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Açaí realmente faz bem para a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O açaí traz diversos benefícios à saúde. Isso porque tem propriedades nutricionais, terapêuticas e alta capacidade antioxidante. É um fruto característico de uma espécie de palmeira, da região Norte do Brasil.

Estes antioxidantes, da classe dos flavonoides, ajudam a prevenir o envelhecimento das células e dos órgãos. Além disso, é rico em vitamina E, cálcio, magnésio, potássio e ácido oleico.

Creme de açaí sem adição de açúcar é uma forma saudável de consumir esta fruta. 10 benefícios do açaí para a saúde 1. Antioxidante

O corante que dá a cor arroxeada ao açaí é a antocianina. Esta substância está presente em todos os alimentos de cor roxa, como nas uvas, e participa do efeito antioxidante desses alimentos.

Estes antioxidantes são constituídos por vitaminas, minerais, pigmentos e enzimas que ajudam a combater os radicais livres produzidos pelo nosso organismo. Quando em excesso, os radicais livres podem causar danos às células, acelerando o envelhecimento, ou modificando a estrutura celular, com o risco de torná-las células cancerígenas.

Assim, a ação antioxidante do açaí pode prevenir tanto o envelhecimento das células e dos órgãos, como evitar o surgimento de células cancerígenas.

2. Redução do colesterol e ajuda a prevenir doenças cardíacas

A antocianina e o ácido oleico (ômega 9), um ácido graxo essencial presentes no açaí, ajudam na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL) e aumentam os valores de colesterol bom (HDL). Estas substâncias auxiliam a evitar a formação de placas de gordura que provocam o entupimento das veias, prevenindo doenças cardíacas.

3. Protege contra a hipertensão

O ácido linoleico (ou ômega 6), é um ácido graxo essencial presente no açaí, que promove a redução do LDL (colesterol ruim), previne a elevação da pressão arterial (hipertensão arterial) e auxilia na redução de glicose.

4. Fortalece os ossos

O açaí é muito rico em cálcio, um mineral fundamental na formação dos dentes e ossos. É muito indicado para a crianças em função da constituição dos dentes. Quando consumido diariamente e em quantidade recomendada auxilia na prevenção de osteoporose.

5. Auxilia a combater a insônia

O açaí possui vitamina B e outros nutrientes que melhoram a qualidade do sono, nos casos de insônia primária. O fruto facilita a comunicação entre as células cerebrais, possibilita a redução do estresse e propicia o bem estar mental e físico.

6. Melhora o funcionamento dos intestinos

Por ser um alimento rico em fibras, o açaí favorece o funcionamento dos intestinos. A ingestão regular de fibras por meio da alimentação, ajuda na manutenção da saúde de todo o sistema intestinal e até mesmo a reduzir o risco de alguns tipos de câncer.

7. Fonte de Energia

Por causa da alta concentração de carboidratos, o açaí é muito consumido por atletas. São os carboidratos as substâncias responsáveis pela produção de energia necessária ao bom funcionamento do corpo e essencial para o desenvolvimento de esportes. Rico também em vitaminas do complexo B, também importantes na produção de energia, estas vitaminas estimulam o apetite, melhoram o funcionamento dos músculos, do coração e do sistema nervoso.

8. Estimula o apetite

A vitamina B1 é importante para o bom funcionamento do sistema nervoso. Além disso, ajuda na regulação do metabolismo de proteínas, gorduras e carboidratos. Desta forma, o açaí é importante na produção de energia para o organismo e na manutenção e estímulo do apetite.

9. Auxilia no processo de emagrecimento

O açaí é rico em vitamina E que favorece o emagrecimento e possui substâncias que reduzem o colesterol, fibras que ajudam a manter a sensação de saciedade, limpam e mantêm a regularidade do funcionamento intestinal. Associado à atividade física regular, pode promover a perda de peso.

10. Possibilita a constituição muscular

O teor de proteínas do açaí é bastante alto. Assemelha-se à concentração de proteína do ovo. As proteínas são moléculas importantes na constituição dos aminoácidos que são fundamentais para a formação dos músculos. Têm função também relevante na produção de anticorpos, responsáveis pelas defesas do organismo e fortalecimento do sistema imunológico.

O açaí engorda: verdade ou mito?

A quantidade de carboidratos em 100 gr de fruta in natura não é considerada elevada, pois a quantidade de fibras e boas gorduras ajudam a reduzir o índice glicêmico do açaí. Isto faz com que ele produza menor pico de insulina e não se transforme facilmente em açúcar. O importante é consumir sem adicionar açúcares, especialmente o xarope de guaraná.

Calorias da fruta in natura (100 gr)
Calorias (100 gr) 60 Kcal
Proteínas 0,8 gr
Gorduras 4 gr
Carboidratos 6,5 gr
Fibras 2,6 gr
Como consumir o açaí de forma saudável?
  • Polpa congelada (in natura);
  • Suco;
  • Creme;
  • Bebida energética.

Para que o consumo de açaí seja saudável e não se torne calórico, não adoce com xarope de guaraná, mel e outros açúcares. Além dos açúcares, adicionar granola fará com que o alimento se torne muito calórico.

Cuidados que você precisa ter
  • Observe a procedência do açaí. Para o consumo seguro é necessário encontrar no produto, o selo de garantia da ANVISA - Ministério da Saúde, pois fora de condições adequadas, o açaí pode transmitir Doença de Chagas.
  • Como é uma fruta com valor nutricional altamente energético e contém elevada concentração de gorduras, carboidratos e proteínas, é um alimento calórico. Por isto deve ser consumido moderadamente e sem açúcares.
  • Os pacientes diabéticos devem consumir açaí somente sob orientação nutricional ou médica, em função do alto teor de glicose presente no fruto.
Azitromicina: o que é, para que serve, como tomar e efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A azitromicina (azitromicina di-hidratada) é um antibiótico usado para tratar infecções bacterianas.

Indicações
  • Infecções do sistema respiratório (sinusite, pneumonia, bronquite, faringite, amigdalite);
  • Otite (infecção de ouvido);
  • Infecções de pele e/ou tecidos moles;
  • Acne;
  • Infecções sexualmente transmissíveis (IST), como Clamídia e Cancro.
Como tomar Azitromicina?

O medicamento pode ser encontrado em comprimidos de 500 mg, 1g ou em suspensão oral.

As doses e tempo de uso, são determinadas pelo médico, de acordo com o problema, localização, gravidade do caso e ainda, de acordo com as características clínicas de cada paciente.

Assim pode otimizar o tratamento, fazendo menor dose e tempo de uso possíveis, além de evitar interação medicamentosa e efeitos indesejáveis.

Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns relatados são:

  • Dor de cabeça
  • Alterações gastrointestinais como (vômito, diarreia, dor de estômago, cólica abdominal, gases, prisão de ventre);
  • Inflamação do cólon (parte do intestino);
  • Vaginite;
  • Anorexia.

Outros sintomas que podem ocorrer, porém mais raramente são:

  • Coceira, sensibilidade à luz, manchas e inchaço na pele;
  • Comportamentos agressivos, agitação, irritabilidade;
  • Tontura;
  • Convulsões;
  • Sonolência;
  • Parestesia (sensações anormais na pele);
  • Hiperatividade;
  • Dores nas articulações;
  • Perda de audição, surdez ou surgimento de ruído auditivo;
  • Palpitações e arritmias cardíacas.
Contraindicações
  • Pessoas alérgicas aos componentes da fórmula de azitromicina;
  • Alergias a outros antibióticos da mesma classe.
Orientações
  • A combinação de azitromicina com álcool pode agravar alguns de seus efeitos colaterais como náuseas, vômitos, diarreia e dor no estômago;
  • Não utilizar na gravidez sem orientação médica;
  • Não corta o efeito de anticoncepcionais;
  • A medicação só pode ser comprada mediante receita médica.

Não utilize antibióticos sem prescrição médica!

Leia também: Estou tomando antibiótico: posso consumir bebida alcoólica?

Dor de Barriga: o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar os sintomas de dor na barriga, especialmente a dor causada por excesso de gases ou infecção intestinal, é importante comer alimentos leves e saudáveis, ainda, massagens na barriga, usar compressa morna no local.

No entanto, se a dor for intensa e/ou persistir mesmo com os cuidados recomendados, pode incluir os medicamentos, como luftal®, buscopan® ou a dipirona®. Se movimentar, caminhar e fazer exercícios também ajuda bastante na mobilização e absorção dos gases intestinais.

No caso de sintomas associados como náuseas, vômitos, diarreia com sangue, febre ou icterícia (coloração amarelada da pele, olhos e mucosas), é preciso procurar uma avaliação médica em serviço de urgência.

1. Hidratação e alimentação saudável

O consumo de água e alimentação saudável, com alimentos de fácil digestão e menos gordurosas, ajudam no bom funcionamento do intestino, o que favorece o alívio das dores abdominais.

2. Massagem abdominal

A massagem abdominal para aliviar a dor na barriga, deve ser feita de forma suave, em movimentos circulares, no sentido do trânsito intestinal, ou seja, do lado direito, para o lado esquerdo.

3. Compressa morna

Uma compressa morna, ou toalhas aquecidas, promove o relaxamento da musculatura, aliviando os sintomas de dor por contração muscular e cólicas abdominais.

Importante lembrar, que não deve manter a compressa em contato direto com a pele, ou por períodos prolongados, por exemplo, na hora de dormir, para evitar queimaduras.

4. Medicações

As medicações utilizadas são o luftal®, que alivia os sintomas de gases; buscopan simples ou composto, que além de ajudar na dor, reduz o peristaltismo intestinal e analgésicos comuns como a novalgina ou dipirona.

Quais as causas de dor na barriga?

Há diversas causas para dor de barriga, também chamada de dor abdominal. As mais frequentes são:

  • Excesso de gases,
  • Gastroenterite,
  • Cálculo renal,
  • Pedra na vesícula (Colelitíase),
  • Mais raramente problemas circulatórios (aneurisma de aorta, tromboses ou isquemias).

Por ser a região que mais abriga diversos órgãos do corpo, a dor abdominal acaba sendo um desafio diagnóstico. Qualquer um dos órgãos localizados no abdome ou na cavidade pélvica podem causar dor na barriga. Por vezes, os órgãos situados no tórax também provocam dor referida na barriga.

Fazem parte da cavidade abdominal: o estômago, fígado, baço, pâncreas, vesícula biliar, rins, glândulas suprarrenais, intestino delgado, intestino grosso e apêndice.

E logo abaixo, os órgãos dentro da pelve: bexiga, ovários, trompas e útero (nas mulheres); reto e sigmoide e próstata (nos homens).

Quando procurar uma emergência?

Nos casos de dor abdominal com piora progressiva ou associada a sintomas de febre (temperatura acima de 37, graus), vômitos, sangramento, desorientação ou desmaio, é preciso procurar, ou levar a pessoa, até uma emergência, para avaliação médica, o quanto antes.

Como identificar a causa da dor de barriga?

Uma entrevista e um exame físico detalhados são feitos pelo profissional de saúde para diagnosticar a causa das dores abdominais. É importante que você diga ao profissional as características da dor que está sentindo. A dor deve ser caracterizada quanto à:

  • Localização;
  • Tipo de dor (cólica, pontada, facada, aperto, etc);
  • Irradiação (se a dor se desloca, por exemplo, para região lombar ou para outras regiões do corpo );
  • Intensidade;
  • Periodicidade;
  • Duração;
  • Fatores que melhoram ou pioram a dor;
  • Se interfere no seu dia a dia, ou no sono.

Informe também sobre o consumo de bebida alcoólica, condimentos e gorduras, uso de medicamentos, mesmo que não seja uso regular e relação da dor com o ciclo menstrual.

Na presença de dor abdominal, procure um médico clínico geral, médico de família ou gastroenterologista. Nos casos de dor com febre, vômitos, sangramento, ou piora progressiva da dor, procure uma emergência médica.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame de urina é indicado para pesquisar, principalmente, doenças do aparelho urinário, embora possa indicar vários outros problemas, como doenças no fígado ou diabetes.

Os exames são classificados em tipo 1 (EAS), exame de urina de 24 horas e urinocultura.

O exame de urina tipo 1 é o mais solicitado, também chamado de EAS – Exame Anormal de Sedimento. O exame de 24h é usado como complementar e a urinocultura é o mais específico, capaz de identificar exatamente a bactéria presente, nos casos de infecção.

Como coletar a urina?
  • A urina deve ser coletada em recipiente próprio, geralmente fornecido pelo laboratório;
  • Não é necessário jejum, mas de preferência a urina da manhã;
  • Para as mulheres, é recomendado fazer a higiene, apenas com água, antes da coleta;
  • Coletar a urina desprezando o jato inicial, para evitar que resíduos presentes na uretra atrapalhem o resultado do exame;
  • A urina deve ser analisada no máximo duas horas após a coleta;
  • Informar ao funcionário se estiver em uso de qualquer medicamento.
1. Exame de urina tipo 1 (EAS)

O resultado do exame é comparado aos dados e valores definidos como normais, para um exame de urina. Esses valores podem ser verificados na tabela abaixo, mas podem variar um pouco, dependendo do laboratório.

Componentes Parâmetros Normais
Coloração Amarelo citrino ou amarelo claro
Aspecto Límpida
ph de 5,5 a 7,5
Densidade 1,005 a 1,030
Glicose Ausente
Proteínas Ausentes
Corpos cetônicos Ausentes
Hemoglobina Ausente
Bilirrubina Ausente
Urobilinogênio Ausente
Nitritos Ausentes
Leucócitos Poucos/alguns/ausentes
Células epiteliais Raras

Os valores são de fácil compreensão, entretanto, esses valores devem ser analisados em conjunto com a queixa da pessoa e demais exames que tenham sido solicitados.

A interpretação pelo médico que o solicitou, garante uma melhor avaliação e tratamento direcionado.

Como identificar uma infecção urinária?

A urina com infecção urinária, costuma ter um ou mais dos seguintes fatores alterados:

  • Coloração turva,
  • PH alterado, para mais ou menos, dependendo do tipo de bactéria,
  • Leucócitos aumentados, presença de bactérias, sendo as alterações mais marcantes,
  • Nitritos presentes e
  • Hemoglobina presente, nos casos mais graves.

Além das alterações na urina, é comum as queixas de dor no baixo ventre, ardência ao urinar, maior frequência de urina e em pequenas quantidades.

O tratamento deve ser feito com antibióticos, o mais breve possível para evitar complicações como a pielonefrite ou a insuficiência renal.

Leia mais: Qual o tratamento para infecção urinária?

Explicação dos componentes do exame e o que podem significar Coloração alaranjada ou avermelhada da urina

Pode ocorrer pela presença de sangue na urina, como nos casos de cálculo renal ou infecção urinária. Certos medicamentos também podem alterar a coloração da urina para azul, verde ou laranja. Por este motivo, informe sempre o uso de medicamentos, quando entregar a urina coletada ao profissional no laboratório.

Urina turva

A urina turva é causada pela presença de bactérias ou descamações em excesso das células do sistema urinário. A causa mais comum é a infecção urinária.

pH da urina
  • Elevado (acima de 7,5): pode ser provocado por cálculos renais, infecção do sistema urinário e uso de medicamentos.
  • Reduzido (abaixo de 5,5): indica perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção do sistema urinário por uma bactéria específica (Escherichia colli), diarreias severas, uso de anestésicos ou medicamentos.
Densidade (concentração da urina)
  • Densidade reduzida, ou mais diluída, pode ocorrer por quadro de Insuficiência renal crônica, hipotermia, aumento da pressão intracraniana, diabetes e hipertensão arterial
  • Densidade elevada, mais concentrada, são causadas por quadros de diarreias e vômitos, febre, diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, entre outras.
Proteína na urina

A presença de proteínas na urina é comum nos casos de doenças renais ou diabetes.

Glicose na urina

Mais comum em diabéticos, mas portadores de doenças renais podem apresentar o mesmo aumento de glicose no exame de urina.

Corpos cetônicos na urina

Achado comum em pacientes diabéticos ou em caso de jejum prologando. Por este motivo o jejum não pe indicado antes do exame, e pode interferir no seu resultado.

Hemoglobina na urina

São as células vermelhas do sangue. Portanto, se houver hemoglobina no exame de urina, significa que há sangue na urina. Ocorre por hemorragias do sistema urinário, infecções urinárias, cálculo renal, entre outras doenças. Se uma mulher em período menstrual realizar exame de urina, apresentará hemoglobina na urina por contaminação.

Portanto, não é confiável o exame de urina realizado durante o período menstrual.

Bilirrubina na urina

A bilirrubina atribui à urina uma cor muito amarela. A presença de bilirrubina no exame de urina pode ser provocada por doenças do fígado ou da vesícula.

No entanto, os bebês recém-nascidos costumam ter valores altos de bilirrubina, sem significar um problema. Sendo assim, não havendo outras alterações, o exame pode ser considerado normal para essa faixa etária.

Urobilinogênio na urina

Os seus valores anormais são comuns em doenças do fígado.

Nitrito

Indica presença de infecção urinária bacteriana, de forma indireta. Isso porque a urina contém nitrato naturalmente, e algumas bactérias são capazes de transformar esse nitrato em nitrito, o que aumenta a sua concentração na urina.

Leucócitos na urina

Os leucócitos são células de defesa, por isso quando aumentados indicam inflamações ou infecções do trato urinário.

Células epiteliais na urina

Presença de células epiteliais, indica lesão no trajeto por onde a urina passa. As lesões podem acometer os rins ou qualquer parte do aparelho urinário.

2. Exame de Urina de 24 horas

Este exame é feito por meio de análise de toda urina eliminada durante um dia inteiro (24 horas). Utiliza-se um recipiente grande para acumular essa urina, cedido pelo laboratório.

Em laboratório, serão analisadas basicamente a quantidade de urina e a sua composição. Pode auxiliar no diagnóstico de perda de proteínas, problemas no sistema de filtração dos rins e, em mulheres grávidas.

Exame com grande importância ainda no diagnóstico de pré-eclâmpsia.

3. Urinocultura

Exame específico para identificar a bactéria que está causando a infecção urinária. Permite também verificar a sensibilidade ou resistência da bactéria aos antibióticos testados. Este exame torna o tratamento mais eficaz.

IMPORTANTE: a alteração de cada um dos componentes do exame de urina pode indicar diferentes doenças que requerem cuidados individualizados. Somente o médico pode interpretá-los corretamente e indicar o melhor tratamento.

Pode também interessar:

O que pode ser e como tratar nitrito positivo na urina?

O que são piócitos na urina?

Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?

Kefir: o que é, quais os benefícios, como fazer e como consumir?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

É um conjunto de bactérias e leveduras (fungos) muito favoráveis à saúde. Os grãos de kefir têm origem natural e são semelhantes à um iogurte coalhado.

O kefir faz a fermentação do leite cru. Pode ser feito com leite de vaca, de cabra e de coco. Existe também o kefir feito com água.

Quais são os benefícios do Kefir?
  • Melhora a flora intestinal e o funcionamento dos intestinos;
  • Ameniza as gastrites;
  • Aumenta a imunidade;
  • Evita infecções;
  • Ajuda a reduzir a frequência de alergias;
  • Ajuda a evitar a candidíase e herpes de repetição;
  • Auxilia no processo de emagrecimento;
  • Prevenção de câncer;
  • Ajuda nos problemas respiratórios: asma, bronquite;
  • Mantêm pele, cabelos e unhas saudáveis;
  • Auxilia na construção de músculos, por ser um alimento proteico.
Tipos de Kefir Kefir de Leite

É produzido pelos conjunto de bactérias e leveduras presentes nos grãos de kefir de leite. Estas bactérias e fungos de alimentam da lactose (açúcar do leite) para crescer e se multiplicar.

Kefir de Água

Sua produção é feita a partir dos grãos de kefir de água. Esta colônia se alimenta de açúcar mascavo.

Como fazer o Kefir?

Há uma tradição milenar de que os grãos de Kefir podem ser apenas doados. A comercialização não é recomendada, embora exista a versão industrializada em pó. O kefir industrializado não é tão nutritivo e benéfico quanto o kefir natural.

Kefir de Leite
  • Use leite de vaca ou cabra
  • Coloque  1 colher de sopa de grãos de kefir de leite em um vidro esterilizado e adicione 500ml de leite;
  • Cubra o pote com um papel toalha um pano limpo e permeável para que as bactérias possam respirar e se multiplicar;
  • Deixe descansar em um lugar fechado, dentro de um armário por exemplo,  por 12 a 36 horas. Este é o processo de fermentação;
  • Quanto mais tempo o kefir ficar descansando, menos lactose ele terá. Pessoas com intolerância a lactose podem consumi-lo. Basta fermentar por mais tempo.
  • Coar com uma peneira de plástico usando espátula de silicone. Na peneira, ficarão os grãos de kefir. A parte líquida pode ser armazenada na geladeira em um frasco de vidro;
  • Adicione os grãos de kefir que ficaram na peneira em um pote de vidro ou plástico e adicione mais leite para continuar a produção de kefir.
  • Com o tempo, você perceberá que as colônias de grãos se tornarão maiores e você pode começar a doar grãos de kefir de leite.

Kefir de Água
  • Use água filtrada;
  • Coloque  1 colher de sopa de grãos de kefir de água em um frasco esterilizado e adicione 250 ml de água filtrada;
  • Cubra o pote com um papel toalha ou um pano limpo e permeável para que as bactérias possam respirar e se multiplicar;
  • Deixe descansar em um lugar fechado, dentro de um armário por exemplo,  por 12 a 36 horas. Este é o processo de fermentação;
  • Coar com uma peneira de plástico usando espátula de silicone. Na peneira, ficarão os grãos de kefir de água. A parte líquida pode ser armazenada na geladeira em um frasco de vidro;
  • Adicione os grãos de kefir que ficaram na peneira em um pote de vidro ou plástico, adicione mais água e açúcar mascavo para continuar a produção de kefir.
  • Com o tempo, você perceberá que as colônias de grãos se tornarão maiores e você pode começar a doar grãos de kefir de água.
  • Tanto o kefir de leite, quanto a água fermentada de água podem ficar armazenados na geladeira por 7 dias.

Higiene e Manipulação do Kefir de Leite e de Água
  • Separe frascos, peneira e colher apenas para manipular o kefir.
  • Os frascos de armazenamento dos grãos de kefir ou de água devem ser esterilizados.
  • Devem ser utilizados apenas matérias de vidro ou plástico para manipular o kefir. Os metais podem matar as colônias.

Dicas de Consumo

O kefir de leite pode substituir o iogurte e pode ser consumido com frutas, canela, leite de coco, noz moscada, amêndoas.

Limão, sal, e orégano, adicionados ao kefir de leite, pode se transformar em um saboroso molho para saladas.

A água fermentada (kefir de água) e o kefir de leite também podem ser batidos com frutas no liquidificador.

É importante acrescentar que o kefir de água ou de leite devem ser usados junto com uma alimentação saudável.

Medicamentos nunca podem ser substituídos por kefir.

7 primeiros sintomas de gravidez: descubra se você está grávida
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Durante a gravidez o corpo da mulher sofre diversas transformações e adaptações que provocam alguns sinais e sintomas comuns a este período, e que não são naturais do organismo da mulher. Especialmente no início da gestação.

Conheça um pouco mais sobre os principais sintomas da gravidez.

1. Cólica

É um sinal bem precoce de gravidez. Parece uma cólica leve que acontece na menstruação. Nem todas as mulheres sentem esta cólica no início da gestação.

2. Sangramento em pequena quantidade

No início da gravidez a mulher pode apresentar um pequeno sangramento semelhante à borra de café ou de uma cor rosa-claro. Este sangramento dura, na maioria das vezes, de um a 3 dias e corresponde à implantação do óvulo fecundado na parede do útero.

3. Enjoo, náusea e vômito

Sintomas frequentes no início da gravidez. Ocorrem com mais frequência no período da manhã, ao acordar. Para aliviar estes sintomas pode-se tomar água gelada com algumas gotas de limão.

4. Atraso menstrual

O atraso menstrual é um sinal muito sugestivo de gravidez. É importante que a mulher conheça o seu ciclo menstrual para identificar este atraso. Uma dica é anotar todos os meses o primeiro dia de menstruação e o último dia do ciclo. Entretanto, o estresse, uso de medicamentos ou situações de saúde podem alterar o ciclo e atrasar a menstruação sem a presença de gravidez.

Leia mais: Quantos dias tem um ciclo menstrual normal?

5. Cansaço

O cansaço não é tão inicial quanto os sintomas anteriores, mas junto com o aumento da sensação de sono são sinais frequentes nos primeiros meses de gestação.

6. Alterações de humor

São semelhantes às alterações de humor que ocorrem durante a tensão pré-menstrual, porém um pouco aumentadas. Estas variações de humor ocorrem devido ao elevado nível de progesterona na corrente sanguínea. Este hormônio é importante para a manutenção da gravidez nos 3 primeiros meses.

7. Aumento da sensibilidade e do tamanho dos seios

Os seios ficam maiores e mais sensíveis devido ao aumento da circulação sanguínea neste local. Estas transformações são um preparo para fase de amamentação.

Outras dicas
  • Se uma mulher teve relações sexuais desprotegidas, não faz uso regular de métodos contraceptivos e apresenta os sintomas descritos acima, a gravidez é a primeira suspeita.
  • É possível recorrer aos testes de urina disponíveis nas farmácias, hoje bastantes eficientes, ou fazer o exame de sangue (Beta HCG) para confirmar a gravidez.

Apesar de poder recorrer aos exames para confirmar a gravidez, é sempre importante consultar o ginecologista, médico de família ou clínico geral.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Posso estar grávida? Quantos dias de atraso menstrual é considerado gravidez?

Para fazer o teste de gravidez a menstruação precisa estar atrasada?

Em qual teste de gravidez confiar: farmácia ou caseiro?

Corrimento vaginal: significado das cores do corrimento (branco, amarelado, cinza, esverdeado, marrom, vermelho, rosa)
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O corrimento vaginal é toda perda líquida ou semilíquida que sai pela vagina, que não seja sangue. Há diferentes tipos de corrimentos e estes podem variar quanto à cor, odor, consistência, quantidade, associação a outros sintomas, como coceira, dor e vermelhidão local.

1. Corrimento branco ou amarelado

A secreção vaginal branca ou branca/amarelada de aspecto grumoso, pastoso semelhante à nata ou ricota, indica infecção, na maior parte dos casos, por um fungo chamado Candida albicans. Este fungo causa a Candidíase.

O corrimento pode formar placas esbranquiçadas que aderem à mucosa vaginal. Neste tipo de infecção, o corrimento vem acompanhado por irritação da vulva, coceira e vermelhidão.

2. Corrimento cinza ou cinza amarelado

A presença de corrimento cinza amarelado, com bolhas e odor ruim semelhante ao de peixe podre e que não causa irritação na mucosa vaginal é causada por vaginose bacteriana. Originado pela alteração da flora natural da vagina, que são microrganismos habituais existentes na flora vaginal.

Este corrimento vem acompanhado de ardência ao urinar e coceira no exterior da vagina. Normalmente é provocado pela Gardnerella vaginalis.

3. Corrimento amarelo ou amarelo-esverdeado

Este tipo de corrimento tem característica purulenta (pus), é malcheiroso e bolhoso. É também associado a sintomas como dor durante as relações sexuais, ardência e coceira. Acomete a vagina, o colo do útero e a uretra. Pode ser causado pela bactéria Trichomonas vaginalis.

A secreção tem aspecto purulento pela presença de bactérias mortas ou cápsulas de bactérias. Esta infecção chama-se Tricomoníase. Vale destacar que algumas pessoas não sentem nenhuma alteração.

4. Corrimento marrom

Este tipo de corrimento consiste no sangue coagulado que vem no fim da menstruação e que se mistura à secreção vaginal normal. Não tem cheiro e nem se associa a sintomas como coceira, vermelhidão, entre outros.

5. Corrimento vermelho ou sangue vivo

Não se pode dizer que este tipo de secreção vaginal é um corrimento como os outros. Ele pode ter causas não relacionadas às infecções vaginais. Pode ser sangue com o corrimento proveniente de lesão do colo do útero, trauma, sangue das paredes da vagina, lesão por Papiloma Vírus Humano (HPV), escape da menstruação devido ao uso de anticoncepcional ou mesmo alterações hormonais.

Pode ser também sinal de uma doença mais grave, como câncer de vagina ou câncer de colo. O ginecologista saberá avaliar cada caso.

6. Corrimento rosa

É um corrimento vermelho, muito clarinho. Consiste em um dos primeiros sintomas da gravidez. Sua causa tem relação com a implantação do embrião na parede do útero, ao qual chamamos nidação, que leva a um pequeno sangramento. Ocorre durante dois a três dias e se mantém com aspecto rosa. Não tem nenhum outro sintoma associado.

7. Corrimento durante gravidez (qualquer cor)

Todo corrimento merece atenção, especialmente quando ocorre durante a gravidez. Neste período os corrimentos anormais podem ocasionar trabalho de parto prematuro, rompimento da bolsa ou infecção da placenta.

Existem corrimentos normais?

Sim. Os corrimentos considerados normais são a lubrificação natural da vagina que também acontecem durante a gravidez ou pela excitação sexual. Todas as mulheres em seu estado de saúde normal, produzem estas secreções.

No período fértil a secreção vaginal se apresenta espessa, transparente e com aspecto de clara de ovo.

Podem ser brancas ou transparentes, não têm cheiro, não coçam e se apresentam em quantidade moderada. Estas secreções também fazem parte do mecanismo de defesa vaginal contra infecções.

Tratamento em caso de corrimento

O tratamento para cada corrimento deve ser prescrito pelo ginecologista, clínico geral ou médico de saúde da família. Cada corrimento tem um agente causador diferente, por isto o tratamento deve ser especificado, após um exame ginecológico.

Na presença de corrimento, é recomendado sempre procurar um médico para avaliação.

Dicas de prevenção
  • Evitar o uso frequente de calças muito apertadas;
  • Usar preferencialmente calcinhas de algodão;
  • Cuidar da higiene íntima mantendo a região seca;
  • Dormir com roupas soltas e arejadas.

Conheça mais sobre esse tema nos artigos:

Corrimento marrom, o que pode ser?

Corrimento marrom, pode ser gravidez?

Corrimento rosado, o que pode ser?

Que remédios posso usar para corrimento vaginal?

Quando o corrimento rosado antes da menstruação é normal?

O que pode causar dor no pé da barriga e corrimento?

Jejum Intermitente: o que é, como fazer, o que devo comer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Jejum intermitente é uma estratégia alimentar que tem como objetivo recuperar o metabolismo de gorduras armazenadas no organismo para utilizá-las como fonte de energia. Melhora o estado de saúde e promove o emagrecimento.

Como fazer jejum intermitente?

Existem diferentes formas de se fazer jejum intermitente. Estas formas são chamadas de protocolos de jejum.

O quadro abaixo mostra os protocolos mais utilizados na prática do jejum intermitente. Para uma adaptação mais fácil, recomenda-se iniciar pelo protocolo que possui menos horas de jejum e mais tempo de janela alimentar, período em que pode comer.

Não esquecer que o sono noturno é contabilizado na carga horária de jejum.

Protocolos de Jejum

12/12 horas

12 horas em jejum;

12 horas de janela alimentar.

Exemplo: se você jantou às 20 horas, se alimentará novamente às 8 horas da manhã.

É ideal para quem está iniciando a estratégia de jejum intermitente.

Corresponde ao primeiro período de adaptação.

14/10 horas

14 horas em jejum;

10 horas de janela alimentar.

Exemplo: se você jantou às 20 horas, poderá quebrar o jejum às 10 horas da manhã.

Este protocolo é um pouquinho só mais difícil do que a primeira estratégia. Pode ser iniciado após 3 dias de adaptação ao protocolo 12/12.

16/8 horas

16 horas em jejum;

8 horas de jejum alimentar.

Exemplo: se você jantou às 20 horas, comerá novamente às 12 horas, ou seja, almoço. Não há ingestão do café da manhã.

18/6 horas

18 horas em jejum;

6 horas de janela alimentar.

Só deverá ser feito quando o corpo estiver adaptado ao jejum intermitente por meio dos protocolos anteriores.

É um dos protocolos mais eficazes com apenas 6 horas para fazer as refeições.

Exemplo: se você jantou às 20 horas, comerá novamente às 14 horas. Assim o horário para alimentação livre é 14 às 20 horas.

24 horas

Este é o protocolo mais avançado de jejum intermitente e dever ser feito apenas por pessoas plenamente adaptadas ao jejum intermitente.

Não deve ser feito mais do que 2 ou 3 vezes por semana.

36 horas

Este protocolo não é recomendado para todas as pessoas.

É preciso estar muito bem adaptado a longos períodos de jejum, ingerindo somente água e outros líquidos não calóricos, tais como chás e café.

O que você pode comer?

O jejum intermitente permite que a alimentação seja vista não como uma dieta, mas como um estilo de vida com foco na qualidade dos alimentos. A preferência deve ser por alimentos disponíveis na natureza:

  • carnes;
  • peixes;
  • verduras;
  • frutas;
  • legumes;
  • gorduras naturais (azeite, óleo de coco);
  • Oleaginosas (castanha-do-pará, castanha de caju, amêndoas, nozes);
  • Carboidratos de cadeia complexa: arroz integral, pão integral, batata doce, massas integrais, etc.

Estes alimentos podem ser ingeridos no período de janela alimentar. O ideal é que no início do jejum intermitente, não sejam inseridos os carboidratos. Estes serão reintegrados à alimentação.

Quando você deve comer?

Em todos os protocolos de jejum intermitente, pode se alimentar sempre que sentir fome. Não há padronização de, por exemplo, comer de 3 em 3 horas.

Não se pode esquecer que a escolha de alimentos saudáveis, como os indicados acima, são a base da estratégia do jejum intermitente.

O que você não deve comer?

É recomendado evitar, sempre que possível, alimentos industrializados (refinados, processados e modificados).

  • Arroz branco;
  • Massas brancas:
  • Pão branco;
  • Doces;
  • Refrigerantes;
  • Sucos de caixinha;
  • Óleos vegetais;
  • Alimentos fritos;
  • Açúcar branco refinado.
O que você pode beber no períodos de jejum?

Neste período ingere-se somente bebidas sem calorias, açúcar ou adoçantes. Se não conseguir ficar sem adoçar a bebida, pode-se usar stevia, porém na menor quantidade possível.

  • Água;
  • Água saborizada com pó de canela, gengibre, hortelã, limão;
  • Café;
  • Chás (cavalinha, hibisco, chá verde, chá branco).
Benefícios do jejum intermitente
  • Ajuda a modificar o padrão alimentar para adoção de uma alimentação mais saudável e natural;
  • Melhora o estado de saúde;
  • Promove o emagrecimento;
  • Protege contra o câncer, doenças cardíacas e diabetes;
  • Reduz os níveis de colesterol no sangue;
  • Melhora o refluxo gástrico;
  • Previne a síndrome do ovários policísticos, entre outras.
Desvantagens do jejum intermitente

Algumas desvantagens podem ser observadas:

  • Dificuldades de adaptação;
  • Quando mal orientado pode provocar hipoglicemia, desnutrição, fraqueza muscular, dificuldade de concentração, sensações de fome e saciedade desreguladas;
  • Tendência à compulsão alimentar.
Cuidados
  • Não se deve comer nada que nutra o corpo (proteínas, carboidratos, gorduras) e nem suplementos como whein protein e BCAA;
  • Antes de iniciar qualquer estratégia alimentar ou dieta, faça exames laboratoriais e busque orientações de um/a nutricionista ou médico/a;
  • Mulheres grávidas não devem fazer jejum intermitente.

Para mais informações converse um nutrólogo ou nutricionista.

Edema pulmonar: quais as causas e possíveis complicações?

O edema pulmonar é o acúmulo anormal de líquido nos pulmões, sendo o seu principal sintoma a falta de ar. O edema agudo de pulmão ocorre sempre que há extravasamento de líquidos para os alvéolos (pequenos sacos onde ocorrem as trocas gasosas) ou para dentro dos pulmões.

Para entender a formação do edema pulmonar, os seus sintomas e consequências, basta lembrar que muito próximo dos alvéolos pulmonares, que são saquinhos minúsculos onde ocorrem as trocas gasosas, estão vasos sanguíneos muito finos, chamados capilares, que levam e trazem os gases provenientes da respiração.

Quando há um extravasamento de líquido dos capilares para o alvéolo pulmonar ou mesmo para dentro dos tecidos do pulmão, as trocas gasosas ficam prejudicadas, já que o líquido impede a saída do gás carbônico e a entrada de oxigênio nos pulmões.

Por isso os casos de edema pulmonar caracterizam-se sobretudo pela falta de ar e dificuldade respiratória, sendo esses os seus principais sintomas.

Leia também: Quais são os sintomas do edema pulmonar?

Causas

As principais causas do edema pulmonar são as doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, infarto, doenças coronárias ou valvulares e insuficiência cardíaca congestiva. Todas elas podem provocar a saída de líquido dos capilares que resulta no edema.

Contudo, existem diversas doenças e condições que podem ser fatores de risco para o edema agudo de pulmão. Dentre elas estão asma grave e aguda, diabetes, obesidade, praticar atividade física em altitudes elevadas (acima dos 2.500 metros), pneumonia, inalação de produtos tóxicos, traumas no tórax, doenças que afetam o músculo do coração (miocardite, hipertrofia do miocárdio...), alcoolismo, infecções causadas por vírus, efeito secundário a medicamentos, arritmias, aumento súbito do volume sanguíneo, entre outras.

Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, o edema pulmonar costuma afetar principalmente idosos, já que essas doenças estão mais presentes em pessoas nessa faixa etária.

Saiba mais em: Edema pulmonar tem cura? Como tratar?

Quais são os sintomas do edema pulmonar?

Os sinais e sintomas mais comuns do edema pulmonar são falta de ar, aumento da frequência respiratória e cardíaca, tosse, transpiração fria, dificuldade em permanecer deitado, ansiedade e agitação. A pulsação também fica mais rápida e fraca, com variações da pressão arterial. 

Casos mais graves de edema de pulmão podem manifestar ainda alteração da coloração das extremidades do corpo (pontas dos dedos, nariz, lábios), que ficam azuladas ou arroxeadas, além de retração dos músculos entre as costelas.

Outros sinais e sintomas incluem ainda sensação de sufocamento e morte iminente, além de tosse produtiva com secreção espumosa e sanguinolenta. Há casos de edema agudo pulmonar em que a pessoa chegar a espumar pela boca.

Se a pessoa estiver sofrendo um infarto, poderá sentir ainda uma forte dor no meio do peito, que pode irradiar para a parte interna do braço esquerdo, para o  pescoço ou para a mandíbula.

O edema agudo de pulmão é mais frequente em situações em que o bombeamento do sangue está prejudicado. Como consequência, o coração precisa bater com mais força, o que aumenta a pressão sanguínea dentro dos capilares e favorece o extravasamento de líquido para os pulmões, dificultando as trocas gasosas. 

O tratamento do edema pulmonar depende da causa e inclui o uso de medicamentos específicos, oxigênio e suporte ventilatório.

Saiba mais em: 

Edema pulmonar tem cura? Como tratar?

Edema pulmonar: quais as causas e possíveis complicações?

Edema pulmonar tem cura? Como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Edema pulmonar tem cura. O tratamento é feito através da administração de oxigênio e medicamentos específicos. O tratamento do edema de pulmão tem como objetivos tratar a doença de base e diminuir o edema e as suas consequências.

Se o edema pulmonar se desenvolver rapidamente (edema agudo de pulmão), requer tratamento médico com urgência. Sem tratamento, o edema pulmonar agudo pode levar à morte. Contudo, o prognóstico costuma ser bom quando tratado precocemente e a doença de base também é tratada.

Porém, a recuperação completa depende de alguns fatores, como idade, presença de outras doenças e também do tratamento, que deve ser rápido e adequado.

Qual é o tratamento para edema pulmonar?

Para favorecer a eliminação do excesso de líquido acumulado nos pulmões, são utilizados medicamentos diuréticos por via endovenosa. Também podem estar indicados medicamentos vasodilatadores, indicados para diminuir a pressão arterial sistêmica e assim melhorar a performance cardíaca.

O trabalho do coração também é estimulado com medicações específicas, também administradas diretamente na veia.

É necessário fornecer também algum tipo de suporte respiratório, seja com uma máscara de oxigênio ou com ventilação mecânica.

O apoio ventilatório não invasivo muitas vezes é suficiente para controlar o nível de oxigênio no sangue, que pode estar muito baixo em casos de edema pulmonar, mas eventualmente pode ser necessária a realização de intubação endotraqueal e ventilação assistida, em casos mais graves de insuficiência respiratória.

É muito importante a monitoração cardiopulmonar da pessoa com edema pulmonar, por isso, o tratamento ocorre em regime de internação hospitalar, eventualmente em unidade de cuidados intensivos.

O que é edema pulmonar e quais as causas?

Edema pulmonar é o acúmulo de líquido nos pulmões. O líquido acumula-se nos alvéolos pulmonares, que são minúsculos “saquinhos” através dos quais ocorrem as trocas gasosas, dificultando a respiração.

A maioria dos casos de edema pulmonar tem como causa doenças cardíacas. O edema nesses casos ocorre quando o coração não consegue bombear todo o sangue que chega dos pulmões (insuficiência cardíaca congestiva).

Como resultado, o sangue acumula-se no coração e, consequentemente, nas veias e nos capilares dos pulmões, levando ao extravasamento de líquido para os alvéolos pulmonares (edema pulmonar).

O edema pulmonar decorrente de insuficiência cardíaca congestiva também pode ocorrer se o coração não suportar o aumento da pressão sanguínea na artéria pulmonar, como em casos de doença crônica dos pulmões ou hipertensão pulmonar.

No entanto, nem todo edema pulmonar é causado por problemas cardíacos. Outras causas de edema pulmonar incluem;

  • Pneumonia;
  • Infecções pulmonares;
  • Uso de certos medicamentos ou drogas;
  • Exposição a substâncias tóxicas (cloro, amoníaco, vômitos);
  • Altitudes elevadas (acima de 2.400 metros);
  • Inalação de fumaça tóxica;
  • Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda;
  • Afogamento.
Quais os sintomas do edema pulmonar?

Os sintomas do edema pulmonar podem se manifestar lentamente (edema crônico de pulmão) ou rapidamente (edema agudo de pulmão).

Sintomas de edema agudo de pulmão

No edema agudo de pulmão, a pessoa pode apresentar muita falta de ar, chiado no peito e dificuldade para respirar. Os sintomas pioram na posição deitada.

Outros sintomas do edema pulmonar agudo incluem sensação de sufocamento, respiração ofegante, ansiedade, desespero, palidez, transpiração, tosse com expectoração espumosa que pode conter sangue, dor no peito, batimentos cardíacos acelerados e irregulares.

Sintomas de edema pulmonar crônico

Os sintomas do edema de pulmão crônico manifestam-se lentamente. Os principais são a falta de ar e dificuldade para respirar ao realizar esforço físico. A dificuldade respiratória se agrava quando a pessoa se deita.

O edema pulmonar crônico pode causar ainda chiado no peito, inchaço nas pernas e nos tornozelos, falta de apetite, cansaço, além de falta de ar durante a noite, que melhora quando a pessoa se senta.

Também pode ocorrer um aumento rápido de peso, se o edema pulmonar for causado por insuficiência cardíaca, uma condição em que o coração não é capaz de bombear o sangue adequadamente. O ganho de peso nesses casos ocorre pelo excesso de líquido acumulado no corpo, sobretudo nas pernas.

Sintomas de edema pulmonar causado pela altitude

O edema pulmonar causado pela altitude pode causar falta de ar, dor de cabeça, inchaço devido à retenção de líquidos, insônia e tosse.

Como é feito o diagnóstico do edema pulmonar?

O raio-x de tórax muitas vezes é suficiente para detectar o edema pulmonar, pois já permite ao médico visualizar o excesso de líquido dentro dos pulmões.

Porém, para diagnosticar o edema de pulmão pode ser necessário realizar outros exames, como medição dos níveis de oxigênio no sangue, exames de sangue (ureia, marcadores cardíacos, creatinina), eletrocardiograma e ecocardiograma.

A ecocardiografia permite visualizar o coração e identificar doenças cardíacas e disfunções valvulares, o que ajuda a detectar a origem do edema pulmonar e escolher o melhor tratamento.

O tratamento do edema pulmonar geralmente requer uma equipe de médicos especialistas como clínico geral, cardiologista, pneumologista.

Pleurite: quais os sintomas e como tratar?

O principal sintoma da pleurite é a dor aguda no peito, que se agrava quando a pessoa respira fundo, espirra ou tosse. A dor pode irradiar ainda para ombros e costas. Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem dificuldade para respirar, espirros, tosse e febre.

Em alguns casos de pleurite, pode haver acúmulo de líquido no espaço entre as duas camadas da pleura. Se o volume de fluido acumulado for muito elevado, o atrito entre as duas membranas da pleura diminuem, o que alivia ou elimina a pleurisia.

Contudo, o excesso de líquido no espaço pleural pode comprimir os pulmões ao ponto de haver um colapso total ou parcial desses órgãos. Os sintomas mais característicos nesses casos são a dificuldade respiratória e a tosse. Quando esse líquido fica infeccionado, geralmente surge a febre.

Leia também: Quais as causas da pleurite?

Tratamento

O tratamento da pleurite varia conforme a causa e a gravidade do caso. Nas infecções virais, são usados medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Se a infecção for causada por bactérias, são administrados medicamentos antibióticos.

Quando há risco de formação de coágulos ou presença de embolia pulmonar, pode haver necessidade de usar anticoagulantes para dissolver os coágulos já formados ou prevenir a formação dos mesmos.

Para os casos de pleurite em que ocorre um grande acúmulo de líquido entre as camadas da pleura, o tratamento inclui ainda a drenagem do fluido por meio de um tubo inserido no tórax. Trata-se de um procedimento cirúrgico, realizado em hospital.

O diagnóstico da pleurite é feito através de exames de sangue, raio-x de tórax, tomografia computadorizada, ecografia e eletrocardiograma.

Quando necessário, podem ser retiradas amostras do líquido e do tecido pleural para serem analisadas em laboratório. O líquido pode ser retirado com uma agulha, enquanto que as amostras de tecido podem ser recolhidas através de biópsia.