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O que é, como se pega e como tratar calcanhar de maracujá (miíase)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Popularmente conhecida como calcanhar de maracujá, a miíase consiste em uma infecção de pele provocada quando ovos de moscas são depositados em feridas (lesões). Dentro de um período de 30 a 60 dias este ovos se transformam em larvas que se proliferam e causam a infecção.

A miíase pode acometer crianças e adultos, principalmente nas regiões expostas da pele. O couro cabeludo também pode ser afetado. A região da pele por onde a larva penetra fica semelhante a um furúnculo (miíase furunculóide) por seu aspecto avermelhado e purulento.

Como se contrai a miíase?

Em alguns casos, a miíase pode acontecer em decorrência da deposição de larvas de moscas específicas em cavidades como nariz e orelhas e ferimentos na pele. Outra forma de contaminação se dá pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados.

Sintomas da miíase
  • Presença de nódulo avermelhado com um pequeno orifício ao centro;
  • Saída constante de secreção pelo orifício;
  • Sensação de movimentos na lesão;
  • Fisgada;
  • Ferroada.
Nódulo com miíase ao centro Tipos de miíase
  • Miíase furuncular: lesão é semelhante à uma espinha.
  • Miíase migratória: se assemelha ao bicho geográfico.
  • Miíase cavitária: comum em feridas abertas e em casos de câncer de pele.

A miíase também pode ser classificada como primária ou secundária.

  • Miíase primária: as moscas depositam seus ovos na pele, areia, terra ou roupas úmidas e estes ovos se desenvolvem e se transformam em larvas que infectam a pele.
  • Miíase secundária: neste tipo de miíase as larvas se desenvolvem em regiões não saudáveis da pele. Ocorre em feridas com necrose (tecido morto) ou ulcerações como, por exemplo, lesões provocadas por alguns tipos de câncer e leishmaniose.
Tratamento da miíase

O tratamento da miíase consiste na retirada manual das larvas e na limpeza das feridas. Fechar o orifício da lesão com vaselina ou um esparadrapo por algum tempo pode facilitar a remoção das larvas. Ao fechar a lesão, as larvas vão à superfície para respirar e este é o momento de removê-las.

Nos casos em que a lesão é muito grande a retirada das larvas pode ser feita mediante o uso de anestesia local. Há ainda algumas medicações orais que podem ser utilizadas no tratamento como a ivermectina.

Nenhum tratamento caseiro é indicado para miíase.

Ao perceber os sintomas procure um/a médico/a. Se puder busque um/a dermatologista. Estes profissionais devem verificar se outros órgãos podem estar afetados.

Oléo de Cártamo: para que serve e como funciona no emagrecimento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O óleo de cártamo é extraído da semente de uma planta chamada cártamo (Carthamus tinctorius). Do ponto de vista nutricional, é composto de gordura poli-insaturada, sendo aproximadamente 80% de ômega-6 (ácido linoleico) e 12% de gordura monoinsaturada ômega-9 (ácido oleico). Ainda vitamina E, fitoesteróis e em menor quantidade, as vitaminas A e K.

Seu uso é indicado para:

  • Efeito antioxidante,
  • Promover a sensação de saciedade,
  • Auxiliar no controle de colesterol e triglicerídeos.

Trabalhos mostram também benefícios relacionados à redução de tecido adiposo, aumento da massa magra, aumento do colesterol bom (HDL) e redução da glicemia de jejum, embora os mecanismos de ação não tenham sido encontrados.

E quanto ao emagrecimento, ainda não há evidência clínica sobre o efeito do óleo de cártamo nesse processo.

1. Efeito antioxidante

A vitamina E, abundante no óleo de cártamo, tem potente ação antioxidante. A vitamina A, que se encontra em menor quantidade também produz o mesmo efeito. Deste modo, o uso do óleo de cártamo possibilita a proteção das nossas células contra a ação dos radicais livres. Este efeito previne o envelhecimento precoce e reduz o risco de doenças crônico-degenerativas e câncer.

2. Promove a sensação de saciedade

A sensação de saciedade provocada pelo consumo de óleo de cártamo se deve à um retardo no esvaziamento gástrico. O esvaziamento lentificado do estômago diminui a vontade de comer doces e carboidratos, além de evitar que você coma de forma excessiva.

3. Possibilita o controle do colesterol e triglicérides

Os fitoesteróis e o ômega 9 presentes no óleo de cártamo podem ajudar no controle dos índices de colesterol. Um estudo demonstrou que pessoas que realizaram suplementação com óleo de cártamo durante oito semanas conseguiram reduzir de 12 a 20% o índice de LDL (colesterol ruim). O mesmo estudo revelou que a Apolipoproteína B-100, proteína que carrega o colesterol livre na corrente sanguínea para dentro das células, foi reduzida de 21 a 24%.

Outro estudo comprovou a redução de triglicérides em um grupo de 35 mulheres que fizeram uso do óleo.

Usar óleo de cártamo emagrece?

Ao promover saciedade, o óleo de cártamo pode auxiliar nos processos de emagrecimento, porém ainda não há evidência científica de que o consumo de óleo de cártamo seja capaz de provocar o emagrecimento por meio da queima de gordura abdominal. Alguns estudiosos defendem que a presença de ômega 6 no óleo de cártamo favorece a perda de gordura sobretudo abdominal. Porém estes estudos não foram conclusivos e este mecanismo de queima de gordura precisa ser melhor esclarecido.

Cuidados quanto ao uso óleo de cártamo

O consumo excessivo de ômega 6, presente no óleo de cártamo, mas também em alimentos como carne, leite e ovos, pode provocar inflamação, doenças cardiovasculares, câncer, artrite e depressão.

Ainda não foram definidos os efeitos colaterais do consumo regular de óleo de cártamo.

Portanto, é preciso orientação de um/a nutrólogo/a ou nutricionista para desenvolver um plano alimentar adequado para cada caso.

Veja também: Plantas medicinais são seguras para a saúde?

Chá de amora: para que serve? Tem contraindicações?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O chá de amora é feito com as folhas de amora e é utilizado como um potente antioxidante e como coadjuvante nos tratamentos de gastrite, inflamações de boca e garganta, alívio dos sintomas de tensão pré-menstrual e da menopausa e diarreia.

Esta bebida é rica em nutrientes como vitaminas A, C, E, K e vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, magnésio, ferro, manganês, leveduras, flavonoides, fibras e substâncias antioxidantes.

1. Ação antioxidante

As folhas e as frutas sem espinhos da amora contêm propriedades antioxidantes, entre eles, a vitamina C. Deste modo, o chá das folhas de amora é capaz de auxiliar a combater os radicais livres causadores do envelhecimento precoce e de algumas doenças a exemplo do câncer.

2. Coadjuvante no tratamento de gastrite

A ação anti-inflamatória do chá de folhas de amora é útil para o tratamento de gastrite no sentido de ajudar a tratar a inflamação da mucosa do estômago. Durante o tratamento de gastrite com H. pylori, a bebida reduz o desconforto provocado por medicações específicas para tratar a infecção por esta bactéria.

3. Ajuda a tratar inflamações de boca e garganta

O chá das folhas de amora pode ser utilizado como coadjuvante no tratamento de inflamações da mucosa da boca e garganta por ter ação anti-inflamatória. A ingestão do chá ou o uso como gargarejo ou bochechos, neste caso em temperatura ambiente, pode aliviar as dores provocadas por aftas ou dores de garganta.

O chá de folhas de amora não deve ser utilizado para faringite, laringite ou qualquer outra infecção. Nestas situações o tratamento é efetuado mediante o uso de antibióticos.

4. Promove o alívio dos sintomas de tensão pré-menstrual e menopausa

O chá de folhas de amora auxilia no alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual: reduz o fluxo sanguíneo da menstruação e as cólicas menstruais. Estes efeitos são provocados pelos taninos presentes no chá. Para uma maior liberação de taninos das folhas de amora, o chá deve ser preparado por decocção (colocar as folhas diretamente em contato com a água fervente).

A ação sobre a redução dos sintomas da menopausa está relacionada aos fitormônios também presentes nas folhas de amora. Estas substâncias desempenham no organismo da mulher uma função muito semelhante à do estrogênio, o que ajuda a amenizar os as ondas de calor, a secura vaginal, a insônia e as alterações de memória características da fase de menopausa.

5. Alivia os episódios de diarreia

Os taninos presentes no chá das folhas de amora aliviam os episódios diarreicos sem causa específica. Neste caso o chá deve ser preparado por decocção que consiste em colocar as folhas em água fervente. Este procedimento permite extrair das folhas uma maior concentração de taninos.

Contraindicações do chá de amora
  • Mulheres grávidas: o chá de amora pode provocar contrações uterinas que podem levar ao parto prematuro ou aborto quando usado em grande quantidade;
  • Pessoa que possuem distúrbios do fígado.
Chá de amora e emagrecimento

Não há nenhuma evidência de que o chá das folhas de amora promova o emagrecimento. Sabe-se que a bebida não tem efeito termogênico e, portanto, não possui ação sobre o metabolismo capaz de por si só provocar o emagrecimento. É importante esclarecer que o consumo de líquidos promove a redução da sensação de inchaço o que pode levar à percepção de que se está emagrecendo.

A ingestão de chás e outros líquidos não elimina a necessidade do consumo de água, necessária ao bom funcionamento do organismo.

Cuidados quanto ao consumo do chá de amora

O consumo em excesso (mais de três xícaras ao dia) pode provocar náuseas, vômitos, desconforto no estômago, diarreia, toxicidade hepática (fígado) e alterar a absorção de cálcio e ferro. Para preservar absorção normal de cálcio e ferro pelo organismo evite consumir o chá de amora durante as refeições.

Se você utiliza medicamentos de uso contínuo não suspenda a medicação e comunique-se com seu/sua médico/a para orientações quanto a interações medicamentosas.

O consumo do chá não substitui nenhum medicamento. Ele pode ajudar no tratamento de algumas doenças. Por este motivo, procure orientação médica antes de usar o chá de folhas de amora como coadjuvante no tratamento de doenças.

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Plantas medicinais são seguras para a saúde?

Cúrcuma ajuda a emagrecer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A cúrcuma (Cúrcuma longa) tem uma potente ação anti-inflamatória e por este motivo pode ajudar nos processos de emagrecimento. A curcumina, que atribui à cúrcuma a cor amarelo-alaranjado, é um dos flavonoides componentes da planta e o principal responsável pelo seu efeito anti-inflamatório.

Pertencente à família do gengibre, é também conhecida como açafrão-da-terra, açafrão-da-índia e gengibre amarelo. É bastante utilizada na Medicina Ayurvedica (Medicina Indiana) e na Medicina Tradicional Chinesa.

Cúrcuma longa Cúrcuma e emagrecimento

Alguns estudos indicam a propriedade anti-inflamatória da curcumina como um dos mecanismos envolvidos na perda de peso, uma vez que esta substância age sobre os sintomas inflamatórios da obesidade. Estas pesquisas sugerem que a curcumina interfere no metabolismo com capacidade para reverter o colesterol elevado (hiperlipidemia), os altos índices de açúcar no sangue (hiperlipidemia) e a resistência à insulina.

Além destes efeitos, uma pesquisa publicada pelo Journal of Nutrition demonstrou que a cúrcuma inibe a produção de gordura pelo corpo (lipogênese). Neste estudo, o grupo de pessoas que utilizou 5 gr (uma colher de chá rasa) reduziu o percentual de gordura corporal. Entretanto, o mecanismo que produziu esta ação do condimento precisa ser melhor esclarecido.

Cúrcuma e atividade anti-inflamatória Cúrcuma em pó

Estudos feitos em humanos comprovaram a atividade anti-inflamatória da curcumina. Este fitoterápico exerce sua capacidade anti-inflamatória por meio da inibição de diferentes moléculas envolvidas nos processos inflamatórios. É indicada para tratar distúrbios digestivos.

A ação anti-inflamatória pode ser comparada a medicamentos anti-inflamatórios como o diclofenaco, a hidrocortisona e a fenilbutazona. Além de a ação ser semelhante, a cúrcuma não produz efeitos colaterais.

Contraindicações e efeitos colaterais da cúrcuma

A cúrcuma não oferece nenhum efeito colateral, mas é contraindicada em casos de:

  • Gravidez e lactação;
  • Obstrução de dutos biliares;
  • Portadores de úlcera duodenal.

Crianças não devem utilizar cúrcuma e pessoas portadoras de cálculos biliares não devem utilizá-la sem indicação médica.

Pessoas que utilizam medicamentos de uso contínuo (remédios para pressão e diabetes, por exemplo) não devem suspender o uso e nem utilizar a curcumina sem orientação médica.

Além da curcumina, a cúrcuma possui outros fitoterápicos benéficos à saúde e é fonte de vitamina A, C, E e B6 e é rica em aminoácidos, fibras, e minerais como cálcio, ferro, sódio e potássio. Frequentemente utilizada na culinária indiana, pode ser usada como tempero, na forma de chá e pode ser encontra em pó, rizomas (raiz semelhante ao gengibre) e em cápsulas.

Para fins de emagrecimento, a cúrcuma deve ser associada a adoção de um estilo de vida saudável que inclua uma alimentação saudável e a prática de atividade física.

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Plantas medicinais são seguras para a saúde?

Plantas medicinais são seguras para a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As plantas medicinais, espécies vegetais utilizadas com propósitos terapêuticos, são seguras para a saúde quando prescritas de forma adequada. Além disso, para o uso seguro das plantas medicinais é necessário que você seja orientado por um profissional de saúde qualificado ou fitoterapeuta sobre as possíveis interações medicamentosas.

12 plantas medicinais utilizadas para cuidados em saúde

Atualmente existem 12 plantas medicinais que constituem a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais do Ministério da Saúde. Estas plantas foram submetidas a pesquisas que atestaram a sua eficácia e por este motivo fazem parte dos medicamentos que podem ser usados por profissionais de saúde.

1. Alcachofra (Cynara scolymus L.)

As folhas de alcachofra podem ser utilizadas em forma de chá e somente por adultos. É indicada para tratar distúrbios relacionados à má digestão. Não deve ser utilizada por pessoas com doença da vesícula biliar e em portadores de hepatite grave, falência hepática e câncer do fígado, deve ser usada com cautela. O uso de alcachofra pode provocar fraqueza, sensação de fome e flatulência (gases). É possível também consumir em cápsulas, comprimidos, solução oral ou tintura.

2. Aroeira (Schinus terebinthifolius R.)

A casca do caule de aroeira pode ser utilizada por decocção (colocar as cascas em água fervente) como adstringente e cicatrizante para tratar inflamação vaginal e leucorreia (corrimento vaginal). Pode ser encontrada em gel vaginal e óvulo vaginal.

3. Babosa (Aloe vera L.)

A babosa tem ação cicatrizante e anti-inflamatória e é indicada para o tratamento tópico (local) de queimaduras de 1o e 2o graus e como coadjuvante nos casos de psoríase vulgaris (caspa). O seu uso pode desencadear dermatite de contato ou sensação de queimação. Nestes casos, o uso deve ser suspenso. Pode ser encontrada em creme e gel.

4. Cáscara-sagrada (Rhamnus purshiana D.C.)

A casca da cáscara-sagrada é recomendada para tratar eventuais constipações intestinais em pessoas adultas. Durante o uso pode ser observada a mudança de coloração da urina e desconforto gastrointestinal, especialmente em pacientes com cólon irritável.

Não é recomendado para pessoas com obstrução intestinal, refluxo, inflamação intestinal aguda (doença de Crohn), colite, apendicite, dor abdominal de origem desconhecida, polipose intestinal (crescimento anormal de tecido intestinal), por mulheres grávidas ou que estão amamentando e por crianças menores de 12 anos.

5. Espinheira-santa (Maytenus ilicifolia)

O chá das folhas de espinheira-santa pode ser usado somente por adultos e é indicado para dispepsia (distúrbios digestivos), azia e gastrite. Pode atuar como coadjuvante no tratamento episódico de prevenção de úlcera em pessoas que se encontram em uso de anti-inflamatórios não esteroides como o ibuprofeno®. O chá não deve ser consumido por crianças com idade inferior a 6 anos, mulheres grávidas ou que estão amamentando. No caso das lactantes, o uso de espinheira-santa provoca a redução na produção de leite materno.

A espinheira-santa pode ainda ser encontrada em cápsulas, suspensão e emulsão oral e tintura.

6. Garra-do-diabo (Harpagophytum procumbens D.C.)

A raiz da planta chamada garra-do-diabo pode ser utilizada por adultos na forma de chá. É utilizada para atenuar dores articulares (artralgias), artrose e artrite. Portadores de úlceras estomacais e duodenais não devem utilizar garra-do-diabo.

Pode ser encontrada em comprimidos, cápsulas e ainda em comprimidos de ação lenta.

7. Guaco (Mikania glomerata Spreng)

O chá de folhas de guaco atua como expectorante em quadros de gripe, resfriado, bronquite alérgica e infecciosa. Pode ser consumido por adultos e crianças. O uso do guaco pode interferir na coagulação sanguínea. Quando utilizado em doses superiores a recomendada pode provocar diarreia e vômitos. Há possibilidade de interação com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides. É possível encontrar o guaco em forma de tintura, xarope e solução oral.

8. Hortelã-pimenta (Menthax piperita L.)

As folhas e sumidades floridas do hortelã-pimenta podem ser usados por adultos e crianças na forma de chá. É indicado para cólicas, flatulência (gases) e distúrbios hepáticos. Deve ser usado com cautela em pessoas com cálculos biliares. Não deve ser consumido por portadores de danos hepáticos severos, em caso de obstruções biliares e por mulheres que estão amamentando. Pode-se encontrar hortelã-pimenta em cápsulas.

9. Isoflavona-de-soja (Glycine max L.)

A isolflavona-de-soja é indicada como coadjuvante no tratamento dos sintomas da menopausa e pode ser utilizada na forma de comprimidos ou cápsulas.

10. Plantago (Plantago ovata F.)

O chá das folhas de plantago é utilizado como adstringente e anti-inflamatório em quadros de infecção na boca e laringe. Deve ser utilizado para uso tópico em bochechos ou gargarejos e não deve ser ingerido. A casca da semente de guaco nunca deve ser utilizada. É contraindicado para pessoas que possuem pressão arterial baixa, obstrução intestinal ou mulheres grávidas. É encontrado sob a forma de pó para dispersão oral.

11. Salgueiro (Salix alba L.)

A casca do caule de salgueiro somente pode ser usada por adultos na forma de chá. É indicado em casos de inflamação, dor, febre, gripes e resfriados. Deve ser utilizado com cautela por pessoas em uso de anticoagulantes, corticoides e anti-inflamatórios. Não pode ser consumido em combinação com maracujá ou noz moscada. Pode ser encontrada em comprimidos, elixir e em solução oral.

12. Unha-de-gato (Uncaria tomentosa)

A entre casca da unha-de-gato é utilizada como anti-inflamatório nos quadros de dores musculares e dores articulares como artrite e artrose. Deve ser consumida somente por adultos na forma de decocção (colocar as entre cascas em água fervente). Não é recomendado o consumo antes e depois de sessões de quimioterapia e nem por portadores de hemofilia (distúrbio de coagulação). Pode provocar cansaço, diarreia e febre.

Cuidados quanto ao uso de plantas medicinais

A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos é reconhecida e encorajada pela Organização Mundial de Saúde, seguindo a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e Política Nacional de Plantas Medicinais. Entretanto, alguns cuidados são necessários:

  • Não utilize plantas medicinais sem orientação, especialmente se você usa medicamentos de uso contínuo;
  • Comunique ao/à médico/a se você começou a utilizar alguma planta medicinal por conta própria;
  • Utilize as plantas medicinais conforme orientação e nas dosagens prescritas;
  • Se sentir algum efeito colateral suspenda o uso da planta medicinal imediatamente e informe seu médico;
  • Nunca substitua seus medicamentos por plantas medicinais.

Antes de iniciar o uso de plantas medicinais busque orientação de um profissional de saúde qualificado ou fitoterapeuta.

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): quais os efeitos colaterais e que cuidados preciso ter quanto ao seu uso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico utilizado para tratar transtornos mentais como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar em seus episódios de mania e de depressão.

Efeito colaterais de quetiapina

Os efeitos colaterais muito frequentes do hemifumarato de quetiapina, que ocorrem em 1 de cada 10 utilizadores desse medicamento, são:

  • Boca seca
  • Ganho de peso
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dores de cabeça
  • Sensação de sonolência
  • Sintomas de descontinuação (sintomas que ocorrem após a suspensão abrupta do medicamento): insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade.

Outros efeitos frequentes, que ocorrem de 1 a 10 pessoas em cada 100 utilizadores desse medicamento, são:

  • Taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração) e palpitações
  • Visão borrada
  • Constipação (prisão de ventre) e dispepsia (má digestão)
  • Astenia leve (sensação de fraqueza), que pode levar a quedas
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades)
  • Disartria (dificuldade na fala)
  • Aumento do apetite
  • Congestão nasal
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial na posição em pé), pode causar tontura ou desmaior
  • Sonhos anormais e pesadelos
  • Sintomas extrapiramidais: movimentos involuntários (tremores, contrações musculares, entre outros), dificuldade de andar, lentificação dos movimentos, inquietude.
Efeitos colaterais em crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)

Neste grupo etário as reações adversas são as mesmas apresentadas pelos adultos. Entretanto, as que ocorrem com mais frequência são:

  • Aumento do apetite
  • Aumento na pressão arterial
  • Vômito
  • Rinite
  • Síncope (desmaio)
  • Raramente ocorrem: inchaço dos seios e produção inesperada de leite em meninos e meninas e, nas meninas, os ciclos menstruais podem não ocorrer ou ocorrerem de forma irregular.
Precauções quanto ao uso de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em caso de:

  • Presença de sinais e sintomas de infecção
  • Diabéticos ou pessoas com risco de desenvolver diabetes
  • Pessoas que sabem ter triglicérides ou colesterol elevado
  • Portadores de doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares
  • Pessoas com tendência à redução de pressão arterial
  • Portadores de apneia do sono
  • Pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Pessoas com risco de pneumonia por aspiração
  • Pacientes com história de convulsões
  • Portadores de discinesia tardia (alterações de movimentos)
  • Pessoas com distúrbios urinários, prostáticos ou intestinais
  • Pacientes com síndrome neuroléptica maligna (se caracteriza por alteração do estado mental, rigidez muscular, elevação da temperatura corporal e hiperatividade autonômica: diminuição da senso-percepção acompanhada de tremores, suor excessivo, ansiedade, agitação, insônia, náuseas e vômitos).

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Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): para que serve, como usar e quais as suas contraindicações?

O consumo de álcool não é recomendado enquanto você estiver em tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Esta medicação pode reduzir a sua capacidade de atenção e sua habilidade motora. Por este motivo, não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver utilizando hemifumarato de quetiapina.

Hemifumarato de quetiapina somente deve ser usado sob orientação médica.

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Entenda para que serve o antipsicótico Quetiapina (hemifumarato de quetiapina)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico indicado para o tratamento de alguns transtornos mentais como esquizofrenia e episódios de mania e de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar.

Quetiapina é apresentado em comprimidos de 25 mg, 100 mg e 200 mg.

Deve ser administrado com água, com ou sem alimentos.

A dosagem de hemifumarato de quetiapina comprimidos deve ser individualizada e depende do transtorno a ser tratado (esquizofrenia ou transtorno afetivo bipolar).

O hemifumarato de quetiapina deve ser utilizado continuamente até que o médico defina quando deve ser interrompido o uso deste medicamento. Além disso, ajustes na dosagem somente devem ser efetuados pelo médico.

Uso de quetiapina em adultos

Em adultos, a quetiapina é indicada para tratar a esquizofrenia. A medicação pode ainda ser utilizada sozinha ou com outros medicamentos para tratar episódios de mania e de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar.

É também recomendada como medicação única (monoterapia) ou em associação com estabilizadores de humor como lítio ou valproato, para o tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódios maníaco, misto ou depressivo).

Uso de quetiapina em adolescentes e crianças

Em adolescentes com idade entre 13 e 17 anos o hemifumarato de quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia.

Em crianças e adolescentes de 10 a 17 anos, o hemifumarato de quetiapina é recomendado no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar.

Contraindicações de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina é contraindicado em situações de:

  • Alergia ao hemifumarato de quetiapina e/ou aos demais componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças com idade inferior a 10 anos.

Não consuma álcool durante o tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver em uso de hemifumarato de quetiapina, pois sua capacidade de atenção e habilidades motoras poderão ficar reduzidas.

O uso de hemifumarato de quetiapina somente deve ser efetuado sob orientação médica.

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Para que serve e como usar durateston®?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Durateston® é um medicamento a base de testosterona recomendado para tratamentos em homens com distúrbios de saúde relacionado à falta de testosterona (hipogonadismo masculino).

É indicado quando a deficiência de testosterona é identificada por meio de sinais e sintomas clínicos e exames de sangue. Ao ser administrado, os princípios ativos do Durateston® se transformam em testosterona pelo organismo.

Como usar durateston®

Durateston® é administrado por meio de uma injeção intramuscular profunda em regiões como nádegas, parte superior da perna ou do braço. Por este motivo deve ser administrado por um profissional de saúde.

A dose usual é de uma injeção de 1 ml a cada 3 semanas. Esta dosagem pode ser ajustada pelo/a médico/a de acordo com a resposta individual de cada paciente. Este ajuste é feito com base nos resultados de exames de sangue efetuados antes e durante o tratamento.

Se você achar que o efeito de durateston® está muito fraco ou muito intenso, comunique-se com o/a médico/a o quanto antes.

Os efeitos do medicamento diminuem gradativamente após a sua suspensão.

Precauções quanto ao uso de durateston®

O tratamento com a testosterona e outros hormônios masculinos pode causar o aumento do tamanho da próstata. Este é um efeito comum em homens idosos. Deste modo, é importante que durante o tratamento sejam regularmente avaliadas alterações prostáticas por meio do PSA (testes sanguíneos para o antígeno prostático específico).

Devem também ser efetuados exames de sangue para verificar a hemoglobina (substância que faz transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos). O uso de durateston® pode provocar o aumento do número de glóbulos vermelhos e desencadear complicações. Embora este seja um efeito raro, deve ser monitorado.

Comunique ao seu médico se você tem, já teve ou suspeita que tenha as seguintes condições e saúde:
  • Câncer renal
  • Câncer pulmonar
  • Câncer de mama que se espalhou pelos ossos
  • Doenças de corações, rins ou fígado
  • Apneia do sono
  • Enxaqueca
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial (pressão arterial elevada)
  • Epilepsia
  • Doenças na próstata
Contraindicações de durateston®
  • Alergia aos componentes da fórmula
  • Mulheres
  • Crianças menores de 3 anos de idade
  • Pessoas alérgicas à soja ou amendoim
Efeitos colaterais de durateston®

As reações adversas do uso de durateston® incluem:

  • Náuseas
  • Acne
  • Prurido
  • Dor muscular (mialgia)
  • Retenção de líquido
  • Depressão
  • Nervosismo;
  • Transtorno de humor
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Alterações na função do fígado
  • Alterações da libido
  • Ginecomastia (crescimento das mamas)
  • Ereção prolongada e dolorosa do pênis
  • Alterações na formação do esperma
  • Câncer de próstata

Respeite as orientações médicas quanto ao uso de durateston®, comunique os seus efeitos e realize os exames solicitados antes e durante o tratamento.

Durateston® somente deve ser utilizado sob orientação e supervisão médica.

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Sucupira tem ação analgésica e anti-inflamatória? Quais os riscos para a saúde?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A sucupira (Pterodon emarginatus) é uma árvore do cerrado brasileiro bastante utilizada na medicina popular como analgésico e anti-inflamatório. Entretanto, estas propriedades da planta ainda não são cientificamente comprovadas.

Existem compostos bioativos diferentes em cada parte da sucupira. Estudos mostram que nas folhas e na casca da árvore estão presentes os alcaloides e, nas sementes e nos frutos se encontram isoflavonas e alguns triterpenos.

Sementes de sucupira: ricos em isoflavonas e triterpenos Sucupira possui ação analgésica?

A propriedade analgésica da sucupira ainda está sendo estudada. As pesquisas já realizadas indicam que o efeito analgésico pode estar no extrato de sucupira. Entretanto, estes estudos foram feitos em camundongos e não necessariamente os efeitos observados nestes animais serão observados nos seres humanos.

Os estudos não conseguiram esclarecer até o momento seu mecanismo da ação analgésica, embora se possa deduzir que os flavonoides presentes na sucupira auxiliam na redução das dores provocados por inflamação devido à diminuição na produção de prostaglandinas.

Deste modo, mais pesquisas são necessárias no sentido de esclarecer e comprovar o efeito analgésico da sucupira.

Sucupira possui ação anti-inflamatória?

A sucupira é há muito tempo popularmente utilizada para tratar gota, artrite e problemas músculo esqueléticos. Porém, o seu efeito anti-inflamatório ainda não foi comprovado em seres humanos.

Os estudos que demonstraram que o extrato de sucupira pode reduzir as inflamações músculo esqueléticas, a exemplo da artrite, foram realizados em animais.

Formas de consumo e cuidados ao consumir sucupira

A sucupira pode ser consumida em forma de chá feito com a semente de sucupira, extrato, tintura, óleo e cápsulas. É importante que o uso de qualquer uma destas formas seja orientado por um profissional de saúde, pois a plantas possuem princípios ativos (bioativos) que podem interagir entre si e com medicamentos, o que pode provocar efeitos colaterais.

Pelo de fato de ainda não ter sido efetuado nenhum estudo com sucupira em seres humanos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária não pode garantir a segurança do seu uso. Por este motivo a utilização da sucupira como fitoterápico em tratamentos para dor e inflamação, bem como outras aplicações deve ser indicada por médico/a ou nutricionista especializado em fitoterapia.

Quais os riscos do consumo de sucupira para a saúde?

O emprego das plantas medicinais para tratamentos em saúde é popularmente difundido em função das suas propriedades terapêuticas. Entretanto, a maior parte das pessoas desconhece sua toxicidade, o que pode provocar reações adversas e trazer riscos à saúde. A escassez de estudos sobre a sucupira não possibilitam indicar os riscos do seu uso para a saúde, o que exige cautela quanto ao seu consumo. Mais estudos precisam ser realizados para garantir a segurança da sucupira na promoção da saúde e tratamento de doenças.

Contraindicações da Sucupira
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças menores de 12 anos;
  • Pessoas com doença renal;
  • Portadores de distúrbios hepáticos.

Antes de iniciar o uso de sucupira converse com um/a médico/a ou nutricionista especializado em fitoterapia.

Para que serve e como usar espironolactona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Espironolactona tem função anti-hipertensiva e diurético poupador de potássio. Tem como principais indicações:

  • Hipertensão essencial (elevação da pressão arterial sem causa definida),
  • Edema (inchaço) ou ascite (acúmulo de líquido no abdome) decorrentes de insuficiência cardíaca, cirrose hepática e ou síndrome nefrótica,
  • Edema idiopático (edema sem causa esclarecida),
  • Tratamento da hipertensão arterial maligna (um tipo grave de hipertensão arterial),
  • Prevenção de hipopotassemia (redução dos níveis de potássio sanguíneo) e hipomagnesemia (diminuição dos níveis sanguíneos de magnésio) em pessoas que tomam diuréticos ou quando outros tratamentos forem inadequados ou impróprios.

Além disso, pode ser prescrito para o diagnóstico e tratamento de hiperaldosteronismo primário (aumento dos níveis sanguíneos de um hormônio renal chamado aldosterona) e tratamento pré-operatório de hiperaldosteronismo primário.

Como usar espironolactona?

A espironolactona tem como apresentações: comprimidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg.

A dosagem a ser utilizada depende da indicação da medicação.

A dose total diária pode ser feita em dose única, ou fracionadas durante o dia.

É importante que a medicação seja administrada diariamente nos mesmos horários e que o tratamento não seja interrompido sem orientação médica.

Contraindicações de espironolactona

Espironolactona é contraindicada em casos de:

  • Alergia à espironolactona ou aos demais componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas que apresentam redução significativa da função renal;
  • Portadores de insuficiência renal aguda;
  • Pessoas que apresentam anúria (redução ou ausência de urina);
  • Portadores de doença de Addison (um distúrbio hormonal);
  • Pessoas que apresentam hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue).
Efeitos colaterais de espironolactona

O uso de espironolactona pode provocar:

  • Náusea;
  • Mal-estar;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Tonturas;
  • Prurido (coceira);
  • Urticária (alergia na pele);
  • Confusão mental;
  • Sonolência;
  • Febre;
  • Alteração da libido;
  • Impotência;
  • Distúrbios menstruais;
  • Câimbras;
  • Alopecia (queda de cabelos);
  • Hipertricose (crescimento anormal de pelos);
  • Dor ou nódulos nos seios;
  • Leucopenia (redução da quantidade de glóbulos brancos no sangue);
  • Trombocitopenia (diminuição na contagem de plaquetas no sangue);
  • Anormalidades na função hepática (função do fígado);
  • Insuficiência renal aguda.

Qualquer uma destas reações deve ser comunicada ao/à médico/a.

Ao iniciar o uso de qualquer medicamento, siga as orientações de maneira rigorosa, para alcançar os resultados esperados, e evitar efeitos colaterais

No caso dúvidas, entre em contato com seu médico assistente.

Picolinato de cromo emagrece? Saiba como tomar e quais os seus efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O picolinato de cromo é um produto registrado pela ANVISA, na categoria de suplemento vitamínico e mineral, popularmente usado para fins de emagrecimento, porém ainda sem registro ou eficácia comprovada para esse fim.

Picolinato de Cromo x Emagrecimento

Embora ainda não esteja cientificamente comprovado que o produto promove o emagrecimento, alguns estudos evidenciaram esse resultado. Pesquisadores entendem que o produto seja capaz de estimular a redução do apetite e o desejo por comida, além de acelerar o metabolismo e impulsionar a queima de gordura. O que levaria a perda de peso.

O cromo é um mineral essencial que participa no metabolismo dos carboidratos, aumenta a tolerância do organismo à glicose e potencializa a ação da insulina. Além disso, auxilia na redução da formação de colesterol. Este mineral pode ser ingerido em sua forma natural por meio da alimentação.

Como tomar picolinato de cromo

A dose recomendada deve ser de 50 a 300 microgramas (mcg) por dia.

Entretanto, a suplementação com picolinato de cromo deve ser prescrita e orientada por médico/a ou nutrólogo. Seu uso deve ser associado a uma alimentação saudável e à prática de atividade física.

Contraindicações do picolinato de cromo
  • Insônia
  • Alterações de humor
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Perda de minerais (ferro)
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Surgimento de úlceras
  • Anemia
  • Problemas de fígado
Fontes naturais de cromo

O cromo pode ser encontrado em grãos integrais, frutas, vegetais, leguminosas alimentos de origem animal e alimentos integrais.

Grão integrais
  • Aveia
  • Linhaça
  • Chia
Frutas
  • Uva
  • Maçã
  • Laranja
  • Açaí
  • Banana
Vegetais
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Tomate
  • Alho
  • Cenoura
  • Batata
Leguminosas
  • Soja
  • Milho
  • Feijão
Alimentos de origem animal
  • Frango
  • Carnes
  • Frutos do mar
  • Ovos
  • Leite e derivados
Alimentos integrais
  • Pão integral
  • Arroz integral
  • Massas integrais
  • Açúcar mascavo
  • Farinha de trigo integral
  • Levedura de cerveja

Não utilize suplementos alimentares sem orientação de um/a nutricionista ou nutrólogo/a e adote um estilo de vida que inclua uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

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Para que serve e como usar escitalopram (oxalato de escitalopram)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Oxalato de escitalopram é um medicamento antidepressivo indicado para o tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão, tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia, tratamento do transtorno de ansiedade generalizada, do transtorno de ansiedade social ou tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Como usar oxalato de escitalopram? Oxalato de Escitalopram comprimidos (10 mg e 20 mg)

Os comprimidos de oxalato de escitalopram podem ser ingeridos em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Recomenda-se tomar o comprimido com água sem mastigá-los. É importante manter as tomadas sempre no mesmo horário diariamente.

Oxalato de Escitalopram gotas

Oxalato de escitalopram gotas pode ser administrado em qualquer hora do dia com água. Não há necessidade de ser ingerido durante as refeições, entretanto é importante tomar o medicamento todos os dias no mesmo horário.

Dosagem de oxalato de escitalopram comprimidos (10 mg e 20 mg) e oxalato de escitalopram gotas

A dosagem de oxalato de escitalopram comprimidos ou gotas é individualizada e depende do distúrbio a ser tratado (depressão, transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social ou transtorno obsessivo compulsivo).

O tratamento geralmente se inicia com a dose mais baixa durante a primeira semana até que a dose definitiva seja atingida ao final do primeiro mês. Avaliações periódicas são realizadas durante o tratamento para avaliar a evolução do quadro clínico, eficácia da medicação e, se necessário, ajustar a dosagem. A dose máxima diária de 20 mg não deve ser ultrapassada.

A duração do tratamento varia de pessoa para pessoa e, geralmente, sua duração mínima é de aproximadamente 6 meses. Entretanto, o tratamento pode ser prolongado.

Após o desaparecimento dos sintomas o tratamento com oxalato de escitalopram perdura com por alguns meses para reduzir o risco de reincidência dos transtornos. O término do tratamento deve ser cuidadosamente avaliado por um/a psiquiatra ou pelo/a médico/a que está acompanhando o/a paciente. A retirada da medicação deve ser feita de forma gradativa. O tratamento com escitalopram não deve ser suspenso bruscamente.

Contraindicações do oxalato de escitalopram
  • Pessoas alérgicas ao oxalato de escitalopram e/ou demais componentes da fórmula;
  • Idade inferior a 18 anos;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Tratamento concomitante com pimozida;
  • Portadores de arritmias cardíacas;
  • Tratamento concomitante com monoaminoxidase.
Precauções quanto ao uso de oxalato de escitalopram

Oxalato de escitalopram deve ser usado com cautela e com rigoroso acompanhamento médico em casos de:

  • Portadores de epilepsia ou de outros quadros convulsivos;
  • Pessoas com ansiedade paradoxal;
  • Pacientes com histórico de mania/hipomania;
  • Portadores de diabetes;
  • Pessoas com doenças coronarianas;
  • Portadores de arritmias cardíacas;
  • Evitar o uso concomitante com fitoterápicos da erva de São João (Hypericum perforatum);
  • Pessoas em uso de escitalopram devem ser monitoradas quanto ao risco de suicídio, pensamentos suicidas ou piora do quadro clínico;
  • Evitar usar bebida alcoólica durante o tratamento com oxalato de escitalopram;
  • Evitar dirigir veículos ou operar máquinas no início do tratamento até saber como oxalato de escitalopram influenciará na sua capacidade de atenção e habilidades.
Efeitos colaterais de oxalato de escitalopram
  • Cefaleia;
  • Náusea:
  • Redução ou aumento do apetite;
  • Aumento de peso;
  • Ansiedade;
  • Inquietação;
  • Sonhos anormais;
  • Redução da libido;
  • Anorgasmia feminina (incapacidade de chegar ao orgasmo mesmo com excitação);
  • Insônia;
  • Sonolência;
  • Tontura;
  • Parestesia (sensação de dormência e/ou formigamento);
  • Tremores;
  • Sinusite;
  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Vômitos;
  • Boca seca;
  • Sudorese;
  • Artralgias;
  • Mialgias;
  • Distúrbios de ejaculação e impotência masculina;
  • Fadiga;
  • Febre.