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Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O transtorno de ansiedade generalizada caracteriza-se por uma preocupação e apreensão intensas, difíceis de controlar, que duram mais de 6 meses. Os sintomas podem ser físicos e psicológicos, como irritabilidade, angústia, agitação, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, medo, entre outros. Quem sofre do transtorno apresenta uma ansiedade excessiva, desproporcional à realidade, o que causa muito sofrimento.

Para que o distúrbio seja identificado como transtorno de ansiedade generalizada, a pessoa tem que apresentar, durante um período mínimo de 6 meses consecutivos, pelo menos 3 dos seguintes sintomas:

  • Sintomas físicos: agitação, cansaço, tensão muscular, taquicardia ("batedeira"), transpiração, dor de cabeça, falta de ar, aumento da pressão arterial, insônia, náuseas, vômitos, diarreia;
  • Sintomas mentais: angústia, irritabilidade, dificuldade de concentração, medo, preocupação excessiva.

É importante lembrar que a ansiedade é uma reação natural do organismo que prepara o indivíduo para enfrentar algumas situações. Ficar ansioso antes de dar uma palestra ou fazer um exame importante, por exemplo, é normal.

A ansiedade é considerada uma doença quando causa sofrimento intenso e interfere negativamente em todas as áreas da vida da pessoa. A ansiedade constante e crônica também pode desencadear ataques de pânico.

O que é o transtorno de ansiedade generalizada?

O transtorno de ansiedade generalizada é um distúrbio mental em que uma pessoa geralmente está preocupada ou ansiosa com muitas coisas e acha difícil controlar essa ansiedade.

A causa do transtorno de ansiedade generalizada é desconhecida. É possível que o transtorno esteja relacionado com fatores genéticos e estresse, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.

O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença constante de preocupação ou tensão por pelo menos 6 meses, mesmo quando há pouca ou nenhuma razão específica. As preocupações parecem flutuar de um problema para outro. Os problemas podem envolver família, relacionamento interpessoal, trabalho, dinheiro e saúde.

Mesmo sabendo que suas preocupações ou medos são exagerados, uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada tem dificuldade em controlá-los.

Qual é o tratamento para o transtorno de ansiedade generalizada?

O tratamento do transtorno de ansiedade generalizada pode ser feito com medicamentos ansiolíticos e antidepressivos associados à psicoterapia.

Medicamentos

Certos medicamentos, geralmente usados para tratar a depressão, podem ser úteis no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Os antidepressivos previnem os sintomas ou diminuem a intensidade dos mesmos.

Também são usados medicamentos ansiolíticos e sedativos. Essas medicações podem ser utilizadas quando as manifestações se tornam muito graves ou quando a pessoa está prestes a se expor a algo que sempre desencadeia os sintomas.

Psicoterapia

Muitos tipos de psicoterapia podem ser usados no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Porém, uma das formas de psicoterapia mais usada e eficaz é a terapia cognitivo-comportamental. A terapia pode ajudar a pessoa a entender a relação entre seus pensamentos, comportamentos e sintomas, auxiliando no controle e na diminuição da ansiedade.

Durante a terapia cognitivo-comportamental, a pessoa pode aprender a:

  • Entender e controlar visões distorcidas dos fatores estressantes da vida, como o comportamento de outras pessoas ou acontecimentos;
  • Reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico para ajudar a pessoa a se sentir mais no controle;
  • Gerenciar o estresse e relaxar quando surgirem os sintomas;
  • Evitar pensar que problemas menores se tornarão problemas terríveis.

Além dos medicamentos e da psicoterapia, algumas medidas podem ajudar a diminuir os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada, tais como:

  • Reduzir o consumo de cafeína;
  • Evitar o consumo de drogas ilícitas ou beber grandes quantidades de álcool;
  • Praticar atividade física regularmente e descansar o suficiente;
  • Participar de grupos de apoio.

O estresse causado pelo transtorno de ansiedade generalizada pode ser aliviado ao ingressar em um grupo de apoio. Compartilhar com outras pessoas que têm experiências e problemas em comum pode ajudar a pessoa a não se sentir sozinha. A participação nesses grupos não substitui os medicamentos ou a psicoterapia, mas pode ser uma ajuda adicional.

O prognóstico de uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada depende da gravidade do distúrbio. Em alguns casos, o transtorno é crônico e difícil de tratar. No entanto, a maioria dos pacientes melhora com medicamentos e psicoterapia.

O/a médico/a psiquiatra ou o/a médico/a de família são responsáveis por avaliar o caso, definir o tratamento mais adequado e encaminhar a pessoa para dar início às sessões de psicoterapia.

Saiba mais em: Quais os sintomas dos transtornos de ansiedade?

3 Remédios Naturais para Combater a Ansiedade
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os remédios naturais para ansiedade, nervosismo e estresse geralmente são feitos com ervas ou pantas com propriedades calmantes, como os chás de erva-cidreira, camomila e erva-de-são-joão.

Essas ervas atuam no sistema nervoso central, proporcionando uma sensação de tranquilidade e bem-estar que relaxa e melhora a ansiedade.

Veja como preparar esses 3 remédios naturais para combater a ansiedade:

  1. Chá de erva-cidreira, também conhecida como Melissa:

    • Ingredientes:

      • 2 colheres de sobremesa de erva cidreira;
      • 150 ml (1 xícara de chá) de água fervente.
    • Como fazer e tomar:
      • Adicione a erva cidreira na água fervente;
      • Desligue o fogo e deixe tapado por 10 minutos;
      • Coe o chá e beba uma xícara de chá de erva-cidreira, 3 vezes ao dia;
    • Contraindicações e efeitos colaterais: Não deve ser usado em casos de hipotireoidismo ou pressão baixa.
  2. Chá de camomila:
    • Ingredientes:
      • 1 litro de água fervente;
      • 1 colher de sopa de camomila;
    • Como fazer e tomar:
      • Coloque a camomila na água fervente;
      • Desligue o fogo e deixe tapado por 10 minutos;
      • Coe o chá e tome uma xícara de chá de camomila, 3 a 4 vezes ao dia.
    • Contraindicações e efeitos colaterais: Em excesso, pode causar náuseas;
  3. Chá de erva-de-são-joão:
    • Ingredientes:
      • 20g de erva-de-são-joão;
      • Meio litro (500 ml) de água.
    • Como fazer e tomar:
      • Coloque a erva-de-são-joão e a água numa panela;
      • Deixe ferver durante 10 minutos;
      • Coe e beba 3 xícaras de chá de erva-de-são-joão por dia;
    • Contraindicações e efeitos colaterais: É contraindicada em caso de gravidez e para mulheres que tomam anticoncepcional; pode causar efeitos colaterais como fadiga, boca seca, ausência de orgasmo, aumento da transpiração e da frequência urinária.

Esses remédios naturais ajudam a controlar e combater casos leves de ansiedade. Se os sintomas persistirem, consulte um médico clínico geral, médico de família para uma avaliação.

Existem medicamentos específicos e outros tipos de tratamento para ansiedade que podem ser necessários, de acordo com o caso. Em casos mais graves pode ser necessário a avaliação também por um médico psiquiatra.

Leia também: Os transtornos de ansiedade têm cura? Qual o tratamento?

Minha filha está com dor no peito, costas e falta de ar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Assim sem ver, examinar, ou acompanhar sua filha fica difícil dizer qualquer coisa, estranho é o diagnóstico de ataque cardíaco, o que na verdade isso significa? Ataque cardíaco é um diagnóstico de qual doença? A maioria absoluta desse casos com sintomas semelhantes ao de sua filha está relacionado com sintomas de esfera emocional, mas com essa história o ideal é voltar ao médico.

Leia também: O que fazer no caso de dor no peito?

12 Sintomas de Ansiedade (mentais e físicos) que você deve conhecer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pessoa com ansiedade apresenta sintomas psicológicos como medo, preocupação excessiva na maior parte do tempo, angústia e sintomas físicos como palpitação, tremores e suor frio.

É uma doença que dura em média 6 meses, ou mais, e está associada ao aumento da tensão.

A ansiedade não deve ser desvalorizada e o paciente precisa ser acompanhado por um psicólogo e/ou psiquiatra para um tratamento adequado.

Sintomas de ansiedade

De forma geral, a ansiedade se manifesta como uma combinação de sintomas mentais e físicos, podendo ainda provocar pensamentos catastróficos e alterações de comportamento.

Sintomas mentais

1. Medo e preocupação excessiva

A dificuldade de parar de se preocupar mesmo em situações nas quais não há motivos para isso, é um dos sintomas chave do Transtorno de Ansiedade Generalizada. Neste caso, acontece a formação de pensamentos involuntários, antecipando acontecimentos ou preocupações futuras que podem nem acontecer.

2. Irritabilidade

É comum que pessoas com transtornos ansiosos se sintam mais irritadas, o que costumam referir como “nervos à flor da pele”. Qualquer pequena frustração ou desapontamento é sentido de forma intensa e pode desencadear reações explosivas.

3. Formigamento

A dormência ou formigamento no rosto, lábios ou nos braços pode ocorrer devido à liberação de neurotransmissores. O sintoma traz mais angústia, pois pode ser confundido com o início de um infarto ou derrame, levando grande parte desses pacientes a uma emergência.

4. Desânimo, desinteresse

A falta de ânimo e de interesse por coisas antes prazerosas é um sintoma bastante comum na ansiedade.

5. Alterações no sono

A insônia é outro sintoma chave, pois a ansiedade e tensão, não permitem que ao deitar-se para dormir, a pessoa consiga se desligar, mesmo que momentaneamente. É comum, nesse momento, os episódios de pensamentos ruins, sentimento de angústia e preocupações em relação ao futuro. Pode até acontecer da pessoa adormecer devido ao cansaço extremo, porém o sono é fragmentado, acaba por acordar no meio da noite pensando em “coisas que tenho que fazer ou resolver”.

Sintomas físicos

Além dos sintomas mentais, pessoas com ansiedade podem apresentar os seguintes sintomas físicos:

6. Palpitação;

7. Tremores;

8. Suor frio;

9. Tensão muscular;

10. Sensação de pressão ou aperto no peito;

11. Falta de ar, respiração ofegante e

12. Dificuldade de engolir ("bolo na garganta"), por espasmo do esofagiano.

O que é ansiedade?

A ansiedade pode representar uma reação emocional natural a diversas situações da vida, boas e ruins, e representa ainda um sinal de alarme ao organismo.

Esse sentimento passa a ser considerado um transtorno mental, quando o mecanismo de proteção se encontra desregulado e provoca respostas exageradas e prolongadas, a determinadas emoções.

O transtorno de ansiedade generalizado se caracteriza pelo medo excessivo, associado a tensão e com uma duração de pelo menos seis meses consecutivos, ou até mais.

Além disso, o transtorno causa um desconforto importante, prejuízo no desempenho social, profissional e/ou desenvolvimento das atividades da nossa vida diária.

Tratamentos para o transtorno de ansiedade

O tratamento depende das condições de saúde do paciente, do tipo de ansiedade e intensidade dos sintomas. No entanto é fundamental ser feito em conjunto, combinando as seguintes terapias:

Psicoterapia

A terapia cognitivo-comportamental é um tipo específico de terapia que trabalha cada um dos componentes da ansiedade - sintomas físicos, pensamentos e comportamentos – para que a pessoa possa viver no presente, no aqui e agora antecipando com menos frequência os seus pensamentos sobre o futuro.

Terapia medicamentosa

Quadros mais graves de transtorno de ansiedade são tratados com medicamentos. Podem ser utilizados medicamentos que tem como função aliviar os sintomas de ansiedade rapidamente como os benzodiazepínicos, bastante úteis no início do tratamento.

Medicamentos de longo prazo que atuam regulando os níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina, neurotransmissores vinculados às respostas exageradas de ansiedade também podem ser usados. São exemplos desses medicamentos, os antidepressivos e antipsicóticos, com excelente resposta no tratamento desses transtornos.

Atividade física

A prática de atividade física, especialmente os exercícios aeróbicos, ajudam a reduzir a ansiedade pela produção de endorfina e outros hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar.

Estilo de vida saudável

Adotar uma alimentação saudável e uso de probióticos, já demonstraram auxiliar no tratamento da ansiedade. A nossa flora intestinal está bastante associada a produção de serotonina.

Evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, reduz a dependência e depressão do sistema nervoso, contribuindo para uma melhora dos sintomas de ansiedade.

O cigarro também parece contribuir para os sintomas de palpitação e dor no peito, sendo recomendado que procure ajuda para abandoná-lo.

Terapia alternativas

A meditação, yoga e outras terapias alternativas comprovadamente auxiliam na manutenção da atenção e do foco, além de trabalhar os pensamentos por meio da prática de exercícios respiratórios.

Portanto, hoje é considerada um dos componentes de tratamento para as crises de ansiedade e transtorno de ansiedade generalizado.

Ansiedade tem cura?

Sim, embora seja um tratamento difícil e por vezes demorado, a ansiedade pode alcançar a cura. Lembrando que o tratamento para ser eficaz, deve ser um tratamento conjunto.

Não existe um medicamento que assegure a cura de maneira isolada. Para chegar ao objetivo é preciso um comprometimento rigoroso do paciente com os seus terapeutas.

O tratamento mais adequado é a associação das medicações, com a terapia e atividades físicas regulares, além de adotar hábitos de vida saudáveis.

Para uma avaliação, diagnóstico e indicação de tratamento adequado procure um psiquiatra. Não utilize ansiolítico e antidepressivos sem orientação.

Entenda melhor sobre esse transtorno no artigo: Crise de ansiedade: o que é, como identificar os sintomas e o que fazer

Referências:

  • Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM–5). American Psychiatric Association (APA).
  • Alexander Bystritsky et al.; Complementary and alternative treatments for anxiety symptoms and disorders: Physical, cognitive, and spiritual interventions. UpToDate. Jun 05, 2019.
  • Alexander Bystritsky,, et al.; Pharmacotherapy for generalized anxiety disorder in adults. UpToDate. Sep 17, 2019.
Fluoxetina diminui o apetite?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A fluoxetina é um antidepressivo, muito utilizado no tratamento de depressão e ansiedade, um dos seus efeitos colaterais é a diminuição do apetite (não ocorre em todos os pacientes), por esse motivo de reduzir o apetite pode ser, usado para controle de bulimia e excesso de fome causado por estresse e ansiedade.

Sustos prejudicam a gravidez ou o bebê?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Os sustos e sua preocupação aliados ao fato de já ter tido 3 abortos, demonstram o quanto você está ansiosa e a ansiedade é ruim para a gravidez, tente se acalmar e tudo vai dar certo.

Estou com dor no peito no lado do coração e falta de ar, o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Precisa ir a um médico. As principais causas para dores no peito (dor torácica) são causas de origem cardíaca, como angina ou infarto, no entanto, diferentes situações também podem causar esse conjunto de sintomas como problemas gastrointestinais, pulmonares, musculoesqueléticos ou mesmo psiquiátricos, como transtornos de ansiedade.

A dor no peito que se origina no coração é geralmente causada pela doença coronariana, que leva a isquemia cardíaca, presente em doenças como a angina estável, angina instável ou infarto agudo do miocárdio. A dor pode acometer a região central do tórax ou ser difusa por toda a região torácica.

Outras doenças cardíacas também podem causar dor no peito entre elas a pericardite, miocardite e dissecção aguda de aorta. Para o diagnóstico adequado é essencial a avaliação de um médico.

Quais são as características da dor no peito de origem coronariana?

Uma característica importante da dor de origem coronariana (angina) é que ela pode irradiar para outras áreas do corpo, como braços, costas, mandíbula, pescoço ou região do estômago.

A dor coronariana é uma dor em aperto, pressão, peso ou queimação e dura de 5 a 20 minutos, mas em caso de infarto agudo do miocárdio é possível que a dor dure até 30 minutos.

A dor anginosa pode ser desencadeada por esforço físico ou estresse emocional. Outros sintomas também podem estar presentes como falta de ar, palpitações, sudorese intensa, náuseas ou vômitos e palidez.

Por isso quando a dor apresenta essas características é essencial procurar um serviço médico de urgência, já que pode tratar-se de infarto.

Quais são as causas de dor no peito não cardíacas?

São inúmeras as causas de dor no peito que podem ter origem em outros órgãos e áreas do organismo e se refletirem no tórax. Entre elas destacam-se.

  • Doenças gastrointestinais: Doença do refluxo gastroesofágico, esofagite, espasmo esofágico.
  • Doenças pulmonares: tromboembolismo pulmonar, infecções, tumores, sarcoidose, hipertensão pulmonar, pneumotórax, derrame pleural.
  • Causas musculoesqueléticas e reumatológicas: dor miofascial, costocondrite, fibromialgia, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, neoplasias, lúpus.
  • Causas psicogênicas: Distúrbios de ansiedade,depressão, transtorno hipocondríaco.

Para o correto diagnóstico é necessário uma avaliação médica, só assim é possível definir o melhor tratamento possível.

Faço uso da fluoxetina, cafeina não inibe o seu efeito?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Cafeína não é indicado para quem tem problemas de nervos como ansiedade, porque pode deixar a pessoa mais nervosa, não há problemas em tomar café e tomar fluoxetina.

Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, transtorno de ansiedade generalizada tem cura. O tratamento consiste na combinação de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos com psicoterapia. A associação desses métodos é a forma mais eficaz de tratar e curar a ansiedade generalizada.

 A técnica de psicoterapia mais utilizada no tratamento dos transtornos de ansiedade é a terapia cognitivo-comportamental. O objetivo da terapia é treinar a pessoa a substituir os seus pensamentos de preocupação e apreensão constantes por outros mais otimistas, alicerçados na realidade.

Dentre os antidepressivos mais eficientes para tratar o transtorno de ansiedade generalizada estão a venlafaxina e a sertralina. Já os benzodiazepínicos (ansiolíticos) são reconhecidamente eficazes no tratamento da ansiedade há décadas, sendo que vários deles já tiveram a sua eficácia comprovada.

Uma forma de combater naturalmente a ansiedade generalizada é praticar exercícios físicos regularmente. De fato, a prática regular de atividade física pode auxiliar significativamente o tratamento.

Isso porque durante o exercício o corpo libera 2 hormônios. Um é a endorfina, que promove sensação de prazer e bem estar, além de aliviar dores. O outro é a dopamina, que tem efeito tranquilizante e analgésico.

Essas substâncias regulam o humor, o sono, o apetite e diversas funções cerebrais, ajudando a controlar a ansiedade. Tais alterações no organismo promovem um efeito relaxante depois do esforço e normalmente são capazes de manter um estado de equilíbrio psicológico e social a longo prazo.

O/a médico/a psiquiatra ou o/a médico/a de família são responsáveis por avaliar o caso, definir o tratamento mais adequado e encaminhar a pessoa para dar início às sessões de psicoterapia.

Saiba mais em: 

Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Os transtornos de ansiedade têm cura? Qual o tratamento?

4 tipos principais de transtornos de ansiedade
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

De acordo com o Projeto Diretrizes, redigido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, existem quatro tipos principais de transtornos de ansiedade: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social (a fobia social), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e o transtorno de ansiedade generalizada. É preciso diferenciar entre cada um destes, para facilitar no diagnóstico:

1) Transtorno do pânico

A manifestação mais comum do transtorno de pânico é o ataque de pânico, um conjunto de sintomas de ansiedade que começam repentinamente, com manifestações físicas (como taquicardia, excesso de transpiração, sensação de morte iminente) e duram aproximadamente dez minutos.

Os primeiros ataques de pânico normalmente ocorrem inesperadamente. Depois disso podem acontecer quando se chega a um certo nível de ansiedade ou quando o indivíduo enfrenta alguma situação.

O transtorno de pânico começa com os ataques e pode causar agorafobia, condição em que o indivíduo evita algumas situações ou locais para não sofrer um ataque.

Locais onde o indivíduo pode sofrer um ataque são: túneis, engarrafamentos, aviões, espaços abertos de grande dimensão, shopping centers, ficar ou sair sozinho. Em todos esses cenários existe algo em comum: o problema que o paciente enfrenta, caso nelas tenha um ataque.

Conforme o transtorno evolui, o paciente vai ficando mais dependente de outras pessoas, tendo cada vez menos autonomia.

Existem outros transtornos mentais relacionados com o transtorno de pânico e precisam ser estudados para que seja criado uma estratégia de tratamento correta, como por exemplo: depressão ou abuso de álcool ou drogas.

2) Transtorno de Ansiedade Social (fobia social)

No caso do transtorno de ansiedade social (fobia social), os sintomas de ansiedade acontecem quando a pessoa é o foco de atenção dos outros. Pode acontecer quando ela escreve, come, assina, ou quando tem que falar em público.

É diferente de um ataque de pânico, porque os sintomas se manifestam durante uma situação social que causa desconforto e só terminam quando a interação com os outros indivíduos acaba.

O transtorno de ansiedade social pode ter início nos primeiros anos de vida de alguém, sendo que muitas vezes se manifesta na infância. Apesar disso, o transtorno fica mais claro no começo da idade adulta, quando a interação social é obrigatória.

Quando este transtorno evolui, vai causando limitações progressivas na vida da pessoa, podendo levar ao consumo excessivo de álcool ou depressão.

3) Transtorno obsessivo-compulsivo

Obsessões são impulsos, pensamentos ou imagens que surgem repetitivamente e de forma intrusiva. Normalmente estão relacionados com a ansiedade, e a pessoa não consegue impedir a sua manifestação, apesar de saber que se trata de uma situação anormal.

Compulsões são ações repetitivas, que pessoa sente que é obrigada a cumprir, para evitar entrar em um estado descontrolado de ansiedade. Muitas vezes essas compulsões consistem em rituais de limpeza, verificação e contagem.

Frequentemente a pessoa toma vários banhos por dia ou lava a mão dezenas de vezes porque sente que está sujo. Também verifica compulsivamente e várias vezes se deixou a porta aberta.

Estas obsessões e compulsões têm origem ou ficam mais intensas nos primeiros anos de adulto. A tendência é que fiquem cada vez mais graves, debilitando cada vez mais o paciente. Algumas vezes podem atingir um extremo, sendo que alguns pacientes são incapazes de cumprir tarefas simples, como levar um garfo até a boca.

4) Transtorno de ansiedade generalizada:

No caso de transtorno de ansiedade generalizada, os sintomas de ansiedade variam muito conforme o tempo, mas não acontecem como ataques e não estão ligados com situações específicas.

Ocorrem quase todos os dias e têm duração prolongada, por vezes meses ou anos. As pessoas revelam uma preocupação extrema, estando inquietam cansada e incapaz de se concentrar. A preocupação torna a pessoa facilmente irritável, com dificuldade para dormir (insônia), excesso de transpiração e com tensão muscular.

O princípio deste transtorno muitas vezes é incerto, e algumas pessoas afirmam que sempre foram nervosas.

Saiba mais em:

Em caso de suspeita de transtorno de ansiedade, um médico (preferencialmente um psiquiatra) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo(a) e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Tentei tirar minha virgindade, quando vou por a camisinha ele fica mole.
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. O que você apresenta é uma disfunção erétil, e a causa mais comum desse sintoma em homens jovens, são fatores psicológicos. Portanto é bem provável que a causa seja a ansiedade do momento, embora não seja possível dar certeza apenas com o seu relato.

O mais indicado é que procure um médico urologista para exame e avaliação do seu caso, e se confirmar a ansiedade como causa, prescrever todas as recomendações necessárias para ultrapassar essa barreira.

Contudo, não deixe de usar a camisinha, pois é a única forma de proteger tanto você quanto a sua parceira, das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). As DSTs nem sempre apresentam um sintoma evidente, principalmente se estão na fase inicial.

Leia também: Como saber se tenho uma DST?

Causas comuns de disfunção erétil

A disfunção erétil é caracterizada pela dificuldade de ter e/ou manter a ereção, para uma relação sexual satisfatória. Algumas doenças e situações durante a vida, podem ocasionar esses sintomas. Atualmente a causa descrita como mais comum na nossa população, tem sido a ansiedade e problemas pessoais, entretanto não podemos deixar de investigar causas físicas, as quais evoluem com complicações e sequelas.

Dentre as causas que contribuem para disfunção erétil podemos citar:

  • Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão;
  • Hipertensão e doenças cardiovasculares;
  • Diabetes mal controladas;
  • Hipotireoidismo;
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Uso de medicamentos controlados (alguns específicos);
  • Consumo abusivo de bebidas alcoólicas;
  • Diminuição da testosterona;
  • Doenças da próstata;
  • Cirurgia e
  • Idade (acima de 40 anos).

Estudos recentes apontam para algum grau de disfunção em pelo menos metade dos homens acima dos 40 anos de idade. O que pode ser justificado por questões hormonais, vasculares e maior prevalência de doenças crônicas que interferem no organismo como um todo, como a hipertensão, diabetes e doenças da próstata.

Cerca de 50% dos homens com diabetes mal controlada apresentam algum grau de impotência.

O médico urologista é o responsável pela avaliação e conduta nos casos de disfunção erétil.

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Tratando síndrome do pânico, posso tomar energético?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não é recomendado o uso de energéticos para casos de síndrome de pânico, especialmente em tratamento com Rivotril®, devido ao risco de interação medicamentosa e piora dos sintomas.

O medicamento Rivotril®, é um ansiolítico potente, com efeito relaxante muscular, sedativo e ansiolítico. Indicado para tratamento de ansiedade, epilepsia, síndrome do pânico, entre outros, porém o tratamento não se restringe ao remédio. É preciso uma abordagem multidisciplinar, com atividades adequadas, psicoterapia e hábitos de vida saudáveis para atingir os resultados esperados.

Fazer uso de energéticos ou cafeína produzem um efeito contrário aos ansiolíticos, de agitação, piorando os sintomas da ansiedade. Além disso, podem interferir diretamente na ação do medicamento.

Os sintomas de síndrome do pânico mais comuns são a angústia, dor no peito, agitação, taquicardia, sudorese, tremores, espasmo esofagiano ("bolo na garganta") e aumento efetivo da pressão arterial. Sintomas que facilmente se agravam com o uso de energéticos.

Portanto, fazer uso de bebidas ou alimentos que aumentem ainda mais os estímulos, como os energéticos, contribui para a piora dos sintomas e retardo no tratamento.

Vale ressaltar que é contraindicado o uso do Rivotril® com qualquer agente depressor do sistema nervoso central, incluindo bebidas alcoólicas.

Sendo assim, embora não haja uma contraindicação formal, o uso concomitante de energéticos com ansiolíticos não é recomendado.

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