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É possível menstruar estando grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível menstruar estando grávida. O que pode acontecer durante a gravidez, principalmente no início, é o sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela.

O sangramento que ocorre no início da gravidez e pode ser confundido com a menstruação é o sangramento de nidação, que ocorre quando o embrião se implanta na parede do útero.

Características do sangramento de nidação (do início da gravidez)

Normalmente o sangramento de nidação costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação, podendo apresentar uma cor rósea, vermelho claro ou marrom. Também tende a ser mais curto, em menor quantidade.

Além disso, esse sangramento da implantação do embrião não ocorre com frequência, sendo raro, ou seja, a maioria das mulheres grávidas, não irão apresentar o sangramento de nidação.

Caso você esteja grávida e apresente sangramento, procure um médico para uma avaliação, isto porque a perda de sangue durante a gestação pode indicar aborto ou outros problemas da gestação.

Ausência de menstruação na gravidez

Inclusive, um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é justamente a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas.

Portanto, o mais comum é que a mulher não menstrue e não apresente nenhum sangramento na gravidez.

Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.

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Tive relação sexual no 1° dia da menstruação, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Durante a menstruação é muito raro a mulher engravidar, mas não podemos dar 100% de certeza. Isso porque, algumas vezes a mulher pode apresentar um pequeno sangramento, que chamamos de "escape", ao longo do ciclo, e confundir com menstruação.

Por isso dizemos que a única forma de prevenir uma gravidez indesejada, em quase 100% de eficácia, é com uso de contraceptivos, seja uso regular de anticoncepcional, método de barreira, como a camisinha, ou uso da pílula do dia seguinte.

A pílula só pode ser utilizada até 72h após a relação, e sua eficácia é maior, quanto antes for tomada. Contudo deve ser reservada realmente para essas situações de urgência, e com cuidado para que não seja frequente, pois, a concentração elevada de hormônios pode causar efeitos colaterais à mulher.

Tomar pílula do dia seguinte estando menstruada, posso engravidar?

Não. Se estiver menstruada você já praticamente não tem chances de engravidar, se ainda assim achar necessário tomar a pílula do dia seguinte, seja por não ter certeza da menstruação, ou outra questão, desde que seja dentro das 72 h após a relação, não há chances de engravidar.

Atenção ao uso excessivo ou desnecessário de medicação, pois pode ser prejudicial a sua saúde e equilíbrio hormonal.

Se observar a necessidade frequente do uso de contraceptivo de urgência, seja qual for a causa, orientamos a conversar com seu médico ou médica ginecologista, para avaliar um método contraceptivo mais eficaz, como dispositivo intrauterino (DIU), anticoncepcionais adesivos, injetáveis, trimestrais, entre outros. Atualmente existem muitas opções, o que facilita a melhor escolha para cada mulher.

Sempre vale ressaltar que, as relações sem proteção de barreira, além do risco de gravidez não planejada, oferecem risco de doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, AIDS, HPV, gonorreia, entre tantas outras. Por isso o mais recomendado é sempre fazer uso de proteção de barreira durante as relações sexuais.

Para mais esclarecimentos agende uma consulta com médico/a ginecologista.

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Quais os remédios que engordam e emagrecem?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Vale lembrar que descreveremos alguns medicamentos que podem aumentar ou diminuir o peso, pelas evidências médicas e efeitos colaterais já descritos nas bulas, porém nem todos os pacientes apresentam os mesmos efeitos ou nem sempre com a mesma intensidade.

Dentre os remédios que podem fazer engordar estão:

  • Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Nortriptilina): Aumentam o apetite, levando ao ganho de peso.
  • Antidepressivos - Inibidores de recaptação de serotonina (Fluoxetina, Paroxetina): Principalmente após algum tempo de uso, podem aumentar o peso pelo aumento de apetite e retenção de líquido;
  • Anti-histamínicos (Cetirizina, Fexofenadina): São os medicamentos "antialérgicos", também aumentam o apetite;
  • Antipsicóticos (Olanzapina, Risperidona): Usados no tratamento da esquizofrenia, transtorno bipolar, psicose e transtorno obsessivo compulsivo, podem aumentar o apetite;
  • Anti-hipertensivos (Atenolol, Metoprolol): Podem fazer engordar porque aumentam a sensação de cansaço, contribuindo para a falta de atividade física;
  • Corticoides: Aumentam a retenção de água no corpo, provocam resistência à insulina, estimulam o apetite e podem deixar o metabolismo mais lento;
  • Medicamentos para diabetes:
    • Glibenclamida, Glicazida, Glimepirida: Elevam as taxas de insulina no sangue, provocando aumento de apetite e acúmulo de gordura;
    • Insulina: Também pode fazer engordar, pelos mesmos motivos citados no item acima;
    • Pioglitazona e Rosiglitazona: Provocam retenção de água e afetam as células responsáveis pelo armazenamento de gordura corporal;
  • Estabilizadores de humor (Ácido Valpróico, Lítio): Aumentam o apetite;
  • Anticoncepcionais hormonais: Provocam retenção de líquidos, levando ao aumento de peso. (Não são todas as classes).

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Quais são os remédios que fazem emagrecer?

Os remédios usados para emagrecer podem ser divididos em 3 grupos principais:

  • Sacietógenos (Sibutramina): Promovem sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa fique satisfeita com uma quantidade menor de alimento. No caso da sibutramina, ela também pode acelerar o metabolismo, aumentando assim o gasto energético;
  • Inibidores da absorção de gordura (Orlistat, Cetilistate): Inibem em até 30% a absorção de gorduras pelo intestino, auxiliando o processo de perda de peso;
  • Anorexígenos (Anfepramona, Femproporex, Mazindol): São inibidores do apetite e possuem anfetaminas em suas composições. Devido ao maior risco de efeitos colaterais, esses medicamentos geralmente só são usados quando os outros dois grupos não produziram os efeitos esperados.

Além desses medicamentos usados especificamente para emagrecer, os remédios para tireoide e os laxantes também podem provocar emagrecimento se forem usados de forma orientada para esse fim.

Porém todas as medicações que alteram o metabolismo, principalmente as que causam diminuição de peso, podem levar a efeitos colaterais graves com risco de morte, como arritmia cardíaca e morte súbita, portanto devem ser prescritos com receita médica controlada e devem ser utilizados de acordo com as orientações médicas, rigorosamente.

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Quais são os sintomas de TPM?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da TPM (Tensão Pré-Menstrual) caracterizam-se principalmente pela instabilidade emocional, que começa 3 a 7 dias antes da menstruação devido às oscilações hormonais desse período. Os sintomas da TPM variam de mulher para mulher e podem ser emocionais ou físicos. Os mais comuns são:

  • Variações de humor ( irritabilidade, agressividade, diminuição do interesse);
  • Sensibilidade emocional (choro fácil);
  • Tristeza, nervosismo e ansiedade;
  • Compulsão alimentar, sobretudo por doces;
  • Dor e desconforto na barriga, que pode ficar inchada;
  • Dor e sensibilidade nas mamas, com sensação de inchaço;
  • Distúrbio no sono (sonolência ou dificuldade para dormir);
  • Dor de cabeça;
  • Inchaço no corpo;
  • Cansaço, falta de energia.

Alguns fatores que podem agravar os sintomas da TPM: falta de atividade física, estresse, dieta pouco equilibrada, ficar muitas horas sem comer, tensão ou problemas profissionais, pessoais e afetivos. Os sintomas da Tensão Pré-menstrual tornam-se um problema quando interferem no dia-a-dia da mulher, influenciando a sua capacidade de tomar decisões e o seu relacionamento com outras pessoas.

Sintomas mais leves podem ser amenizados com exercícios físicos e técnicas de relaxamento e meditação além da diminuição do consumo de cafeína e álcool.

O que é a TPM?

A TPM caracteriza-se pela manifestação de vários sintomas físicos e emocionais, que começam 3 a 7 dias antes da menstruação. A Tensão Pré-Menstrual é provocada pelas alterações hormonais que ocorrem nessa fase do ciclo menstrual.

A TPM ocorre porque, quando a mulher está ovulando, há um aumento da produção dos hormônios femininos estrógeno e progesterona.

Esses hormônios controlam a produção de substâncias químicas que atuam na transmissão de impulsos nervosos, como a serotonina, por exemplo. Por isso, quando há um desequilíbrio na produção desses hormônios, ocorre instabilidade emocional.

Quais são os tipos de TPM?

A TPM pode ser classificada como leve, moderada ou grave, conforme a manifestação dos sintomas.

TPM leve

A maioria dos casos de TPM é leve e os sintomas podem ser controlados ou até mesmo cessar com exercícios físicos.

TPM moderada

Na TPM moderada, o nível de instabilidade da mulher já interfere no comportamento das pessoas que convivem com ela. Nesses casos, os sintomas podem ser aliviados com pílula anticoncepcional e prática de exercícios físicos.

TPM grave

A TPM grave interfere no dia-a-dia da mulher, podendo influenciar negativamente as suas decisões e o seu relacionamento interpessoal. O tratamento da TPM grave pode ser feito com medicamentos antidepressivos e pílula anticoncepcional de uso contínuo.

Converse com o/a médico/a de família ou ginecologista para lhe orientar um tratamento específico para aliviar os sintomas da TPM.

Vou ficar menstruada existe algo para adiantar ou atrasar a menstruação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existem duas formas diferentes de atrasar a menstruação, uma está indicada para mulheres que fazem uso de contraceptivo oral e outra para mulheres que não fazem uso da pílula.

Se faz uso de contraceptivo oral

Caso faça uso de pílula contraceptiva uma das formas mais prática de atrasar a menstruação é tomar a pílula de forma contínua, sem a pausa entre uma cartela e outra.

Poderá tomar o anticoncepcional continuamente durante o período que desejar, quando quiser menstruar deve fazer a pausa ao fim da cartela, antes de começar a próxima.

É importante destacar que quando se faz o uso contínuo da pílula a chance de apresentar sangramento de escape é maior, principalmente no começo.

Geralmente o sangramento de escape é em pequena quantidade e não atrapalha tanto a mulher que deseja parar de menstruar por algum motivo específico como ir à praia ou viajar.

Leia também: Posso engravidar na pausa do anticoncepcional?

Se não faz uso de contraceptivo oral

Caso não faça uso de pílula, a forma segura de atrasar a menstruação é através do uso da noretisterona, um tipo de progesterona, um dos hormônios do ciclo menstrual feminino.

É possível usar a noretisterona isolada em comprimidos de 5mg ou em comprimidos em associação com o etinilestradiol (Primosiston).

Os níveis de progesterona se manterão altos enquanto fizer o uso de noretisterona, que deve ser no máximo durante 14 dias. Ao cessar o uso da medicação o sangramento menstrual irá vir após 2 a 3 dias.

Caso deseje fazer uso da noretisterona para retardar a menstruação é importante conversar com o seu médico de família ou ginecologista antes, para a correta orientação sobre o uso do medicamento.

Além disso, é importante ter certeza que a mulher não está grávida antes de tomar o medicamento, por isso descartar essa possibilidade é essencial.

E adiantar a menstruação?

Não há uma maneira segura para adiantar a menstruação, tanto em mulheres que fazem contraceptivo hormonal, quanto naquelas que não usam anticoncepcional.

Para adiantar a menstruação algumas mulheres que fazem uso de pílula até podem parar de tomar a pílula e fazer a pausa mais cedo.

No entanto, esse método não é recomendado, porque irá afetar substancialmente a eficácia da pílula e poderá ocasionar irregularidade menstrual.

Para mais esclarecimentos consulte o seu ginecologista ou médico de família.

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Tem problema em tomar a injeção 2 dias após a data?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Deve evitar ao máximo postergar a tomada da injeção para um período superior a 7 dias, sob o risco de engravidar. Tomar a injeção 2 dias após a data prevista não interfere na sua eficácia. No entanto, se esse período for superior a 7 dias, o risco de gravidez aumenta, caso tenha tido relações sexuais desprotegidas.

A mulher pode aplicar a injeção anticoncepcional até 1 semana antes ou 1 semana depois da data prevista para a nova aplicação.

O que fazer caso atrase a injeção mais de 7 dias?

Caso atrase a próxima injeção por mais de 7 dias, é recomendado o uso de método complementares como camisinha, diafragma ou espermicida até conseguir tomar a próxima injeção. Nessa situação, a mulher também pode usar a pílula seguinte, caso não tenha usado nenhum método complementar.

O uso do método contraceptivo complementar deve permanecer por mais uma semana após a tomada da injeção em atraso.

As mulheres que deixaram de tomar a injeção por mais de 7 dias da data prevista e mantiveram relação sexual desprotegida, precisam verificar se estão grávidas antes de voltar a realizar o anticoncepcional injetável. Neste caso, é indicada a realização de um teste de gravidez.

Caso ela não tenha tido relações sexuais ou caso tenha usado algum outro método contraceptivo nesse período ela pode tomar a nova injeção imediatamente.

Mesigyna é eficaz?

A Mesigyna® é um contraceptivo injetável mensal composto de enantato de noretisterona e valerato de estradiol, ou seja, por um progestágeno e um estrógeno. É um método eficaz se usado corretamente, apresenta um índice de falha de 1%, ou seja, a cada 100 mulheres que usam o método durante um ano somente uma engravida.

Para maiores orientações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

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Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Eu posso engravidar na primeira vez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A mulher pode engravidar mesmo na primeira relação sexual.

Após a menarca, primeira menstruação, a mulher se encontra apta à engravidar. Por isso, uma relação sexual desprotegida é capaz de ter como consequência uma gravidez não desejada.

A mulher que pretende iniciar suas atividades sexuais e não deseja engravidar deve utilizar algum método contraceptivo.

O preservativo (camisinha) masculino ou feminino são eficazes na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, bem como na prevenção de gravidez.

Caso pretenda utilizar outro método anticoncepcional de longa duração, é recomendada uma consulta com o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação pormenorizada de qual método é mais indicado no seu caso.     

É possível engravidar durante a pausa (é a primeira pausa)?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A mulher não engravida na pausa do anticoncepcional, por ser a primeira pausa pode haver uma pequena chance, mas essa chance é muito (muito mesmo) pequena.

O que fazer em caso de aplicação intramuscular no glúteo errada?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Algumas complicações podem ocorrer após a aplicação de uma injeção intramuscular glútea. Elas podem estar associadas a erros ou não. É importante conhecer o que pode dar errado para procurar ajuda rapidamente. Veja abaixo o que pode acontecer e o que fazer nestes casos.

Dor ou perda de movimentos podem indicar lesão do nervo ciático

Quando o nervo ciático é atingido pela agulha durante a aplicação da injeção, você pode sentir uma pequena dor passageira, dor mais intensa, dormência ou até a perda de movimento da perna. A lesão pode causar paralisia ou dormência permanentes da perna no lado onde a aplicação foi feita.

A lesão do nervo é a complicação mais comum após a injeção intramuscular. O nervo ciático é o nervo mais frequentemente afetado.

O que fazer?

É importante procurar um médico para reduzir a gravidade do dano e iniciar o tratamento quanto antes, aumentando as chances de recuperação. O tratamento da lesão inclui o uso de medicamentos para dor, fisioterapia, uso de dispositivos auxiliares e exploração cirúrgica.

Limitação de movimentos pode ser sinal de contratura do músculo glúteo

Quando fazemos um esforço com o músculo e sentimos que ele "endurece", ele está contraído. Quando relaxamos, ele deixa de ficar duro. Se você percebe que o músculo está sempre rígido e não relaxa, isso não é normal. Pode ser o caso da contratura do músculo glúteo.

A pessoa com esse problema apresenta uma rigidez no quadril que a impede de trazer ambos os joelhos juntos durante o agachamento.

Muitas causas são atribuídas à contratura do músculo glúteo, sendo que a aplicação repetida de injeção intramuscular glútea no mesmo músculo é a mais comum.

O que fazer?

Caso você sinta que o seu músculo está rígido e tem limitação de movimentos após uma ou mais injeções, procure um médico. Exames radiológicos conseguem detectar o problema e descartar outras causas. O tratamento com fisioterapia é indicado, mas pode ser necessário fazer cirurgia para corrigir o problema.

Alteração do efeito esperado para a injeção

Pessoas obesas, com sobrepeso e mulheres têm uma camada mais grossa de gordura na região do glúteo. Nestas pessoas a aplicação pode ser feita acidentalmente na região subcutânea. Isto afeta o efeito do medicamento feito para ser injetado no músculo, além de aumentar o risco de complicações.

Se o medicamento vazou depois da aplicação, o efeito pode ser afetado também. Consulte o médico para saber o que fazer neste caso.

Outras complicações mais raras Infecções

Nos casos de infecção, você pode observar bolha ou abscesso (pode sair líquido ou não), vermelhidão, inchaço. Pode sentir dor intensa e ter febre nas 24 horas depois da injeção.

Mal-estar e outros sintomas como confusão, pressão baixa, hipotermia ou febre podem estar associados. Pode levar à necrose (morte de tecidos) no local e à infecção generalizada.

Evolui rapidamente e precisa de diagnóstico rápido. Por isso você deve procurar um médico com urgência caso tenha os sintomas descritos.

A fasciíte necrosante é uma complicação, não um erro. Ela é uma infecção rara e grave que pode estar associada à aplicação intramuscular de medicamentos. Infecção (por exemplo, na garganta), o uso de anti-inflamatórios ou de corticoides podem aumentar a chance de fasciíte.

Outras consequências de infecção após a aplicação de injeção são a gangrena gasosa e a formação de abscesso. Elas também são muito raras. A falta de cuidados de higiene na aplicação também pode causar infecções e suas consequências.

Exames de sangue e de imagem são utilizados para diagnóstico e avaliação da gravidade. Requer cirurgia imediata, tratamento de suporte com antibióticos e hemodinâmico.

Mancha roxa que pulsa (psedoaneurisma)

Se você sente dor intensa, com inchaço, endurecimento (formação de “caroço”) no local da aplicação da injeção e vê hematoma (mancha roxa) que pulsa (em alguns casos), pode ser um caso de psedoaneurisma.

O caroço que se forma pode comprimir o nervo ciático, causando sintomas como dor, dormência ou perda de movimento na perna do lado correspondente ao local da aplicação. Pode causar anemia e necrose (morte de tecidos).

Você precisa procurar um médico com urgência.

O pseudoaneurisma é uma lesão rara e pode ser causada pela perfuração durante a aplicação da injeção intramuscular glútea. Devido à perfuração, o sangue sai da artéria e causa como uma hemorragia interna.

Exames de imagem, como ultrassom, tomografia ou ressonância magnética conseguem detectar o problema. O tratamento consiste em fazer parar o sangramento e na drenagem do hematoma para diminuir a necrose e aliviar a dor.

Quem está sob maior risco de ser vítima de ocorrência de erros e complicações?

Atenção maior durante e após a aplicação intramuscular glútea em:

  • Crianças;
  • Idosos;
  • Pacientes com baixo peso.

Eles têm um risco maior de lesão do nervo ciático devido à aplicação. As crianças e os idosos podem não perceber o problema ou não se queixar.

As pessoas com problemas de imunidade são mais suscetíveis a infecções. Por isso, há maior risco de complicações como a fasciíte necrosante, abscessos e a gangrena gasosa nestes casos, apesar de serem raras.

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Referências

Kim HJ, Park SH. Sciatic nerve injection injury. Journal of International Medical Research 2014; 42(4): 887–897

Rai S , Meng C, Wang X, Chaudhary N, Jin S, Yang S, Wang H. Gluteal muscle contracture: diagnosis and management options. SICOT J. 2017; 3, 1

Mendoza C, Salvo S, Luque P, Condado H, Gonzalo MA, Algarate S. Fascitis necrotizante y síndrome del shock tóxico por Streptococcus pyogenes tras inyección intramuscular. Rev Esp Quimioter. 2019; 32(5): 473-474

Saad PF, Saad KR, Armstrong DMFO, Soares BLF, Almeida PHF, Razuk Filho A. Inferior gluteal artery pseudoaneurysm related to intramuscular injection. Int J Surg Case Rep. 2015; 6: 29–32.

Dayananda L, Belaval V V, Raina A, Chandana R. Intended intramuscular gluteal injections: Are they truly intramuscular?. J Postgrad Med 2014;60:175-8

Sangramento acompanhado com um mau cheiro terrível?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento ou corrimento com odor desagradável, geralmente, indica algum tipo de infecção ou inflamação vaginal, precisa procurar um médico para uma melhor avaliação e diagnóstico. Não é esperado que o uso do anticoncepcional injetável altere o odor da menstruação, portanto é importante investigar a causa desse odor.

O sangramento menstrual não costuma ter odor fétido, quando isso ocorre é importante avaliar qual o motivo do cheiro desagradável. Diversas situações podem ocasionar essa mudança no odor da menstruação, entre elas o sangramento excessivo e abundante e a presença de vulvovaginites como a vaginose bacteriana são as mais comuns.

A utilização de absorventes ou tampões por longos períodos também podem contribuir para a modificação do odor do sangue menstrual. Mais raramente a presença de tumores de colo uterino também podem ocasionar a presença de sangramento vaginal de odor pútrido.

O que é Vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

Quando a mulher está com essa vulvovaginite é esperado que a sua menstruação também apresente um odor desagradável devido a mistura entre o sangue e a secreção vaginal infectada, no entanto, o cheiro fétido permanece mesmo na ausência de menstruação.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Na presença de odor fétido menstrual consulte um médico ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

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É normal a menstruação descer se estou amamentando?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim é normal. Amamentando, geralmente, a menstruação costuma não vir, porém ela pode vir normalmente ou vir de forma irregular.

O retorno da menstruação pode variar de mulher para mulher, em mulheres que estão amamentando intensamente e frequentemente a menstruação pode demorar até meses para retornar. Sendo que algumas mulheres podem mesmo voltar a menstruar apenas quando iniciam a alimentação complementar da criança, já que diminuem a frequência da amamentação.

Por outro lado, mulheres que complementam a alimentação com fórmula infantil desde cedo e amamentam menos regularmente podem voltar a menstruar antes, entre 4 a 8 semanas pós parto.

A menstruação muda durante a amamentação?

É possível que a menstruação após o parto e durante o período que a mulher está amamentando também apresente uma certa irregularidade ou mudança no padrão de sangramento anterior a gravidez.

O sangramento da menstruação pode ser mais ou menos intenso do que aquilo que a mulher estava habituada, essas mudanças também são normais durante esse período.

Muitas mulheres referem um efeito positivo que é a diminuição das cólicas menstruais, sendo que após o parto algumas mulheres deixam de ter cólicas menstruais

O anticoncepcional interfere na menstruação no período pós parto?

É válido ressaltar que o próprio anticoncepcional tomado também pode interferir com o padrão de sangramento. Os anticoncepcionais só de progestógenos em baixas doses, como é o caso do Norestin, podem ocasionar mudanças no padrão menstrual levando a irregularidades no fluxo menstrual.

É possível que ocorra aumento ou diminuição da frequência de sangramento, presença de sangramento de escape ou mesmo ausência da menstruação. Todos esse são efeitos possíveis de acontecer.

Para mais informações e esclarecimentos consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Cisto no ovário é necessário retirar todo ovário ou o útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A presença de cisto no ovário não necessariamente necessita da retirada do ovário ou do útero. Em alguns casos, em que o cisto no ovário é grande, com presença de dor e suspeita de malignidade, pode haver indicação de cirurgia para retirada do cisto ou do ovário inteiro acometido.

Na cirurgia, tenta-se preservar sempre o ovário e retirar apenas o cisto. Contudo, há casos raros em que é necessário remover totalmente o ovário. Porém, mesmo com a retirada de 1 ovário, as funções reprodutivas e de produção de hormônios ficam preservadas, já que o outro ovário é capaz de exercer essas funções.

Alguns dos critérios usados para determinar se um cisto deve ou não ser removido cirurgicamente incluem o tamanho do cisto, a presença de material sólido dentro dele, a presença de líquido no abdômen, além de sintomas como dor e aumento do sangramento. Também são realizados alguns exames de sangue específicos para determinar se o cisto tem ou não malignidade.

Qual é o tratamento para cisto no ovário?

O tratamento para cisto no ovário dependerá da idade da mulher, do tipo de cisto, da presença de dor, do tamanho do cisto e da suspeita de câncer. Na maioria das vezes, o cisto de ovário pode se resolver sem nenhum tratamento.

Há cistos no ovário que regridem espontaneamente. Dependendo de cada caso, o tratamento pode incluir terapia hormonal ou a remoção cirúrgica. Se o cisto no ovário for maligno, o tratamento pode incluir ainda quimioterapia.

Alguns cistos ovarianos podem ser tratados com o uso de pílula anticoncepcional, durante um período de até 3 meses. Após esse período, deve-se repetir o exame de ultrassonografia para avaliar novamente o cisto.

Como é feita a cirurgia para cisto no ovário?

A cirurgia para retirar o cisto no ovário muitas vezes é feita por laparoscopia. O procedimento é realizado através de pequenos cortes de cerca de 1 cm, feitos no abdômen. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva e é a mais indicada para tratar cisto no ovário.

Mesmo após a remoção cirúrgica do cisto, se o ovário for preservado, outros cistos podem aparecer. O uso de anticoncepcionais pode prevenir o reaparecimento de cistos, dependendo do seu tipo.

Vale lembrar que qualquer mulher pode desenvolver cisto de ovário, dependendo da fase em que está do ciclo menstrual. Existem cistos benignos, que surgem normalmente até 14 dias antes da menstruação, mas que desaparecem após o período menstrual.

O importante é seguir o aconselhamento dado pelo/a médico/a que está acompanhando o caso.