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Tomo Contracep há 02 anos, e nunca veio minha menstruação...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pequenas sangramentos que as vezes duram vários dias são uma ocorrência comum em quem usa Contracep. É possível tanto apresentar um pequeno sangramento de escape, como parece ser o seu caso, quanto ter a menstruação cessada por alguns períodos e não menstruar, ambas as situações são normais.

Quais mudanças no sangramento podem acontecer com o Contracep?

Como o Contracep, é um anticoncepcional injetável composto de progesterona, mudanças no padrão menstrual são comuns. Nos primeiros três meses de uso é possível haver irregularidade menstrual ou mesmo um aumento do sangramento.

Com o decorrer do tempo a tendência é o sangramento tornar-se mais escasso. É possível que ocorra em um ano de uso ausência de sangramento, apenas um sangramento raro ou que a irregularidade menstrual persista. A irregularidade menstrual pode incomodar algumas mulheres, no entanto, a tendência é essa irregularidade diminuir com o decorrer do tempo.

É prejudicial ficar sem menstruar?

Não menstruar com o uso do Contracep não é prejudicial, não corresponde a nenhuma doença. Quando a mulher deixar de fazer uso do contraceptivo em alguns meses ela voltará a apresentar os ciclos menstruais como anteriormente.

Para algumas mulheres o efeito de não menstruar é desejável por contribuir com a redução de cólicas, sangramento e sintomas menstruais. No entanto, outras podem ficar incomodadas em não menstruar, nesse caso podem avaliar a troca por outro método em que a menstruação não seja suprimida tão frequentemente, como com o uso do injetável mensal.

Para mais esclarecimentos sobre o efeito do anticoncepcional injetável trimestral na menstruação converse com o seu médico ginecologista ou médico de família.

Quais exames devo fazer para saber qual pílula tomar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na maioria das vezes não é preciso fazer exames para isso, a avaliação é principalmente clínica e histórico de doenças prévias.

A escolha de uma pílula anticoncepcional, depende das características de cada mulher. O uso regular de medicamentos, a presença de comorbidades, hábitos de vida e presença de fatores de risco para doenças tromboembólicas, são fatores fundamentais para essa escolha.

Sendo avaliadas tais características e discutido os possíveis efeitos colaterais de cada opção, o médico ginecologista e a paciente podem decidir juntos pela melhor opção.

Os anticoncepcionais são medicamentos compostos por hormônios, estrogênio associado a progesterona ou apenas progesterona, hormônios que regulam o ciclo menstrual. Sendo assim, a medicação produz algumas modificações no organismo, que levam a efeitos adversos, por vezes intoleráveis para uma mulher. Como por exemplo, cefaleia, para mulheres já portadoras de enxaqueca, aumento de peso, para mulheres com sobrepeso, redução da libido, entre outros.

Portanto, a avaliação clínica e definição da pílula deve ser uma decisão individualizada, caso a caso. Além disso, é importante saber que nem todas as mulheres podem fazer uso de anticoncepcionais.

Saiba mais em: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Contudo, após a avaliação médica, história clínica e familiar e exame físico, pode ser que o médico solicite exames para descartar qualquer problema ou contraindicação para o uso da medicação.

Procure seu médico de família ou ginecologista para essa avaliação, conduta e maiores esclarecimentos.

Pode lhe interesse também: Dúvidas sobre anticoncepcional

Comecei a tomar Adoless e minha menstruação diminuiu muito?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim é normal. A modificação das características da menstruação após início do uso de anticoncepcional é um efeito esperado, e apenas esse sintoma não sugere endometriose.

Adoless®

O Adoless® é um anticoncepcional combinado, e como os outros da mesma classe, age no corpo da mulher, alterando os níveis de hormônios, que resultam nessas mudanças da menstruação.

A menstruação é o resultado da descamação da camada interna do útero (endométrio), quando não ocorre a fecundação e implantação do óvulo fecundado. Essa camada é preparada para receber o óvulo e nutri-lo, durante o ciclo menstrual da mulher. Para isso acontece uma proliferação celular, ou seja, aumento considerável do número de células e vasos sanguíneos.

Como os anticoncepcionais impedem essa proliferação celular, através do equilíbrio hormonal, a camada do endométrio não aumenta da mesma forma, nem acontece o aumento importante da vascularização, resultando em menor sangramento, menor fluxo menstrual.

Entretanto, essas alterações se normalizam logo após a interrupção do remédio. O que quer dizer, que na maioria das mulheres, isso não prejudica uma gravidez programada a qualquer momento, bastando interromper o anticoncepcional.

O que é endometriose?

A endometriose, é a presença de "ilhas" de endométrio (camada interna do útero), localizadas fora da cavidade uterina.

Essas ilhas de tecido endometrial são chamadas endometriomas. Os endometriomas, mesmo fora do útero, continuam respondendo aos estímulos hormonais. Sendo assim, a "ilha" pode aumentar de tamanho e pode haver sangramentos, conforme o estímulo hormonal, porém fora do útero esses fenômenos são altamente irritativos ao organismo.

Os locais mais comuns de encontrar endometriomas são os ovários, trompas, peritônio, bexiga e intestino. E os sintomas variam conforme a localização e gravidade, mas em geral são:

  • Cólicas intensas durante o período menstrual;
  • Dor pélvica;
  • Dor e desconforto durante as relações (dispareunia);
  • Diarreia e
  • Infertilidade.

Leia também: Tenho endometriose: posso engravidar?

O tratamento depende da causa e localização das lesões, porém na grande maioria das vezes, são utilizados medicamentos e ou procedimentos cirúrgicos para retirada dessas ilhas, quando os sintomas são intoleráveis ou para tratamento de infertilidade.

Saiba mais no artigo: Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

Tenho algum risco de ter engravidado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Porque embora não estivesse usando anticoncepcional regularmente, fez o uso do contraceptivo de urgência, a pílula do dia seguinte, que já te confere alta eficácia contra gravidez, principalmente se fez o uso nas primeiras 24 h após a relação.

Outro fator que fala contra a gravidez, foi estar no final da menstruação. Essa é a fase do ciclo, aonde o organismo está expulsando a camada de sangue que receberia um óvulo fecundado, e quando todo o organismo está "despreparado" para uma gestação.

Visto todo o descrito, podemos dizer que o seu risco de ter engravidado é menor do que 1%.

Leia também: Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?

Entretanto, é sempre bom ressaltar, que a pílula ou anticoncepcionais, são excelentes métodos para evitar a gravidez, porém não protege nenhum dos dois, quanto ao risco de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Algumas delas até hoje não possuem tratamento definitivo, podendo causar danos irreparáveis.

Por isso, recomendamos o uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha, em todas as relações, por ser o único método que comprovadamente, protege ambos das DSTs.

Saiba mais no artigo: Como saber se tenho uma DST?

Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico ginecologista.

Tivemos relação e 20 minuto depois recomeçamos, tem risco de engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Se houve relação sexual com penetração, sem uso de preservativos ou outro contraceptivo, tem risco de engravidar sim.

O uso de preservativo é de fundamental importância não só para evitar uma gravidez não planejada, como também para evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Doenças que trazem muito desconforto e por vezes, ainda sem tratamento definitivo ou cura, como o caso do HIV.

Portanto o mais adequado, para as pessoas que tem parceiro, e estão dentre a população sexualmente ativa, é fazer sempre uso de preservativos.

Agende uma consulta com ginecologista para esclarecer suas dúvidas e definir o melhor método contraceptivo, para fazer uso regularmente, assegurando uma atividade de vida sexual de forma segura e prazerosa.

Pode lhe interessar também:

Relações depois dos três meses da aplicação do Contracep?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a aplicação da injeção do Contracep deve ser repetida trimestralmente, de preferência sem atrasos para que a eficácia do efeito anticoncepcional se mantenha. Portanto, se passou o intervalo de 90 dias existe a chance de gravidez.

O risco de gravidez é maior quanto mais tempo se demora para reaplicar a injeção. Caso tenha passado mais de duas semanas da data em que seria necessário reaplicar a injeção o ideal é fazer a aplicação e usar preservativo durante as relações pelo menos por 7 dias, para evitar a gravidez.

O Contracep, é um anticoncepcional injetável composto pelo acetato de medroxiprogesterona, um progestágeno de ação prolongada, ou seja, o seu efeito dura 3 meses, por isso deve ser reaplicado a cada 12 a 13 semanas (no máximo 91 dias).

Leia mais sobre o assunto em: Dúvidas sobre anticoncepcional injetável

Tomei a PDS e tive sangramento e agora não desceu mais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente é efeito da pílula do dia seguinte, que causa irregularidade menstrual, entretanto, se houve relação sem proteção após o uso da pílula, mesmo havendo o sangramento pode ter ocorrido uma gravidez.

A única maneira de ter certeza é realizando um teste de gravidez, após 8 dias de atraso, podendo ser o teste de farmácia ou teste Beta HCG no sangue.

Saiba mais no artigo: Teste de farmácia de gravidez é confiável?

O que é PDS?

A PDS é a pílula do dia seguinte, forma de contracepção de emergência, que deve ser usada apenas em casos de urgência. Nos casos em que houve esquecimento da pílula regular, quando a camisinha sofre algum dano, ou quando existe alguma dúvida e a gravidez não é uma hipótese naquele momento.

Como tomar a pilula do dia seguinte?

A pílula deve ser tomada o mais cedo possível, de preferência até 24h após a relação "desprotegida". Quanto antes fizer uso, maior a eficácia da medicação. De qualquer forma, até 5 dias (dependendo da medicação), a pílula pode ser tomada, com uma eficácia que varia de 98 a 30%.

Posso tomar quantas vezes por ano?

Não existe uma regra exata para número máximo de PDS ao ano, contudo sabe-se que o uso rotineiro não é adequado, devido a alta concentração de hormônios nessa medicação. Sendo assim, deve-se tomar apenas nos casos de emergência, procurando fazer uso regular de algum outro método, eficaz e mais seguro, como o anticoncepcional oral, o dispositivo intrauterino (DIU) ou camisinha.

A camisinha protege ambos contra a gravidez, e também contra as doenças sexualmente transmissíveis, por isso deve ser sempre utilizada.

Para maiores esclarecimentos, procure seu médico ginecologista.

Leia também: Tomei a pílula do dia seguinte. Posso engravidar?

Usei adesivo Evra durante 2 anos, parei para engravidar...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O mais provável é que esteja mesmo grávida. O exame de Beta HCG qualitativo positivo, indica a probabilidade de uma gravidez. O exame quantitativo identifica exatamente a quantidade desse hormônio, indicando aproximadamente quantas semanas de gestação a mulher se encontra.

Saiba mais sobre o exame de beta HCG no artigo: O que é o Beta-hCG qualitativo?

E o sangramento apresentado no dia seguinte ao exame, pode ser secundário à implantação do óvulo fecundado na parede do útero, denominado sangramento de nidação.

Saiba mais no link: Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?

De qualquer forma, não podemos descartar a possibilidade de uma irregularidade menstrual pela ausência do anticoncepcional. Embora nesses casos não seja esperado aumento do hormônio beta HCG.

Portanto, o mais indicado é mesmo retornar ao laboratório e repetir o exame, conforme foi orientado pela médica. Se for positivo seguirá para o exame de ultrassonografia, onde o médico radiologista é capaz de determinar mais detalhes como o número de embriões, localização da implantação da placenta e características uterinas.

Se for negativo, a médica deverá oferecer orientações que irão ajudar no planejamento gestacional e pré-natal. O cumprimento de um bom pré-natal, com exames de rotina, reposição de vitaminas e hábitos de vida saudáveis, proporciona benefícios para a mãe e o bebê, permitindo uma gravidez agradável e com menos riscos.

Anticoncepcional Evra®

O anticoncepcional Evra® é um método bastante seguro de contracepção, na forma de adesivo, o qual após sua interrupção, permite o restabelecimento da fertilidade da mulher prontamente. A não ser que haja algum problema individual no organismo da mulher, ela poderá engravidar dentro dos primeiros 3 meses de interrupção.

Leia também: O anticoncepcional adesivo é seguro?

Para maiores informações sobre anticoncepcionais e pré-natal, converse com seu médico ginecologista.

Eu estava na pausa da pílula Minulet e tive que tomar...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fique tranquila que esse antibiótico não reduziu a eficácia da sua pílula anticoncepcional, poucos são os antibióticos que de fato interferem na eficácia dos anticoncepcionais, entre eles destaca-se a rifampicina, antibiótico comumente utilizado no tratamento de doenças como a tuberculose.

Antibiótico corta o efeito do anticoncepcional?

Nem todos os antibióticos cortam o efeito do anticoncepcional. As pesquisas realizadas até o momento comprovaram que apenas a rifampicina e o seu derivado chamado de rifabutina são os únicos antibióticos que reduzem o efeito das pílulas contraceptivas. Portanto, pode fazer uso de qualquer outro antibiótico, desde que não seja a rifampicina ou a rifabutina, que continuará segura contra a gravidez.

Medicamentos antibióticos comumente utilizados como a amoxicilina, a benzetacil e azitromicina, entre outros não interferem no efeito do antibiótico.

Pílula e antibiótico

É importante destacar que outros fatores como esquecimento de tomar a pílula, ocorrência de vômitos ou diarreia, que podem ocorrer durante o uso do anticoncepcional, podem reduzir a eficácia da pílula significativamente, muito mais do que o uso de outros antibióticos.

É possível que mulheres que estão com uma doença infecciosa e necessitem tomar antibióticos apresentem vômitos ou diarreia, sendo esses sintomas a causa da perda da eficácia da pílula e não propriamente o uso do antibiótico, por isso, muitas mulheres costumam relatar que engravidaram durante o uso de antibiótico, mas é possível que a falha se deva a presença desses sintomas e não do antibiótico.

O uso incorreto da pílula, como esquecimentos e mudanças no horário de tomada, também podem ocorrer paralelamente ao quadro infeccioso e antibioticoterapia, influenciando assim a eficácia da pílula.

Para mais esclarecimentos consulte um médico de família ou ginecologista.

Leia também:

5 coisas que podem cortar o efeito do anticoncepcional

7 dúvidas sobre o diafragma contraceptivo
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

O diafragma é um contraceptivo feminino formado por um anel de metal bastante flexível, recoberto por uma fina membrana de látex ou silicone em formato de cúpula. É um método de barreira que, ao ser colocado na entrada da vagina, cobre completamente o colo do útero, impede a passagem dos espermatozoides e evita a fecundação.

Para aumentar a eficácia do diafragma, se recomenda lubrificar suas bordas com uma geleia espermicida que ajudará a imobilizar e matar os espermatozoides.

Diafragma: anel de metal flexível revestido por membrana de látex ou silicone em formato de cúpula. 1. Como usar o diafragma?

As mulheres que escolheram o diafragma como método contraceptivo, devem colocá-lo de 15 a 30 minutos antes do ato sexual e devem utilizá-lo em todas as relações sexuais, independente do período mês.

Você pode inserir o diafragma seguindo os seguintes passos:

  • Passo 1: Lave bem as mãos,
  • Passo 2: Coloque o diafragma contra a luz para verificar se há furos ou qualquer outro defeito,
  • Passo 3: Se for utilizar geleia ou creme espermicida, aplique-o na parte côncava do diafragma. Use a quantidade correspondente à uma colher de chá,
  • Passo 4: Para inserir o diafragma se coloque em uma posição que seja mais confortável para você. Pode ficar deitada, de cócoras ou em pé, com as pernas afastadas e uma delas flexionada,
  • Passo 5: Dobre o diafragma com a parte arredondada para baixo e segure com uma das mãos,
  • Passo 6: Com a outra mão afaste os lábios vaginais e coloque o diafragma dobrado empurrando-o com o dedo indicador em direção ao fundo da vagina,
  • Passo 7: Empurre a borda anterior do diafragma até que ele se ajuste completamente ao colo do útero e
  • Passo 8: Com o dedo indicador, toque o diafragma para verificar se o colo do útero está completamente coberto pela membrana de borracha.
Posturas e inserção do diafragma no canal vaginal. 2. Como fazer para retirar o diafragma?

Para retirar o diafragma coloque o dedo indicador por trás da sua borda anterior e puxe com cuidado para baixo e para fora.

O diafragma só deve ser removido 6 horas após a relação sexual. Após o uso, lave o diafragma com sabão neutro, seque e guarde em estojo específico para isto.

3. Como saber o tamanho do diafragma?

Existem diafragmas de diversos tamanhos. Para saber o tamanho mais adequado para você é importante consultar um médico ginecologista. Este profissional fará a medição do diâmetro do colo do seu útero para indicar o diafragma mais adequado para você.

4. Quais as vantagens do uso do diafragma?

Algumas mulheres decidem usar o diafragma devido às suas vantagens que incluem:

  • Pode ser usado por mulheres de todas as idades, desde a adolescência até a menopausa,
  • Ajuda a mulher a conhecer seu próprio corpo,
  • Não interfere no ciclo menstrual,
  • Pode ser usado com espermicida, o que aumenta a sua eficácia,
  • Protege o colo do útero contra eventuais lesões,
  • Pode ser usado por mulheres que estão amamentando,
  • Não é descartável e, quando usado com os devidos cuidados, tem durabilidade de 3 a 6 anos,
  • Pode ser utilizado juntamente com o preservativo masculino, o que faz com que aumente a proteção contra a gravidez e infecções sexualmente transmissíveis.
5. Quais as desvantagens e efeitos colaterais do uso do diafragma?

Embora apresente diversas vantagens, as desvantagens do uso do diafragma incluem:

  • Exigência de disciplina no uso, devendo ser colocado antes do ato sexual e somente ser retirado 6 horas após a relação,
  • Não evita todas as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Reação alérgica à borracha do diafragma ou ao espermicida,
  • Irritação da vagina ou do pênis devido ao uso excessivo de espermicidas.
6. Em quais situações não posso usar o diafragma?

O diafragma não deve ser usado por mulheres que apresentam alteração no posicionamento do útero, musculatura vaginal enfraquecida, queda uterina (prolapso do útero) e rotura do útero. Estes problemas aumentam o risco de o diafragma não ficar na posição correta e, deste modo, não cumprir a sua função de prevenção da gravidez.

O uso durante a menstruação deve ser evitado devido à uma maior possibilidade de inflamação e infecção do colo do útero.

Igualmente, o diafragma é contraindicado para mulheres virgens ou que tenham alergia ao látex. Nos casos de alergia ao látex, procure diafragma de silicone.

7. É preciso usar o diafragma com espermicida? Uso do diafragma com gel espermicida: coloque o gel espermicida dentro da parte côncava do diafragma. Em seguida, insira o diafragma na vagina com parte arredondada para baixo.

O uso do espermicida no diafragma não é obrigatório. Entretanto, ele aumenta a eficácia do método. Quando usados juntos, o diafragma funciona como uma barreira para impedir a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero. Já o espermicida age retirando a capacidade de movimentação do espermatozoide e matando-os.

É importante lembrar que o uso do diafragma não dispensa o uso de camisinha, uma vez que não protege de todas a infecções sexualmente transmissíveis, a exemplo do HIV.

Deste modo, diafragma e espermicida contribuem para evitar a gravidez.

Para saber mais sobre diafragma e métodos anticoncepcionais, você pode ler:

O que é espermicida e como funciona?

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional: como tomar os diferentes tipos de anticoncepcionais

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Referência

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

5 passos para uma aplicação intramuscular segura no glúteo
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A aplicação da injeção intramuscular precisa seguir alguns passos para ser segura. Esses passos ajudam a:

  • Diminuir dores e desconforto causados pela injeção
  • Diminuir os erros de aplicação
  • Garantir o efeito do medicamento

Conheça quais são esses passos para poder fazer boas escolhas e observar se estão fazendo o melhor pela sua saúde.

1. Preparo correto da seringa

Parece óbvio, mas é sempre bom lembrar: o medicamento, a seringa e a agulha para a aplicação do medicamento têm que ser estéreis (sem contaminação). Observe o preparo anterior à aplicação para saber se eles foram retirados da embalagem na hora do uso. Isto também garante que a seringa e a agulha não foram usadas antes.

Se for possível, confira o comprimento e o calibre da agulha. Quando a parte plástica que encaixa na seringa é verde, a agulha serve para medicamentos oleosos, viscosos ou suspensões — exemplos destes medicamentos são os anticoncepcionais e a penicilina benzatina (Benzetacil®).

Observe também se o medicamento está na embalagem original e sua validade. Veja se o nome na embalagem é o mesmo que está na receita médica.

Para o preparo da seringa, o local onde a agulha é encaixada e a ponta das agulhas precisam permanecer sem contaminação. Por isso, estas partes não podem tocar em nenhum outro lugar que não seja a embalagem.

Seringas e agulhas que estão fora das embalagens originais podem ter sido usadas. Mesmo que não foram, podem estar contaminadas. Seu uso pode trazer infecções.

2. Preparo correto do medicamento

Os frascos de medicamentos precisam ser limpos com álcool antes de serem usados. O profissional tem que ter todo o cuidado durante o preparo para que a agulha e o medicamento permaneça sem contaminação. A quantidade de medicamento na seringa tem que corresponder com a receita médica.

No caso de medicamentos em frasco-ampola (com tampa de borracha), a agulha utilizada para furar a tampa de borracha e aspirar o medicamento fica menos afiada. Ela deve ser trocada por uma nova que irá machucar menos.

A seringa com ar ou restos de medicamentos no frasco podem fazer com que a quantidade a ser aplicada seja menor. Isso pode diminuir o efeito do medicamento.

3. Cuidados antes de aplicar o medicamento

O profissional que fará a aplicação costuma explicar o que irá fazer, para tranquilizar você. Ele pode perguntar se já tomou alguma vez o medicamento e se já teve alguma alergia.

Caso a aplicação seja feita em um hospital, o profissional poderá pedir para que se deite de lado ou de bruços.

Fazer a aplicação intramuscular glútea em áreas comuns, como corredores, aumenta o risco de contaminação e de erros na aplicação e ainda não respeita o seu direito à privacidade. A aplicação deverá ser realizada em uma sala especificamente destinada para isso. Quando entrar na sala, observe a limpeza e ventilação do local.

No caso de ser realizada em uma farmácia, você deverá se posicionar de pé, de costas e com a perna correspondente ao lado onde será realizada a aplicação dobrada e relaxada. Isso faz com que você sinta menos dor durante a aplicação. Deve haver um local apropriado para poder se sentar após o procedimento, caso precise.

No caso de você ter que tomar mais de uma injeção para o tratamento, é indicado que faça um rodízio do local da aplicação. Ou seja, alterne o lado da injeção.

4. Local adequado de aplicação

Antes de fazer a aplicação, a pele do local deve ser limpa com álcool 70%. Deve-se esperar que o local seque antes da aplicação.

Você não precisa abaixar totalmente sua roupa, porque a aplicação é feita na parte mais alta do glúteo.

Para diminuir o risco de atingir o nervo ciático com a agulha durante a aplicação, o profissional “mapeia” a região segura do glúteo. Uma linha horizontal imaginária passa pela ponta da divisão das duas partes do glúteo. Outra linha imaginária vertical divide o lado da aplicação ao meio. O local mais seguro para a aplicação é a parte lateral superior.

A aplicação intramuscular glútea não é segura em criançasaté dois anos. Neste caso, a injeção é aplicada na lateral da coxa. Um adulto precisa segurar com firmeza a criança, evitando que mova os braços e as pernas.

Fazer a injeção do medicamento nas outras partes do glúteo traz maior risco de uma lesão do nervo ciático. Isto pode acarretar de dor até a perda de movimentos. O lugar mais seguro para evitar a lesão do nervo durante a aplicação no glúteo é a região ventroglútea (lateral do quadril).

5. Técnica correta para aplicação

A pele deve ser esticada para cima ou para baixo, no local da injeção (técnica em “Z”). A técnica deve ser utilizada para medicamentos com alta viscosidade, oleosos e suspensões (anticoncepcionais injetáveis, ferripolimaltose e alguns antibióticos, por exemplo). Isso impede o refluxo do medicamento. Você pode sentir se isso foi feito.

Caso aconteça refluxo do medicamento, uma quantidade menor fica disponível. Não dá para prever se ele terá o efeito esperado.

O medicamento é injetado lentamente para dar menos dor durante a aplicação. Depois que termina, o profissional pressiona o local da aplicação por cerca de 30 segundos para diminuir a chance de o local ficar roxo.

Por fim, é colocado um curativo no local. Ele pode ser removido pouco tempo depois da injeção. Só precisa proteger o local até que pare de sair sangue.

O efeito do medicamento pode ficar comprometido para pacientes obesos mesmo quando a técnica em "Z" for utilizada. Neste caso, é mais indicada a aplicação na região ventroglútea (mais ao lado do quadril).

Para aumentar a segurança

A aplicação na região ventroglútea (lateral do quadril) é indicada como a mais segura para evitar a lesão do nervo ciático em idosos e pessoas muito magras. Ela também garante que a aplicação foi realizada no músculo em pessoas com uma camada mais grossa de gordura, como os obesos e as mulheres.

A via oral sempre deve ser preferida quando o medicamento puder ser utilizado desta forma, por ser a opção mais segura.

Você pode quer saber:

Dor e caroço no local da injeção: o que pode ser e o que fazer?

Dúvidas sobre anticoncepcionais injetáveis

Injeção anticoncepcional causou dor fora do normal, é possível ter sido mal administrada e não funcionar?

O que fazer no caso de aplicação intramuscular no glúteo errada?

Referências

Alcântara F. POP 053. Aplicação de Injetáveis.

Lott B. E-book aplicação de injetáveis. 7 respostas completas para suas principais dúvidas.

Jornal BD Mão Boa. Ano VI. Número 24. 2008

Mishra P, Stringer MD. Sciatic nerve injury from intramuscular injection: a persistent and global problem. The International Journal of Clinical Practice. 2010; 64(11): 1573-1579

Injeção Noregyna engorda?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O aumento do peso é um efeito comum para quem usa Noregyna. Isso ocorre porque os hormônios sexuais têm um papel importante na regulação do apetite, no comportamento alimentar e no metabolismo.

Normalmente o aumento de peso não é consequência da retenção de líquidos, que é um efeito muito pouco frequente. Há também quem emagreça ao usar o medicamento, mas este efeito é mais raro.

Por ser comum que exista aumento de peso, é importante que mulheres que usam Noregyna adotem medidas para manter o peso adequado, como uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Além de ajudarem na manutenção do peso, essas medidas contribuem para diminuir o risco de efeitos colaterais graves, como trombose, embolia pulmonar ou infarto.

Você pode querer ler também:

Referências:

Noregyna.Bula do medicamento.

Hirschberg AL, Sex hormones, appetite and eating behaviour in women. Maturitas. 2012; 71(3): 248-56