A sertralina (cloridrato de sertralina 50 mg) é um medicamento que serve para tratar depressão, ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno do pânico, estresse pós-traumático, fobia social, tensão pré-menstrual (TPM) e/ou transtorno disfórico pré-menstrual.
A sertralina atua sobre a serotonina, um hormônio que está associado à sensação de prazer e bem-estar. O cloridrato de sertralina aumenta a produção dessa substância no cérebro, combatendo os sintomas da depressão, da ansiedade e dos outros transtornos psíquicos.
Cerca de uma semana após o início do tratamento, o medicamento já começa a fazer efeito. Porém, o tempo para se observar resultados e melhorias dos sintomas varia de pessoa para pessoa e de acordo com a doença que está sendo tratada.
Quais são os efeitos colaterais da sertralina?Os principais efeitos colaterais da sertralina são: boca seca, aumento da transpiração, tonturas, tremores, diarreia, amolecimento das fezes, sonolência, má digestão, náuseas, falta de apetite, insônia, sonolência e atrasos na ejaculação.
Outros efeitos secundários que podem ocorrer com o uso do cloridrato de sertralina:
⇒ Diminuição do número de glóbulos brancos e plaquetas;
⇒ Palpitações, aumento da frequência cardíaca, zumbido no ouvido; ⇒ Aumento dos níveis de prolactina, mal funcionamento da tireoide, produção inadequada de hormônio antidiurético; ⇒ Dilatação das pupilas, alterações visuais, dores abdominais, prisão de ventre; ⇒ Pancreatite, vômitos, fraqueza, dor no peito, inchaço em mãos e pés; ⇒ Febre, mal-estar, hepatite, icterícia (olhos e pele amarelados), mal funcionamento do fígado; ⇒ Alergia, aumento do colesterol, aumento do peso e do apetite; ⇒ Dores articulares, cãibras, convulsão, dor de cabeça, alterações motoras; ⇒ Formigamentos, diminuição da sensibilidade, desmaios, entre outros.
Após o fim do tratamento com Sertralina, podem ocorrer ainda reações adversas como ansiedade, agitação, tontura, dor de cabeça, enjoo, formigamentos e alterações da sensibilidade.
Sertralina emagrece?Um possível efeito colateral da sertralina é a perda de peso, embora o emagrecimento não seja tão significativo, variando de 0,5 a 1,0 kg. Como o medicamento controla a ansiedade, pode ajudar a pessoa a comer menos e consequentemente controlar seu peso ou até emagrecer.
O/a médico/a clínico/a geral, psiquiatra ou médico/a de família explicará melhor o motivo de receitar a sertralina e seus possíveis efeitos secundários.
Sim, o uso de mais de uma pílula do dia seguinte, no mesmo mês, pode causar graves danos à saúde. A medicação deve ser usada apenas como contracepção de urgência, no máximo uma vez ao mês.
O uso de mais de 1 pílula do dia seguinte por mês, pode ocasionar:
- Sangramento volumoso (hemorragias)
- Anemia
- Náuseas e vômitos
- Ciclos menstruais irregulares
- Maior risco de problemas vasculares como: trombose, infarto do coração e derrame cerebral.
Alguns estudos apontam ainda para um maior risco de desenvolver câncer de útero e de mama, principalmente se já houver uma predisposição genética.
Para se proteger corretamente de uma gravidez não planejada, procure o seu ginecologista e avalie a melhor opção para o seu caso. Enquanto isso, deve fazer uso de métodos de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).
O que pode ser sangramento e fraqueza após o uso de pílula do dia seguinte?Pode ser um efeito colateral da medicação, que é composta de grande quantidade de hormônios. A fraqueza pode ser ainda um sinal de anemia, se o sangramento for muito volumoso.
O que fazer?No caso de sangramento, náuseas, vômitos e fraqueza após uso de mais de uma pílula do dia seguinte, o mais indicado é que procure um atendimento médico para avaliação.
Sendo confirmada anemia ou se houver sinais de gravidade, o médico poderá prescrever um remédio para interromper o sangramento, reposição de ferro e orientar quanto a alimentação.
Mais raramente, nos quadros graves, pode ser preciso internação hospitalar e transfusão de sangue.
Quando procurar atendimento médico?- Sangramento por mais de 7 dias
- Sangramento volumoso (troca mais de 5 absorventes por dia)
- Febre
- Fraqueza
- Confusão mental
- Náuseas e vômitos que não melhoram com medicação habitual
Na presença de uma das situações citadas, procure imediatamente um atendimento médico.
A pílula do dia seguinte pode falhar?É muito raro engravidar se fizer o uso correto da medicação. A pílula do dia seguinte deve ser usada, de preferências, nas primeiras 24 horas após a relação desprotegida, embora possa ser feita até 5 dias após, para as medicações mais novas.
Quanto mais tempo levar para tomar a pílula, menor será a eficácia. Mas se fizer uso dentro das primeiras 24h, a eficácia ultrapassa os 95%, na grande maioria das medicações.
Sim. A menstruação pode vir antes da data prevista ou após. A irregularidade menstrual é um efeito esperado e considerado normal da pílula do dia seguinte.
Vale ressaltar que a pílula do dia seguinte e outros anticoncepcionais protegem o casal apenas de uma gravidez não planejada, por isso, recomendamos que para prevenir infecções sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e o HIV, faça sempre uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha.
Para maiores esclarecimentos, converse com o seu ginecologista.
Se você quiser saber mais sobre pílula do dia seguinte, leia:
Como tomar a pílula do dia seguinte?
Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?
Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?
Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
A pílula do dia seguinte, também chamada de contraceptivo de emergência, age no organismo no dia em que é tomada. Portanto, é possível engravidar imediatamente no dia a seguir depois de ter tomado a pílula do dia seguinte.
A ingestão do contraceptivo de emergência previne só a gravidez que poderia ocorrer pelos atos sexuais que ocorreram nos 5 dias anteriores a toma.
No entanto, alguns efeitos colaterais podem ainda serem sentidos alguns dias ou mesmo na semana a seguir após ter tomado a pílula, por conta da ação hormonal desse medicamento.
Os efeitos colaterais que podem ser sentidos após a contracepção de emergência são:
- Leve sangramento irregular;
- Náusea;
- Dor abdominal;
- Fadiga;
- Dores de cabeça;
- Sensibilidade dos seios;
- Tontura;
- Vômitos.
Além disso, após o uso da pílula do dia seguinte a menstruação pode vir antes ou depois do esperado.
Como a pílula do dia seguinte não tem um efeito anticoncepcional duradouro, caso a mulher tenha relação sexual desprotegida, no dia a seguir após ter tomado o contraceptivo de emergência ela já pode engravidar.
Por isso, está recomendado que logo após o uso da pílula do dia seguinte, já se comece a fazer uso de outro método contraceptivo, como preservativo, anticoncepcional hormonal oral ou injetável, ou DIU (dispositivo intra-uterino).
A pílula do dia seguinte age basicamente através de duas formas: ela atrasa a ovulação e se a ovulação já tiver ocorrido ela impede o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Para mais informações sobre a pílula do dia seguinte e outros métodos contraceptivos de emergência consulte um ginecologista ou médico de família.
Também pode ser do seu interesse:
Sim, dor no pé da barriga pode ser gravidez. No início da gestação, é possível haver dores (cólicas) no baixo ventre ou pé da barriga devido ao crescimento do útero. A dor costuma ser leve, mas a intensidade varia em cada mulher.
Além de dor no pé da barriga, pode surgir também desconforto pélvico ou sensação de peso na região inferior do abdômen, como se algo estivesse torcido dentro da barriga.
Outros sintomas iniciais de gravidez incluem atraso da menstruação, náuseas com ou sem vômitos, mamas doloridas e inchadas e aumento da frequência urinária.
É importante observar com que frequência a dor no pé da barriga ocorre, bem como a ocorrência de outros sintomas.
Em quanto tempo aparecem os primeiros sintomas de gravidez?Os primeiros sinais e sintomas de gravidez normalmente aparecem depois de 3 semanas que ocorreu a fecundação, ou seja, o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Contudo, algumas gestantes podem apresentar os primeiros sintomas de gravidez logo no 6º dia após a fecundação. O atraso menstrual geralmente é o primeiro sintoma de gravidez. Contudo, alguns sinais podem surgir antes mesmo do atraso menstrual.
Vale lembrar que os sinais e sintomas de gravidez variam muito de mulher para mulher, bem como a intensidade, frequência e duração dos mesmos. Uma mesma mulher pode apresentar sintomas diferentes de uma gestação para outra.
Muitos dos primeiros sintomas de gravidez podem ser parecidos com as manifestações da tensão pré-menstrual.
Quais são os sintomas de gravidez?No início da gestação, além do atraso menstrual, podem estar presentes os seguintes sinais e sintomas:
- Dor no pé da barriga (dores abdominais), náuseas, vômitos;
- Aumento das mamas, alterações no paladar, gases;
- Tonturas, desejos alimentares, inchaço abdominal;
- Sangramento vaginal, dor de cabeça, dor nas mamas;
- Escurecimento dos mamilos, cansaço, sonolência;
- Constipação intestinal, tonturas, dor de cabeça;
- Aumento da frequência urinária, tontura, variações de humor;
- Dor na coluna lombar, acne e corrimento vaginal.
Depois, ao longo da gravidez, a mulher pode apresentar manchas na pele, aparecimento de uma linha escura no centro do abdômen, estrias, dor nas costas, azia, dor nas pernas, varizes (se houver predisposição) e hemorroidas.
A maioria das gestantes deixa de sentir náuseas depois do 3º mês de gravidez. Também é depois dos 3 primeiros meses que a sonolência diminui.
Identificar os sintomas de gravidez é muito importante para iniciar o acompanhamento pré-natal o mais precocemente possível.
Dentre as medidas que podem ser tomadas logo no início da gravidez incluem: controle dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, controle da alimentação, suplementação com ácido fólico e ferro, controle da pressão arterial, tratamento precoce de infecções, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar.
Se a menstruação não estiver atrasada, é muito provável que a dor não seja sinal de gravidez e por isso deve ser investigada pelo médico a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
Para saber mais, leia:
Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer
Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Referências
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Sim. É normal sentir cólicas leves no início da gravidez. As cólicas do início da gestação são, em geral, de leve intensidade e localizada no baixo ventre ou “pé da barriga”. O desconforto é causado pelo aumento da circulação sanguínea no local, necessário para fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê e permitir o desenvolvimento da gravidez.
Outro sintoma que pode estar presente no início da gravidez é a sensação de desconforto na pelve, semelhante a uma cólica menstrual leve. Nesse caso, a grávida costuma ter a sensação de que tem algo torcido dentro da barriga.
A intensidade e a forma de percepção da dor ou do desconforto pode variar em cada mulher. É importante observar qual a frequência dessa cólica, a localização e a associação com outros sintomas como constipação intestinal, sangramentos ou febre.
Contudo, as cólicas no início da gravidez também podem ter outras causas, que podem ou não estar relacionadas com a gestação, tais como contrações uterinas, prisão de ventre, gases, vermes, diverticulose, pedras nos canais urinários e infecção urinária.
O início da gravidez é marcado pelo aparecimento de alguns sinais e sintomas como atraso da menstruação, náuseas com ou sem vômitos, cólicas no baixo ventre, tensão nos seios e aumento da frequência urinária.
Quando as cólicas na gravidez podem ser graves?As cólicas que ocorrem durante a gravidez são mais comuns a partir do segundo trimestre de gestação e ocorrem na região inferior do abdômen (baixo ventre ou pé da barriga). Em alguns casos, a cólica também pode ser sentida no lado direito ou esquerdo da barriga.
Normalmente, essas dores são consideradas “normais” e são causadas pelo estiramento dos ligamentos da pelve e pelo aumento de tamanho do útero, que comprime estruturas da cavidade abdominal.
Porém, cólicas no baixo ventre durante a gravidez, semelhantes a cólicas menstruais intensas, podem ser sintomas de contrações uterinas. Esse tipo de dor requer uma atenção especial, já que as contrações podem provocar aborto ou parto prematuro.
As cólicas que ocorrem durante a gravidez ao fazer esforços físicos, por exemplo, melhoram com o repouso. Se a dor persistir, pode ser sintoma de contrações uterinas.
É importante realizar as consultas de pré-natal rigorosamente, para acompanhar a evolução da gestação e o desenvolvimento do feto.
Para saber mais sobre dor na barriga durante a gravidez, você pode ler:
Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?
Dor na barriga do lado esquerdo durante a gravidez, o que pode ser?
O exame de gravidez pode vir negativo mesmo a mulher estando grávida, quando isso ocorre trata-se de um resultado falso-negativo.
Diferentes razões podem levar a um falso-negativo, como a realização do teste numa fase muito precoce de gravidez, ciclos menstruais irregulares, uso de medicamentos, urina diluída, erro de leitura, teste de gravidez com a validade vencida ou gravidez ectópica.
Teste de gravidez feito muito precocementeOs testes de gravidez de urina, ou teste de farmácia, são os mais suscetíveis a apresentarem resultados falsamente negativos, principalmente quando são realizados muito antes do preconizado, quando os níveis de hormônio beta-HCG estão ainda baixos e não conseguem ser detectados pelo exame.
Por isso, geralmente é recomendado que a mulher aguarde o atraso menstrual para realizar o teste e o repita em uma semana, de modo a ter um resultado mais preciso.
A maioria dos testes atuais são sensíveis o suficiente para diagnosticar uma gravidez a partir do primeiro dia de atraso menstrual, ou mesmo alguns dias antes, no entanto, essa sensibilidade pode variar de teste para teste.
Portanto, é importante, sempre conferir o quanto o teste é sensível na embalagem ou bula do próprio teste de gravidez.
Ciclos menstruais irregularesMulheres que apresentam ciclos menstruais irregulares podem não conseguir identificar adequadamente o atraso menstrual e realizar o teste também prematuramente, o que pode levar a não detecção dos níveis de beta-HCG.
Nessa situação, a recomendação também é a repetição do teste em pelo menos 1 semana.
Urina diluídaAlgumas situações podem fazer com que a urina fique diluída e apresente uma menor concentração do hormônio beta-HCG, dificultando a avaliação desse hormônio.
O uso de medicamentos da classe dos diuréticos podem tornar a urina diluída a ponto de dificultar a detecção do hormônio beta-HCG num momento precoce da gravidez.
Se a mulher beber muito líquidos pode ocorrer também grande diluição da urina dificultando a concentração do beta-HCG e a sua detecção pelo teste.
Por isso está recomendado que o teste seja feito de preferência durante a manhã com a primeira urina do dia.
Erro de leituraVer o resultado do teste muito cedo ou muito rapidamente também pode fazer com que se entenda que o teste é negativo enquanto, na verdade, não foi esperado o tempo de funcionamento do teste. Por isso, deve-se proceder às recomendações de leitura do fabricante do teste utilizado.
Teste com a validade vencidaTestes utilizados fora do prazo ou armazenados em condições inapropriadas podem perder a sua capacidade de avaliação e sensibilidade. Confira sempre a validade do teste e repita com outro kit se necessário.
Gravidez ectópicaUma gravidez ectópica apresenta menores índices de hormônio beta-HCG, podendo levar a um teste falso-negativo. A gravidez ectópica ocorre quando o embrião se implanta fora do útero, é diagnosticada através da realização de uma ultrassonografia.
Caso ainda tenha dúvidas sobre o resultado de um teste de gravidez negativo, repita-o em sete dias. É valido lembrar que o atraso menstrual pode ser causado por outras condições, portanto, caso o atraso da menstruação persista na ausência de gravidez. consulte um médico de família ou ginecologista para uma avaliação.
Também pode ser do seu interesse:
Beta-hcg pode dar negativo mesmo a mulher estando grávida?
Posso estar grávida mesmo com o exame dando negativo?
20 dias de atraso e 3 exames negativos, posso estar grávida? O que fazer?
Resultado de Beta-hCG inferior a 2,0? Será que estou grávida?
O uso de medicamentos hormonais é o modo mais seguro de evitar que a sua menstruação aconteça. Podem ser utilizados Primosiston®, anticoncepcionais orais e o dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona.
A indicação de qualquer um destes medicamentos deve ser feita por uma ginecologista após avaliação do seu estado de saúde.
Que remédios posso usar para que a menstruação não ocorra? 1. Primosiston®O Primosiston® é um medicamento a base de hormônios que, dependendo do modo de utilização, pode ser administrado para retardar ou antecipar a menstruação. Ele pode ser útil se você quer atrasar ou adiantar a menstruação em 1 ou 2 dias.
Entretanto, este medicamento somente pode ser consumido após um exame clínico e ginecológico detalhado, pois há possibilidade de efeitos colaterais graves como inchaço (edema) da face e garganta, trombose, hepatite e aumento da pressão arterial.
Além disso, o Primosiston® é contraindicado em caso de suspeita de gravidez.
2. Anticoncepcionais orais combinadosOs anticoncepcionais combinados de uso oral podem ser utilizados para atrasar a menstruação. Para isto basta usar os comprimidos de forma ininterrupta, ou seja, emende uma cartela na outra sem aguardar a pausa de sete dias entre as cartelas.
Deste modo as taxas de hormônio no sangue permanecem estáveis e a menstruação não acontece.
Se você deseja permanecer sem menstruar durante um mês, o método mais seguro é emendar as cartelas do anticoncepcional que você já utiliza.
3. Anticoncepcionais de uso contínuo e dispositivo intrauterino (DIU)As mulheres que não desejam menstruar durante alguns meses podem optar pelos anticoncepcionais de uso contínuo. Estes medicamentos podem ser utilizados em forma de pílulas orais ou do dispositivo intrauterino de progesterona.
Os anticoncepcionais orais de uso contínuo trazem uma dosagem baixa de hormônio específica para que possa ser tomada diariamente sem a necessidade da pausa de 7 dias, na qual ocorreria a menstruação.
Já o dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona é um dispositivo de plástico em formato de T que é colocado dentro do útero. A progesterona presente no DIU é liberada lenta e continuamente e impede a menstruação. O procedimento para colocar o DIU é feito em consultório pelo ginecologista.
Apesar de provocarem a ausência da menstruação, as mulheres que usam os anticoncepcionais de uso contínuo ou o dispositivo intrauterino podem apresentar pequenos sangramentos em qualquer período do mês. Estes sangramentos são considerados normais.
É possível parar a menstruação imediatamente?Não. Não existem métodos seguros e eficazes com a capacidade de fazer com que a sua menstruação pare imediatamente de descer. Por este motivo, é importante que você conheça o seu ciclo e se planeje, caso queira atrasar a sua menstruação por causa de um compromisso que terá na próxima semana ou no próximo mês.
Outro passo importante é conversar com o seu médico de família ou ginecologista para juntos, decidirem a melhor forma de retardar a chegada da sua menstruação.
Não uso anticoncepcional e não quero menstruar, o que posso fazer?As mulheres que não utilizam nenhum método anticoncepcional e não desejam menstruar podem iniciar o uso de um anticoncepcional ou usar Primosiston®.
Entretanto, esta escolha deve ser efetuada com orientação de um ginecologista ou médico de família.
Posso utilizar alguma receita caseira para atrasar a menstruação?Não. As receitas caseiras que prometem retardar a menstruação não são seguras, não são comprovadas cientificamente e podem trazer danos à saúde.
Existem contraindicações para o uso de anticoncepcional?Sim. Existem diversas contraindicações para o uso de anticoncepcionais. Você não deve usar anticoncepcionais em caso de:
- Gravidez ou qualquer possibilidade de estar grávida
- Tabagismo (o hábito de fumar aumenta o risco de trombose)
- Obesidade (o sobrepeso também eleva o risco de trombose)
- História de trombose
- Doenças no fígado
- História de derrame cerebral ou infarto agudo do miocárdio
- Diabetes sem controle adequado da doença
- História de câncer
- Se for diabética e estiver sem controle adequado da doença.
A escolha do método e da forma de uso do método para atrasar a menstruação deve ser feita considerando a condição clínica da pessoa, os benefícios, os riscos, a conveniência e os custos financeiros.
Esta decisão deve ser feita pela mulher e pelo médico de família ou ginecologista. Não utilize anticoncepcionais sem orientação médica.
Leia mais:
Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?
A doença inflamatória pélvica (DIP) por si só, não altera o ciclo menstrual e não atrasa a menstruação. Mas se a inflamação no útero for grave, a ponto de interferir no equilíbrio hormonal, pode alterar o ciclo menstrual.
Portanto, a tricomoníase, a candidíase ou outras inflamações comuns que ocorrem entre as mulheres, geralmente não interferem na menstruação. E uma infecção grave, pode levar a um atraso menstrual.
Os sintomas da inflamação no útero são:
- Dor pélvica (região inferior da barriga);
- Corrimento de cor branca, amarelada, marrom ou cinza;
- Corrimento de odor desagradável,
- Sangramento vaginal anormal;
- Dispareunia (dor durante a relação sexual);
- Febre, mal-estar.
É importante notar que nem todas as infecções no útero vão apresentar os sintomas descritos acima. Existe a possibilidade, inclusive, de se estar com uma infecção no útero e não apresentar qualquer tipo de sintoma.
As causas de inflamação no útero, mais frequentes, responsáveis por 85% dos casos, são as infecções sexualmente transmissíveis. São elas: a clamídia, a tricomoníase e a gonorreia. Contudo, os vírus da herpes, da imunodeficiência humana (HIV) e o papilomavírus humano (HPV), também são possíveis causadores, assim como a candidíase vaginal e má higiene.
O tratamento para infecção uterina são os antibióticos. O remédio deve ser iniciado assim que for feito o diagnóstico e com duas ou três classes de antibióticos, ao mesmo tempo.
Os esquemas indicados atualmente são: ceftriaxone + doxiciclina + metronidazol ou clindamicina + gentamicina, mas existem muitas outras opções. A escolha depende das características clínicas, condições de saúde da mulher, alergias e condições financeiras.
O mais importante é que o tratamento seja precoce, para evitar complicações graves, como a cicatriz nas trompas e a infertilidade.
Portanto, na suspeita de DIP, procure o quanto antes um ginecologista, para confirmar o diagnóstico, receitar os medicamentos adequados.
Causas de atraso menstrualOutros fatores que podem levar ao atraso menstrual são:
- Ovários policísticos: causa comum de atrasos nos ciclos menstruais;
- Uso de determinados medicamentos como: anticoncepcionais orais, anticoagulantes, antidepressivos, corticoides, antipsicóticos e anticonvulsivantes;
- Distúrbios hormonais: hipotireoidismo e alterações nos níveis de prolactina também podem causar irregularidades no ciclo menstrual;
- Gestação: No período pós-gestacional (durante a amamentação), é normal haver atraso no ciclo menstrual por meses, além de alterações psicológicas e físicas;
- Prática excessiva de exercícios físicos: a atividade em excesso pode atrasar e até interromper a menstruação. Pode ser agravado se associado a perda de peso rápida, dieta inadequada e quantidade insuficiente de gordura corporal para produção dos hormônios;
- Cisto ovariano: um único cisto pode influenciar no ciclo;
- Cirurgias: Determinados tipos de cirurgias, tais como a laqueadura e as cirurgias ovarianas, também podem ocasionar atrasos no ciclo menstrual.
Em caso de atraso menstrual ou suspeita de infecção vaginal, ou uterina, por qualquer motivo, um ginecologista deverá ser consultado para avaliação, determinação da causa e tratamento, se necessário.
Pode lhe interessar também:
Corrimento faz a menstruação atrasar?
Útero inflamado pode ser perigoso? Como tratar?
Referências:
Jonathan Ross; Mariam R Chacko. Pelvic inflammatory disease: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate: Jan 09, 2020.
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O tratamento para inflamação do útero depende do local onde ela ocorre e também da sua causa. A inflamação pode ocorrer no colo do útero (cervicite) ou na parte interna do órgão (endometrite). Dentre as possíveis causas para a inflamação do útero estão as infecções por micro-organismos e as lesões traumáticas.
Qual é o tratamento para inflamação do útero causada por micro-organismos?A maioria das inflamações do útero é causada por micro-organismos como a clamídia, tricomonas, gonorreia, herpes genital e HPV (papiloma vírus). O início da infecção normalmente ocorre no colo do útero.
Nesses casos, o tratamento é feito com medicamentos antibióticos, antifúngicos ou antivirais, de acordo com agente causador da infecção (bactérias, fungos ou vírus).
Os parceiros sexuais também devem ser tratados, mesmo que não apresentem sintomas, uma vez que esses micro-organismos são transmitidos pela relação sexual.
Qual é o tratamento para inflamação do útero causada por lesões?O tratamento das inflamações causadas por lesões como reações alérgicas, por exemplo alergia ao látex, produtos químicos ou duchas vaginais, é realizado afastando-se o fator causador da lesão e quando necessário, com auxílio de medicamentos.
No caso da inflamação crônica do colo do útero pode ser indicado também o tratamento por meio de cauterização (eletrocautério ou criocautério) e uso de cremes vaginais.
Quando a inflamação colo do útero progride para a sua região interna, causando a endometrite, pode ser necessário o tratamento com medicamentos por via intramuscular ou endovenosa, às vezes com indicação de internação hospitalar.
Se não for devidamente tratada, a inflamação do útero pode se alastrar para as trompas, para a pelve ou para toda a cavidade abdominal.
Quais são os sintomas de inflamação no útero?Os principais sinais e sintomas de uma inflamação do útero podem incluir: sangramento fora do período menstrual, sangramento durante ou após as relações sexuais, presença de corrimento com mau cheiro, dor ao urinar, além de sensação de inchaço no útero ou na pelve.
O/a médico/a ginecologista é responsável pelo diagnóstico e tratamento dos casos de inflamações do útero.
Leia também: Inflamação no útero pode atrasar a menstruação?
Sim. O exame de beta-hCG pode dar negativo quando ele é feito nos primeiros dias da gestação.
O hormônio beta-hCG pode ser detectado no sangue ou na urina da mulher após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) no útero. Essa implantação geralmente ocorre 7 dias após a fecundação. Por isso, nas primeiras semanas de gestação, ainda não há quantidade suficiente desse hormônio na circulação da mulher capaz de dar positivo o exame. Sendo assim, ela pode estar grávida e o exame beta-hCG ser negativo.
Quando há dúvidas quanto a uma possível gravidez, a mulher pode repetir o exame em alguns dias, aguardando o atraso menstrual e dando tempo do hormônio ser detectado no sangue ou na urina.
Em caso de atraso menstrual prolongado e teste beta-hCG negativo, a mulher deve procurar o/a médico/a para uma avaliação.
Também pode interessar:
Resultado do Exame de Gravidez - Beta-HCG
Porque meu teste beta-hcg é negativo mesmo grávida?
20 dias de atraso e 3 exames negativos, posso estar grávida? O que fazer?
O exame beta hCG pode dar falso negativo, ou seja, a mulher pode estar grávida e o resultado ser negativo.
Leia mais em:
Beta hCG pode dar negativo mesmo a mulher estando grávida?
A ultrassonografia é capaz de identificar a gravidez mesmo ela estando no começo. Portanto, se você fizer esse exame como previsto, será identificada a gravidez.
Qualquer atraso menstrual deve ser investigado e sempre há possibilidade de gravidez. Por isso, essa possibilidade deve ser confirmada ou descartada para prosseguir na investigação.
Saiba mais em:
Quantos dias de atraso são considerados como atraso menstrual?
A menstruação é um processo natural do organismo da mulher, que é controlado pelas taxas dos hormônios femininos. Os primeiros dias do ciclo menstrual, os níveis de hormônios começam a subir, para aumentar a camada de células e fluxo sanguíneo do útero, com o intuito de nutrir o feto, caso aconteça uma gravidez.
Quando não acontece a gravidez, essa camada toda de células descama e é eliminada na forma de menstruação. Portanto, a única forma efetiva de interromper esse ciclo e evitar a menstruação, é alterando as taxas desses hormônios.
Não existem receitas caseiras que realmente funcionem, além de causar danos ao organismo.
O que fazer para a menstruação não descer?As formas comprovadas e seguras de evitar que a menstruação aconteça, são:
- Uso ininterrupto do anticoncepcional oral combinado, ou seja, emendar a cartela do remédio, sem esperar os sete dias entre as cartelas;
- Optar por anticoncepcional contínuo (oral, adesivo ou injetável);
- Dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona,
- Primosiston®, medicamento com propriedades que impedem a menstruação descer.
Quando interrompe antecipadamente a cartela, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.
Se já fizer uso de anticoncepcionalPara as mulheres que já fazem uso de anticoncepcionais, existem duas maneiras simples, que são emendar a cartela de anticoncepcionais ou interrompê-la antecipadamente.
Quando a medicação é continuada, a cartela termina e emenda na próxima, sem a pausa regular de 7 dias, a menstruação não acontece, devido à manutenção do hormônio no sangue.
Quando interrompe antecipadamente, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.
A adesão aos anticoncepcionais de uso contínuo, DIU de progesterona, ou uso ininterrupto da medicação, pode ser uma boa opção para as mulheres que viajam muito, que praticam atividades físicas de alto rendimento, para mulheres que tem anemia crônica ou por opção própria. Basta que sejam avaliados os riscos e benefícios caso a caso.
O Primosiston® é um medicamento a base de hormônios, que dependendo da maneira utilizada, pode retardar ou antecipar a menstruação. Contudo, possui efeitos colaterais e contraindicações, que devem ser analisadas antes do seu uso, como o risco de trombose.
Se ainda não fizer uso de anticoncepcionalPara as mulheres que não fazem uso de anticoncepcionais, as opções são de iniciar um anticoncepcional ou usar o Primosiston®, se não houver contraindicação.
Não tome anticoncepcionais ou Primosiston® no caso de:
- História atual ou anterior de trombose (trombose na perna ou embolia pulmonar)
- História atual ou anterior de derrame cerebral, ou infarto agudo do miocárdio
- Se for fumante (o tabagismo aumenta o risco de trombose)
- Se for obeso (o sobrepeso também eleva o risco de tromboses)
- Se houver qualquer hipótese de estar grávida
- História atual ou anterior de doenças no fígado
- História atual ou anterior de câncer
- Se for diabético e estiver sem controle adequado da doença.
Portanto, o médico saberá a melhor medicação ou opção para o se caso, sem que ofereça riscos para a sua saúde. Converse com o seu ginecologista.
Pode lhe interessar também:
Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?
A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
Referência
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO