Pode-se pegar uma DST sem relação sexual?
Pode-se pegar uma DST sem relação sexual?
Sim, algumas das doenças que são consideradas doenças sexualmente transmissíveis (DST) podem ser transmitidas por outras formas, como por via vertical, ou seja, da mãe para a criança durante a gravidez ou parto, através de transfusão sanguínea, uso de material contaminado com sangue não esterilizado ou compartilhamento de seringas e agulhas.
É o que ocorre, por exemplo nos casos da Sífilis e do HIV, ambas são consideradas infecções sexualmente transmissíveis, mas mães contaminadas se não forem devidamente tratadas podem transmitir a doença para a criança durante a gravidez ou parto.
Algumas DSTs que são transmitidas sem ser pela relação sexual são:
- HIV: pode ser transmitido por via vertical durante a gravidez, parto ou amamentação e também por via sanguínea através do uso de equipamentos contaminados, como seringas e agulhas.
- Sífilis: também pode ser transmitida de forma vertical durante qualquer fase da gravidez. Em casos mais raros também pode ser transmitida quando há contato com as lesões provocadas pela doença.
- Hepatite B: pode ser transmitida por via vertical, no momento do parto, e também por via sanguínea através do uso de seringas ou agulhas contaminados. A partilha de objetos de uso pessoal como escovas de dentes ou laminas de babear também podem transmitir o vírus.
- Gonorreia: durante o parto pode ser transmitida da mãe para o bebê.
O que significa DST?
DST é a sigla para doença sexualmente transmissível, ou infecção sexualmente transmissível (IST). São infecções denominadas assim, porque a sua forma de transmissão predominante é através da relação sexual seja anal, vaginal ou oral, entretanto a via sexual pode não ser a única forma de transmissão em muitos casos.
Doença sexualmente transmissível ou infecção sexualmente transmissível?
Atualmente, a maioria dos profissionais da saúde tende a utilizar o termo infecção sexualmente transmissível ao invés de DST, por recomendação da OMS e do Ministério da Saúde. Usar o termo infecção ao invés de doença é preferível, porque é possível ter uma infecção sexualmente transmissível e não apresentar nenhum sintoma ou sinal da doença, mas ao estar infectado a pessoa pode transmiti-la, mesmo sem sintomas.
Para mais esclarecimentos sobre as infecções sexualmente transmissíveis consulte um médico de família ou clínico geral.