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Pigarro e catarro na garganta: o que causa e como tratar?

Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O que é o pigarro?

O pigarro é uma irritação na garganta caracterizada por uma necessidade de limpar a garganta, devido a um incomodo na região, como se tivesse algo presente na garganta.

Geralmente, essa sensação é decorrente do edema (inchaço da região), presença de catarro ou substâncias irritantes.

Embora o pigarro esteja associado a presença de catarro, ambos não são a mesma coisa. O pigarro é a sensação de um incomodo e irritação na garganta, que pode estar presente mesmo que não haja catarro.

Inclusive, é muito comum em situações em que a garganta se encontra mais seca, como na persistência de tosse irritativa.

Leia também: Tosse com catarro: o que pode ser e o que fazer?

O que pode causar o pigarro constante na garganta?

Diferentes condições podem gerar o pigarro na garganta, que pode tornar-se constante e prejudicar a qualidade de vida.

A presença de catarro, secreção e edema decorrente de doenças infeciosas ou alérgicas como sinusite, resfriados, gripe ou rinite é uma das causas mais frequentes. O tabagismo e outras doenças como o refluxo gastroesofágico também são causas importantes.

Como tirar o pigarro da garganta?

O tratamento para o pigarro na garganta irá depender principalmente da causa. Por exemplo, se a causa for a doença do refluxo gastroesofágico deve-se tratar essa doença.

Da mesma forma, o pigarro causado por rinossinusites e outras doenças da via respiratória só irão melhorar ao tratar essas doenças.

Portanto, em caso de pigarro constante e persistente é necessário procurar um médico para uma avaliação diagnóstica e orientação sobre o melhor tratamento.

Medidas caseiras

Contudo, existem algumas medidas caseiras que podem ser feitas para aliviar o desconforto causado pelo pigarro e presença de catarro na garganta. São elas:

  • Mantenha a garganta úmida, através da ingestão frequente de água. Essa é umas das principais medidas para aliviar o desconforto causado pelo pigarro. É importante manter-se bem hidratado;
  • Pratique a lavagem nasal. Lave o nariz frequente com soro fisiológico ou soluções salinas, essa medida ajuda a higienizar suavemente a via aérea, impedindo o acúmulo de secreções;
  • Umedeça a casa e os ambientes. Evite permanecer muito tempo em locais secos, como em ambientes com ar condicionado. Se for necessário permanecer em ambientes assim, lembre-se de manter-se bem hidratado e fazer a lavagem nasal frequentemente;
  • Não fume. O tabaco é um dos principais irritantes da via aérea e uma importante causa de pigarro crônico. Ou seja, que persiste e se mantém constante no decorrer de muito tempo. Portanto, caso seja fumante e deseje parar de fumar, procure ajuda profissional.

Existe algum remédio para pigarro na garganta?

Não existe um remédio específico para o pigarro, o tratamento do pigarro irá depender da sua causa. Casos de pigarro oriundos de rinite alérgica ou tosse alérgica persistente podem melhorar através do uso de anti-histamínicos.

Se o pigarro for decorrente de refluxo gastroesofágico, pode ser necessário o uso de remédios inibidores de bomba de prótons.

Em muitas situações de pigarro ocasionado por infecções respiratórias virais, o pigarro irá melhorar espontaneamente com o decorrer do tempo, basta fazer as medidas de cuidado e umidificação das vias aéreas, como lavagem nasal e hidratação.

Em casos de infecções bacterianas, como a sinusite bacteriana, pode ser necessário o uso de antibióticos.

A lavagem nasal com soro fisiológico é uma medida que pode aliviar o pigarro na maioria das situações. Portanto, é sempre recomendado para o tratamento e alívio do pigarro na garganta.

Quando devo procurar um médico?

Procure um médico quando o pigarro ou catarro na garganta esteja incomodando e sendo persistente, ou seja, caso dure mais que uma semana sem melhoras, mesmo com as medidas descritas acima.

Também procure um médico de família ou clínico geral, caso tenha outros sintomas como

  • Febre;
  • Azia;
  • Tosse há mais de 2 semanas;
  • Outros sintomas incômodos.

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