Últimas Questões
O alívio para a dor no joelho depende essencialmente da sua causa.
Pode ser indicado:
- Imobilização da articulação (para evitar movimentos que agravam a dor)
- Gelo local
- Anti-inflamatórios, outros medicamentos específicos
- Mudança de hábitos
- Fisioterapia
- Infiltrações
- Cirurgia
Pode ser iniciado gelo e imobilização, mas em seguida deve ser agendada uma consulta com um/a médico/a ortopedista para fazer uma avaliação cuidadosa, se necessário, solicitar exames e definir o diagnóstico, dando início ao tratamento específico no seu caso.
TratamentosA imobilização pode estar indicada, mas é necessário a avaliação do/a médico/a, visto que existem casos em que é benéfico a mobilização do membro, e não o contrário; além do risco de tromboses, que devem ser prevenidas com orientações ou medicamentos orais, quando a perna é imobilizada.
A aplicação de gelo no joelho ajuda a aliviar a dor e o inchaço, quando presentes. A aplicação deve ser de pelo menos 20 minutos, pelo menos 3 vezes ao dia, sempre com cuidado com a pele, para evitar queimaduras, especialmente pessoas que apresentam menor sensibilidade, como é o caso de portadores de diabete mellitus.
Medicamentos orais como anti-inflamatórios, inibidores de reabsorção óssea, colágeno, corticoides, entre outros, são comumente utilizados, com bons resultados na maioria das vezes, principalmente em estágios iniciais da doença e nas doenças crônicas.
Mudanças de hábitos, nesse caso seriam principalmente "poupar" a articulação do joelho lesionado, evitando sobrecargas no joelho, como pegar peso, se agachar, atividades físicas extenuantes, atividades de impacto, como basquete, corrida, futebol ou vôlei; também é recomendado, reduzir o peso, caso esteja acima do esperado para sua idade e altura, e iniciar a fisioterapia, assim que liberado pela equipe médica.
A fisioterapia é de fundamental importância para a recuperação da articulação e retardo na evolução de algumas doenças. A terapia também é responsável pelo fortalecimento da musculatura acessória do joelho, fortalecimento dos músculos do quadril e da coxa, que ajudam a aliviar a dor e evitar piora do quadro.
Em alguns casos específicos, pode ser indicado infiltrações de anestésicos ou corticoides, na região lesionada, e em último caso,ou casos mais graves como lesão traumática, lesão de tendão, ou doenças muito avançadas, a cirurgia pode ser indicada.
Portanto, o tratamento vai depender da origem da dor, das condições do paciente e da experiência e avaliação da equipe médica.
O/A médico/a ortopedista é o/a especialista em joelhos, e deve ser consultado.
Saiba mais em:
O que pode causar dor no joelho?
O "pulso aberto" é um sintoma geralmente decorrente de traumas e esforços (fraturas, entorses, tendinites ou artroses), que podem ter lesionado alguma das estruturas do punho, como ossos e ligamentos.
Os principaissintomas do pulso aberto são dor no punho ou na mão, perda de força da mão e instabilidade da articulação do punho, o que causa limitação dos movimentos. Em alguns casos pode haver ainda inflamação do punho e inchaço local.
Entretanto, devido a grande quantidade de estruturas encontradas nessa região, é importante a avaliação por um especialista, para que seja feito o diagnóstico e tratamento adequados, evitando futuras complicações, como artrose e tendinites crônicas, por exemplo.
A imobilização do punho pode ser um primeiro passo, para amenizar os sintomas, como dor e o inchaço, assim como a aplicação de gelo no local durante 20 minutos, com cuidado e proteção da pele durante todo o tempo.
A fisioterapia pode ser indicada em muitos casos, sobretudo quando a recuperação é mais lenta.
Contudo, o tratamento para o pulso aberto depende da gravidade do caso. Nas lesões mais leves, pode ser necessário apenas fazer repouso, gelo local e tomar medicamentos analgésicos para aliviar a dor. Já os casos mais severos podem necessitar inclusive de intervenção cirúrgica.
Portanto sugerimos que agende uma consulte com um médico ortopedista, especialista em mãos, para avaliar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado.
Saiba mais em: Dor no pulso, o que pode ser e o que fazer?
O sapinho é uma infecção causada por fungos, muito comum em bebês pequenos. Podendo afetar a boca (candidíase oral) ou a região ao redor do ânus, com tendência para se manifestar em períodos em que o organismo do bebê está com a imunidade mais baixa.
O sapinho na boca ocorre sobretudo em bebês que usam mamadeira e chupeta, já que o fungo causador da candidíase oral pode se proliferar facilmente nesses objetos.
SintomasOs sinais e sintomas que caracterizam a presença de sapinho na boca do bebê são pequenos pontos brancos semelhantes a restos de leite, que podem surgir nos lábios, nas gengivas, na parte interna das bochechas e na língua.
As manchinhas são difíceis de sair da boca e podem ser dolorosas. Por isso não se deve tentar tirá-las ou raspá-las, pois pode piorar o quadro e causar ainda mais dor ao bebê.
Os casos mais graves de sapinho podem provocar ainda febre, tosse, inapetência e problemas estomacais.
Vale lembrar que a mãe pode ser infectada pelo bebê através da amamentação. Nesses casos, o sapinho se manifesta no bico do seio, causando coceira, descamação e ardência no local.
TratamentoO tratamento do sapinho em bebês é feito com medicamentos antifúngicos que são aplicados diretamente na boca da criança. Não se trata de uma doença grave, mas é necessário tratá-la adequadamente para que a infecção não se agrave.
O tratamento também deve ser feito pelas mães que estão amamentando para evitar que sejam infectadas ou perpetuem essa infecção.
PrevençãoPara prevenir o aparecimento de sapinho na boca do bebê, recomenda-se higienizar adequadamente as chupetas, as mamadeiras, mordedores, e todos os objetos que fizerem parte do dia a dia do bebê, sobretudo se o bebê ainda não tiver completado 6 meses de vida.
Também deve ser evitado que a criança coloque coisas na boca, ou receba beijos de adultos na boca, já que esse hábito pode favorecer o desenvolvimento do fungo.
O tratamento do sapinho na boca do bebê pode demorar meses e deve ser acompanhado pelo/a médico/a pediatra.
Saiba mais em:
O sapinho na boca, também chamado pelos médicos de candidíase oral, caracteriza-se pelo aparecimento de placas esbranquiçadas na língua, parte interna das bochechas e céu da boca. Os sinais e sintomas incluem ainda dificuldade para sentir o sabor dos alimentos e sensação de algodão na boca.
Bebês com sapinho na boca apresentam pequenos pontos brancos que se parecem com restos de leite. Essas manchinhas brancas são difíceis de sair, podem ser dolorosas e surgir nos lábios, parte interna das bochechas, gengivas e língua.
É importante não raspar ou tentar tirar os pontinhos brancos da boca do bebê, pois além de provocar dor e sangramento, pode piorar a infecção. O sapinho na boca do bebê também pode causar perda de apetite e prejudicar a amamentação.
Em pessoas com imunidade baixa, a candidíase oral pode cobrir toda a boca, a língua e chegar ao esôfago, causando dificuldade e dor para engolir. Os sinais e sintomas nos casos mais graves podem incluir febre, tosse e distúrbios digestivos.
TratamentoO tratamento do sapinho na boca é feito com medicamentos antifúngicos. A administração da medicação pode ser por via oral, sob a forma de comprimidos, ou tópica, aplicada diretamente sobre o local.
Pessoas que usam dentadura devem manter uma boa higiene da prótese, ter uma alimentação saudável e estar atentas ao tempo de uso da dentadura.
O tratamento do sapinho pode incluir ainda a suplementação nutricional, já que é comum indivíduos com infecções fúngicas frequentes terem também carências nutricionais.
O que pode causar sapinho na boca?A candidíase oral é uma infecção fúngica que afeta a boca, sendo mais comum em pessoas com imunidade baixa, como pacientes com HIV, transplantados renais, diabéticos, indivíduos que usam dentaduras e próteses dentárias, entre outros. O uso prolongado de medicamentos antibióticos também pode favorecer o aparecimento de sapinho na boca.
Caso apresente sintomas sugestivos de sapinho na boca, consulte o seu médico de família para uma avaliação.
Também pode ser do seu interesse:
Para que serve como usar nistatina oral, é indicado para aftas?
A disenteria é uma inflamação intestinal (gastroenterite), causada principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados por bactérias. As bactérias mais relacionadas com a disenteria são a E.Coli e a Shigella.
A transmissão pode ocorrer também por objetos contaminados, como utensílios de cozinha e acessórios de banheiros ou pelo contato direto com outras pessoas contaminadas.
Por isso a doença é tão prevalente nas crianças e em países com saneamento básico precário.
Quais são os sintomas de disenteria?Os sintomas da disenteria duram em média 7 a 10 dias, e incluem:
- Diarreia líquida com presença de sangue ou muco;
- Dor e cólicas abdominais;
- Náuseas, vômitos;
- Febre alta (temperatura axilar acima de 38,5º);
- Falta de apetite;
- Fraqueza.
O tratamento da disenteria se baseia na boa hidratação, cuidado com a alimentação e quando preciso, pode ser acrescentado algum medicamento como os antibióticos, para caso de infecção.
1. HidrataçãoA reposição de água é a medida mais importante para o tratamento de disenteria, evitando as complicações da diarreia, como a desidratação e a queda de sódio e potássio.
Para a reposição adequada, as unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) oferecem de forma gratuita, o soro de reidratação, com as composições de água e eletrólitos adequados. A composição também pode ser encontrada nas farmácias.
No entanto, caso não seja possível adquirir essa reposição, pode fazer uso do soro caseiro.
Soro caseiro: Adicione 2 colheres (sopa) de açúcar e 1 colher (café) de sal em 1 litro de água filtrada ou fervida. Misture bem e beba 1 copo de 250 ml sempre após as evacuações.
2. AlimentaçãoA recomendação segundo o ministério da saúde, é para manter o aleitamento materno e manter a alimentação habitual para as crianças e os adultos. No entanto, deve evitar as comidas gordurosas, derivados de leite, embutidos, café e bebidas alcoólicas.
Procure se alimentar bem, e beber bastante líquido.
3. Reposição de zincoA suplementação com zinco ajuda a diminuir o tempo de duração da diarreia e evita novos episódios . A dose recomendada é de 1 comprimido uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.
4. AntibióticoO antibiótico não deve ser usado de rotina, porque na maioria das vezes, a disenteria evolui com melhora espontânea. O uso desnecessário da medicação aumenta as chances de resistência das bactérias, além de causar efeitos colaterais inconvenientes.
Contudo, em algumas situações, o antibiótico deve ser usado desde o início, como nos casos de:
1. Mais de 7 dias de diarreia associada ou não a febre;
2. Mais de 6 evacuações líquidas ou pastosas por dia;
3. Pacientes com imunidade baixa, como aqueles que fazem uso de corticoides, quimioterapia ou imunossupressores e
4. Na presença de sangue nas fezes.
O antibiótico de escolha nessas situações são a Azitromicina ou a Ciprofloxacina. Cabe ao médico avaliar todos esses critérios para começar a medicação.
Sabendo que o tratamento da disenteria deve começar o quanto antes, devido aos riscos de desidratação grave e óbito, em especial nas crianças. Por isso, na suspeita de uma infecção intetsinal, como febre alta e sangue nas fezes, procure rapidamente um atendimento médico.
Diarreia é a mesma coisa que disenteria?Não. A diarreia é a ou aumento da frequência de evacuações por dia (mais de 3 vezes ao dia), com consistência amolecida, associada a dor na barriga, cólica, náuseas e vômitos. A diarreia costuma ser causada por vírus e não bactérias, por isso o quadro é mais brando.
A disenteria é a presença de diarreia associada a sangue e/ou muco nas fezes e sintomas mais graves, como febre alta, falta de apetite, cólicas intensas e fraqueza.
Tem como prevenir uma disenteria?Para prevenir a disenteria, é necessário ter cuidados adequados de higiene na preparação e no consumo de alimentos, sobretudo os que são comidos crus, como frutas e hortaliças.
A água usada para beber, cozinhar e lavar os alimentos deve ser tratada, fervida ou filtrada. Também é fundamental lavar bem as mãos antes de comer, ou antes, de preparar os alimentos e refeições.
Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados).
Mantenha a amamentação, porque o aleitamento materno aumenta a imunidade das crianças, inclusive contra as doenças diarreicas.
Mantenha bons hábitos de vida, para promover uma boa imunidade. Alimente-se bem, procure dormir bem, o organismo precisa descansar, pratique atividades físicas e se possível evite aborrecimentos e estresse.
Conheça as formas de fazer o soro caseiro no artigo: Como fazer soro caseiro?
Referências:
- UpToDate - James P Nataro, et al. Pathogenic Escherichia coli associated with diarrhea. Jan 13, 2020.
- UpToDate - Rabia Agha; Marcia B Goldberg. Shigella infection: Treatment and prevention in adults. Jun 09, 2019.
- Ministério da saúde - Brasil.
O valor de hemossedimentação, o VHS, quando está alto pode ser sinal de infecções causadas por vírus ou bactérias, processos inflamatórios, ou situações crônicas como anemia, diabetes, insuficiência renal e cardíaca, ou mesmo gestação.
VHS alto é grave?O valor de hemossedimentação alto não necessariamente indica uma doença de maior gravidade, o aumento de VHS pode não ser significativo em pessoas sem sintomas ou sem outras alterações laboratoriais.
O exame de VHS torna-se mais específico quando os valores de VHS atingem níveis muito elevados, acima de 100 mm/h.
Nesses casos trata-se de um achado importante e que precisa ser avaliado, principalmente se a pessoa estiver com sinais e sintomas de infecção, como febre, mal-estar, inapetência e aumento do número de leucócitos (leucocitose) no exame de sangue.
Algumas causas importantes de VHS muito alto são:
- Doença infecciosa aguda,
- Polimialgia reumática,
- Arterite temporal,
- Inflamação no tecido conjuntivo
- Câncer.
Os valores de referência do VHS variam de acordo com a idade e o sexo:
Idade | Homens | Mulheres |
menos de 50 anos | até 15 mm/h | até 20 mm/h |
mais de 50 anos | até 20 mm/h | até 30 mm/h |
mais de 85 anos | até 30 mm/h | até 42 mm/h |
Pode haver pequenas variações nos valores de referência conforme o laboratório em que o exame foi realizado.
Cabe ao médico que solicitou o exame interpretar os resultados e investigar a causa do aumento do VHS.
Saiba mais em:
Exame VHS: Para que serve e como entender os resultados?
Referências bibliográficas:
SANTOS V. M. et al. Velocidade de sedimentação das hemácias: utilidade e limitações. 2000
O exame VHS serve para identificar a presença de processos inflamatórios ou infecciosos no organismo, como artrites, infecções bacterianas, entre outras doenças.
VHS significa velocidade de hemossedimentação dos glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos. O teste avalia a altura da camada de células que se depositam no fundo de um tubo de vidro com sangue durante um período de tempo.
Apesar disso, existem diversos fatores que podem alterar o exame VHS, gerando resultados falso-positivos e falso-negativos. Por isso o exame VHS tem maior utilidade para rastrear sobretudo doenças reumáticas, como a polimialgia reumática e a arterite temporal.
O VHS depende da agregação dessas células e da formação de um aglomerado de hemácias sobre um mesmo eixo.
Hemácias maiores que o normal (macrocíticas) depositam-se mais rapidamente no fundo do tubo, enquanto que as que têm um tamanho menor que o normal (microcíticas), sedimentam-se mais devagar. Por isso as anemias podem alterar o VHS.
Veja também: No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?
Quando as hemácias têm formas irregulares, fica difícil de se agregarem sobre um mesmo eixo, o que reduz também o VHS.
Vale lembrar que o exame VHS não é o teste mais fidedigno para rastrear infecções, já que existem outros exames mais sensíveis para esse efeito, como o teste de proteína C- reativa, por exemplo.
Leia também: Proteína C reativa: O que é o exame PCR e para que serve?
Além disso, a própria febre e o aumento dos leucócitos são sinais mais precoces e fidedignos de infecções quando comparados ao aumento do VHS.
VHS AltoOs valores de referência do VHS variam de acordo com a idade e o sexo:
Idade | Homens | Mulheres |
menos de 50 anos | até 15 mm/h | até 20 mm/h |
mais de 50 anos | até 20 mm/h | até 30 mm/h |
mais de 85 anos | até 30 mm/h | até 42 mm/h |
Quando o resultado do exame VHS está muito alto (acima de 100 mm/h), pode ser sinal de infecção, inflamação no tecido conjuntivo ou ainda câncer. A velocidade de hemossedimentação nesses casos é bastante específica e as chances de resultados falso-positivos é baixa.
Vale lembrar que valores tão elevados de VHS poucas vezes são encontrados no exame. No entanto, trata-se de um achado importante que precisa ser investigado, sobretudo se vier acompanhado por sinais e sintomas de infecção.
Saiba mais em: VHS alto, o que pode ser?
VHS BaixoQuando o valor de VHS está baixo normalmente não é sinal de doenças e não tem grande relevância clínica.
Contudo, há algumas condições que podem manter os níveis de VHS constantemente baixos, o que pode interferir no diagnóstico de processos infecciosos e inflamatórios, que é o principal objetivo do exame de VHS.
Dentre as doenças e situações que podem deixar o VHS baixo estão o aumento do número de células sanguíneas (policitemia), aumento do número de leucócitos (leucocitose), também conhecidos como glóbulos brancos, uso de corticoides, distúrbios na coagulação do sangue e alguns tipos de anemia.
O médico que solicitou o teste é o responsável pela avaliação dos resultados do exame VHS.
O exame AST serve detectar lesões no fígado, na bile e no pâncreas. O AST (aspartato aminotransferase) também conhecido como TGO, é uma enzima presente no corpo todo, mas é encontrada em maiores quantidades no fígado. Leões hepáticas levam ao extravasamento dessa enzima na circulação sanguínea, deixando os seus níveis altos.
Geralmente o exame AST é solicitado quando há suspeita de doenças que afetam sobretudo o fígado. Os valores de referência do aspartato aminotransferase (AST) variam de laboratório para laboratório, mas geralmente ficam entre 5 e 40 U/L.
Quando os valores de aspartato aminotransferase estão muito altos (10 vezes acima do normal), normalmente é sinal de hepatite aguda causada por vírus. Nesses casos, os níveis de AST podem demorar de 3 a 6 meses para voltar ao normal.
Há ainda outras condições que podem elevar os níveis de aspartato aminotransferase, como exposição a produtos tóxicos para o fígado e redução da circulação sanguínea para o fígado.
Pessoas com hepatite crônica, cirrose, câncer de fígado, doenças biliares ou que tiveram infarto ou danos musculares, também podem apresentar resultados ligeiramente altos para o AST. Até mesmo exercícios físicos intensos podem elevar um pouco os níveis de aspartato aminotransferase.
Os níveis de AST normalmente são analisados em conjunto com a alanina aminotransferase (ALT), outra enzima encontrada no fígado, bem como com outros exames hepáticos (fosfatase alcalina, albumina, bilirrubinas...).
Os sinais e sintomas que podem indicar uma doença hepática e levar o médico a solicitar o exame AST são:
- Dores na parte superior do abdômen;
- Icterícia (pele e olhos amarelados);
- Escurecimento da urina;
- Coceira pelo corpo.
O exame AST também pode ser realizado quando o risco de desenvolver alguma doença hepática é maior, como em casos de hepatite, abuso de álcool, uso de certos medicamentos, entre outras situações.
A interpretação do exame AST deve ser feita pelo médico que solicitou o exame, que irá levar em consideração o exame clínico, a história e os resultados de outros exames.
Saiba mais em:
Para que servem os exames de TGO e TGP?
O que pode significar nível alto ou baixo de TGO e TGP?
O exame de TGP da minha filha está 73, o que isto significa?
Não necessariamente, mas a depender do tipo de mancha escura pode ser sim sinal de diabetes ou de risco aumentado para o seu desenvolvimento, significando muitas vezes resistência à insulina.
O tipo de mancha que se relaciona ao diabetes e ao seu risco é a Acantose Nigricans, que é uma mancha escura, aveludada e endurecida. Essas manchas, geralmente, surgem em áreas de dobras do corpo, como em pescoço, virilha e axilas.
Acantose NigricansO seu aparecimento também está muito associado à obesidade e à história familiar de manchas semelhantes. O uso de alguns tipos de medicações também pode favorecer o aparecimento dessas manchas, como corticoesteroides e anticoncepcionais hormonais. Mais raramente a Acantose também pode estar relacionada a tumores malignos como adenocarcinoma gástrico, carcinomas e linfomas.
A melhor forma de remover essas manchas é tratar a doença que está associada a elas, como o diabetes ou a obesidade. O tratamento das manchas escuras no pescoço ou em outras partes do corpo decorrentes do diabetes deve sempre incidir sobre a doença de base e não sobre as manchas.
O uso de produtos dermatológicos como pomadas, loções e cremes suaviza o aspecto escuro das manchas, mas não é capaz de removê-las. Além disso, uma vez que esse escurecimento da pele é um sinal de doença, é importante tratar a sua causa, não apenas para fins estéticos, mas também de saúde.
Caso tenha surgido uma mancha escura em seu pescoço e esteja com dúvidas procure fazer uma avaliação inicial com um médico de família ou clínico geral.
Saiba mais em:
Manchas escuras na pele: o que pode ser?
Não, lúpus não é câncer. Trata-se de uma doença inflamatória em que o sistema imunológico produz anticorpos que atacam os órgãos do própria pessoa. Apesar de não ser câncer nem ter risco de evoluir para um tumor maligno, sabe-se que pessoas com lúpus eritematoso sistêmico podem ter um risco ligeiramente maior de desenvolver alguns tipos de câncer, como o linfoma não-Hodgkin.
Portanto, o lúpus é uma doença inflamatória autoimune e não um tipo de câncer. Sua causa não é conhecida, mas o desenvolvimento da doença pode ser desencadeado por fatores genéticos, hormonais e ambientais.
A produção anormal de anticorpos provoca um ataque ao tecido conjuntivo da própria pessoa, podendo atingir a pele e órgãos internos como pulmões e coração, bem como qualquer parte do corpo que tenha cartilagem, como as articulações, as orelhas e o nariz.
Os sintomas do lúpus dependem do local da inflamação e variam muito de acordo com o caso e a fase de atividade da doença (ativa ou inativa).
O tratamento do lúpus inclui medicamentos corticoides e imunossupressores, que controlam a produção e a ação dos anticorpos.
O diagnóstico e tratamento do lúpus é da responsabilidade do médico reumatologista.
Veja também:
O tratamento para hepatite B depende do estágio da doença. Para a hepatite aguda, o tratamento tem como objetivo apenas aliviar os sintomas. Na fase crônica, a hepatite B é tratada com medicamentos específicos para combater a multiplicação do vírus, diminuir os danos ao fígado e prevenir a evolução da cirrose e do câncer hepático.
Hepatite B agudaO tratamento da hepatite B aguda inclui:
- Cuidados gerais, como evitar o consumo de bebidas alcoólicas e medicação sem prescrição médica;
- Aumentar a ingesta de água;
- Alimentação saudável;
- Repouso relativo, diminuir atividade física.
Os sintomas nessa fase estão presentes na minoria dos casos e podem incluir febre, fadiga, dores abdominais, náuseas, vômitos, escurecimento da urina, dores articulares e icterícia (pele e olhos amarelados).
Embora a maioria das pessoas com Hepatite B recupere-se da doença sem complicações, há casos raros em que o quadro evolui para hepatite fulminante, que pode levar à morte.
O tratamento para esses pacientes deve ser internado em setor de terapia intensiva, para controle rigoroso de sais e líquidos corporais, batimentos cardíacos, respiração, prevenção de hemorragias e, quando necessário, transplante de fígado.
Hepatite B crônicaO tratamento da hepatite B na fase crônica se baseia no uso de medicamentos que servirão para conter a replicação viral e a inflamação hepática, prevenindo ou reduzindo o risco de evoluir para um quadro mais grave como cirrose ou câncer de fígado.
Como prevenir a Hepatite B?Para prevenir a hepatite B, basta tomar a vacina, usar preservativo em todas as relações sexuais e nunca compartilhar agulhas, seringas, materiais de manicure e pedicure ou qualquer objeto perfurante ou cortante.
A vacina contra hepatite B é disponibilizada gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).
Saiba mais em:
Hepatite B tem cura? Se tem, qual o tratamento?
Não, lúpus não é contagioso, o que significa que não se pega, nem se transmite. Pessoas com lúpus eritematoso sistêmico desenvolvem a doença porque o seu sistema imunológico produz anticorpos que atacam o seu próprio corpo. A causa do lúpus é desconhecida, embora já se saiba que a genética, bem como fatores hormonais e ambientais podem favorecer o aparecimento da doença.
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune. Por isso, o lúpus não é contagioso, já que não é causado por vírus, bactérias ou qualquer micro-organismo que possa ser transmitido de pessoa para pessoa.
Lúpus eritematoso sistêmicoO lúpus é muito mais comum em mulheres do que em homens. Pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, aparece com mais frequência em pessoas entre 15 e 44 anos de idade.
Quais as causas do lúpus?A causa do lúpus eritematoso sistêmico não é totalmente conhecida. A origem da doença pode estar associada a fatores genéticos, ambientais e hormonais, bem como ao uso de certos medicamentos.
A produção anormal de anticorpos ocorre devido a uma predisposição genética associada a outros fatores, como exposição ao sol e infecções.
Esses anticorpos atacam o tecido conjuntivo do próprio indivíduo, o que faz com que o lúpus se manifeste em qualquer parte do corpo que tenha tecido conjuntivo, como pele, nariz, orelhas, articulações, pulmões, rins, cérebro, entre outras.
Quais os sintomas do lúpus?Os principais sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem febre, mal estar, inflamações e dores articulares, manchas na pele, distúrbios respiratórios, feridas na boca e presença de nódulos ou caroços pelo corpo.
Cerca de metade das pessoas com lúpus apresenta uma erupção cutânea em forma de "borboleta", que surge principalmente nas bochechas e no nariz. A erupção ou “rash" cutâneo pode se espalhar e piora com a luz do sol.
Outros sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem ainda:
- Dor no peito ao respirar profundamente;
- Fadiga;
- Inquietação ou indisposição;
- Queda de cabelo;
- Perda de peso;
- Sensibilidade à luz solar.
Os sintomas do lúpus também variam de acordo com a parte do corpo afetada:
Cérebro e sistema nervoso: dor de cabeça, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão e alterações de personalidade;Tubo digestivo: dor abdominal, náuseas e vômitos;Coração: problemas nas válvulas cardíacas, inflamação do músculo cardíaco (miocardite);Pulmão: acúmulo de líquido no espaço pleural, dificuldade para respirar;Pele: cor da pele irregular e dedos que mudam de cor quando está frio (fenômeno de Raynaud).Rim: insuficiência renal.
Os sintomas do lúpus variam de pessoa para pessoa e podem aparecer e desaparecer. Algumas pessoas têm apenas sintomas de pele. É o chamado lúpus eritematoso discoide.
Contudo, todas as pessoas com lúpus eritematoso sistêmico sofrem de dores e inchaço nas articulações em algum momento. Algumas desenvolvem artrite. O lúpus geralmente afeta as articulações dos dedos, mãos, punhos e joelhos.
Qual é o tratamento para lúpus?O tratamento do lúpus é feito com medicamentos corticoides e imunomoduladores. Para tratar distúrbios de coagulação, são usados medicamentos anticoagulantes.
Formas leves de lúpus podem ser tratadas com:
- Anti-inflamatórios não esteroides para alívio dos sintomas articulares e da pleurisia;
- Corticoides em baixas doses, como prednisona, para a pele e para a artrite;
- Cremes com corticoides para tratar as erupções cutâneas;
- Hidroxicloroquina, um medicamento que também é usado no tratamento da malária;
- Belimumab, um medicamento biológico que pode ser útil em alguns casos.
O tratamento dos casos graves de lúpus eritematoso sistêmico é feito com doses elevadas de corticoides e medicamentos imunossupressores. Estes últimos são utilizados se não houver melhora do quadro com os corticoides ou se os sintomas piorarem quando o medicamento deixa de ser usado.
Os medicamentos mais usados para tratar lúpus são: micofenolato, azatioprina e ciclofosfamida. Devido à sua toxicidade, o uso de ciclofosfamida é permitido apenas por períodos de 3 a 6 meses. Da mesma forma, o rituximab é usado apenas em alguns casos.
O lúpus eritematoso sistêmico não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas. Casos graves que envolvem coração, pulmões, rins e outros órgãos geralmente precisam de tratamento especializado.
Contudo, muitas pessoas com LES apresentam sintomas leves. O prognóstico depende da gravidade da doença. A maioria das pessoas com lúpus precisam tomar medicamentos por longos períodos de tempo.
Quais as possíveis complicações do lúpus?Algumas pessoas com lúpus têm depósitos anormais de fatores imunológicos nas células renais. Isso leva a uma condição chamada nefrite lúpica, que pode causar insuficiência renal. Nesses casos, pode haver necessidade de diálise ou transplante de rim.
Uma biópsia renal é feita para detectar a extensão do dano e ajudar a orientar o tratamento. Se a nefrite estiver ativa, é necessário tratamento com medicamentos imunossupressores, incluindo altas doses de corticoides juntamente com ciclofosfamida ou micofenolato.
Outras possíveis complicações do lúpus eritematoso sistêmico:
- Formação de coágulos sanguíneos nas artérias ou nas veias das pernas, pulmões, cérebro ou intestinos;
- Destruição de glóbulos vermelhos e anemia;
- Inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite);
- Inflamação do coração (miocardite ou endocardite);
- Presença de líquido ao redor dos pulmões;
- Danos nos tecidos pulmonares;
- Problemas durante a gravidez, incluindo aborto;
- Derrame cerebral;
- Lesão no intestino com dor e obstrução intestinal;
- Inflamação do intestino;
- Plaquetas baixas (essas células são responsáveis pela coagulação sanguínea, portanto interrompem sangramentos);
- Inflamação dos vasos sanguíneos.
Muitas mulheres com LES podem engravidar e dar à luz um bebê saudável, principalmente se receberem tratamento adequado e não tiverem problemas cardíacos ou renais graves. No entanto, a presença de certos anticorpos na circulação sanguínea da gestante aumenta o risco de aborto espontâneo. Além disso, o lúpus e os medicamentos usados para tratar a doença podem prejudicar o feto.
O diagnóstico e o acompanhamento do lúpus eritematoso sistêmico é da responsabilidade do médico reumatologista.