Quem tem enxaqueca pode usar determinados anticoncepcionais.
A escolha do anticoncepcional para quem tem enxaqueca irá depender de alguns fatores como a idade (maiores ou menores de 35 anos) e a presença ou ausência de aura. A combinação desses dois fatores são levados em conta para decidir qual o melhor anticoncepcional a ser usado.
Em geral, mulheres que apresentam enxaqueca com aura ou que tenha mais de 35 anos devem ficar mais atentas pois, nesses casos, os anticoncepcionais hormonais combinados contendo estrogênio não podem ser usados. Para essas mulheres as opções serão:
- Preservativo feminino ou masculino;
- DIU;
- Pílulas contendo apenas progesterona;
- Implante subcutâneo;
- Injeção trimestral.
Quem tem enxaqueca e vai iniciar um método anticoncepcional deve consultar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação pormenorizada.
Os principais motivos para mudar de anticoncepcional costumam ser os efeitos colaterais que o medicamento pode provocar. Se a mulher não estiver se sentindo bem com o anticoncepcional oral, injetável ou adesivo, é preciso tentar um outro que provoque menos reações adversas.
Alguns motivos (efeitos colaterais) que podem fazer a mulher mudar de anticoncepcional:
- Hemorragias entre as menstruações;
- Ausência de menstruação;
- Dores de cabeça;
- Náuseas e vômitos;
- Tontura;
- Cólicas menstruais;
- Dores nas mamas;
- Prurido vaginal;
- Alterações emocionais e da libido;
- Variações de peso.
No entanto, a troca de anticoncepcional também pode ser indicada para tratar problemas específicos, como ovários policísticos, TPM e acne.
A pílula anticoncepcional com progesterona, por exemplo, melhora a TPM e os sintomas pré-menstruais.
A escolha do novo medicamento, porém, deve obedecer a vários critérios para que seja o mais indicado para a paciente. Além do histórico clínico e familiar da mulher, é importante levar em consideração as doses hormonais que variam de acordo com o anticoncepcional.
Por essa razão, a mudança de anticoncepcional deve ser feita com orientação e supervisão de um/a médico/a ginecologista.
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Não, nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcional. O uso de anticoncepcionais hormonais é contraindicado para mulheres que têm algumas doenças ou apresentam fatores de risco para desenvolvê-las, tais como:
- Doença tromboembólica ou tromboflebite;
- Doença vascular cerebral;
- Infarto do miocárdio;
- Doença coronariana;
- Hiperlipidemia congênita;
- Câncer de mama ou suspeita;
- Câncer do aparelho reprodutor ou outros tipos de câncer dependentes de hormônios;
- Sangramento uterino anormal sem causa determinada;
- Doenças cardiovasculares;
- Hipertensão arterial (acima de 140 x 90 mmHg);
- Diabetes insulinodependente grave;
- Fumantes com mais de 35 anos;
- Doenças do fígado;
- Lúpus eritematoso sistêmico.
Mulheres com gravidez confirmada ou suspeita de estarem grávidas também não devem tomar anticoncepcional.
Existem outras situações que apesar de não impedirem o uso de anticoncepcionais hormonais, exigem uma supervisão médica cuidadosa. Dentre elas estão:
- Anemia falciforme, obesidade, varizes importantes, imobilização;
- História de icterícia gravídica e problemas de excreção biliar;
- Doenças da vesícula biliar;
- Enxaquecas com sintomas neurológicos;
- Epilepsia, psicose e neuroses graves;
- Hipertensão arterial leve ou moderada;
- Insuficiência renal ou cardíaca;
- Diabetes moderado;
- Uso de medicamentos que interagem com o anticoncepcional.
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Antes de começar a tomar o anticoncepcional a mulher deve primeiro passar por uma consulta com o médico ginecologista, médico de família ou clínico geral, que irá avaliar os riscos e verificar se existe alguma contraindicação quanto ao uso do medicamento.
Sim. Alguns anticoncepcionais podem causar queda de cabelo.
Os anticoncepcionais contendo estrógeno em combinação com progesterona podem provocar perda de cabelo tanto no couro cabeludo quanto em outros locais do corpo.
Por ser um possível efeito colateral do anticoncepcional, a queda de cabelo não é observada necessariamente em todas as pessoas que fazem uso da medicação.
Toda medicação pode provocar efeitos indesejáveis além do seu efeito esperado. No momento da escolha do início da medicação ou da continuação da mesma, os efeitos indesejáveis devem ser ponderados e, caso sejam superiores aos benefícios, é recomendado optar por outra medicação ou método anticoncepcional.
Caso a queda de cabelo seja intensa e provoque incômodo em você, procure o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação.
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Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?
Uma das principais vantagens do anticoncepcional adesivo é a comodidade de uso, uma vez que a eficácia, contraindicações e efeitos colaterais são praticamente os mesmos da pílula anticoncepcional. As suas desvantagens incluem o fato de ser visível, poder causar irritação na pele, além de ter efeitos colaterais e riscos muito semelhantes à pílula oral.
Conheça as principais vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo quando comparado com outros métodos anticoncepcionais.
Quais as vantagens do anticoncepcional adesivo?- Comodidade de uso;
- Menor risco de esquecimento;
- É bastante eficaz se usado corretamente (99,9% de eficácia);
- Não perde eficácia quando há problemas gastrointestinais como vômitos ou diarreia;
- Facilidade de uso para mulheres que têm dificuldades de engolir a pílula;
- Reduz os riscos de câncer de ovário e de endométrio, assim como outros métodos contraceptivos hormonais, como a pílula e o anticoncepcional injetável;
- Não interfere de forma significativa na eficácia de outros remédios;
- Sua eficácia é menos comprometida pelo uso simultâneo de outros medicamentos como os anticonvulsivantes.
- Não previne DST;
- Precisa da intervenção da usuária, o que pode aumentar as chances de uma gravidez indesejada;
- Pode causar alergias e irritações na pele;
- É visível, o que pode incomodar algumas usuárias;
- Apresenta redução da eficácia em mulheres com mais de 90 kg;
- Tem praticamente os mesmos efeitos adversos dos anticoncepcionais hormonais, como náuseas, dor de cabeça, desconforto mamário, cólicas abdominais, entre outros;
- Tem os mesmos riscos de eventos trombóticos das pílulas orais.
O anticoncepcional adesivo é contraindicado para mulheres com doença no fígado grave, elevado risco cardiovascular (hipertensas não controladas, diabéticas, tabagistas) ou com risco tromboembólico aumentado.
Como usar o anticoncepcional adesivo?O anticoncepcional adesivo possui os hormônios estrogênio e progesterona, que são absorvidos pela pele e entram diretamente na circulação sanguínea.
Os adesivos devem ser aplicados na pele e substituídos uma vez por semana, durante 3 semanas seguidas, seguindo-se uma semana de pausa, sem o adesivo. Portanto, o adesivo anticoncepcional deve ser usado por 21 dias, seguido de 7 dias de pausa.
A mulher deve ficar atenta para observar se o adesivo está descolando ou não, visto que o descolamento pode afetar a eficácia desse método contraceptivo.
Para maiores esclarecimentos sobre as vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo, fale com o médico ginecologista ou médico de família.
Não, não há nenhum problema em voltar a tomar o anticoncepcional. Principalmente se for o anticoncepcional que estava em uso, porque o organismo já estava habituado.
No caso de optar por outra medicação, mesmo que da mesma classe de anticoncepcionais, é necessário que retorne ao se médico para discutir a melhor opção. Nem todas as mulheres podem fazer uso de certos anticoncepcionais.
Saiba mais em: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?
Entretanto é importante lembrar que quando reinicia a medicação, a sua proteção e segurança contra gravidez, deve ser esperada para o mês seguinte. Durante a primeira cartela, o recomendado é que faça uso de mais um contraceptivo, como a camisinha.
Após um mês de uso, o medicamento já tem seu efeito máximo no organismo, e portanto sua proteção ultrapassa 90% de eficácia contra a gravidez. Desde que faça o uso corretamente, tomando um comprimido da medicação por dia, no mesmo horário, sem esquecimentos.
Sabendo que, os anticoncepcionais protegem a mulher apenas quanto ao risco de gravidez. A única maneira de se proteger, e ao parceiro, quanto às doenças sexualmente transmissíveis como a Aids, sífilis, clamídia, entre outras, é com o uso de contraceptivo de barreira, a camisinha.
Leia também: O que é AIDS e quais os seus sintomas?
Não. O consumo de café não corta o efeito dos anticoncepcionais, quando a medicação é utilizada de forma correta, sem interrupção, 1x ao dia, diariamente e sempre que possível no mesmo horário.
Situações que podem alterar ou cortar o efeito dos anticoncepcionais são em geral relacionadas ao uso de medicações como antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais e por vezes, situações de saúde como uma infecção ou presença de náuseas com vômitos.
Saiba mais sobre o assunto no link abaixo:
Vômito e Diarreia Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional?
Lembre-se sempre de informar ao médico que esteja lhe prescrevendo qualquer medicação, que faz uso de anticoncepcionais, evitando assim o risco de interação medicamentosa ou efeitos colaterais indesejáveis.
O médico/a ginecologista é o especialista nesta área, nos casos de dúvidas ou maiores esclarecimentos agende uma consulta.
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O uso de anticoncepcional inadvertidamente no início da gestação não tem sido associado a efeitos teratogênicos no feto. Portanto, tomar anticoncepcional no início da gravidez, sem saber que estava grávida provavelmente não prejudicou seu/sua bebê.
Ao detectar a gravidez, a mulher deve suspender imediatamente o uso de anticoncepcionais e outras medicações e deve iniciar o acompanhamento pré natal. Caso a mulher faça uso contínuo de outro tipo de medicação, isso deve ser conversado na primeira consulta para avaliar se deve continuar usando a medicação, se deve suspender ou mudar a dosagem.
É comum o uso inadvertido de algumas medicações no início da gravidez pois a mulher ainda não sabe que está grávida. Por isso, ao saber da gravidez é recomendado parar todas as medicações.
Frequente as consultas de rotina do pré natal para o acompanhamento apropriado da gestação e do desenvolvimento do/a seu/sua bebê.
O anticoncepcional Adoless® possui alguns efeitos colaterais, que estão listados abaixo:
- sangramento desregulado (escapes);
- ausência de sangramento (menstruação) na pausa;
- tromboses;
- aumento da pressão arterial;
- desconforto da córnea, quando em uso de lentes de contato;
- agravamento de endometriose;
- propensão a contrair infecções vaginais, como a candidíase, por conta da redução da imunidade no corpo;
- sensibilidade, dor, aumento e secreção nas mamas;
- náusea, vômito;
- cefaleia, enxaqueca;
- alterações do humor;
- retenção de líquidos;
- redução da tolerância à glicose;
- alteração do peso corporal (usualmente aumento de peso);
- irritação na pele;
- manchas escuras no rosto (melasma);
- adenoma hepático;
- icterícia colestática;
- exacerbação de estado epiléptico.
É importante frisar que estes efeitos colaterais não ocorrem na maior parte das pacientes. O anticoncepcional deve ser prescrito pelo médico ginecologista.
Não. Nem o Omeprazol nem a Domperidona diminuem o efeito do anticoncepcional.
O omeprazol é uma medicação que serve principalmente para tratar ou prevenir úlceras no estômago e intestino, doença do refluxo gastroesofágico, azia e síndromes causadas pelo aumento de ácido no estômago.
O medicamento muitas vezes também é usado juntamente com antibióticos para tratar úlceras provocadas pela bactéria Helicobacter pylori.
Outras indicações do omeprazol incluem dispepsia, acidez, azia, arrotos, indigestão e prevenção de sangramentos do trato gastrointestinal.
A domperidona é indicada para tratar síndromes digestivas que provocam retardo do esvaziamento do estômago, refluxo gastroesofágico, esofagite, sensação de empachamento, saciedade precoce, distensão abdominal, dor abdominal, gases estomacais e intestinais, náuseas, vômitos, azia e queimação no estômago.
Tanto o omeprazol quanto a domperidona não interferem na ação do anticoncepcional. Por isso, essas medicações podem ser usadas ao mesmo tempo.
É importante ressaltar que o uso prolongado do omeprazol pode ter várias consequências à saúde. Por isso, apenas tome medicação com indicação e receita médica.
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Não é indicado trocar de anticoncepcional sem ir ao/à ginecologista para não colocar a sua saúde em risco ou ter uma gravidez inesperada. Existe uma grande variedade de pílulas anticoncepcionais e o seu organismo pode reagir de forma diferente a cada uma delas.
A indicação do medicamento ideal para cada mulher é muito importante, uma vez que alguns anticoncepcionais aumentam o risco de AVC (derrame), infarto, parada cardíaca e trombose.
Isso porque o anticoncepcional pode deixar o sangue mais espesso, o que aumenta o risco de formação de coágulos.
Na hora de escolher a medicação, o médico leva em consideração possíveis fatores de risco, como problemas cardíacos, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e obesidade, pois nesses casos o risco de ataque cardíaco é ainda maior.
Portanto, cabe ao/à ginecologista ou médico/a de família ou ainda ao/à clínico/a geral identificar a pílula com menos efeitos colaterais e que ofereça menos riscos à paciente, bem como orientar a forma correta de fazer a troca do anticoncepcional.
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Posso mudar de anticoncepcional antes de terminar a cartela?
Sim, pode cortar o efeito. Caso o vomito tenha ocorrido até 4 horas da ingestão do comprimido a absorção dos componentes da pilula pode ter sido prejudicada Nesse tipo de situação o ideal é tomar mais um comprimido da cartela.
Para não se confundir pode comprar uma nova cartela e tomar o comprimido correspondente ao dia em que apresentou o episódio de vômito e seguir a nova cartela a partir de então. Caso prefira é possível seguir a mesma cartela, contudo, lembre-se que ela irá terminar mais cedo portanto a outra cartela será reiniciada também mais cedo.
Se o vômito persistir por mais de 24 horas, pode-se continuar tomando a pilula normalmente, mas neste caso deverá se fazer uso de um método contraceptivo de barreira, como a camisinha, até a próxima menstruação.
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