Secreção pulmonar: qual o tratamento?
O tratamento da secreção pulmonar pode ser feito através de fisioterapia respiratória, que utiliza manobras específicas na caixa torácica para mobilizar a secreção e facilitar a sua eliminação pela tosse ou escarro. Além disso, em alguns casos poderá ser necessário o uso de antibióticos.
Antes da fisioterapia pode ser feita uma inalação com soro fisiológico para umedecer a secreção pulmonar e facilitar a sua mobilização e posterior eliminação.
A secreção também pode ser retirada através de uma aspiração pulmonar, quando o paciente está inconsciente ou impossibilitado de tossir.
Nestes casos, o fisioterapeuta também realiza a inalação com soro e as manobras terapêuticas, mas como o paciente não pode tossir ou escarrar, a secreção é aspirada com um tubo.
Pessoas que ficam acamadas por tempo prolongado, mesmo que não tenham doença pulmonar, tendem a acumular secreção nos pulmões e muitas vezes precisam de fisioterapia respiratória.
A retirada da secreção pulmonar pelo fisioterapeuta melhora a respiração do paciente e pode prevenir complicações, como infecções.
O tratamento é igual para todos os tipos de secreção pulmonar?
O tratamento fisioterapêutico normalmente sim, variando se a secreção pulmonar estiver mais ou menos fluida.
Na realidade, o tratamento da secreção pulmonar propriamente dita é paliativo, pois visa apenas aliviar esse sintoma e melhorar temporariamente a condição do paciente.
Cada tipo de secreção pulmonar indica um tipo de doença, que precisa receber tratamento com medicamentos e condutas específicas. Se a doença não for tratada, a pessoa continuará a produzir secreção.
Quais os tipos de secreção pulmonar e as doenças associadas?
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Secreção mucosa:
- É semelhante à clara de ovo, esbranquiçada e viscosa;
- Aparece em pacientes com bronquite crônica e asma brônquica, quando não há infecção bacteriana;
- No caso da asma brônquica, a secreção pode ter coloração amarelada, mas não significar uma infecção bacteriana;
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Secreção purulenta:
- É amarelada ou esverdeada e extremamente viscosa, podendo ficar "grudada" na superfície do objeto em que foi colhida;
- Pode apresentar grumos consistentes, podendo também ser chamada de "secreção em medalhões";
- Ocorre tipicamente em casos de infecção pulmonar bacteriana;
- Na pneumonia pneumocócica, a secreção adquire cor de ferrugem;
- Infecções causadas por Klebsiella pneumoniae deixam a secreção arroxeada, semelhante à geleia de framboesa;
- Infecção por Pseudomonas aeruginosa confere um aspecto esverdeado à secreção pulmonar;
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Secreção biliosa:
- É semelhante à pasta de anchovas;
- Indica abscessos do fígado que chegaram ao pulmão pela comunicação que há entre o trato respiratório e o músculo diafragma, que fica acima do fígado;
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Secreção hemática:
- Apresenta raias de sangue;
- Pode ocorrer em casos de tuberculose, câncer nos brônquios e tromboembolismo pulmonar;
- Nessas situações, pode haver ainda hemoptise franca, que é a eliminação de sangue vivo;
- Secreção rósea: Se tiver aspecto espumoso, aerado, pode ser uma congestão pulmonar;
- Secreção enegrecida ou cinzenta: Pode ser observada em mineradores de carvão, fumantes ou pacientes com mucormicose.
A secreção pulmonar é um sinal de que algo está acontecendo no aparelho respiratório e precisa ser investigado, pois pode indicar doenças graves.
Em caso de secreção pulmonar, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pneumologista.