a quantidade dessas células no sangue. O exame de reticulócitos serve para determinar se os glóbulos vermelhos estão sendo produzidos pela medula óssea a uma taxa apropriada. O número de reticulócitos no sangue indica quão rapidamente eles estão sendo produzidos e liberados pela medula óssea.
A contagem de reticulócitos é realizada através da colheita de uma amostra de sangue e não é necessária nenhuma preparação especial para a realização do exame.
Em adultos saudáveis sem anemia, um resultado normal para a contagem de reticulócitos deve apresentar valores entre 0,5% e 2,5%. As faixas de valores normais podem variar um pouco entre os laboratórios, que podem utilizar medições diferentes ou analisar amostras diferentes.
Os valores normais do exame de reticulócitos depende do nível de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio. O intervalo entre os valores é maior se a hemoglobina estiver baixa devido a sangramentos ou destruição dos glóbulos vermelhos.
Reticulócitos altosUm nível de reticulócitos alto, com uma contagem acima dos valores normais, pode ser sinal de anemia hemolítica (tipo de anemia em que os glóbulos vermelhos são destruídos antes do tempo), sangramento, eritroblastose fetal (doença do sangue presente no feto ou em bebê recém-nascido) ou doença renal com aumento da produção do hormônio eritropoietina.
Níveis de reticulócitos aumentados também podem ser observados durante a gravidez.
Reticulócitos baixosReticulócitos baixos, com uma contagem de reticulócitos abaixo do normal, podem indicar a presença de:
- Insuficiência da medula óssea causada por toxicidade de certos medicamentos, tumores, radioterapia ou infecção;
- Cirrose hepática;
- Anemia causada por baixos níveis de ferro, folato ou vitamina B12;
- Insuficiência renal crônica.
O médico que solicitou o exame de reticulócitos é o responsável pela interpretação dos resultados do mesmo.
A frieira, também conhecida como pé de atleta, é uma micose no pé. A micose é uma infecção de pele causada por fungo. No caso da frieira, a infecção é causada pela presença e proliferação de fungo no pé. O seu nome é tinea pedis e é o tipo mais comum de micose.
Portanto, toda frieira é uma micose, mas nem toda micose pode ser chamada de frieira, a menos que ocorra no pé. Nesse sentido, não se pode dizer propriamente que frieira e micose são a mesma coisa.
Frieira (micose no pé)O pé de atleta surge quando um determinado fungo se prolifera na pele dos pés. Vale ressaltar que o mesmo fungo também pode causar micose em outras partes do corpo. O fungo prospera em locais quentes e úmidos. Por isso, os pés são os mais afetados, especialmente entre os dedos dos pés.
O fatores que aumentam o risco de desenvolver micose no pé incluem:
- Uso de calçados fechados (principalmente se forem revestidos com plástico);
- Deixar os pés úmidos por períodos prolongados;
- Transpiração excessiva;
- Lesões na pele ou nas unhas.
A frieira se espalha rapidamente. Pode ser transmitida pelo contato direto com a área afetada ou com objetos e locais contaminados pelo fungo, como meias, calçados, chão de banheiros e vestiários, bem como piscinas.
Quais são os sintomas de frieira?Os sinais mais comuns da frieira são a pele rachada e a descamação da pele, observados principalmente entre os dedos ou nas laterais do pé. O pé de atleta pode causar ainda coceira, vermelhidão, queimação e bolhas que vazam ou formam uma crosta.
Se o fungo se espalhar para as unhas do pé, pode ocorrer descoloração, espessamento e até perda das unhas afetadas.
Qual é o tratamento para frieira?O tratamento para frieira é feito com remédio antifúngico, sob a forma de pomada e pó. Os antifúngicos mais usados para tratar pé de atleta incluem miconazol, clotrimazol, terbinafina e tolnaftato.
O pó ou a pomada para frieira devem continuar sendo usados por uma a duas semanas após o desaparecimento da micose. Caso contrário, o pé de atleta pode voltar a aparecer.
Além do uso do remédio, o tratamento da frieira inclui medidas e cuidados, como:
- Manter os pés limpos e secos, principalmente entre os dedos dos pés;
- Lavar bem os pés com água e sabão e secar bem e cuidadosamente a área afetada, pelo menos duas vezes por dia;
- Usar sempre meias de algodão limpas;
- Trocar as meias ou os calçados quantas vezes for necessário para manter os pés secos;
- Usar sandálias ou chinelos em piscinas ou chuveiros públicos;
- Usar pó antifúngico nos calçados para evitar o reaparecimento da frieira, nos casos em que o pé de atleta ocorre frequentemente ou a pessoa frequenta locais onde o fungo é comum, como chuveiros públicos;
- Usar calçados bem ventilados e feitos de materiais naturais;
- Alternar o uso dos calçados diariamente, para que eles possam secar completamente entre uma vez e outra;
- Não usar calçados com forros de plástico.
Se a micose no pé não melhorar com os cuidados pessoais e com o uso da pomada e do pó antifúngicos em duas a quatro semanas ou se a frieira reaparecer com frequência, o tratamento pode incluir outros remédios. Nesses casos, podem ser prescritos medicamentos antifúngicos orais ou ainda antibióticos para tratar infecções bacterianas que ocorrem de tanto coçar o local.
Em geral, as frieiras respondem bem ao tratamento, embora possam voltar a aparecer. Por isso, o uso de medicamentos e a adoção de medidas preventivas a longo prazo podem ser necessários.
O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento de todos os tipos de micose, o que inclui também frieira, mas o tratamento também pode ser realizado por clínicos gerais ou médico de família capacitados.
A tremedeira é uma espécie de movimento agitado e involuntário do corpo, que ocorre principalmente nas mãos e nos braços, contudo pode afetar qualquer parte do corpo, incluindo a cabeça, membros ou as cordas vocais.
Pode ser causada por problemas diversos, como estresse, ansiedade, falta de sono, uso de medicamentos e até as doenças neurológicas e neurodegenerativas.
Por isso deve ser feita uma investigação pormenorizada de acordo com a localização do tremor, a intensidade e outros sintomas associados.
O que causa tremedeira no corpo?A tremedeira no corpo pode ser causada por:
- Tremor essencial;
- Doença de Parkinson;
- Uso de medicamentos;
- Crise de ansiedade;
- Consumo ou abstinência de álcool;
- Cansaço ou fraqueza muscular;
- Distúrbios do sono;
- Envelhecimento normal;
- Derrame cerebral (AVC);
- Hipertireoidismo;
- Tumor cerebral;
- Esclerose múltipla;
- Consumo excessivo de café ou outras bebidas com cafeína.
O tremor essencial é o tipo de tremedeira mais comum. Geralmente ocorre quando a pessoa está realizando um movimento, como alcançar um objeto ou escrever. Este tipo de tremor tem origem familiar.
Qual é o tratamento para tremedeira no corpo?O tratamento para tremedeira depende da causa. Muitas vezes, o tremor no corpo pode não precisar de tratamento, a menos que a tremedeira interfira nas atividades diárias ou cause constrangimentos.
Podem ser indicados medicamentos para ajudar a aliviar o tremor. Porém, os resultados dependerão do estado de saúde geral da pessoa e da causa efetiva dos tremores.
Para tremores no corpo provocados pelo estresse, são indicadas formas de aliviar e controlar o estresse, através de tratamentos alternativos, como técnicas de relaxamento, atividade física, exercícios respiratórios, psicoterapia, entre outras.
Em qualquer tipo de tremedeira no corpo, é recomendado evitar o consumo excessivo de cafeína e dormir bem.
Se o tremor for causado pelo uso de medicamentos, deve-se consultar o médico sobre a possibilidade de trocar ou suspender o uso da medicação. Não é recomendado interromper ou alterar o uso da medicação por conta própria.
Nos casos de tremores no corpo provocados pelo consumo de álcool, é importante uma avaliação médica e iniciar tratamento específico de interromper esse hábito.
Tremores decorrentes de doenças e condições tratáveis, como o hipertireoidismo, provavelmente diminuirão quando a causa for controlada ou resolvida.
Para pessoas com tremor nas mãos, recomenda-se comprar roupas com fechos de velcro e botões de ganchos. Na hora de cozinhar ou comer, deve-se usar talheres e utensílios de cabo longo. Para beber, é indicado o uso de copos finos. Os calçados não devem ter cadarços.
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Quando procurar um médico em caso de tremedeira?Em caso de tremor nas mãos, nas pernas ou em qualquer parte do corpo, procure um médico se:
- A tremedeira piora em repouso e melhora com o movimento, como ao tentar alcançar algo;
- O tremor for intenso, prolongado ou interferir na vida diária;
- Os tremores vierem acompanhados de outros sintomas, como dor de cabeça, fraqueza, movimentos anormais da língua ou outros tipos de movimentos que não podem ser controlados.
Um tremor que não desaparece com o tempo pode ser sinal de algum problema de saúde ou doença e deve ser avaliado por um médico neurologista, clínico geral ou médico de família.
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Febre interna não existe. Isso significa que não há especificamente uma febre “interna”, que ocorra apenas por dentro do corpo, sem aumentar a temperatura da pele. Toda febre, na realidade, é interna, mas deixa o corpo quente por dentro e por fora. O aumento da temperatura começa no interior do corpo e chega inevitavelmente à pele, sendo detectada pelo termômetro. Por isso, não há como “medir febre interna”. Se o termômetro não indicar aumento da temperatura, a pessoa não está com febre.
Também não existe febre interna na boca. Muitas vezes, o aparecimento de feridas na boca é erroneamente associado à ocorrência de febre “interna”. Existem várias doenças e condições que podem provocar o aparecimento de lesões na boca. Algumas delas também podem causar febre mas, nesses casos, a febre é detectada ao medir a temperatura do corpo com o termômetro.
Febre interna em bebê também não existe. Se ao medir a temperatura da criança o termômetro não acusar aumento de temperatura, ela não está com febre.
A temperatura normal do corpo varia entre 36ºC e 36,7ºC. Se o termômetro indicar temperaturas entre 37,3ºC e 37,8ºC, é considerado febrícula (febre baixa). Quando a temperatura ultrapassa os 37,8ºC, a pessoa está com febre.
Portanto, se a temperatura corporal não atingir esses valores, é porque não existe febre, seja em adultos, crianças ou bebês. Nesse caso, os sintomas são decorrentes de outra doença ou condição.
Durante o 1º trimestre de gravidez, a temperatura do corpo da mulher sofre um ligeiro aumento. Após a ovulação e durante o ciclo menstrual, a temperatura corporal também podem sofrer variações de até 1ºC. Nas duas situações, essas alterações são consideradas normais e não são sinal de febre.
O que é febre interna?A febre interna é descrita como uma sensação de corpo febril, mas que não é possível medir com o termômetro. É uma sensação de febre com a temperatura normal. A pessoa sente sintomas de febre, como mal-estar, indisposição, dores musculares e articulares, mas tem o corpo “frio” ou tem a cabeça quente e o corpo “frio”. Há quem refira um calor interno, o que dá a sensação de febre.
Quais são os sintomas de febre interna?Os sintomas de “febre interna” costumam ser os mesmos da febre, porém, sem o corpo quente. Pessoas que dizem estar com febre interna referem sintomas como calafrios, tremores, sensação de calor intenso, transpiração, dores musculares e articulares, dor de cabeça, mal-estar geral, fraqueza, indisposição, falta de apetite, entre outros. Contudo, se o termômetro indicar uma temperatura com valor abaixo de 37,3ºC, não existe febre.
Na presença desses sinais e sintomas, consulte um médico clínico geral ou um médico de família para que a causa dos sintomas seja devidamente diagnosticada e tratada.
Ânsia de vômito, também chamada de náusea ou enjoo, é uma sensação que caracteriza-se pela vontade de vomitar, independentemente de vir acompanhada ou não de vômitos. Algumas pessoas descrevem a ânsia de vômito como uma sensação de “estômago embrulhado”.
A ânsia de vômito pode ter várias causas, que inclui as doenças do estômago, gravidez (geralmente causa ânsia de vômito pela manhã), quimioterapia, radioterapia, além de emoções fortes, como ansiedade, preocupação ou estresse intenso.
A ânsia de vômito também pode ser sintoma de problemas de saúde mais graves, como apendicite, obstrução intestinal, câncer, ingestão acidental de medicamentos ou veneno (especialmente em crianças) e úlceras no estômago ou no intestino.
Outras possíveis causas para náuseas com ou sem vômitos:
- Alergias alimentares;
- Gastroenterite;
- Intoxicação alimentar;
- Refluxo gastroesofágico;
- Enxaqueca;
- Tonturas;
- Dor intensa.
Quando a pessoa está enjoada, normalmente não quer comer. Isso pode levar à perda de peso. Quando a náusea provoca vômitos intensos, pode causar desidratação.
O que fazer em caso de ânsia de vômito?Quando a pessoa está com náusea, a primeira coisa que deve fazer é sentar-se e permanecer quieta. Ficar andando de um lado para outro pode piorar o enjoo. Se continuar com vontade de vomitar, tome um remédio para ânsia de vômito, como dimenidrinato (Dramin), entre outros, desde que não tenha nenhuma contra-indicação ao uso desses remédios. Os remédios para náusea geralmente começam a fazer efeito depois de 30 a 60 minutos.
Em caso de enjoo e vômito, recomenda-se aumentar a ingestão de água para prevenir a desidratação. Nesses casos, a recomendação é beber de 8 a 10 copos de água por dia, aos poucos. As bebidas isotônicas também são indicadas, pois ajudam a repor os sais minerais perdidos ao vomitar. Para casos graves de vômito, pode ser necessário receber soro por via intravenosa.
As refeições devem ser menores e mais frequentes. Ao invés de fazer 3 grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar), uma pessoa com ânsia de vômito deve procurar fazer de 6 a 8 refeições pequenas ao longo do dia.
Os alimentos devem ser macios e de fácil digestão, como torradas, frango e peixe assado, batata, macarrão e arroz. Também são indicados alimentos que contenham bastante água, como sopas, picolés, geleia e gelatinas, sobretudo em casos de náusea e vômito.
Se estiver com vontade de vomitar ao comer ou sentir enjoo depois de comer, não deite após as refeições, mas permaneça na posição sentada.
Alguns alimentos e bebidas a evitar se estiver com ânsia de vômito:
- Alimentos processados e gordurosos, bem como alimentos que contêm muito sal, como pães brancos, bolos, rosquinhas, salsichas, hambúrgueres, frituras, batatas fritas e alimentos enlatados;
- Alimentos com odores fortes;
- Bebidas com cafeína (café, chá mate, chá preto);
- Bebidas alcoólicas;
- Bebidas gaseificadas, como refrigerantes;
- Alimentos picantes.
Procure atendimento médico se:
- Tiver ânsia de vômito constante por mais de 48 horas;
- Não conseguir reter nenhum alimento sólido ou líquido no estômago;
- Vomitar 3 ou mais vezes por dia;
- Sentir fraqueza;
- Tiver febre;
- A náusea vier acompanhada de dor no estômago ou dor abdominal intensa;
- Não urinar por 8 horas ou mais.
- Observar sangue ou material de cor marrom escura no vômito;
- Tiver vômitos por mais de 24 horas;
- Tiver dor de cabeça e rigidez de nuca (não conseguir encostar o queixo no peito).
Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.
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Uma criança ou bebê tem febre quando a sua temperatura corporal está igual ou superior a 38°C (medida no reto) ou 37,8°C (medida na axila). Porém, a temperatura entre 37,3 e 37,7º é considerada estado febril, situação que da mesma maneira exige uma maior atenção.
Uma febre em bebê recém-nascido superior a 38°C (retal) deve ser sempre informada ao médico pediatra.
Nos outros casos de febre infantil, uma criança com febre deve ser vista por um médico principalmente nos casos de: Prostração, a criança muito quietinha, não aceita a alimentação, sonolenta e ou chorosa, bem diferente do seu habitual. Ou quando apresenta sinais de desidratação, que se apresentam com a ausência de lágrimas quando está chorando, a língua seca, não urina ou urina muito pouco.
Nos bebês deve ser observado constantemente a fralda, a falta de urina por mais de 8h é um sinal importante de gravidade.
Além disso, deve-se procurar um médico ou levar a criança para um serviço de urgência nas seguintes situações:
- Bebê com menos de 3 meses com febre igual ou superior a 38°C (temperatura retal);
- Bebê com idade entre 3 e 12 meses com 39ºC de febre ou mais (temperatura retal);
- Bebê com menos de 2 meses com febre que dura mais de 48 horas;
- Febre superior a 40,0°C;
- Febres que vão e vem durante uma semana ou mais, mesmo que não sejam muito altas ou incômodas à criança;
- Presença de outros sinais e sintomas como dor de garganta, dor de ouvido, diarreia, náusea, vômito ou tosse;
- A criança portadora de alguma doenças crônica, como problemas cardíacos, anemia falciforme, diabetes ou fibrose cística (em qualquer caso de febre deve ser levada para avaliação médica);
- Vacinação recente.
Leve a criança com febre imediatamente para um serviço de urgência se ela apresentar algum dos seguintes sinais e sintomas:
- Choro que não passa;
- Dificuldade para acordar facilmente ou não acordar;
- Confusão;
- Dificuldade para andar, respirar ou movimentar um braço ou uma perna;
- Língua, unhas ou lábios roxos;
- Dor de cabeça intensa;
- Rigidez de nuca (não consegue encostar o queixo no peito);
- Convulsão;
- Erupção cutânea ou hematomas.
Uma criança com febre deve beber bastante líquido para prevenir a desidratação. Porém, não se deve dar suco de fruta em excesso para a criança ou para o bebê. O ideal é diluir a bebida com água (metade água e metade suco de fruta). Picolés e gelatinas também são boas opções, principalmente se a criança estiver vomitando.
As crianças podem comer quando estão com febre, mas não devem ser forçadas a se alimentar. Crianças com febre geralmente toleram melhor os alimentos macios. A alimentação deve ser leve, com alimentos moles, pouco condimentados e com pouca fibra.
Algumas opções de alimentos para uma criança com febre incluem pães, biscoitos e massas feitos com farinha branca refinada, além de cereais quentes refinados, como aveia ou creme de trigo.
Como baixar a febre da criança ou do bebêOs analgésicos e anti-inflamatórios podem baixar a febre em crianças e bebês. O pediatra pode aconselhar qual a melhor opção frente a suspeita do problema e características da criança. Os medicamentos podem ser administrados a cada 4, 6 ou 8h, dependendo da classe prescrita pelo médico.
Contudo, não dê aspirina a uma criança com febre, exceto com indicação médica
Antes de dar qualquer medicamento para um bebê com menos de 3 meses de idade, ligue primeiro para o médico pediatra da criança.
Para ajudar a baixar a febre da criança ou do bebê, não use cobertores ou roupas extras, mesmo que a criança tenha calafrios. Isso pode impedir que a febre diminua ou ainda aumentar a febre por reter o calor. Vista a criança com uma camada de roupa leve e use um cobertor leve para dormir.
O quarto deve estar com uma temperatura confortável, nem muito quente nem muito fria, em média deve manter o ambiente a 21 ou 22º.
Um banho de água morna com esponja também pode ajudar a baixar a febre. Esses banhos são mais eficazes se a criança também tomar alguma medicação.
Nunca dê banhos frios, nem passe gelo ou álcool no corpo da criança, pois essas medidas retiram o calor do corpo e geralmente pioram a situação, causando tremores e mal-estar, além de não resolver o problema. logo a temperatura volta aumentar.
Para maiores informações sobre o que fazer se tiver uma criança com febre, consulte um médico de família ou um pediatra.
Para baixar o colesterol ruim (LDL) é necessário fazer mudanças na dieta, controlar o peso, não fumar e praticar atividade física regularmente.
Os alimentos que ajudam a reduzir o LDL são aqueles ricos em fibras, como frutas, verduras, aveia e leguminosas como feijão, grão-de-bico, ervilha e lentilha.
Uma dieta para controle e redução de colesterol alto também deve incluir alimentos ricos em gorduras “boas”, de origem vegetal e excluir alimentos ricos em gorduras “ruins”, presentes em alimentos de origem animal e industrializados.
Como deve ser a dieta para baixar o colesterol ruim (LDL)? Escolha alimentos ricos em gorduras saudáveisPara baixar o colesterol ruim, deve-se limitar o consumo de gordura total, gordura saturada e gordura trans, priorizando gorduras saudáveis, de origem vegetal.
A gordura saturada pode ser encontrada em algumas carnes, laticínios, chocolate, alimentos processados e fritos.
A gordura trans é outra gordura prejudicial. Pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o colesterol bom (HDL). Encontrada principalmente na margarinas, bolachas e salgadinhos.
Ao invés das gorduras nocivas, experimente gorduras mais saudáveis (insaturadas), presentes em carnes magras, nozes, avelãs, amêndoas, castanhas e azeite. Além de ajudar a baixar o colesterol ruim, esses alimentos aumentam o colesterol bom (HDL), que dentre outras funções, remove o colesterol LDL do sangue.
As gorduras devem representar no máximo 35% das calorias consumidas diariamente. Desses 35%, menos de 7% das calorias devem provir de gorduras saturadas. A quantidade máxima de gordura presente na dieta para baixar o colesterol depende de quantas calorias a pessoa costuma consumir diariamente.
Calorias diárias | Gordura total | Gordura saturada |
1.500 | 42-58 gramas | 10 gramas |
2.000 | 56-78 gramas | 13 gramas |
2.500 | 69-97 gramas | 17 gramas |
Para baixar o colesterol LDL, deve-se consumir menos de 200 mg de colesterol por dia. O colesterol é encontrado em alimentos de origem animal, como fígado, miúdos, gemas de ovos, camarão e laticínios.
Aumente a ingesta de alimentos ricos em fibrasAlimentos ricos em fibras diminuem a absorção de colesterol pelo intestino e são parte fundamental de uma dieta para reduzir o LDL. Esses alimentos incluem:
- Cereais integrais, como aveia e farelo de aveia;
- Frutas (maçã, banana, laranja, pera, ameixa);
- Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha).
Uma dieta rica em frutas e legumes pode aumentar a quantidade de substâncias capazes de reduzir o colesterol LDL, são substâncias chamadas estanóis ou esteróis vegetais. Funcionam como fibras solúveis, reduzindo a absorção de gorduras pelo trato digestivo.
Coma peixes ricos em ômega 3O ômega 3 também é um tipo de gordura saudável. Apesar de não reduzir diretamente os níveis de colesterol ruim (LDL), aumentam o nível de colesterol bom (HDL), .que tem entre suas principais funções a remoção do LDL dos vasos, devido sua alta densidade.
Os peixes considerados como fonte de ômega 3 incluem salmão, atum, sardinha e cavala. A recomendação é comer esses peixes duas vezes por semana.
Diminua o consumo de álcoolO álcool é bastante calórico, pelo que o seu consumo em excesso pode causar ganho de peso. Estar acima do peso pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o colesterol bom. O excesso de álcool também pode aumentar o risco de doença cardíaca, porque aumentar a pressão arterial e o nível de açúcar e triglicerídeos.
Considera-se uma dose adequada de bebida alcoólica, o equivalente a uma cerveja, um copo de vinho ou uma pequena quantidade de bebida destilada. Para baixar o colesterol ruim (LDL), recomenda-se tomar no máximo duas doses de bebida alcoólica por dia, no caso dos homens, e uma dose por dia, no caso das mulheres.
O que é colesterol LDL?O colesterol é um tipo de gordura (lipídio) que está presente em certos alimentos de origem animal (carnes, laticínios, gema de ovos), mas que também é produzido pelo fígado. Para ser transportado no sangue, o colesterol precisa se ligar a uma proteína, que funciona como uma espécie de “peso” para que o colesterol possa se misturar com a água do sangue, uma vez que se trata de uma gordura. A ligação entre o colesterol e a proteína forma uma lipoproteína (lipídio + proteína).
LDL é a sigla para lipoproteína de baixa densidade, em inglês. O LDL é chamado de colesterol "ruim" porque um nível de LDL alto provoca a formação de placas de gordura nas artérias. Isso ocorre porque esse colesterol tem baixa densidade, ou seja, é relativamente “leve”, o que faz com que flutue na superfície do sangue e se acumule na parede das artérias.
Esse acúmulo de colesterol forma placas de gordura que podem interromper ou reduzir o fluxo sanguíneo para o coração e para o cérebro, podendo causar infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Por outro lado, o colesterol HDL (sigla em inglês para lipoproteína de alta densidade) é chamado de colesterol "bom" porque além de não se depositar na parede dos vasos devido a sua alta densidade, é capaz de remover o colesterol ruim (LDL) do sangue.
Para mais informações sobre como baixar o colesterol ruim (LDL), consulte um médico de família ou um clínico geral.
Existem diversas doenças e condições que podem aumentar o número de hemácias no sangue, como em casos de:
- Tabagismo;
- Cardiopatia congênita (Problemas na estrutura e no funcionamento do coração presentes desde o nascimento);
- Tumor no rim;
- Baixos níveis de oxigênio no sangue (hipóxia);
- Cicatrizes ou espessamento dos pulmões (fibrose pulmonar);
- Doenças na medula óssea (p.ex.: Policitemia vera);
- Exposição a altas altitudes (pode manter as hemácias altas por semanas);
- Uso de medicamentos como gentamicina® e metildopa® e
- Desidratação, que representa um "falso" aumento das hemácias, com a hidratação venosa, os valores equilibram e normalizam.
A quantidade normal de hemácias no sangue é diferente para homens e mulheres:
Homem: 4,7 a 6,1 milhões de células por microlitro de sangue;Mulher: 4,2 a 5,4 milhões de células por microlitro de sangue.
Os valores de referência e a forma de realizar a contagem de hemácias podem variar de acordo com o laboratório.
A contagem de hemácias quase sempre faz parte do hemograma completo. A sua avaliação auxilia no diagnóstico de diferentes tipos de anemia e outros problemas de saúde que afetam essas células.
O que são hemácias?As hemácias, também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos, são células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio. As hemácias possuem hemoglobina, uma proteína que se liga ao oxigênio e permite que os glóbulos vermelhos distribuam o oxigênio para as células e tecidos do corpo. É a hemoglobina que dá a coloração vermelha aos eritrócitos.
Por isso, a quantidade de oxigênio que os tecidos do corpo recebem depende do número de hemácias presentes no sangue e do bom funcionamento dessas células.
Hemácias baixas: o que pode ser?Hemácias baixas podem ser um sinal de:
- Anemia;
- Sangramento;
- Insuficiência da medula óssea, que pode ser causada por radiação, toxinas, infecções ou tumor;
- Deficiência do hormônio eritropoietina, causada por doença renal;
- Destruição de glóbulos vermelhos devido a transfusão de sangue, por exemplo;
- Desnutrição;
- Câncer de medula óssea (mieloma múltiplo);
- Falta de ferro, cobre, folato (vitamina B9), vitamina B6 ou vitamina B12;
- Excesso de água no corpo;
- Gravidez;
- Uso de medicamentos (quimioterapia, cloranfenicol, hidantoína, quinidina).
O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável pela interpretação dos resultados da contagem de hemácias. Para maiores informações, consulte um médico de família ou um clínico geral.
Unha inflamada é uma condição chamada paroníquia. Trata-se de uma infecção de pele que ocorre ao redor das unhas, deixando a unha infeccionada e o dedo inflamado. A paroníquia ocorre devido a uma lesão no dedo ou na unha, como por exemplo, morder o canto dos dedos, “cutucar” a unha ou ainda tirar a cutícula. A unha pode ficar inflamada devido a uma infecção causada por bactérias ou fungos.
A paroníquia causada por fungos pode ocorrer em pessoas que têm uma infecção fúngica na unha, diabetes ou que deixam as mãos muito expostas à água.
Unha inflamada (paroníquia) Como saber se uma unha está inflamada? Quais os sintomas?Quando a unha inflamada é causada por infecção bacteriana, os sintomas surgem repentinamente. Se a infecção é devida a um fungo, os sintomas se manifestam mais lentamente.
A área ao redor da unha infeccionada fica dolorosa, vermelha e inchada. A inflamação geralmente ocorre na região da cutícula, no canto da unha ou em outra parte do dedo que sofreu alguma lesão.
O dedo inflamado pode apresentar bolhas cheias de pus, especialmente quando a unha está infeccionada com bactérias. Também podem ocorrer alterações na unha, que pode ficar descolada, deformada ou adquirir uma outra cor.
Se a infecção na unha ou no dedo se espalhar para o resto do corpo, os sintomas podem incluir febre, calafrios, riscos vermelhos na pele, sensação de mal-estar, dor nas articulações e dor muscular.
Para identificar o fungo ou a bactéria responsável pela inflamação na unha, o pus ou o fluido que sai do local pode ser drenado e enviado para um laboratório para determinar que tipo de bactéria ou fungo está deixando a unha infeccionada e o dedo inflamado.
O que fazer em caso de unha inflamada?Se a unha inflamada estiver infeccionada com bactérias, recomenda-se mergulhar a unha em água morna, durante 15 a 20 minutos, 2 ou 3 vezes ao dia, para ajudar a reduzir a dor e a inflamação.
Nos casos mais graves de unha e dedo inflamados, pode ser necessário fazer um pequeno corte para drenar o pus. Também pode ser necessário retirar uma parte da unha infeccionada.
O remédio usado para tratar unha inflamada depende da causa da infecção. Para infecções bacterianas, são indicados antibióticos. Quando a paroníquia é causada por infecção fúngica, o tratamento é feito com remédio antifúngico. Também podem ser indicados medicamentos tópicos, para serem aplicados diretamente na unha infeccionada.
Além dos medicamentos, é importante ter alguns cuidados durante o tratamento de uma unha infeccionada, que também ajudam a prevenir novas inflamações na unha ou no dedo:
- Cuide bem das unhas e da pele ao redor;
- Evite qualquer dano às unhas ou nas pontas dos dedos. Como as unhas crescem lentamente, uma lesão pode durar meses;
- Não morda nem cutuque as unhas ou os cantos dos dedos;
- Proteja as unhas da exposição a detergentes e produtos químicos usando luvas de proteção de borracha ou plástico;
- Não tire as cutículas enquanto a unha estiver inflamada.
Para minimizar o risco de danos na unha e prevenir novas infecções:
- Mantenha as unhas suavemente aparadas, cortando-as semanalmente;
- Corte as unhas dos pés uma vez por mês;
- Quando tratar das unhas dos pés e das mãos, use tesouras afiadas, cortadores de unhas ou uma lixa para suavizar os cantos das unhas;
- Corte as unhas após o banho, pois estão mais amolecidas;
- Apare as unhas mantendo os cantos ligeiramente arredondados;
- Corte as unhas dos pés em linha reta e não muito curtas;
- Não corte as cutículas nem use removedores de cutículas. Isso pode danificar a pele ao redor da unha. Tirar a cutícula causa danos à pele, permitindo a entrada de bactérias que podem causar uma infecção.
Em geral, não é difícil curar a unha inflamada, uma vez que a paroníquia responde bem ao tratamento. Contudo, as infecções causadas por fungos podem durar vários meses.
A inflamação na unha normalmente não traz complicações. Quando ocorrem, podem incluir formação de abscesso, alterações permanentes na forma da unha e propagação da infecção para tendões, ossos e circulação sanguínea.
O médico dermatologista, clínico geral ou médico de família são especialistas indicados para diagnosticar e tratar unha inflamada ou infeccionada.
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Referência
SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.
Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.
Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.
Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer? 1. DiverticuliteA diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.
A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.
O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.
O que fazer?
Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.
2. Problemas no baçoO baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).
Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.
O que fazer?
Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.
3. Gases em excessoO acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.
Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.
O que fazer?
A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.
Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).
4. Pedras nos rinsO cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.
A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).
O que fazer?
O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.
5. Cólicas menstruaisAs cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.
Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.
O que fazer?
Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.
6. Cisto no ovárioExistem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).
Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.
O que fazer?
O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.
7. Gravidez ectópicaA gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.
Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.
O que fazer?
O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.
8. Pancreatite agudaA pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".
A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.
O que fazer?
O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.
Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.
Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.
Quando procurar o médico?Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:
- Febre
- Náuseas e vômitos
- Sangue nas fezes
- Perda de peso sem motivo aparente
- Pele amarelada (icterícia)
Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.
Referência:
- Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
- Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
- UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
- FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia