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Alimentos que aumentam a imunidade: você conhece?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Diversos alimentos ajudam a aumentar a imunidade, principalmente os alimentos ricos em vitaminas e minerais, como:

  • Vegetais verde-escuros (brócolis, espinafre);
  • Frutas cítricas (Laranja, limão, morango, abacaxi);
  • Frutos-do-mar (salmão, sardinha),
  • Oleaginosas (azeite, castanha, nozes),
  • Carne,
  • Castanha-do-pará e outras sementes,
  • Alimentos cor de laranja,
  • Gengibre e
  • Tomate.

Uma boa alimentação é a base da imunidade do nosso corpo. Incluir esses alimentos diariamente nas refeições, ajuda o organismo a manter constante a sua produção de anticorpos e reduz os radicais livres.

Lembrando que os alimentos devem ser consumidos sempre que possível, na sua forma natural, ou com pouco cozimento, para manter os seus benefícios.

Vegetais verde-escuros: Alimentos ricos em ácido fólico

Os vegetais verde-escuros como brócolis, espinafre, rúcula e couve, são alimentos ricos em ácido fólico. Esta substância participa da produção dos glóbulos brancos ou anticorpos, as células do sistema imunológico responsáveis pela defesa do organismo.

Além dos vegetais verde-escuros, feijão, fígado e cogumelos (shimeji e o shitake) também são alimentos que contém ácido fólico.

Frutas cítricas e vegetais verde-escuro: Alimentos ricos em vitamina C

A vitamina C é um potente antioxidante que combate os radicais livres e fortalece o sistema imunológico Está presente nas frutas cítricas como: laranja, limão, kiwi, morango e abacaxi.

Brócolis, espinafre, couve e outros vegetais verde-escuros possuem vitamina C. Além destes alimentos, a vitamina está presente nos pimentões verde e vermelho.

Frutos-do-mar: Alimentos ricos em vitamina D

Salmão, atum, sardinhas e ovos, são as principais fontes de vitamina D na alimentação. A vitamina contribui na formação de células de defesa no organismo. Importante lembrar que a exposição ao sol promove a maior absorção dessa vitamina pelo corpo.

Oleaginosas: Alimentos ricos em vitamina E

A vitamina E estimula o bom funcionamento do sistema imunológico. Ela está presente nas oleaginosas como castanhas, amêndoas, nozes e óleos vegetais, a exemplo do óleo de girassol, milho, canola e gérmen de trigo.

Frutos-do-mar, carne e castanha-do-pará: Alimentos ricos em zinco e selênio

O zinco e o selênio são minerais importantes para que o sistema imunológico cumpra bem a função de proteção do organismo. O zinco está envolvido na capacidade de o sistema imunológico responder a estímulo, especialmente as inflamações, a carne e frutos-do-mar são as principais fontes.

A castanha-do-pará, nozes, ovos de galinha, alho e cebola contém o selênio, substância com ação antioxidante e combate aos radicais livres.

Alimentos de cor laranja: Alimentos ricos em vitamina A

A vitamina A, também conhecida como retinol, tem ação antioxidante e, deste modo, fortalece o sistema imunológico. Vitamina muito importante para a saúde dos olhos. Os alimentos ricos na vitamina A costumam ter cores alaranjadas, como a abóbora, cenoura, laranja e mamão. Mas o espinafre e melão também apresentam grande concentração dessa substância.

Gengibre: Alimento rico em vitamina B6

O gengibre é fonte de vitamina C (antioxidante) e vitamina B6 que tem ação bactericida e fortalece a imunidade.

Tomate: Alimento rico em licopeno

O licopeno atribui a cor vermelha ao tomate, alimento rico nesta substância. É um poderoso antioxidante que neutraliza a ação dos radicais livres e estimula o sistema imune. Porém, deve ser usado com cautela em pessoas com história de cálculo renal.

Sucos que aumentam a imunidade

Sucos que contenham os alimentos na sua forma natural, e com água em temperatura ambiente, comprovadamente ajudam na imunidade do organismo.

Os sabores, portanto, podem ser escolhidos de acordo com as suas preferências. Misturas que agradam bastante, são sucos de laranja com acerola, limão com menta, morango com maracujá e laranja com morango. Acrescentar uma folha de couve, raspas de gengibre, e para quem gosta, gotas de própolis ao suco, aumenta essa oferta.

Lembrar que, quando bater no liquidificador, deve bater rapidamente, para não perder as propriedades dos alimentos. Usar a água sempre em temperatura ambiente e beber a mistura assim que estiver pronta.

O que é imunidade? Como manter a imunidade boa?

A imunidade, ou sistema imunológico, é o nosso sistema de defesa. Protege contra doenças causadas por vírus, fungos ou bactérias oportunistas.

Para manter a imunidade boa é preciso:

  • Se alimentar adequadamente, comer comida saudável;
  • Manter-se bem hidratado, beber de 1 litro e meio a dois litros de água por dia;
  • Praticar atividades físicas, pelo menos 4x por semana;
  • Cuidar do sono, dormir bem é fundamental para a manutenção da nossa defesa;
  • Evitar hábitos ruins, como cigarro e bebidas alcoólicas;
  • Evitar situações de estresse e ansiedade, o máximo possível, mesmo que seja preciso pedir ajuda a um profissional de saúde (médico, psicólogo).

Em caso de dúvidas procure um/a nutrólogo ou nutricionista.

Pode lhe interessar também: Como saber se a nossa imunidade está baixa?

Referências:

  • ABRAN - Sociedade Brasileira de Nutrologia
  • SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição
Alimentos ricos em vitamina D
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A vitamina D desempenha funções importantes para o organismo. Ela atua fixando o cálcio nos ossos, auxilia no equilíbrio hormonal e ajuda a regular o sistema imunológico.

Os alimentos de origem animal são os que possuem maior quantidade de vitamina D, como os peixes gordurosos. Alguns vegetais também dispõem deste nutriente, a exemplo dos cogumelos.

Que alimentos têm vitamina D?
  • Óleo de fígado de bacalhau
  • Salmão cozido
  • Cavala
  • Caviar
  • Atum
  • Sardinhas enlatadas
  • Arenque fresco
  • Ostras cruas
  • Bife de vaca
  • Fígado de galinha
  • Fígado bovino assado
  • Leite Ninho fortificado
  • Iogurte
  • Manteiga
  • Queijo cheddar
  • Cereal enriquecido com vitamina D
  • Ovo cozido (a vitamina D se concentra na gema)
  • Cogumelos (Alguns tipos de funghi, quando mais expostos à luz solar)
Vitamina D x Exposição solar

A exposição é uma das principais maneiras de se obter vitamina D. Os raios ultravioleta, presentes na luz solar, possibilitam que seja produzida pela pele.

Ainda não há consenso sobre o tempo de exposição solar adequado à produção da vitamina D pelo organismo, entretanto alguns estudos mostram que um tempo entre 5 e 15 minutos de exposição de regiões do corpo como rosto, pescoço, braços, e pernas seja suficiente para a produção da vitamina.

Alguns fatores como período do dia no qual ocorre a exposição ao sol, a estação do ano, a poluição e a cidade em que a pessoa vive influenciam na produção da vitamina D.

Apesar de os raios solares serem necessários à sintetização da vitamina D, é preciso estar atento à exposição solar. Deve-se evitar a exposição solar por grandes períodos de tempo e em horários nos quais o sol está mais forte.

É importante usar protetor solar para prevenir câncer de pele. Pessoas com pele mais escuras precisam de mais tempo de exposição, porém também precisam de proteção ao sol quando exposta por tempo prolongado.

Vitamina D e vegetarianismo

Os vegetais, leguminosas e cereais não possuem vitamina D. Os cogumelos que são cultivados expostos ao sol, são a fonte mais rica deste nutriente no reino vegetal. Junto com a exposição solar, o consumo de cogumelos são as formas pelas quais vegetarianos e veganos que não consomem ovos, leite e derivados têm de produzir vitamina D.

Posso usar suplemento de vitamina D?

A suplementação de vitamina D só está indicada em raras situações de deficiência importante de vitamina D no sangue. A grande maioria das pessoas consegue sintetizar toda a vitamina D necessária através da exposição solar e ingesta de alimentos. Apenas utilize o suplemento de vitamina D mediante orientação médica ou de nutricionista.

É importante lembrar que tanto a deficiência quanto o excesso de vitamina D no sangue, trazem riscos à saúde. Portanto, nunca inicie reposição dessa ou qualquer outra vitamina antes de uma avaliação e dosagem no sangue.

Leia mais

Como deve ser a dieta para baixar o colesterol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dieta para baixar o colesterol alto deve incluir alimentos ricos em gorduras “saudáveis” e fibras. Alimentos com alto teor de gordura animal devem ser evitados, bem como alimentos processados e fritos, pois são ricos em gorduras saturadas e trans.

Essas gorduras (animal, saturada e trans) são as principais responsáveis pelo aumento dos níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, podendo ainda diminuir os valores do colesterol bom (HDL). Lembrando que a dieta para baixar o colesterol tem como objetivos aumentar o colesterol bom e baixar o colesterol ruim.

Como baixar o colesterol através da alimentação? Escolha gorduras saudáveis

A gordura saturada é uma gordura prejudicial porque aumenta o nível de colesterol ruim (LDL). Pode ser encontrada em algumas carnes, laticínios, chocolate, alimentos processados e fritos.

A gordura trans é outra gordura prejudicial. Pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o colesterol bom. A gordura trans é encontrada principalmente em alimentos feitos com gorduras e óleos hidrogenados, como margarina, bolachas e salgadinhos.

Por isso, recomenda-se substituir essas gorduras nocivas por gorduras mais saudáveis, presentes em alimentos como carnes magras, nozes, azeite e óleos de canola e açafrão.

Dependendo das calorias consumidas por dia, as quantidades máximas de gorduras que devem estar presentes na dieta são:

Calorias diárias Gordura total Gordura saturada
1.500 42-58 g 10 g
2.000 56-78 g 13 g
2.500 69-97 g 17 g
Diminua o consumo de alimentos com colesterol

O colesterol é encontrado em alimentos de origem animal, como fígado, miúdos, gemas de ovos, camarão e laticínios. Para baixar o colesterol, recomenda-se consumir menos de 200 mg de colesterol por dia.

Aumente o consumo de fibras

Os alimentos ricos em fibras ajudam a diminuir a absorção de gorduras pelo intestino. Esses alimentos incluem:

  • Cereais integrais (aveia e farelo de aveia);
  • Frutas (maçã, banana, laranja, pera, ameixa);
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha);
Coma muitas frutas e legumes

Uma dieta rica em frutas e legumes pode aumentar a quantidade de substâncias importantes para baixar o colesterol. Essas substâncias, chamadas estanóis ou esteróis vegetais, funcionam como fibras.

Coma peixes ricos em ômega-3

O ômega-3 é um tipo de gordura, porém, “saudável”. Embora não reduza o nível de colesterol ruim (LDL), podem ajudar a aumentar o nível de colesterol bom (HDL). Salmão, atum, sardinha e cavala são boas fontes de ômega-3. Para ajudar a baixar o colesterol, recomenda-se comer esses peixes duas vezes por semana.

Reduza o consumo de álcool

O álcool adiciona calorias à dieta, o que pode causar ganho de peso. Estar acima do peso pode aumentar o colesterol ruim e diminuir o colesterol bom.

Para maiores informações sobre como seguir uma dieta para baixar o colesterol, consulte um médico clínico geral, médico de família ou nutricionista.

Alimentos ricos em fibras
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os alimentos ricos em fibras são as frutas (laranja, abacaxi, figo, pera, morango, ameixa, tangerina, maçã com casca), as hortaliças (cenoura, brócolis, alcachofra, abóbora, couve, alface, beterraba, repolho), as oleaginosas (nozes, avelãs, amêndoas), os pães, grãos e cereais integrais (arroz, aveia, farelo de trigo, cevada, centeio), as leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, amendoim, grão-de-bico) e as sementes de linhaça, chia e abóbora.

Desses, as melhores fontes de fibras são o farelo de trigo, a aveia, as sementes de chia e linhaça, o arroz integral, as hortaliças e as leguminosas. Vale lembrar que as frutas devem ser consumidas com casca e bagaço, sempre que possível, pois também são ricos em fibras.

Uma dieta com alimentos ricos em fibras melhora o funcionamento do intestino e a absorção dos nutrientes, como o cálcio, além de ajudar no equilíbrio da flora intestinal.

As fibras alimentares podem ainda ajudar a prevenir infarto, derrame cerebral, hipertensão arterial e diabetes. Por outro lado, a falta de fibras na alimentação e um estilo de vida sedentário pode aumentar os riscos de câncer do intestino, próstata e mama.

O que são fibras?

As fibras são um tipo de carboidrato presente em alimentos de origem vegetal. Apesar de serem um tipo de carboidrato (açúcar), as fibras não são digeridas pelo organismo e, por isso, não são utilizadas como fonte de energia.

Apesar de não serem consideradas um nutriente, uma vez que não sofrem digestão e por isso não chegam à corrente sanguínea, as fibras desempenham um papel muito importante na prevenção e no controle de doenças e trazem diversos benefícios à saúde.

Fibras solúveis

As fibras alimentares podem ser solúveis ou insolúveis. As solúveis formam uma espécie de gel no estômago ao entrar em contato com a água, retardando o esvaziamento do estômago e prolongando assim a sensação de saciedade.

As fibras solúveis também diminuem a absorção de gorduras, açúcar e substâncias cancerígenas pelo intestino. Além disso, elas passam por um processo de fermentação que favorece o desenvolvimento de bactérias intestinais que são benéficas para a saúde.

As fibras solúveis também trazem benefícios no tratamento e na prevenção da doença diverticular do cólon, auxiliam o controle do diabetes, podem diminuir o risco de câncer do intestino, fortalece as defesas do organismo e ainda ajudam a emagrecer, já que prolongam a sensação de saciedade.

Fibras insolúveis

As fibras insolúveis não formam um gel no estômago, mas aumentam o volume do bolo fecal, os movimentos intestinais e a frequência de evacuações, além de deixarem as fezes mais macias e atuarem na remoção de restos de alimentos do intestino. Com isso, reduzem o tempo de contato de substâncias cancerígenas com as paredes do intestino, combatem a prisão de ventre e fazem uma limpeza intestinal.

Qual a quantidade de fibras que uma pessoa deve consumir?

Para adultos, a dose recomendada de fibras é de cerca de 35 g por dia para homens e 24 g por dia para mulheres. Para crianças entre 1 e 8 anos de idade, a dose diária recomendada de fibras alimentares varia entre 19 g e 25 g. A quantidade varia de acordo com o peso, a idade e as calorias consumidas. Neste último caso, para cada 1000 kcal consumidas, recomenda-se a ingestão de 14 g de fibras.

Vale lembrar que o aumento do consumo de alimentos ricos em fibras deve ser acompanhado por um aumento da ingestão de água (no mínimo 1,5 litro por dia).

A falta de fibras na alimentação pode causar prisão de ventre, por isso o seu consumo é uma das principais formas de combater o problema.

Porém, é fundamental manter uma hidratação adequada para amolecer as fibras e o bolo fecal. Caso contrário, as fibras podem obstruir o intestino e ele pode ficar “preso”.

O nutricionista é o profissional indicado para montar um plano alimentar individualizado e balanceado, com as quantidades adequadas de cada alimento, de acordo com as necessidades da pessoa.