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O que causa ardência na vagina e como posso fazer para passar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A sensação de ardência vaginal e vulvar pode acontecer por diferentes motivos, as causas relacionadas a vulvovaginites, como a candidíase e a tricomoníase, são as mais frequentes.

No entanto, outros motivos como irritação cutânea causada por agentes externos, processos alérgicos, menopausa, líquen escleroso, infeção urinária e doenças sexualmente transmissíveis, como o herpes genital, também podem causar ardência vaginal.

Principais causas de ardência vaginalCandidíase

É uma infecção fúngica da vagina e da vulva, causa forte sensação de ardência e queimação vulvar, além de coceira intensa, ardência ao urinar e corrimento esbranquiçado com pequenos grumos.

O tratamento da candidíase consiste no uso de antifúngico através de creme vaginal ou comprimido.

Tricomoníase

É uma vulvovaginite causada por um protozoário, o Trichomonas, causa um processo inflamatório da região genital podendo levar ao sintoma de ardência vulvovaginal. Também pode levar a presença de um corrimento amarelo-esverdeado.

O tratamento é feito através do uso de cremes vaginais ou antiparasitário via oral, por ser uma infecção sexualmente transmissível o parceiro sexual também deve ser tratado.

Leia mais em: O que é tricomoníase e quais os sintomas?

Irritação ou alergias

A irritação na vulva e na vagina pode causar forte vermelhidão, como uma "assadura", ardência, coceira e desconforto na região vulvovaginal.

Poder ter diferentes origens como:

  • Produtos cosméticos sabonetes, cremes;
  • Tecidos sintéticos da roupa íntima;
  • Produtos de limpeza usados na lavagem das roupas;
  • Látex presente em preservativos;
  • Material de absorventes, tampões;
  • Produtos utilizados na depilação como lâminas, ceras e cremes depilatórios.

Alguns tipos de materiais quando em contato com a pele podem desencadear um processo alérgico, ocasionando um quadro de dermatite.

O tratamento consiste em suspender o uso do material ou substância que esteja a causar irritação, ou alergia.

Infecção urinária

Embora, a ardência na vagina seja um sintoma menos frequente e menos característico da infecção urinária, é um sintoma que também pode estar presente nesses quadros.

A infecção urinária causa principalmente dor e queimação ao urinar, presença de sangue na urina e dor pélvica, também pode causar febre e dor lombar, quando acomete os rins (pielonefrite). O número de micções também aumenta.

O tratamento envolve aumento da ingestão hídrica, uso de anti-inflamatórios e antibióticos.

Leia também: Quais os sintomas e causas de infecção urinária?

Menopausa

A queda da produção hormonal de estrogênio, característica da menopausa, pode levar a uma mudança na mucosa vaginal, tornando-a mais ressecada e propensa a ferimentos, esse processo chama-se de atrofia genital.

A atrofia genital pode causar sintomas como ardência e sensação de queimação vaginal, dor durante a relação sexual e eventualmente ardência urinária.

O tratamento é feito principalmente com cremes vaginais de estrógenos ou cremes lubrificantes que aliviam a secura vaginal.

Herpes genital

É uma infecção sexualmente transmissível, que ocasiona a formação de pequenas bolhas (vesículas) contendo líquido, que tendem a se romper. O herpes também causa dor, sensação de queimação e ardência.

Em situações mais simples é possível usar apenas medicamentos sintomáticos e anti-inflamatórios para o alívio da dor. Em casos mais sintomáticos usam-se antivirais.

Leia também: Herpes genital tem cura?

Gonorreia

É outra doença sexualmente transmissível que costuma ser mais sintomática em homens, mas em mulheres quando causa sintomas pode levar a presença de corrimento purulento, desconforto e ardência na região genital, além de ardência e dor para urinar.

O tratamento envolve o uso de antibióticos. Os parceiros sexuais também devem ser tratados e deve-se prevenir a transmissão através de uso de preservativos.

Líquen escleroso

É uma doença, de provável origem autoimune, que leva a formação de ferida e placas avermelhadas, como se fossem assaduras, na região da vulva e períneo.

Pode provocar muita coceira e sensação de ardência e queimação na região, além de deixar lesões cicatriciais na pele.

O tratamento envolve a aplicação local de cremes de corticosteroides.

Vulvodinia

É uma dor ou sensação de ardência e queimação na região da vulva sem causa aparente. A dor pode piorar durante a relação sexual, introdução de tampões ou ao se sentar.

Pode estar associada outros problemas como vaginismo, dismenorreia (cólicas menstruais intensas), cistite intersticial.

O tratamento é complexo e pode envolver uso de cremes lubrificantes, analgesia e psicoterapia.

O que pode ser ardência vaginal após as relações?

A ardência vaginal após, ou durante as relações sexuais, pode ter diferentes origens.

A falta de lubrificação vaginal é uma das causas mais frequentes e pode estar relacionados a alterações hormonais, como ocorre na menopausa, mudanças hormonais que acontecem naturalmente durante o ciclo menstrual feminino ou falta de excitação sexual durante o ato sexual.

Algumas doenças também podem ser a causa da ardência e queimação relacionada a atividade sexual, como as infeções vulvovaginais (candidíase, tricomoníase) e doenças sexualmente transmissíveis (herpes genital, gonorreia e clamídia).

Se a pele e a mucosa da vulva e da vagina também estiverem irritadas devido a algum agente externo também é possível ocorrer queimação e ardência após a relação.

O ideal é que caso a mulher apresente episódios frequentes de dor, ardência ou desconforto durante, ou depois a relação sexual, procure um médico para uma avaliação mais detalhada dos sintomas e definição diagnóstica.

Como aliviar a ardência vaginal?

O sintoma de ardência vaginal quando persistente e incomodo deve ser avaliado por um médico de forma a encontrar a sua causa. Através do tratamento da causa da ardência é possível aliviar definitivamente esse sintoma.

Algumas medidas caseiras podem ser usadas como complemento ao tratamento, como:

  • Evite usar cremes, papéis higiênicos perfumados e outros cosméticos com perfume na zona íntima.
  • Para limpar a região íntima prefira sempre o sabonete o mais neutro possível, lembrando que o sabão deve ser aplicado apenas na região externa da vulva, onde há pele. A região interna onde há mucosa deve ser lavada apenas com água abundante.
  • Evite lavar a zona íntima com sabonetes mais de uma vez ao dia, isso aumenta a secura vaginal e modifica o ambiente local.
  • Não faça duchas higiênicas.
  • Use calcinhas e roupa íntima de algodão, evite ao máximo tecidos sintéticos.
  • Use preservativos durante a relação sexual para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
  • Pode ser usado lubrificante vaginal a base de água, antes das relações sexuais.
  • Evite relações sexuais com penetração até a melhora dos sintomas.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Sangrar durante a relação, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento durante ou mesmo após a relação sexual pode ser considerado normal a depender da sua causa. Em situações como o rompimento do hímen na primeira relação sexual, por exemplo, o sangramento é dito normal.

Entretanto, também pode indicar algumas doenças como pólipos, miomas, infecções vaginais e até mesmo o câncer de colo de útero. Por isso, se você vem apresentando sangramento durante as relações sexuais, procure um ginecologista para verificar a causa e realizar o melhor tratamento.

1. Causas normais de sangramento durante a relação Rompimento do hímen

O rompimento do hímen, membrana fina que fica na entrada da vagina, ocorre frequentemente durante a primeira relação sexual da mulher e provoca um pequeno sangramento. Este sangramento apenas suja a roupa e cessa rápida e espontaneamente sem qualquer intervenção.

Hímen complacente

O hímen complacente é mais resistente e flexível e, por estes motivos, geralmente não se rompe na primeira relação sexual. Nesse caso, a mulher pode sangrar durante cada relação até que ele se rompa completamente. Pode haver ainda a presença de dor durante o ato sexual.

O ginecologista é o profissional indicado para identificar este tipo de hímen e orientar adequadamente.

Gravidez

Sangramentos leves durante a relação são comuns no início da gravidez, especialmente, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Estes pequenos sangramentos ocorrem porque na gravidez, novos vasos sanguíneos se formam e ao encostar no colo do útero, o pênis pode desencadear o sangramento.

Apesar de serem frequentes e nem sempre associados a complicações, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser avaliado pelo ginecologista para possíveis orientações e investigação adequada, quando necessário.

Menopausa

Na menopausa o ressecamento vaginal é uma causa comum do sangramento durante o ato sexual e é mais frequente em mulheres que não fazem reposição hormonal.

Se este for o seu caso, é possível usar lubrificantes durante a relação vaginal ou optar pela reposição hormonal. Converse com o ginecologista para juntos encontrarem a melhor solução.

Relação sexual intensa

Uma relação sexual muito intensa pode provocar pequenos traumas e criar feridas na vagina de uma mulher, o que pode provocar o sangramento após a relação acompanhado de dor.

Nestes casos é preciso que você lave a região e tenha cuidados para evitar infecções. Caso o sangramento demore a passar ou você perceba a presença de corrimento com odor, é importante consultar o ginecologista.

2. Causas de sangramento durante a relação, que não são consideradas normais Pólipos e miomas uterinos

Os pólipos e mioma uterinos são tumores benignos, caracterizados pelo crescimento anormal de células do útero. Quando os pólipos ou miomas estão localizados mais próximo ao colo do útero, o atrito com pênis nesta região durante as relações sexuais, podem causar sangramento.

O tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor e os sintomas. Na maioria das vezes p médico opta por acompanhar, mas em casos de sangramento volumoso pode ser preciso passar por uma cirurgia de urgência.

Feridas no colo do útero

As feridas no colo do útero, chamadas de ectopia cervical, são a exposição de células do colo de dentro do colo do útero para a vagina. A região no meio do colo uterino que contém estas “feridinhas” fica mais avermelhada, sensível e tende a sangrar durante as relações sexuais.

Nem sempre precisam de tratamento, porém é necessária uma consulta ao ginecologista quando está associada a corrimentos vaginais e infecções sexualmente transmissíveis.

Infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis

A doença inflamatória pélvica (DIP), inflamação que afeta a vagina, trompa útero e ovário, e infecções vaginais como a candidíase são doenças que podem provocar sangramento durante a relação sexual.

As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) igualmente provocam sangramento durante ou após a relação. Clamídia e gonorreia são a IST’s mais comuns. Observe, além do sangramento durante a relação, a presença de sintomas como coceira local, vermelhidão e corrimento amarelo-esverdeado com ou sem odor ruim.

O tratamento das infecções vaginais ou IST’s é feito com antibiótico e/ou antifúngicos de acordo com a prescrição médica. É importante que não mantenha relações sexuais durante o tratamento para que a cura definitiva seja alcançada e para evitar a transmissão da doença para outras pessoas em casos de IST’s.

Endometriose

A endometriose ocorre quando tecido endometrial (camada muscular mais interna do útero) cresce fora do útero. As regiões mais comuns para esse crescimento acontecem em torno dos ovários, útero e tubas uterinas.

Os sintomas mais comuns são dores antes e depois da menstruação e durante a relação sexual. Embora seja mais raro, o sangramento durante a relação sexual pode ocorrer.

O ginecologista é o profissional mais indicado para o tratamento da endometriose que envolve o uso de anticoncepcionais ou quando, o sangramento é intenso, pode ser indicado cirurgia para remoção das lesões.

Vaginismo

O vaginismo é a contração involuntária da musculatura da vagina, o que impede a penetração e provoca muita dor. A maioria das mulheres que têm vaginismo não consegue ter relações sexuais devido a dor. No entanto, quando conseguem o atrito aumentado pela contração vaginal com o pênis pode provocar traumas na vagina, o que leva ao sangramento durante a relação.

Nestes casos, é preciso uma avaliação ginecológica e, algumas vezes, psicológica para descobrir a causa da doença e efetuar o tratamento mais adequado.

Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero embora seja a causa mais grave, raramente provoca sangramento durante a relação sexual. É caracterizado por ser um tumor maligno associado à infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).

Geralmente o câncer de colo uterino evolui lentamente e quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura.

O uso de camisinha masculina ou feminina é o método mais eficaz para evitar a transmissão do HPV e prevenir o câncer de colo de útero. O exame Papanicolau ou preventivo, de acordo com as orientações do ginecologista também é importante na prevenção e/ou identificação precoce da doença.

Quando devo procurar o médico?

Você deve se preocupar com o sangramento durante as relações sexuais se estiverem presentes os seguintes sinais de alerta:

  • Sangramento frequente que ocorre em muitas relações seguidas,
  • Sangramento que perdura por mais de uma hora após a relação,
  • Dor intensa,
  • Sangramento volumoso e
  • Presença de corrimento com ou sem mau cheiro.

É importante que você use métodos de barreira (camisinha masculina ou feminina) para minimizar as chances de contrair doenças, entre elas as que provocam sangramento na relação.

Em caso de sangramento na relação é importante que procure um médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre sangramento na relação sexual, você pode ler:

O que significa ter sangramento durante a relação sexual?

Sangramento durante relação, não houve penetração...

Tive sangramento depois da relação sexual. O que pode ser?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Tomei Contracep e dos meus seios sairam leite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não é normal, trata-se de um efeito colateral da medicação. Por isso deve ser informado ao médico para uma reavaliação.

A produção e saída de leite dos seios (galactorreia), é um dos efeitos colaterais possíveis, apesar de não ser comum, do uso dessa medicação.

Quais são os efeitos colaterais do Contracep®?

Os efeitos colaterais mais comuns no uso prolongado do Contracep® são:

  • Retenção de líquidos,
  • Dor de cabeça,
  • Náuseas, enjoo,
  • Ansiedade, nervosismo,
  • Dor ou desconforto abdominal,
  • Sangramento uterino anormal (menstruação fora do período esperado, irregular, aumentada, diminuída),
  • Amenorreia (ausência de menstruação) e
  • Variações de peso.

Outros efeitos menos comuns relatados foram: diminuição da libido ou ausência de orgasmo, depressão, insônia, tontura, ondas de calor, distensão abdominal (aumento do volume), acne (espinhas), queda de cabelo, rash (erupção cutânea), dor nas costas, leucorreia (corrimento), mastodinia (dor nas mamas), sensibilidade nas mamas, fadiga (cansaço) e astenia (fraqueza).

Efeitos mais raros, embora possíveis, são: episódios de convulsão, icterícia (deposição de pigmentos biliares na pele dando uma cor amarela intensa), crescimento anormal de pelos, prurido (coceira), urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira) e galactorreia (secreção de leite pelas mamas), febre, distúrbios de coagulação e função hepática.

No caso de reações adversas como a galactorreia, você deve comunicar imediatamente o seu médico ginecologista, para uma avaliação e conduta adequadas.

O contracep® é um anticoncepcional injetável composto por acetato de medroxiprogesterona, com eficácia de mais de 99% contra risco de gravidez. Entretanto, seu uso pode originar efeitos colaterais indesejados e danosos para a saúde.

Além disso, não são todas as mulheres que podem fazer uso desse ou outros anticoncepcionais, por isso não é recomendado iniciar qualquer medicação sem avaliação médica prévia.

Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

O que é e como tratar a colpite difusa? Tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Colpite é uma inflamação da mucosa vaginal, ou seja, o revestimento de todas as paredes da vagina até o colo do útero. É chamada de colpite difusa quando pontos avermelhados estão presentes em toda a mucosa vaginal e no colo do útero.

Quanto maior o número de pontos vermelhos, mas grave e intensa é a inflamação.

A colpite difusa tem cura e somente pode ser confirmada através do exame ginecológico. O seu tratamento depende do agente causador da doença.

Tratamento da Colpite Difusa

O tratamento da colpite difusa é feito com medicamentos orais, cremes ou óvulos vaginais, de acordo com os seus agentes causadores, dentre os quais os mais comuns são: a Candida albicans, Gardnerella vaginallis e Trichomonas vaginalis.

Tratamento da colpite causada por Candida albicans

A colpite provocada pelo fungo chamado de Candida albicans tem duração de 3 a 14 dias e pode ser efetuado com:

  • Medicamentos orais: fluconazol, itraconazol ou cetoconazol,
  • Cremes vaginais: nistatina ou miconazol,
  • Óvulos vaginais: miconazol ou clotrimazol.
Tratamento da colpite causada por Gardnerella vaginallis

A Gardnerella vaginallis é uma bactéria que também pode provocar colpite difusa. Nestes casos, o tratamento dura em torno de 7 dias e é realizado também com uso de antibióticos.

  • Medicamentos orais: metronidazol e clindamicina,
  • Creme vaginal: clindamicina,
  • Gel vaginal: metronidazol.
Tratamento da colpite causada por Trichomonas vaginalis

O Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado de elevada transmissão sexual. Nas colpites causadas por este agente somente são usados medicamentos orais por um período de 7 dias.

  • Medicamentos orais: metronidazol e tinidazol.

Os tratamentos locais com cremes vaginais e óvulos não são indicados e os parceiros sexuais devem ser tratados. Para as mulheres grávidas, somente é indicado o uso de metronidazol a partir do segundo semestre de gestação. Além disso, as pessoas sem sintomas não devem ser tratadas.

Colpite difusa tem cura

A cura da colpite difusa envolve uma avaliação por meio dos sintomas apresentados pela paciente e pelo exame ginecológico. Com base nesta avaliação, o ginecologista define o melhor tratamento que pode incluir medicamentos orais, cremes vaginais e/ou óvulos.

Em alguns casos, especialmente quando a colpite é provocada por bactérias, os parceiros sexuais também devem ser tratados.

Para curar definitivamente, é fundamental o seguimento rigoroso do tratamento.

Quais os sintomas da colpite?

Os sintomas da colpite variam de acordo com o agente que está causando a doença e incluem:

  • Corrimento vaginal: é o principal sintoma e pode ser branco, amarelado, acinzentado ou esverdeado que pode ter ou não odor fétido,
  • Coceira (prurido),
  • Ardência ao urinar (disúria)
  • Edema na região da vulva,
  • Vermelhidão,
  • Dor durante as relações sexuais (dispaurenia).
O teste de Schiller pode ajudar a saber se tenho colpite

Além de avaliar os sintomas e as características da inflamação na mucosa da vagina, o ginecologista realiza o teste de Schiller.

Este teste é feito durante o exame ginecológico em que o médico passa, na parte interna da vagina e no colo do útero, uma substância com iodo. O uso desta substância permite identificar alterações nas células desta região que indicam inflamação ou infecção,

Para saber mais sobre colpites, você pode ler:

O que é colpite e o que pode causar?

Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros

Vulvovaginite: Quais os sintomas e como é o tratamento?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Uretrite: Quais os sintomas e possíveis complicações?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma da uretrite é a dor ou a ardência ao urinar. Contudo, a presença de outros sinais e sintomas como vontade constante de urinar, dificuldade para eliminar a urina, coceira e a presença de corrimento é comum.

Nos homens, o primeiro sintoma da uretrite costuma ser o aparecimento de secreção na uretra, geralmente purulenta, quando a infecção é causada por bactérias.

Os corrimentos causados por outros micro-organismos normalmente têm aspecto de muco, ou seja, são transparentes e viscosos. Já as secreções purulentas, decorrentes de uretrites bacterianas, têm coloração esbranquiçada ou amarelada por causa do pus.

Leia também: O que pode causar uretrite?

Complicações

Sem tratamento ou tratada de forma inadequada, a uretrite pode causar complicações como cervicite e doença inflamatória pélvica na mulher, além de orquite, epididimite ou prostatite nos homens.

As sequelas podem incluir infertilidade e estenose da uretra, uma condição que pode levar à formação de um abscesso ao redor da uretra que comprime o canal da urina.

A infecção nesses casos também pode chegar à porção mais alta da uretra e atingir a bexiga (cistite).

O tratamento da uretrite depende da sua causa. As infecciosas geralmente são tratadas com medicamentos antibióticos. O diagnóstico e tratamento da uretrite é da responsabilidade do médico ginecologista, médico de família ou urologista.

Saiba mais em:

Qual é o tratamento para uretrite?

Dor na uretra: O que pode ser e o que fazer?

Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Corrimento branco pastoso, é normal? Quando devo me preocupar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, um corrimento branco pastoso, pode ser normal, desde que sem outros sintomas. A mulher produz secreção vaginal naturalmente todos os dias, para lubrificar e proteger a vagina.

De acordo com a fase do ciclo menstrual, essa secreção pode ser mais ou menos volume e ter variações de cor e elasticidade. No período fértil, por exemplo, o aumento dos níveis de progesterona, estimula uma maior produção de secreção, de coloração transparente, semelhante à clara de ovo e bastante elástica.

No entanto, o corrimento branco, com outros sintomas, como: cheiro forte, presença de grumos, vermelhidão na vagina, coceira ou ardência ao urinar, preocupa e pode indicar uma infecção vaginal. Nesse caso, é preciso procurar um ginecologista para avaliação e tratamento.

Corrimento branco líquido, sem cheiro

O corrimento ou apenas, secreção vaginal esbranquiçada e sem cheiro, de consistência líquida e sem mais sintomas, significa a lubrificação natural, que tem como objetivo principal proteger a vagina. No período fértil, essa secreção se torna mais espessa e tem o objetivo de facilitar a passagem dos espermatozoides e nutri-los, para uma maior vitalidade.

Sendo assim, não é preciso qualquer intervenção ou tratamento.

Corrimento branco pastoso, leitoso, "coalhado", com grumos

A presença de corrimento branco leitoso, pastoso e/ou com grumos, com ou sem cheiro, acompanhado de coceira intensa e vermelhidão vaginal, sugere a candidíase, uma infecção fúngica comum entre as mulheres, especialmente quando em situação de estresse.

A candidíase deve ser tratada com cremes antifúngicos tópicos, aplicados diretamente na vagina, com ou sem comprimidos orais. O ginecologista é o responsável por esse tratamento.

Corrimento branco com mau cheiro

Embora as infecções bacterianas nessa região, apresentem uma coloração mais esverdeada ou acinzentada, como a tricomoníase e a clamídia, pode vir inicialmente com aspecto mais esbranquiçado.

Por isso, na presença de corrimento branco, em quantidade abundante, associado a mau cheiro, dor, ardência na urina e coceira local, é preciso passar por uma avaliação médica, para identificar o agente causador (se fungo ou bactéria), e então iniciar o quanto antes o tratamento adequado, para evitar complicações graves, como a infertilidade feminina.

Na vaginose bacteriana, o tratamento é baseado em antibióticos tópicos, na forma de creme ou pomadas, além de medicamento oral, como o metronidazol. Cabe ao ginecologista avaliar a causa e o melhor medicamento, caso a caso.

Corrimento branco pode ser sinal de gravidez?

Sim, no início da gravidez, a mulher pode apresentar um corrimento esbranquiçado, devido à penetração do embrião na parede do útero, embora a coloração esperada seja rosada ou marrom-claro.

Neste caso, o corrimento não tem cheiro, e a mulher não deve sentir coceira, dor ou ardência vaginal. Em contrapartida, é comum que apresente outros sinais comuns do primeiro trimestre da gestação, como náuseas, vômitos, maior sensibilidade nas mamas e sonolência.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Referências:

UpToDate. Patient education: Vaginal discharge in women (The Basics). Sep 28, 2020

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Fluconazol tira mau cheiro vaginal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O fluconazol não ajuda a tirar o mau cheiro vaginal. Ele é utilizado para o tratamento de candidíase vaginal, mas o mau cheiro não é um sintoma associado a essa infecção.

O mau cheiro vaginal pode ser um sintoma de outras infecções que são tratadas com outros medicamentos, como a tricomoníase ou a vaginite por Gardnerella vaginalis.

Para o correto diagnóstico da doença que está causando o mau cheiro vaginal, é necessário ir ao médico de família ou ao ginecologista.

Para saber mais, leia também:

Referências:

Fluconazol. Bula do medicamento.

Simões JA. Sobre o diagnóstico da candidíase vaginal. Rev. Bras. Ginecol. Obstet.2005; 27 (5): 233-4

da Silva FV. Candidíase vaginal: Conhecimento de um grupo de mulheres cadastradas em uma clínica de enfermagem. Relatório final de pesquisa. Prof. Orientador: Mestre Paula de Sousa e Castro. 2018. UNIP. São Paulo - SP

Araújo CLF, Santos C. Consulta de Enfermagem Ginecológica: Eficácia do

Corrimento tipo clara de ovo: secreção vaginal normal que pode indicar o período fértil
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O corrimento tipo clara de ovo, é uma secreção vaginal normal, natural da mulher, que ocorre no período da ovulação, com objetivo de lubrificar a vagina e manter um ambiente favorável para a passagem dos espermatozoides.

A secreção pode ainda indicar o período fértil da mulher. Segundo o método de Billings, durante o período de ovulação, a mulher apresenta uma secreção transparente, tipo clara de ovo, sem cheiro e com consistência elástica, semelhante a uma gelatina.

O pico hormonal que induz a liberação do óvulo na trompa, é também o responsável pela formação desta secreção. Por isso, qualquer alteração hormonal, como a gravidez ou o uso regular de anticoncepcionais, podem alterar a sua produção e características.

Corrimento clara de ovo é sinal de gravidez?

Não. O corrimento clara de ovo costuma ser sinal de período fértil, período de maior chance para engravidar.

O corrimento considerado um dos primeiros sinais de gravidez, é o sangramento de nidação, um corrimento rosado, ou marrom, em pequena quantidade, que dura no máximo 3 dias, e por vezes nem é percebido pela mulher.

Isso ocorre porque o óvulo fecundado penetra a parede do útero, causando discreto sangramento, que pode ser evidenciado apenas na roupa íntima. Sem dor, cólicas, cheiro ou outro sintoma.

Tipos de corrimento

O corrimento, ou muco produzido pela parede (mucosa) da vagina, é uma secreção natural, que mantém a vagina lubrificada e protegida. Portanto, as mulheres apresentam "corrimento" diariamente, com características distintas de acordo com o período em que se encontra no ciclo menstrual, o que não significa um problema.

Contudo, nos casos de corrimento com cheiro desagradável, coloração diferente e associada a outros sintomas, como: vermelhidão, coceira, ardência e dor, sugere um problema, que deverá ser investigado e tratado, quando preciso, pelo ginecologista.

Tipos de corrimento
Coloração Características O que pode ser?
Clara de ovo Transparente, elástico, sem cheiro Normal. Indica período fértil.
Branco Com grumos e coceira na vagina Sugere candidíase
Rosado Pequena quantidade, sem mais sintomas Sinal de gravidez
Marrom Com cheiro forte, ardência ou coceira Sinal de infecção, alergia ou DIP
Cinza Com cheiro de "peixe podre", dor, coceira Sinal de infecção vulvovaginal
Esverdeado Abundante, cheiro forte e coceira Sugere infecção vulvovaginal
Vermelho A quantidade e mais sintomas auxiliam no diagnóstico Infecção, HPV, sangramento de "escape" (anticoncepcionais), risco de aborto.

(DIP - doença inflamatória pélvica. HPV - Papiloma vírus humano).

Quando o corrimento clara de ovo não é normal?

Quando o corrimento passa a apresentar cheiro, coloração amarelada ou esverdeada e sintomas de desconforto na vagina, como coceira e ardência, é sinal de um problema.

Uma infecção vulvovaginal é a principal causa de corrimentos com essas características, e deve ser tratada com antifúngicos ou antibióticos, o quanto antes, para evitar complicações para a mulher, como a infertilidade.

Portanto, na suspeita de uma infecção, procure um ginecologista para avaliação e tratamento adequados.

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Referências:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

UpToDate. Patient education: Vaginal discharge in women (The Basics). Sep 28, 2020.

Epididimite: Quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A epididimite é uma inflamação do epidídimo, um órgão localizado junto aos testículos e que tem como função ligá-los ao canal que transporta o sêmen. Os principais sinais e sintomas são a dor e o inchaço na região escrotal, normalmente em apenas um dos lados.

A epididimite pode causar ainda febre alta, dor ao urinar, dor ao ejacular e o paciente pode notar ainda a presença de corrimento amarelado na uretra, sangue no esperma, "ínguas" na virilha e nódulos no testículo.

As principais causas das inflamações do epidídimo são as bactérias transmitidas através de relações sexuais sem preservativos, tais como clamídia e gonococo, causadoras da clamídia e gonorreia, respectivamente.

O tratamento da epididimite é feito com medicamentos antibióticos. Uma fez realizado o tratamento adequadamente, o epidídimo deixará de estar inflamado. Contudo, é normal que o paciente ainda sinta alguma dor no testículo durante algumas semanas ou até meses.

Se depois de tratar a epididimite voltarem a aparecer nódulos num dos testículos, pode ser um sinal de que a infecção voltou.

Em caso de sintomas de epididimite, consulte um médico urologista para que a infecção seja devidamente identificada e tratada.

Saiba mais em:

Ardência ao urinar no homem, o que pode ser?

Dor ao urinar, o que pode ser?

Corrimento esverdeado e com mau cheiro o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente uma infecção vaginal, precisa procurar o médico para um correto diagnóstico e tratamento. Corrimento esverdeado com mau cheiro é sugestivo de tricomoníase, mas outras infecções também podem causar corrimento com mau odor entre elas a vaginose bacteriana, candidíase também pode causar corrimento embora esse seja geralmente sem odor e de cor mais branca ou amarelada. Portanto, apenas com uma avaliação médica é possível chegar ao diagnóstico preciso.

O que é a Tricomoníase e quais são os sintomas?

A tricomoníase é uma infecção vaginal causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis. É uma infecção sexualmente transmissível, já que a sua transmissão se dá exclusivamente pela via sexual. Apresenta alta prevalência e muitas vezes pode ser assintomática, cerca de 10 a 50% das mulheres não apresentam sintomas.

Os principais sintomas da tricomoníase são:

  • Corrimento vaginal que pode ser abundante, ou espumoso e de coloração amarela-esverdeada;
  • Irritação e coceira vulvar;
  • Vermelhidão da vulva;
  • Ardência urinária;
  • Dor ou sangramento durante a relação sexual.

No homem o Trichomonas também causa sintomas como corrimento uretral, ardência para urinar e necessidade de urinar mais vezes.

Qual o tratamento para a Tricomoníase?

O tratamento é feito através de medicamentos tomados via oral, geralmente o metronidazol. Tanto a mulher quanto o parceiro sexual devem ser tratados concomitantemente e abster-se de relações sexuais durante o tratamento de modo a evitar a reinfecção.

Para prevenir a tricomoníase deve-se usar preservativo durante as relações sexuais, só assim é possível evitar a contaminação pelo protozoário causador da doença.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

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Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode ser uma infecção vaginal, uma vulvovaginite, precisa de uma avaliação médica para o melhor diagnóstico e tratamento. Entre as vulvovaginites que causam sensação de queimação ou ardência na vagina e corrimento com odor destaca-se a tricomoníase.

Outra possibilidade é vaginose bacteriana, que também se caracteriza pela presença de corrimento com mau odor, no entanto, não costuma causar outros sintomas importantes.

Já a candidíase também é uma possibilidade, pois costuma causa intensa coceira na vulva, sensação de queimação e ardor, embora geralmente não cause odor forte associado.

Tricomoníase

A tricomoníase é uma infecção vaginal, sexualmente transmissível, causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis, é uma vulvovaginite prevalente e muitas vezes pode ser assintomática, cerca de 10 a 50% das mulheres não apresentam sintomas, podendo passar despercebida.

Os principais sintomas da tricomoníase são:

  • Corrimento vaginal que pode ser abundante, ou espumoso e de coloração amarela-esverdeada;
  • Irritação e coceira vulvar;
  • Vermelhidão da vulva;
  • Ardência urinária;
  • Dor ou sangramento durante a relação sexual.

O tratamento da tricomoníase é feito através de medicamentos tomados por via oral. Tanto a mulher quanto o parceiro sexual devem ser tratados, já que trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, durante o tratamento e importante abster-se de relações sexuais.

Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Candidíase vaginal

É uma infecção vaginal causada por fungo. Os principais sintomas são: prurido vulvar e vaginal intenso, corrimento esbranquiçado com grumos sem odor, ardência para urinar e desconforto durante as relações.

O tratamento também é realizado com creme vaginal ou antifúngico oral.

Na presença de odor vaginal intenso e ardência vaginal consulte um ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

Estou de 9 meses e saiu algo que parece catarro..
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser o tampão mucoso, ele costuma sair alguns dias antes do nascimento do bebê.

O que é o tampão mucoso?

O tampão mucoso é o acúmulo de secreções naturais da vagina, produzidas durante toda a gravidez, onde parte é eliminada como corrimento fisiológico, e parte fica acumulada no colo do útero, formando o "tampão".

Pode apresentar como características, uma consistência gelatinosa ou mais espessa, e a coloração semelhante a clara do ovo ou mais amarelada, semelhante ao "catarro". Descrita muitas vezes como muco amarelo.

A função do tampão mucoso, é de proteção, formando uma espécie de barreira que impede a penetração de germes no útero, evitando infecções durante esse período. Com o aumento do peso do bebê e modificações naturais do corpo preparando para o parto, esse tampão é eliminado.

Portanto, a sua eliminação, indica a proximidade do parto. Pode levar algumas horas, ou dias, mas o corpo sinaliza que o momento do parto está perto. Nesses casos, deve informar imediatamente essa situação ao seu médico obstetra.

Corrimento na gravidez

Durante a gravidez, é comum que a mulher mantenha a produção de secreção vaginal fisiológica, como apresentada desde a puberdade, ou que aumente o volume do corrimento.

O corrimento "fisiológico" é uma secreção vaginal normal, comum entre todas as mulheres a partir da puberdade, e tem como principais funções:

  • Lubrificação,
  • Higienização e
  • Prevenção de infecções na vagina.

O hormônio responsável pelo estímulo e produção dessa secreção natural, o estrogênio, está aumentado no período fértil e durante toda a gestação, por isso nessas fases é esperado que o volume do corrimento fisiológico seja ainda maior.

No período fértil, essa secreção se torna além de mais volumosa, mais elástica. Sendo um dos sinais clássicos desse período.

Outro fator que justifica o aumento do volume de secreção na gravidez é o maior aporto sanguíneo para a região da vagina.

Entretanto, o corrimento para ser considerado normal, deve ter a coloração esbranquiçada ou amarela clara, semelhante à clara do ovo, sem cheiro e sem mais sintomas. Na presença de dor, coceira, mal cheiro ou vermelhidão, procure imediatamente o médico obstetra assistente.

Corrimento na gravidez é normal?

Pode ser normal, porém nem sempre. Depende de suas características.

O corrimento fisiológico é fundamental durante a gravidez. Como descrito, é ele quem forma o tampão mucoso, conferindo mais proteção ao útero contra infecções.

Contudo, se esse corrimento apresentar sinais de inflamação ou infecção, como coloração esverdeada, marrom ou purulenta, com odor forte, coceira e vermelhidão local, passa a ser perigoso para a gestante. As infecções durante a gestação aumentam o risco de abortamento e parto prematuro.

Recomendamos a atenção às características do corrimento, e qualquer dúvida, entre em contato com seu médico assistente.

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