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Para que serve e como usar nistatina em creme vaginal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Nistatina em creme vaginal é indicado para o tratamento da candidíase, infecção causa pelo vírus Candida albicans. A ação deste creme vaginal sobre os fungos Candida albicans consiste na ligação do medicamento à sua parede celular, o que provoca sua destruição.

Como usar nistatina creme vaginal?

Nistatina creme se destina exclusivamente ao uso intravaginal. Não deve ser usada para tratamento oral, tópico ou de infecções oftálmicas.

Figura 1: Adaptação do aplicador ao bico de nistatina creme vaginal. Figura 2: Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo, preenchendo-o completamente. Figura 3: Deitada de costas, introduza o aplicador na vagina suavemente e empurre o êmbolo do aplicador com o indicador depositando todo o creme na vagina. Modo de usar:

1. Retire a tampa do tubo e perfure completamente o seu lacre usando a parte pontiaguda da tampa.

2. Adapte o aplicador ao bico do tubo.

3. Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme entre no aplicador, preenchendo-o completamente.

4. Desencaixe um aplicador e tampe o tubo de medicamento imediatamente.

5. Para aplicar o produto:

  • Deite-se de costas e relaxe um pouco;
  • Introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto;
  • Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina;
  • Retire o aplicador do canal vaginal.

6. Após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.

Se você está grávida e seu/sua médico/a prescreveu o uso de nistatina creme vaginal, evite a pressão excessiva do aplicador contra o colo uterino.

Quais os efeitos colaterais da nistatina creme vaginal?

São raros os casos de irritação ou sensibilidade como queimação ou prurido (coceira). Se isto ocorrer, suspenda o uso e comunique-se com seu/sua médico/a.

Precauções quanto ao uso da nistatina creme vaginal?

Nistatina creme vaginal não deve ser utilizada para tratamento tópico, oral e nem para tratar infeções oftálmicas.

Em caso de sensibilidade ou irritação ao creme vaginal de nistatina, suspenda o uso.

Os compostos oleosos presentes na composição de nistatina creme vaginal podem reduzir a eficácia de produtos à base de látex (preservativo e diafragma), quando utilizados ao mesmo tempo.

Nistatina creme vaginal não deve ser usado por mulheres grávidas sem indicação médica, pois pode causar danos ao bebê. Se for necessária a utilização durante a gravidez, evite pressão excessiva contra o colo do útero.

Mulheres que estão amamentando também devem evitar o seu uso, uma vez que não há esclarecimentos sobre a excreção do medicamento no leite materno. O uso só deve ser feito mediante prescrição médica.

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Para que serve e como usar nistatina oral? É indicado para tratar aftas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A nistatina em suspensão oral é indicada para o tratamento de candidíase oral (sapinho) e do trato digestivo superior, especialmente a esofagite por cândida. Neste casos, a candidíase pode ser provocada pelo uso prolongado de antibióticos, corticoides, medicamentos imunossupressores em geral ou radioterapia.

Pessoas com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) apresentam maior propensão em desenvolver a doença.

Como usar nistatina suspensão oral?

Antes de aplicar a nistatina oral, recomenda-se higienizar adequadamente a boca. Se houver prótese dentária, esta também deve ser higienizada. Feita a higiene, a suspensão de nistatina deve ser bochechada por alguns minutos antes de ser engolida.

Em bebês e crianças menores é indicado administrar a metade da dose em cada lado da boca. Para ajudar pode-se usar uma seringa. O frasco deve ser agitado antes do uso.

  • Em lactentes, a dose recomendada é de 1 ou 2 ml quatro vezes ao dia;
  • Para crianças e adultos a dose varia de 1 a 6 ml quatro vezes ao dia.

O tratamento deve durar até 14 dias e deve ser definida dose e tempo de tratamento pelo/a médico/a. Se os sintomas persistirem ou piorarem após o 14º dia do início do tratamento o paciente precisará de uma reavaliação.

A nistatina em drágeas é indicada especificamente para tratar a candidíase intestinal.

Quais os efeitos colaterais da nistatina oral?

Nistatina é uma medicação bem tolerada nas doses indicadas para cada faixa etária. Altas doses orais podem provocar:

  • Distúrbios gastrintestinais;
  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Lesões e coceira na pele são raras, mas podem ocorrer.
Mulheres grávidas ou que amamentam podem usar nistatina oral?

Apenas sob prescrição e avaliação médica, devido à falta de esclarecimentos sobre os efeitos nocivos que a nistatina oral pode causar ao bebê quando utilizado pela gestante.

Da mesma forma, não está bem esclarecido se nistatina oral é secretada no leite materno. Sendo assim mulheres que estão amamentando devem informar ao médico, para avaliar os benefícios de seu uso.

Nistatina oral é indicado para afta?

Nistatina oral não é indicado para o tratamento de aftas.

As aftas são lesões arredondadas ou ovaladas, com fundo esbranquiçado e bastante dolorosas. Podem ocorrer devido a estresse, alterações nutricionais e hormonais, alergias, predisposição genética e traumas como pequenas mordidas na mucosa oral ou língua.

Normalmente as aftas desaparecem espontaneamente em um intervalo de 5 a 15 dias e não deixam cicatrizes. Manter a higiene oral é indicado em caso de aftas. Se a dor causada pela lesão for muito intensa, são indicadas pomadas com anestésico. A nistatina pode agredir ainda mais a ferida.

Leia mais Qual é o melhor tratamento para curar afta?

Nistatina oral contém açúcar em sua composição, portanto, deve ser utilizado com cautela por pessoas diabéticas. Não utilize medicamentos sem prescrição médica.

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Toragesic: para que serve e como usar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O toragesic® (trometamol cetorolaco) é um anti-inflamatório que também tem ação analgésica e é utilizado para tratamento de dor aguda moderada a grave.

Como usar toragesic®?

O toragesic® é um comprimido sublingual e deve, portanto, ser colocado embaixo da língua, local em que permanece até que se dissolva por completo e assim seja absorvido. O comprimido não deve ser engolido.

A dose deve ser estipulada pelo médico, de acordo com a idade e características de cada pessoa, além da intensidade da dor e gravidade da doença.

O tratamento não deve durar mais do que 5 dias, a não ser sob orientação médica.

Os comprimidos de toragesic® possuem lactose em sua composição. Por este motivo, pessoas alérgicas à lactose não podem fazer uso desta medicação.

Precauções quanto ao uso de toragesic®?

A indicação da medicação deve ser avaliada com cautela nas seguintes situações:

  • Gravidez;
  • Doenças cardíacas;
  • Pressão alta;
  • Problemas no fígado ou nos rins;
  • Distúrbios de coagulação sanguínea;
  • Úlceras ou problemas no estômago;
  • Alergias a algum componente da fórmula;
  • Alergia a ácido acetil salicílico.
Mulheres grávidas podem usar toragesic®?

A medicação, como os demais anti-inflamatórios não é recomendada para gestantes, a não ser sob orientação médica estrita, nos 6 primeiros meses de gestação. Nos últimos 3 meses da gravidez toragesic® é contraindicado. Neste período, o uso do medicamento pode trazer danos ao feto e interferir no trabalho de parto normal.

Mulheres que amamentam podem tomar toragesic®?

Não. O toragesic® é excretado pelo leite materno e por este motivo não é recomendado nesse período. Contudo, quando seu uso for indispensável, o mais indicado é que a amamentação seja suspensa.

Quais os efeitos colaterais do toragesic®?

Os efeitos colaterais mais comuns são:

  • Dor abdominal com cólicas;
  • Diarreia;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Sonolência;
  • Dor de cabeça;
  • Inchaço.

Informe sempre ao seu médico os medicamentos em uso. Se estiver em preparo para alguma cirurgia, e estiver em uso de toragesic®, não deixe de avisar ao seu médico.

Não utilize medicamentos sem prescrição. Busque sempre orientação médica.

Percevejo: o que fazer em caso de picada e como prevenir?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O percevejo, nesse caso, o percevejo-de-cama, é um inseto que se alimenta de sangue. Os percevejos-de-cama abrigam-se no colchão das camas e podem infestar residências. Uma das espécies mais comuns de percevejo é a Cimex lectalarius.

O percevejo adulto tem cerca de 6 mm e pode viver por mais de 6 meses, mesmo sem se alimentar. O inseto não tem asas, tem o corpo achatado, a coloração é marrom avermelhada e geralmente é encontrado em grupos.

Os percevejos-de-cama costumam estar presentes em locais próximos do seu hospedeiro, como pessoas, cães, gatos e aves. As infestações de percevejo podem ocorrer em residências, hotéis, cruzeiros, teatros, cinemas e transportes coletivos.

Percevejo

Os ovos do percevejo são alongados, claros e medem cerca de 1 mm de comprimento. Cada fêmea pode produzir mais de 200 ovos durante o seu tempo de vida.

O percevejo geralmente foge da luz e fica escondido em locais bem estreitos. À noite, o inseto sai do seu esconderijo para se alimentar de sangue.

Os percevejos-de-cama normalmente entram nas casas através de roupas, colchões e mobílias provenientes de lugares infestados.

O inseto é mais encontrado em locais com baixas condições de higiene e baixo nível socioeconômico.

O que fazer em caso de picada de percevejo?

As picadas do percevejo são mais comuns nas áreas mais expostas do corpo, como rosto, pescoço, braços e mãos. A picada do percevejo-de-cama não provoca dor, mas pode causar grande desconforto, dependendo da sensibilidade da pessoa.

Em caso de picada de percevejo, não coce o local. O mais indicado é apenas lavar a área das picadas com água e sabão. Porém, se a coceira for muito intensa ou na presença de outros sinais e sintomas, procure atendimento médico.

Como saber se minha cama tem percevejo?

A presença de percevejos pode ser percebida pelas picadas, presença de manchas escuras ou marrons nas roupas de cama (fezes de percevejos) e pelo cheiro característico do percevejo, semelhante a coentro (“maria fedida”).

Se houver sinais da presença de percevejos, procure os locais de esconderijo do inseto, como cama, colchão, estrado, roupas de cama, estofados, frestas nas paredes e no chão, móveis, cortinas, entre outros lugares propícios para abrigar percevejos.

Depois, siga os seguintes procedimentos:

1. Faça uma limpeza completa do local, removendo objetos que não são necessários e lave toda a roupa de cama com água bem quente. Depois de lavar a roupa de cama, seque-a numa secadora ou deixe-a ao sol até que fique bem seca;

2. Aspire diariamente os locais de esconderijo dos percevejos para remover os insetos. Depois, embale o saco do aspirador num saco plástico, jogue-o imediatamente fora, ou queime, ou congele por pelo menos 12 horas;

3. Papéis de parede soltos devem ser colados ou removidos, assim como devem ser vedadas todas as frestas e fendas que podem servir de local para abrigar percevejos.

Se essas medidas não funcionarem para eliminar a infestação de percevejos, chame um serviço especializado de dedetização.

Olho de peixe: o que é, como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O olho de peixe é uma verruga que surge na planta dos pés, daí também ser chamada de verruga plantar. O olho de peixe, assim como todas as outras verrugas, é causada pelo vírus HPV.

O nome desse tipo de verruga, “olho de peixe”, é devido à sua aparência arredondada e elevada, com textura áspera e dura e que tem pequenos pontinhos pretos no meio, o que faz lembrar um olho de peixe.

O olho de peixe pode ser profundo e geralmente é doloroso. Porém, também pode se desenvolver mais superficialmente, sob a forma de placas. Nesses casos, a dor é menor.

Olho de peixe - verruga plantar Como surge o olho de peixe?

As áreas de impacto e traumas, como a planta dos pés, são os locais mais propícios para o desenvolvimento do olho de peixe, já que nessas áreas podem haver pequenos cortes ou rachaduras que favorece, a entrada do HPV na pele.

A transmissão do vírus HPV, responsável pela formação do olho de peixe, ocorre pelo contato direto com outras verrugas ou objetos contaminados.

Como tirar olho de peixe?

O olho de peixe pode desaparecer espontaneamente em poucos meses ou permanecer durante anos. Porém, devido à dor e ao risco de reinfecção, o mais indicado é tirar o olho de peixe através dos tratamentos médicos indicados para isso.

O tratamento do olho de peixe pode ser feito através de crioterapia (congelamento da lesão através da aplicação de nitrogênio líquido), eletrocauterização, aplicação de ácidos, cirurgia para retirar a verruga e uso de medicamentos específicos para estimular o sistema imunológico (imunoterapia).

Não tente tirar o olho de peixe em casa. Manipular ou tentar remover a verruga pode causar lesões que aumentam o risco de infecções e pode ainda favorecer o aparecimento de novos olhos-de-peixe.

Vale lembrar que a vacina contra o HPV não é usada no tratamento do olho de peixe, já que ela não tem efeito sobre as verrugas que já surgiram, mas pode prevenir o aparecimento do olho de peixe.

O diagnóstico e tratamento do olho de peixe pode ser feito por um médico de família ou clínico geral habilitados ou pelo médico dermatologista.

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O que é Hermafroditismo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O hermafroditismo é uma alteração genética, aonde as pessoas apresentam um desenvolvimento diferente na formação das estruturas genitais internas e externas durante a formação do bebê, que não corresponde a um único gênero quando nasce. Ou seja, a pessoa pode apresentar ao mesmo tempo genitais masculinos e femininos, desde o nascimento.

No ano de 2005 houve um consenso entre os pesquisadores da área, aonde foram propostas mudanças no nome e classificação das alterações. Desde então, o hermafroditismo e alterações semelhantes, passaram a ser denominadas Desordens do desenvolvimento sexual (DDS).

A classificação é bastante extensa, mas sobre o hermafroditismo, está dividida em três grupos básicos: pseudo-hermafroditismo masculino (genitália ambígua com testículos); pseudo-hermafroditismo feminino (genitália ambígua com ovários) e hermafroditismo verdadeiro (testículo e ovário com ou sem genitália ambígua)

Nova nomenclatura para o Hermafroditismo DSD ovotesticular (antigo Hermafroditismo verdadeiro)

No hermafroditismo verdadeiro, a pessoa tem ovários, testículos e órgãos genitais masculinos e femininos. Na maioria dos casos, o hermafrodita verdadeiro tem cromossomos XX, portanto deveria ter apenas genitais femininos, já que as mulheres possuem um par de cromossomos X em cada célula.

O hermafroditismo nesse caso ocorre pelo desenvolvimento dos testículos, o que não deveria acontecer. Isso acontece devido a modificações de genes que ainda não são conhecidos, que agem sobre o gene SRY do cromossomo Y, estimulando o desenvolvimento dos órgãos masculinos.

Digenesia gonadal XY (Pseudo-hermafroditismo masculino)

No pseudo-hermafroditismo masculino, o pseudo-hermafrodita geneticamente é homem, ou seja, possui um par de cromossomos XY. Porém, o pênis não é completamente desenvolvido. A anomalia ocorre devido a falhas durante o desenvolvimento embrionário.

Digenesia gonadal XX (Pseudo-hermafroditismo feminino)

Já no pseudo-hermafroditismo feminino, seu cariótipo XX designa uma mulher, portanto a pessoa possui todos os órgãos reprodutores femininos. Contudo, numa fase do período de desenvolvimento intrauterino, o seu órgão genital passa por um processo de masculinização, com um crescimento excessivo do clitóris, resultando em uma genitália com aspecto de um pênis.

Quais são os sinais e sintomas das desordens do desenvolvimento sexual?

Depende da desordem e idade em que se apresenta.

Por exemplo, nos casos de pessoas que nascem com genitália ambígua, já é possível identificar a alteração desde o nascimento.

Outros casos, por apresentar genitália normal mas órgãos internos do sexo oposto, desenvolverá sinais de atraso na puberdade, características ou identificação corporal e emocional diferente do esperado, só na fase de infância e pré-adolescência.

Existem casos ainda de diagnóstico apenas na idade adulta, quando a mulher está em investigação e tratamento para infertilidade.

Portanto a clínica dependerá do tipo de desordem que a pessoa apresente.

Qual a causa das desordens de desenvolvimento sexual?

Na maioria das vezes, tem causas genéticas, mas existem também causas que não são genéticas. Por exemplo, se uma mulher estiver grávida e tomar certos hormônios, pode haver interferência no desenvolvimento dos genitais femininos, que podem ficar masculinizados.

Qual o tratamento?

Não existe um tratamento definido. Na verdade, o mais importante é o esclarecimento e discussão multidisciplinar e individualizada para cada caso. Com o intuito sempre de promover o desenvolvimento saudável da pessoa e seus familiares.

Nos casos de doença genética existe uma discussão quanto ao melhor tratamento, e se for causada por déficit hormonal, deverá ser feito reposição hormonal adequada.

Aconselhamento genético

Pessoas que já têm um filho com alguma desordem do desenvolvimento sexual, devem receber aconselhamento genético, caso pretendam ter mais filhos, já que o risco de caso semelhante é de aproximadamente 25%.

O especialista responsável pelo diagnóstico e acompanhamento de cada caso é o/a médico/a geneticista.

Decadron: para que serve e quais são os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O decadron® é um corticoide que tem como princípio ativo a dexametasona. Possui importante efeito anti-inflamatório e ação imunossupressora.

É utilizado em períodos curtos de tratamento para alergias, distúrbios reumáticos, doenças de pele, afecções oculares, doenças reumáticas, distúrbios sanguíneos, problemas endócrinos e pulmonares, alguns tipos de câncer e doenças gastrointestinais.

Quais os efeitos colaterais do decadron®?

Os efeitos colaterais do decadron® são diversos e dependem principalmente da dose, tempo de uso e do modo como o organismo de cada pessoa reage à medicação. Alguns efeitos são:

  • Aumento de apetite,
  • Aumento de peso,
  • Retenção de líquidos,
  • Náusea,
  • Mal-estar,
  • Soluços,
  • Vertigem,
  • Agitação,
  • Dor de cabeça,
  • Hipertensão,
  • Candidíase oral,
  • Osteoporose,
  • Fraqueza muscular,
  • Úlcera gástrica,
  • Esofagite,
  • Depressão do sistema imunológico.
Contraindicações de decadron®
  • Infecções fúngicas sistêmicas;
  • Hipersensibilidade aos componentes do medicamento;
  • Vacinação com vírus vivo recentemente.
Precauções quanto ao uso de decadron®

Pessoas hipertensas ou que possuem doenças pépticas devem tomar cuidado com o uso de corticoides. Nunca utilize decadron® sem prescrição médica.

Decadron® engorda?

O uso de decadron® pode provocar a retenção de líquidos e o aumento de peso, entretanto este efeito varia de pessoa para pessoa e o peso é recuperado assim que termina o tratamento.

Mulheres grávidas ou que estão amamentando podem usar decadron®?

Não existem estudos sobre os efeitos do uso de decadron® em mulheres grávidas. O uso desta medicação por mulheres grávidas deve ser indicado somente pelo/a médico/a em função dos riscos que a dexametasona pode trazer para a mãe e para o bebê.

Além disso, a dexametasona é excretada no leite materno. Portanto, se as mulheres que estão amamentando precisarem tomar decadron®, é recomendado a interrupção da amamentação.

Como tomar decadron®?

O decadron® tem ação eficaz quando administrado por via oral. A dose deve ser ajustada pelo/a médico/a de acordo com a doença e com a resposta apresentada pelo/a paciente.

O medicamento também é disponível para aplicação endovenosa. Esta formulação é usada em ambiente hospitalar, com o/a paciente internado/a.

O decadron® (dexametasona), assim como outros corticoides, apresenta muitos efeitos colaterais e, por este motivo, não deve ser usado de forma indiscriminada. Não utilize dexametasona e nem qualquer outro medicamento sem prescrição e orientação médica.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas que caracterizam o diabetes tipo 1 incluem sede excessiva, aumento do volume de urina, aumento da frequência urinária, aumento do apetite, emagrecimento acentuado, cansaço e fraqueza.

O início dos sintomas do diabetes tipo 1 é relativamente rápido, podendo surgir em alguns dias ou em poucos meses. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adultos jovens.

Sem tratamento, os sintomas do diabetes tipo 1 podem evoluir e causar desidratação grave, sonolência, vômitos, dificuldade para respirar, crises convulsivas até o estado de coma.

A pior complicação do diabetes tipo 1 é a cetoacidose diabética, cujo tratamento necessita de internação hospitalar para medicação venosa e controle adequado.

Quais são as causas do diabetes tipo 1?

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, aonde o organismo produz anticorpos contra ele mesmo, nesse caso, causando uma destruição das células beta do pâncreas, que deixam de produzir a insulina.

A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e tem a função de transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro das células do corpo para ser usada como fonte de energia. Na falta de insulina, os níveis de glicose no sangue ficam elevados, uma condição conhecida como hiperglicemia crônica.

Quando a hiperglicemia se torna crônica, causa danos na micro e macrocirculação, prejudicando e danificando órgãos como os rins, olhos e coração, além de lesionar os nervos, vasos e aumentar risco de doenças cardiovasculares.

Porém, se o diabetes tipo 1 estiver controlado, os riscos de complicações diminuem significativamente.

Como saber se tenho diabetes tipo 1?

O diagnóstico do diabetes tipo 1 é baseado nos exames de sangue e exame médico.

Os principais exames para confirmação diagnóstica são:

  1. Glicemia de jejum superior a 126 mg/dl, após um jejum de 8 horas;
  2. Glicemia aleatória (realizada sem jejum ou qualquer controle), acima de 200 mg/dl, associado a sinais e sintomas sugestivos de diabetes;
  3. Teste de tolerância oral a glicose (TTOG75), com verificação da glicemia após administrar uma dose oral de 75 g de glicose, com valor de glicemia superior a 200 mg/dl;
  4. Hemoglobina glicosilada (A1C), no sangue, que não deve ultrapassar 6,5%.

Sendo que se houver dois dos exames alterados já é suficiente para o diagnóstico, ou quando apenas um dos exames estiver alterado, será necessário repetir ou realizar um segundo exame.

Diabetes tipo 1 tem cura? Como é o tratamento?

O diabetes tipo 1 não tem cura. Trata-se de uma doença crônica que necessita de tratamento até o fim da vida. O tratamento do diabetes tipo 1 é feito através de injeções subcutâneas de insulina, dieta adequada e prática regular de exercícios físicos.

Diagnosticar e tratar precocemente o diabetes tipo 1 é muito importante para prevenir complicações. Em caso de sintomas de diabetes, consulte um médico clínico geral, médico de família ou endocrinologista.

Leia também: Diabetes mellitus: o que é, quais os sintomas e como tratar?

Síndrome de Turner: o que é, quais as características e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome de Turner é uma doença genética que afeta somente as mulheres. A síndrome surge devido à ausência parcial ou total do segundo cromossomo sexual “x”, resultando num genótipo 45,X, quando o esperado para o sexo feminino seria 46,XX.

A síndrome de Turner é muito rara e a sua ocorrência é de 1 caso em cada 3.000 meninas nascidas. As taxas de aborto espontâneo em fetos com síndrome de Turner são bastante elevadas, podendo chegar aos 99%, sobretudo no 1º trimestre de gravidez.

A síndrome de Turner costuma ser identificada ao nascimento ou antes da puberdade devido às suas características típicas.

Quais as características de alguém com síndrome de Turner?

As características de uma pessoa adulta com síndrome de Turner incluem: baixa estatura, cabelos com origem na nuca, pescoço alado, atraso mental, órgão genital ainda juvenil, atrofia dos ovários, com ausência de folículo, gerando infertilidade.

A síndrome de Turner pode provocar danos no desenvolvimento da pessoa, como baixa estatura (no máximo 1,5 m de altura), impossibilidade de iniciar a puberdade, infertilidade, anomalias ósseas, renais e cardíacas, dificuldade de aprendizagem, deficiência na coordenação motora e no processamento das emoções, entre outros prejuízos.

A falta dos hormônios femininos estrógeno e progesterona faz com que as mulheres com síndrome de Turner não desenvolvam as suas características sexuais secundárias quando chegam à puberdade.

Por isso, mulheres com síndrome de Turner não têm menstruação, possuem grandes lábios sem pigmentação, poucos pelos pubianos ou ausência dos mesmos, mamas pouco desenvolvidas ou mesmo ausentes e cintura masculinizada.

A pele é mais flácida, as unhas são estreitas e o tórax costuma ser largo, em forma de barril.

Nos recém-nascidos com síndrome de Turner, é comum haver inchaço nas mãos e no dorso dos pés, o que aumenta as suspeitas da doença.

Qual é o tratamento para síndrome de Turner?

Devido à falta de produção de hormônios femininos pelos ovários, que estão atrofiados, o tratamento da síndrome de Turner é feito através do uso de hormônios. O objetivo é estimular o desenvolvimento das características sexuais da paciente, o desenvolvimento do útero, a menstruação e o crescimento.

O tratamento da síndrome de Turner deve começar antes da puberdade, com o uso de hormônio do crescimento. Depois, quando a menina atinge a puberdade, o tratamento é feito com os hormônios femininos estrógeno e progesterona.

Para que a terapia hormonal com estrógenos não atrase ainda mais o crescimento, o seu início pode ser adiado para quando a menina atingir os 16 anos de idade.

Além dos hormônios, o tratamento da síndrome de Turner inclui cirurgia para corrigir as malformações cardíacas, ósseas e renais.

Para maiores esclarecimentos sobre a síndrome de Turner, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Gripe H1N1: quais os sintomas, como se transmite e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A gripe H1N1, também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, é uma doença provocada por um vírus, o H1N1. Trata-se de um vírus da gripe que sofreu uma mutação. Apesar de manifestar sintomas semelhantes aos de uma gripe comum, a gripe H1N1 pode causar complicações muito graves que podem levar à morte.

Quais são os sintomas da gripe H1N1?

Os sintomas da gripe H1N1 começam a se manifestar depois de 3 a 5 dias que ocorreu o contágio. Contudo, a pessoa pode ser portadora do vírus e não apresentar sintomas e mesmo assim pode transmitir a doença. O vírus também pode ser transmitido durante o período de incubação, que é assintomático.

Vírus H1N1

Os sintomas da gripe H1N1 são parecidos com os de uma gripe comum, podendo incluir febre acima de 38ºC de início súbito, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, coriza e falta de apetite.

Em alguns casos, a pessoa pode apresentar diarreia e vômitos. Pessoas com asma apresentam uma exacerbação dos sintomas dessa doença.

Para evitar transmitir a doença, a pessoa com gripe H1N1 deve utilizar uma máscara cirúrgica.

Como ocorre a transmissão da gripe H1N1?

A forma de transmissão da gripe H1N1 é a mesma da gripe comum. O vírus é transmitido de pessoa para pessoa, através da inalação de gotículas de saliva ou secreção eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.

A contaminação também pode ocorrer ao tocar a boca ou o nariz depois de ter tocado em alguma superfície contaminada pelo vírus H1N1.

Indivíduos adultos podem transmitir a gripe H1N1 por uma semana após o início dos sintomas. Já as crianças podem transmitir o vírus durante um período de 2 a 14 dias depois do aparecimento dos sintomas.

O vírus H1N1 pode sobreviver de duas a oito horas fora do corpo humano, na superfície de objetos infectados, por exemplo. Por isso, para diminuir os riscos de transmissão, recomenda-se lavar frequentemente as mãos.

A gripe H1N1 não é transmitida através da ingestão de carne de porco, pois as altas temperaturas a que a carne é submetida durante a sua preparação elimina completamente o vírus.

Como é feita a prevenção da gripe H1N1?

A prevenção da gripe H1N1 é feita sobretudo através da vacina. A vacina contra o H1N1 confere imunidade contra a doença nos períodos em que o vírus está mais circulante e diminui as chances do aparecimento das formas mais graves da gripe H1N1.

O organismo começa a produzir anticorpos contra o vírus H1N1 depois de duas a três semanas da pessoa ter tomado a vacina. Após a vacinação, a pessoa fica imune contra a gripe H1N1 durante um período de 6 meses a 1 ano. Os anticorpos atingem os seus níveis máximos depois de 4 a 6 semanas que ocorreu a vacinação.

Além da vacinação, algumas medidas ajudam a diminuir os riscos de transmissão da gripe H1N1, tais como:

  • Evitar o contato com pessoas infectadas;
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão;
  • Evitar colocar as mãos no rosto e na boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Quando necessário, usar uma máscara cirúrgica para prevenir o contágio;
  • Evitar ambientes fechados, sobretudo com aglomeração de pessoas.
Qual é o tratamento para a gripe H1N1?

O tratamento da gripe H1N1 é feito através de medicamentos para aliviar os sintomas, como a febre, hidratação, alimentação leve e repouso. O objetivo do tratamento é melhorar os sintomas e auxiliar a recuperação rápida do organismo.

Para evitar a transmissão da doença, recomenda-se que a pessoa permaneça em casa, evitando o contato com outras pessoas.

Se não for devidamente tratada, a gripe H1N1 pode causar complicações graves, como pneumonia, e até levar à morte.

Em caso de complicações graves, o tratamento é específico e pode requerer medidas intensivas de suporte.

Em caso de sintomas de gripe H1N1, consulte um médico de família ou um clínico geral.

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Diabetes mellitus: o que é, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O diabetes mellitus é uma doença crônica do metabolismo, que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, uma condição chamada hiperglicemia.

A glicose é uma fonte de energia, fundamental para o metabolismo das células do corpo. Porém, para poder penetrar nas células, a glicose necessita de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. No caso da diabetes, os níveis de insulina estão baixos ou insuficientes para ajudar no metabolismo do açúcar, ou ausentes, no caso da diabetes tipo 1.

Existem dois tipos de diabetes mellitus: tipo 1 e tipo 2. No diabetes mellitus tipo 1, o pâncreas não produz insulina ou, se produz, é insuficiente. Já no diabetes tipo 2, a produção de insulina pode ser baixa ou o próprio organismo da pessoa pode se tornar resistente à insulina.

O diabetes mellitus é uma doença crônica que não tem cura. O tratamento deve ser mantido até o fim da vida e pode incluir o uso de insulina, medicamentos antidiabéticos, dieta adequada e prática regular de atividade física.

Quais são os sintomas de diabetes mellitus?

O diabetes mellitus apresenta sinais e sintomas diversos e um pouco diferentes entre o tipo 1 e o tipo 2, mas as características clássicas dos dois tipos são:

  1. Aumento da sede, chamado polidipsia;
  2. Aumento da fome, polifagia e
  3. Maior frequência de eliminação de urina, poliúria;

Por isso alguns conhecem a doença como doença dos "polis".

Outros sintomas muito comuns do diabetes mellitus são o emagrecimento, principalmente nos pacientes tipo 1.

Os demais sintomas do diabetes mellitus são desencadeados de acordo com os níveis de glicose no sangue. A quantidade de açúcar no sangue pode estar alta (hiperglicemia) ou baixa (hipoglicemia) e as manifestações variam conforme a condição.

O que acontece na Hipoglicemia?

A hipoglicemia normalmente ocorre em diabéticos que utilizam insulina ou tomam medicamentos para controlar a doença, seja pelo uso excessivo ou incorreto do medicamento, jejum prolongado ou prática inadequada de atividade física.

Nesses casos, a pessoa pode apresentar cansaço, tonturas, sudorese fria, tremores, visão turva e dificuldade de raciocínio.

Quem toma medicamentos ou usa insulina para controlar o diabetes mellitus deve ter muita atenção com a alimentação e a verificação dos níveis de glicemia, que não deve estar abaixo de 70 mg/dl.

A hipoglicemia é um estado de alto risco para vida das pessoas diabéticas, por isso é recomendável que todo diabético ande sempre com uma bala ou embalagem de açúcar e um comunicado de ser portador de diabetes, para que em uma urgência possa ser ajudado.

O que acontece na Hiperglicemia?

Já o aumento dos níveis de açúcar no sangue, a hiperglicemia, pode surgir em casos de diabetes mellitus descontrolado, ainda não diagnosticado, ou devido à ingestão de grandes quantidades de açúcar (glicose). Os sintomas da hiperglicemia são bem semelhantes e incluem cansaço, visão turva, boca seca, aumento da frequência urinária, porém é menos frequente a alteração neurológica.

Qual é o tratamento para diabetes mellitus? Diabetes mellitus tipo 1

O tratamento do diabetes tipo 1 é feito com insulina, daí esse tipo de diabetes também ser chamado insulinodependente. A aplicação de insulina é feita pela via subcutânea, ou seja, logo abaixo da pele.

Além da insulina, é preciso monitorar corretamente os níveis de glicemia, ter uma alimentação específica para diabéticos e praticar atividade física regularmente.

Diabetes mellitus tipo 2

O tratamento do diabetes tipo 2 é feito com medicamentos administrados por via oral. Em alguns casos de diabetes mellitus tipo 2, o controle da glicemia pode ser feito apenas com perda e controle de peso, dieta adequada e exercícios físicos, sem necessidade de medicação.

Contudo, se o tratamento com os medicamentos e as medidas adotadas não forem capazes de controlar o diabetes, pode ser necessário usar insulina também.

O principal objetivo do tratamento do diabetes mellitus é manter os níveis de açúcar no sangue dentro do normal, ou das metas estipuladas para cada caso, de forma rígida, para prevenir as complicações da doença.

O diagnóstico e tratamento do diabetes mellitus é da responsabilidade do/a médico/a endocrinologista.

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Disúria: como identificar e tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A disúria é um sintoma caracterizado por dor, ardência ou desconforto ao urinar. É comum acontecer em pessoas sexualmente ativas, sendo mais frequente em mulheres.

Geralmente está relacionado a infeções da via urinária, mas pode ser originada por outras causas como deficiência hormonal, ou fatores psicológicos.

O tratamento deverá ser baseado na causa do problema, conforme detalhamos a seguir.

Sistema Urinário: rins ureter direito e ureter esquerdo (ligam os rins à bexiga) e bexiga. Quais as causas da disúria?

As causas mais frequentes de disúria são:

  • Cistite (infecção de bexiga);
  • Uretrite (infecção da uretra);
  • Pielonefrite (infecção dos rins);
  • Prostatite (infecção da próstata);
  • Infeções sexualmente transmissíveis que acometem a uretra, vagina, pênis, bexiga e ou próstata;
  • Deficiência hormonal, por exemplo na menopausa devido a diminuição de estrogênio e ressecamento da mucosa da vagina, pode haver incômodo e ardência local;
  • Fatores psicológicos, como a crise de ansiedade e estresse, podem causar sintomas urinários, como urgência urinário e ardor.
Diagnóstico de disúria

Para encontrar a causa da disúria, o/a médico/a investigará a sua história clínica. Serão perguntados aspectos relacionados ao estado de saúde e sintomas detalhados dessa queixa.

O exame físico, que deve incluir a avaliação do abdome, dos órgãos genitais externos e, no caso da mulheres, pode ainda haver a necessidade de um exame ginecológico para algumas situações. É importante informar se houver secreção vaginal ou peniana e descrever o seu aspecto e características identificadas.

Exames laboratoriais como o exame de urina e a urocultura podem complementar essa investigação, pois determinam a presença ou ausência de bactérias na urina. Na suspeita de outras doenças associadas, poderá ser solicitado ainda exames de imagem, como ultrassonografia da via urinária e renal.

Os exames complementares serão solicitados de acordo com a sua história clínica, exame físico e hipóteses diagnósticas.

Como tratar a disúria?

O tratamento da disúria, quando identificada a infecção, se baseia no uso de antibióticos orais. Quando a infecção já atinge a via urinária alta, ureteres e rim, é necessário internação hospitalar e antibioticoterapia venosa. Quando não há infecção, é indicado apenas antissépticos de via urinária.

Se o motivo da ardência for ressecamento da mucosa vaginal, ou questões psicológicas, o tratamento pode ser a base de cremes ou pomadas lubrificantes e orientações gerais.

E por fim, quando a disúria for secundária a doenças sexualmente transmissíveis (DST), o tratamento será específico para cada tipo de DST. O médico da família, urologista (no caso dos homens) ou ginecologista (no caso das mulheres), deverá identificar e prescrever a medicação adequada.

Como prevenir a disúria?

Para prevenir a disúria, é necessário prevenir as infeções urinárias e sexualmente transmissíveis. Algumas recomendações podem ajudar nessa prevenção:

  • Beber muito líquido diariamente, especialmente água;
  • Urinar sempre que tiver vontade, evitando "prender a urina";
  • Urinar antes de dormir e após as relações sexuais;
  • Realizar uma boa higiene genital;
  • Praticar relações sexuais protegidas para evitar infeções sexualmente transmissíveis (uso de preservativo masculino ou feminino).

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