Perguntas Frequentes
O carcinoma ductal da mama é um tumor derivado das células de revestimento dos ductos mamários e representa 80 a 90% dos cânceres de mama.
O carcinoma ductal pode ser dividido em:
- In situ ou intraductal: quando há proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal, não invadindo estruturas profundas.
- Invasor: quando as células malignas invadem estruturas além da membrana basal.
Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal in situ são:
- nódulo ou caroço palpável na mama;
- derrame papilar: saída de secreção espontaneamente pelos mamilos;
- alteração na mamografia, sem sintomas clínicos.
Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal invasor são:
- nódulo, caroço ou massa palpável na mama;
- saída espontânea de secreção pelo mamilo;
- alterações na pele, que fica similar a casca da laranja;
- em tumores avançados, pode haver ulceração e grande deformidade da mama.
A evolução do câncer de mama é variável para cada paciente, por diferenças em relação ao crescimento tumoral, capacidade de invasão, potencial metastático e outros mecanismos. Diante deste fato, é importante conhecer estas variáveis no momento do diagnóstico ou da cirurgia, associadas ao tempo livre de doença ou de sobrevida geral, sendo essa a definição de prognóstico.
Os fatores prognósticos do câncer de mama podem incluir:
- idade: pacientes mais jovens, com menos de 35 anos, possuem uma evolução clínica pior do que as pacientes mais velhas, pós-menopausa, pois seus tumores são mais agressivos;
- etnia: mulheres da raça negra e hispânica tem pior prognóstico que as mulheres brancas, que pode estar associado a piores condições de acesso aos serviços de saúde;
- tipo histológico do tumor: o carcinoma ductal tem pior prognóstico em relação a outros tipos histológicos;
- tamanho do tumor: quanto maior, pior prognóstico;
- acometimento de linfonodos: se acometidos, o prognóstico é pior;
- receptores de hormônios (estrogênio e progesterona): tumores com presença destes receptores tem melhor prognóstico;
- outros marcadores moleculares, como oncogenes que, quando presentes, denotam pior prognóstico.
O tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica completa, que algumas vezes deverá incluir a remoção dos linfonodos axilares também. Outras terapias são quimio e radioterapia, além do uso de medicações que bloqueiam receptores hormonais, como o tamoxifeno.
Toda mulher deve se consultar anualmente com o ginecologista e realizar mamografia anualmente conforme as orientações abaixo:
- mulheres a partir dos 40 anos, sem histórico familiar de câncer de mama;
- mulheres a partir dos 35 anos, que tenham histórico familiar de câncer de mama;
- dez anos antes do diagnóstico de câncer de mama em familiar de primeiro grau.
Na presença de alterações mamárias, deve ser procurado um ginecologista ou mastologista.
22 semanas de gravidez correspondem ao final do quinto mês e início do sexto mês de gestação.
Pode ser bastante confuso converter semanas de gestação em meses. Isso porque os meses têm, em geral, 4 semanas e 2 ou 3 dias (dependendo do mês).
Mas na realidade, não existe motivo para fazer a conversão de semanas em meses. Os profissionais de saúde se baseiam sempre na semana de gravidez para avaliar se está tudo bem com a gestante e com o bebê. É por isso que a gestação é sempre contada em semanas e não em meses.
A gestante com 22 semanas de gestação deve ter consultas de pré-natal a cada 4 ou 5 semanas. Entre as semanas 16 e 22, o profissional de saúde (enfermeiro ou médico) irá avaliar os seguintes parâmetros:
- Peso / ganho de peso da gestante;
- Pressão arterial da gestante;
- Edema (verificam se há partes do corpo da gestante inchadas, como os pés e rosto);
- Situação vacinal da gestante (se todas as vacinas estão em dia);
- Condição nutricional da gestante;
- Alterações psicológicas da gestante;
- Batimentos cardíacos do bebê;
- Movimentos fetais;
- Resultados dos exames realizados até o momento.
O profissional de saúde normalmente também mede a barriga da gestante para fazer uma avaliação do crescimento do bebê. Além disso, é aconselhável fazer um ultrassom nessa fase para verificar se o desenvolvimento do bebê está adequado.
Leia também:
Referências:
NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27-28.
Chames MC, Bailey JM, Greenberg GM, Harrison RV, Schiller JH, Williams CB. Guidelines for Clinical Care Ambulatory. Prenatal care. Michigan Medicine, University of Michigan. Last review: January 2019. https://www.med.umich.edu/1info/FHP/practiceguides/newpnc/PNC.pdf
Kiserud T, Piaggio G, Carroli G, Widmer M, Carvalho J, Neerup Jensen L, et al. (2017) The World Health Organization Fetal Growth Charts: A Multinational Longitudinal Study of Ultrasound Biometric Measurements and Estimated Fetal Weight. PLoS Med 14(1): e1002220.
Fibrose cística é uma doença hereditária, também conhecida como mucoviscidose. A fibrose cística caracteriza-se pelo acúmulo de secreção densa e viscosa. Não, a doença ainda não tem cura.
É uma doença genética, autossômica recessiva, que leva o organismo a produzir uma secreção espessa e viscosa, capaz de obstruir principalmente os pulmões e o pâncreas.
A obstrução gerada nos pulmões facilita desenvolvimento de infecções, pneumonias de repetição, causando risco de vida.
Já a secreção acumulada no pâncreas, reduz a capacidade de produção das enzimas pancreáticas, prejudicando a digestão de gorduras e proteínas. Com isso, observamos dificuldade de ganho de peso, ou mesmo quadros de desnutrição, uma vez que não conseguem absorver os nutrientes dos alimentos.
Quais são os sintomas da fibrose cística?A fibrose cística manifesta-se principalmente através de sintomas respiratórios e gastrointestinais, além de uma presença excessiva de cloro no suor do paciente, causando "suor salgado".
No entanto, à medida que o tempo passa, a doença pulmonar piora e pode deixar o paciente incapacitado.
Dentre as complicações pulmonares que podem ocorrer em consequência da fibrose cística incluem dilatação dos brônquios, acúmulo de secreção, insuficiência respiratória crônica e limitação das atividades de vida diárias.
Fibrose cística tem cura?Fibrose cística não tem cura. O tratamento, que envolve médico, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente social, visa retardar a evolução da doença, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida do paciente.
Seguindo um tratamento adequado, e multidisciplinar, o ministério da saúde publica em 2017, uma constante melhora na expectativa de vida, atualmente para mais de 75% atingindo idade adulta, e mais de 50% a terceira década de vida.
Qual é o tratamento para fibrose cística?O tratamento do trato respiratório inclui fluidificação das secreções através de nebulizações, fisioterapia respiratória, antibióticos inalatórios e transplante de pulmão, nos casos muito avançados.
Em muitos casos, o foco principal do tratamento é manter uma nutrição adequada, seguindo uma dieta mais calórica e repondo as enzimas do pâncreas.
Essas medidas podem evitar que o paciente fique desnutrido e a doença pulmonar se agrave, pois já se sabe que quanto pior for a desnutrição, mais os pulmões serão prejudicados.
O diagnóstico da fibrose cística pode ser feito logo ao nascimento do bebê, através do teste do pezinho. Quanto mais cedo a doença for detectada, melhor será a qualidade de vida e maior o tempo de sobrevida do paciente.
Abscesso é uma coleção de pus localizada em algum tecido, o mais conhecido é o abscesso localizado embaixo da pele e nas suas camadas mais profundas. Trata-se de um processo inflamatório agudo com acúmulo de pus em alguma parte do corpo.
A região acometida pelo abscesso pode ficar inchada, dolorida, avermelhada, quente e com a parte central amarelada, demonstrando a presença do pus. Na maioria das vezes, o pus decorre de alguma infecção sanguínea que se expressa na pele.
O abscesso é diferente do furúnculo e pode ocorrer inclusive em alguns órgãos como no pulmão, no cérebro, nas mamas, no fígado, entre outros.
AbscessoNa maioria dos casos, o abscesso é causado por infecções bacterianas. O pus acumulado é formado por bactérias e células de defesa mortas durante o ataque do sistema imunológico aos micro-organismos invasores.
Pacientes com diabetes apresentam abscessos com mais frequência. Por essa razão, pessoas que apresentam abscessos recorrentemente ou dificuldade de cicatrização devem consultar um médico para despistar a possibilidade de diabetes.
O abscesso requer tratamento específico a depender de sua localização e extensão, podendo necessitar de retirada cirúrgica para drenar o pus presente no local.
Como identificar um abscesso?Os principais sinais e sintomas de um abscesso são a dor, a vermelhidão, o inchaço e o aumento da temperatura local, que são os sinais típicos de uma inflamação.
Os sintomas do abscesso se agravam conforme o abscesso estica o tecido e começa a rompê-lo, como observado nos abscessos da pele.
A dor causada pelo abscesso é provocada pela pressão que o pus exerce sobre as terminações nervosas. Daí o alívio da dor quando ocorre a ruptura ou a drenagem do abscesso.
Quando o abscesso surge no interior do corpo, outros sintomas podem se manifestar, como febre.
Existem ainda abscessos que se formam lentamente, sem manifestação dos sinais e sintomas que caracterizam o abscesso, como dor, aumento da temperatura local e vermelhidão.
Esses abscessos são causados, na maioria das vezes, pela bactéria causadora da tuberculose e podem surgir em qualquer parte do corpo, embora sejam mais frequentes na coluna, no quadril, nos linfonodos (gânglios linfáticos) e na região genital.
Qual é o tratamento para abscesso?O tratamento do abscesso depende da sua localização e do seu tamanho. O principal objetivo do tratamento é drenar o pus para aliviar a dor e amenizar a infecção. Podem ser indicados medicamentos analgésicos para aliviar a dor. O tratamento de alguns abscessos é feito através de cirurgia para drenar o pus.
A aplicação de compressas quentes sobre a pele, nesses tipos de abscessos, pode ajudar a drenagem, mas aumenta os riscos da infecção se disseminar para os tecidos vizinhos. Nesses casos, recomenda-se que a área afetada permaneça em repouso. Quando pus começar a sair, deve-se cobrir o local com um curativo seco.
Para maiores esclarecimentos, consulte um clínico geral ou um médico de família.
Não, anticoncepcional não perde o efeito com o tempo.
O anticoncepcional é uma medicação hormonal que reordena o ciclo menstrual da mulher.
Os primeiros três meses do uso da pílula anticoncepcional são de adaptação hormonal à nova medicação bem como a adequação da mulher aos horários da tomada. Sendo assim, pode haver alguma falha nesse processo, resultando em gravidez indesejada. É indicado o uso de outro método anticoncepcional nesse período de adaptação como, por exemplo, o preservativo feminino ou masculino.
A pílula anticoncepcional deve ser usada corretamente e não é indicado realizar interrupções frequentes como usar por alguns dias, parar de tomar e voltar a usar. Dessa forma, ela não terá uma eficácia adequada e não fará seu efeito contraceptivo esperado.
Mesmo usando o anticoncepcional por muito tempo, ele não perde o efeito contraceptivo. A mulher pode continuar tomando corretamente a medicação e ela continuará fazendo efeito.
O tratamento para febre maculosa é feito com antibióticos, uma vez que a doença é causada por uma bactéria. Os antibióticos usados são a doxiciclina ou cloranfenicol, que podem ser administrados por via oral ou endovenosa. O tempo de tratamento é de 7 dias.
Além da antibioticoterapia, a febre maculosa pode necessitar de tratamento de suporte, com analgésico, antitérmico, ou em casos mais graves reposição do volume de sangue, suporte respiratório e medicação específica para atuar nos vasos sanguíneos, como a noradrenalina.
Pacientes que conseguem engolir recebem os antibióticos por via oral. Nos casos mais graves, com vômitos e inchaço, os medicamentos são administrados por via endovenosa.
A resposta aos antibióticos é boa e a febre maculosa fica completamente curada. Porém, para ser eficaz, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes, logo no início da doença.
Embora não seja uma doença muito frequente, a febre maculosa apresenta uma alta taxa de mortalidade devido à falta de diagnóstico e tratamento precoces. A partir do 7º dia, as lesões que a bactéria causa na parede dos vasos sanguíneos podem ser irreversíveis, tornando a morte inevitável.
Por isso é muito importante que a febre maculosa seja diagnosticada e tratada o mais rápido possível, o que nem sempre acontece, uma vez que os seus sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças, como dengue, por exemplo.
Leia também: O que é febre maculosa e quais os sintomas?
Como prevenir a febre maculosa?A melhor forma de prevenir a febre maculosa é evitar áreas infestadas por carrapatos e ficar atento à presença de carrapatos em animais como cães, cavalos e capivaras.
Se alguém estiver com algum carrapato aderido à pele, não deve esmagar o animal para evitar o possível contágio através de lesões na pele. É preciso remover o parasita com cuidado e lentamente.
Lembrando que para haver transmissão da febre maculosa, o carrapato precisar ficar "grudado" na pele durante cerca de 4 horas.
O médico infectologista é o responsável pelo tratamento da febre maculosa.
Amamentando e tomando Norestin (ou outro anticoncepcional para amamentação) o mais provável é que não haja sangramento porém eventualmente pode ocorrer. Se não tomar o anticoncepcional estará correndo risco de engravidar.
A bactéria KPC é transmitida pelo contato com secreções corporais de paciente infectado com a bactéria. Isso ocorre em ambiente hospitalar quando regras mínimas de higiene não são estabelecidas.
Para prevenir a transmissão, os profissionais e as pessoas que visitam o paciente devem lavar as mãos com água e sabão e desinfetar com álcool antes e após o contato com o paciente, além de usar medidas de proteção como o uso de luvas, máscaras e aventais descartáveis.
O uso exagerado de antibióticos de alta potência influenciou no aparecimento e propagação da bactéria KPC. Essa bactéria é resistente a uma classe de antibiótico considerada muito forte e usada em raras situações, após ter sido usado outros antibióticos também potentes.
O hábito incorreto do uso de antibióticos sem a real necessidade contribui para a resistência das bactérias e a formação de novas. Por isso é importante usar antibiótico apenas com a indicação e receita médica, pelo tempo completo indicado e na quantidade exata prescrita pelo/a médico/a.
O tratamento da síndrome da bexiga dolorosa (ou cistite intersticial), se baseia em três pilares, são eles:
- Mudanças na dieta e aconselhamento;
- Fisioterapia e
- Uso de medicamentos;
Alguns estudos sugerem ainda a melhora dos sintomas com atividade física regularmente, mas ainda carece de estudos.
A mudança na dieta e aconselhamentos médicos devem ser os primeiros passos para o tratamento da síndrome, visto que mais de 45-50% dos pacientes, relatam importante melhora dos sintomas após essas modificações alimentares.
Inclusive, mais de 90% das crises relatadas, foram causadas pela ingesta de alimentos sabidamente desaconselhados.
Por isso é importante que o paciente identifique os alimentos e bebidas que pioram os sintomas e elimine-os da dieta, pelo menos temporariamente. Depois, eles podem ser reintroduzidos aos poucos, conforme a reação da pessoa.
A fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico está indicada para quase todos os casos, de acordo com a avaliação médica. Auxilia tanto na incontinência e dor local, quando na autoestima da paciente (quando mulher).
Dentre os medicamentos mais estudados e indicados, a primeira escolha no Brasil, é a amitriptilina, na dose inicial de 50 a 75 mg por dia. Outros medicamentos parecem bastante promissores, porém necessitam de mais estudos, como a cimetidina e o hidroxizine, em pacientes alérgicos.
Nos Estados Unidos, o último consenso indica a medicação Pentosan polissulfato (PPS), como grande aquisição no conjunto do tratamento, porém ainda não está disponibilizada no Brasil.
Durante o tratamento da síndrome da bexiga dolorosa, podem ser indicados exercícios físicos, pois liberam substâncias que aumentam a sensação de prazer e bem-estar e aliviam a dor.
Leia também: Cistite intersticial tem cura? Com é o tratamento?
DietaNa esmagadora maioria dos casos, os sintomas pioram após o consumo de determinados alimentos, como frutas cítricas, bananas, tomates, nozes, castanhas, amendoim, soja, ovos, frutos do mar, peixes, comidas apimentadas, adoçantes artificiais, vitamina C e produtos derivados do trigo.
Esses alimentos poder provocar reações alérgicas em todo o organismo, inclusive na bexiga, com presença de dor e outros sintomas que indicam irritação local.
Além desses alimentos, pessoas com síndrome da bexiga dolorosa devem evitar alimentos muito condimentados, molhos e temperos industrializados, café e bebidas alcoólicas.
Contudo cabe a cada pessoa identificar o que piora os sintomas e eliminar da dieta durante 7 dias. Se houver melhora do quadro, o alimento pode ser novamente introduzido na alimentação gradualmente, sempre observando o retorno ou a ausência dos sintomas.
Embora a síndrome da bexiga dolorosa não seja uma doença grave, o seu tratamento é complexo. O objetivo é melhorar os sintomas, sobretudo a dor, e melhorar a qualidade de vida da pessoa.
O médico urologista ou ginecologista, é o especialista responsável pelo tratamento da síndrome da bexiga dolorosa.
Saiba mais em:
A sobrecarga atrial esquerda corresponde ao aumento do volume do átrio esquerdo, que é uma das câmaras do coração.
Ocorre sobrecarga quando o átrio não consegue se esvaziar adequadamente, acumulando mais sangue do que deveria. Isso é mais comum quando existe alguma doença cardíaca, como:
- Doenças da válvula mitral: estenose mitral, insuficiência mitral
- Doenças da válvula aórtica: Estenose e insuficiência aórtica
- Hipertensão arterial
- Cardiomiopatia hipertrófica
- Fibrilação atrial
- Infartos extensos
- Cardiomiopatia dilatada
- Coartação da aorta
É importante salientar que o próprio envelhecimento pode causar alterações do átrio esquerdo, levando a sobrecarga, da mesma forma que a obesidade.
Caso o seu eletrocardiograma tenha mostrado uma sobrecarga de átrio esquerdo, converse com o seu médico de família, clínico geral ou cardiologista.
Referências bibliográficas:
Edhouse J, Thakur RK, Khalil JM. Conditions affecting the left side of the heart. BMJ 2002
Os exames que devem ser feitos durante o pré-natal, idealmente, em grávidas sem fatores de risco, são os seguintes:
1º mês:- Tipagem de sangue (ABO e Rh): É importante para identificar o tipo de sangue, o que é essencial, especialmente quando a gestante é Rh negativo e o pai é Rh positivo. Quando isso acontece, é preciso fazer exames de controle durante a gravidez, para verificar se ocorreu a isoimunização - passagem do sangue fetal Rh positivo para mãe e consequente produção de anticorpos, principalmente depois do segundo filho do casal. Atualmente o Rh negativo não representa riscos, se houver um controle adequado através do exame de sangue Coombs indireto. É importante se lembrar que uma "vacina" deve ser aplicada na 28ª semana de gestação e outra logo depois do parto, para inibir a criação do fator anti-Rh);
- Hemograma completo: Revela se a gestante tem anemia, ou revela sinais de infecção bacteriana ou viral; pode ser repetido durante o decorrer do pré-natal, caso seja necessário. Durante a gravidez é normal a gestante ser um pouco anêmica em relação a padrões normais. No entanto, é preciso estar atento a baixas acentuadas da hemoglobina no sangue periférico);
- Glicemia de jejum (Para pesquisa de diabetes. Em casos específicos, deve ser repetida durante a gestação e acompanhado da glicemia pós prandial ou curva glicêmica);
- Sorologias para Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Hepatite B e C e HIV (pesquisa de infecções congênitas capazes de causar dano fetal);
- Urina I: Pesquisa de infecção urinária, que é bastante frequente durante a gravidez, porque ocorrem alterações hormonais e crescimento do útero. Sempre que houver suspeita de infecção, o exame deve ser repetido;
- Protoparasitológico de fezes: Pesquisa de verminoses que podem causar anemia ou outros problemas nas gestantes. Apesar de não causarem problemas nos fetos, os problemas devem ser identificados e tratados na altura certa da gravidez para não prejudicarem a mãe.
- Ultra-som transvaginal (avaliação da correta localização da gestação; cálculo mais preciso da idade gestacional; diagnóstico de gestação múltipla e sua viabilidade).
- Translucência nucal (TN) (também chamado de Ultrassom gestacional morfológico de 1º trimestre - rastreio de alterações que possam sugerir anormalidades cromossômicas);
- Amniocentese e/ou biópsia de vilo corial (para pesquisa de anormalidades cromossômicas. É realizado com base em solicitação dos pais, idade materna avançada, TN alterada no USG ou mulheres que já tiveram um filho com problemas congênitos, que possuem histórico de doenças genéticas na família e querem saber o quanto antes se o bebê foi afetado);
- Doppler do ducto venoso (verifica, com mais precisão, riscos de má-formação. O doppler é um ultra-som sofisticado, que analisa o ducto venoso, um vaso sanguíneo do feto. Alterações cardíacas ali podem sinalizar problemas congênitos).
- Ultra-som morfológico de 2º trimestre (avaliação de crescimento fetal, malformações anatômicas fetais);
- Ecocardiografia fetal (pesquisa de cardiopatias fetais, principalmente em mães diabéticas, com cardiopatias ou históricos familiares destas doenças);
- Teste triplo (quando indicado e/ou amniocentese para avaliação das anomalias fetais);
- Fibronectina fetal (identifica precocemente a gestante com risco de parto prematuro).
- Pesquisa de diabetes gestacional; além de algumas sorologias realizadas que deverão ser repetidas como, HIV, sífilis, toxoplasmose; pesquisa de anemia e infecção urinária;
- Ultrassom (só se houver alguma necessidade específica);
- Pesquisa de estreptococos (embora o corrimento vaginal, sem odor e de cor clara seja normal, a pesquisa de estreptococos beta hemolíticos na "secreção" vaginal, na 37ª semana de gestação, é muito importante. A presença desta bactéria pode levar a complicações para mãe e para o bebê no pós-parto).
- Ultrassom morfológico de 3º trimestre (avaliação crescimento e desenvolvimento fetal; posição fetal; peso estimado para a época do parto; quantidade de líquido amniótico; amadurecimento placentário).
Em muitas ocasiões, não é necessária a realização de absolutamente todos os exames supracitados. Em caso de gravidez ou suspeita, um médico ginecologista deverá ser consultado para verificar se está grávida ou não e iniciar seu acompanhamento correto.
A hérnia umbilical é uma protusão que ocorre na região do umbigo, formando uma saliência visível ou não. Ocorre quando partes de tecidos ou órgãos, como o intestino, passam pelas camadas de tecido que compõem a parede do abdômen.
Pode estar presente em crianças, desde o nascimento, sendo então chamada de hérnia congênita ou se desenvolver em adultos.
Quais os principais sintomas da hérnia do umbigo?Os principais sinais e sintomas da hérnia umbilical são:
-
Protuberância no umbigo, que pode aumentar ou diminuir de tamanho conforme os movimentos.
- Dor ou desconforto na região umbilical. A dor causada pela hérnia do umbigo pode ser intermitente, ou constante, piorar com movimentos ou esforços.
Também existem casos de hérnias que não causam nenhum sintoma ou desconforto específico.
Hérnia umbilicalEm situações em que ocorrem complicações alguns outros sintomas podem surgir, como:
- Dor súbita e intensa;
- Febre;
- Vermelhidão na pele, inchaço e endurecimento da pele;
- Constipação.
Existem duas principais complicações das hérnicas umbilicais: encarceramento e estrangulamento.
- Encarceramento: ocorre quando uma parte do intestino fica preso na cavidade da hérnia.
- Estrangulamento: ocorre quando o intestino encarcerado deixa de receber irrigação sanguínea.
As situações de suspeita de encarceramento ou estrangulamento precisam ser avaliadas imediatamente em um serviço de urgência.
Embora seja um quadro raro, o estrangulamento de uma hérnia é muito grave. Pode provocar a perda de suprimento sanguíneo no intestino, e a morte do tecido intestinal (necrose), fazendo com que ele se rompa e leve a proliferação de bactérias por toda a cavidade abdominal.
Se não tratado a tempo uma hérnia estrangulada pode inclusive ocasionar uma reação inflamatória grave, como a sepse, que se não tratada adequadamente pode evoluir para a morte.
O que causa hérnia no umbigo?Em crianças a hérnia ocorre por um defeito da parede abdominal que não fecha totalmente na região do umbigo. A criança já nasce com a hérnia, que pode fechar espontaneamente até os quatro a cinco anos. Se persistir por mais tempo é necessário o tratamento cirúrgico.
Já em adultos a formação da hérnia ocorre geralmente por enfraquecimento dos tecidos da parede abdominal. Sendo que alguns fatores que aumentam a pressão dentro do abdômen, podem contribuir para o aparecimento de hérnias no umbigo em adultos, como:
- Obesidade;
- Distensão abdominal;
- Ascite (barriga d'água);
- Gravidez;
- Cirurgia abdominal anterior.
O tratamento das hérnias umbilicais é através da realização de uma cirurgia.
A cirurgia da hérnia do umbigo repõe o conteúdo abdominal que saiu da cavidade abdominal para dentro e fecha o defeito na musculatura abdominal que provocou a hérnia.
Em casos de hérnias de grandes dimensões o cirurgião pode colocar uma tela que reforça as estruturas do abdômen e evita o retorno da hérnia.
A cirurgia está indicada sempre que ocorrer encarceramento ou estrangulamento das hérnias, nessas situações o tratamento cirúrgico deve ser realizado o mais rapidamente possível.
Quando a hérnia não apresenta complicações a cirurgia pode ser programada e ser feita no tempo mais oportuno para o paciente e cirurgião.
Hérnias umbilicais muito pequenas e assintomáticas podem não ser operadas, sendo necessário apenas o acompanhamento médico da sua progressão.
Em crianças a maioria das hérnias não precisa ser tratada cirurgicamente, já que regridem espontaneamente na maior parte dos casos até os 5 anos. Se não regredirem, a cirurgia também está indicada.
Para mais informações consulte um médico.
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Referências bibliográficas
Overview of abdominal wall hernias in adults. Uptodate.
Hérnia umbilical. BMJ Best Practice.