O exame transvaginal serve para o médico visualizar, com maior proximidade e nitidez, estruturas e órgãos pélvicos como o útero, os ovários, o colo do útero e as trompas, sendo utilizado para avaliar a espessura do endométrio; sangramento uterino; presença de massa pélvica (mioma, câncer); anomalias no útero; localização do DIU; avaliação da gravidez e auxiliar as técnicas de reprodução assistida.
Na gravidez, o exame (ecografia ou ultrassom) transvaginal é feito nos primeiros 3 meses para saber a idade gestacional, excluir a possibilidade de gravidez ectópica, diagnosticar gestação múltipla, avaliar a vitabilidade ovular e do colo do útero. Entre a 10ª e a 13ª semana, permite diagnosticar malformações fetais e rastrear alterações cromossômicas.
A partir do segundo trimestre o exame feito é o ultrassom abdominal e não mais o transvaginal.
Quem realiza o exame transvaginal é o/a médico/a radiologista ou ultrassonografista.
Alguns dos remédios que podem ser usados para cólicas menstruais são:
- Ibuprofeno (Buscofem®);
- Ácido Mefenâmico (Ponstan®);
- Escopolamina (Buscopan®);
- Cloridrato de Papaverina (Atroveran®).
O Ibuprofeno e o Ácido Mefenâmico são medicamentos anti-inflamatórios que também trabalham no alívio da dor da cólica menstrual.
Já a Escopolamina e o Cloridrato de Papaverina são remédios antiespasmódicos. O Atroveran® também tem ação analgésica.
O uso de medicamentos anticoncepcionais hormonais, seja em pílula, injeção, DIU (hormonal), anel vaginal ou adesivo transdérmico, também pode aliviar as cólicas menstruais e diminuir o fluxo menstrual.
Leia também: Como aliviar cólica menstrual?; Existem tratamentos naturais para cólicas menstruais?
É normal sentir cólica menstrual forte?Cólicas menstruais fortes e persistentes podem ou não serem normais, isto porque tanto podem ser causadas por doenças ginecológicas, quanto podem ser decorrentes do próprio funcionamento normal do útero durante o período menstrual.
A cólica menstrual quando é causada por doenças é chamada de dismenorreia secundária, e pode piorar com a idade. Geralmente, a dor desse tipo de cólica menstrual é severa e persiste durante todos os dias do período, além de estar associada a outros sintomas, como dor durante a relação sexual e sangramento menstrual prolongado. Pode ser causada por problemas como endometriose, pólipos uterinos, doença inflamatória pélvica, leiomioma uterino, entre outros.
Por outro lado, a cólica menstrual típica do período menstrual, que não está relacionada com doenças, é chamada pelos médicos de dismenorreia primária. Pode começar horas antes, ou logo no início do fluxo menstrual, e durar algumas horas ou dias. Com o passar da idade, a dismenorreia primária tende a ser menos frequente.
De qualquer forma, casos de cólica menstrual muito forte e persistente devem ser avaliados pelo médico de família ou ginecologista, para que seja feito o diagnóstico mais adequado e decidido qual o melhor tratamento a seguir, seja através de medicamentos ou mesmo de procedimentos.
Para reduzir o fluxo menstrual existem orientações alimentares, tratamentos medicamentosos e procedimentos ginecológicos com ótimos resultados. No entanto, é importante entender a causa desse problema.
O aumento do fluxo menstrual pode indicar algum problema de saúde, e sendo diagnosticado rapidamente, possibilita o tratamento precoce e eficaz.
O médico especialista na saúde da mulher é o ginecologista.
Tratamentos para diminuir a menstruação1. Orientação alimentarA orientação alimentar, consiste em reduzir alimentos com alta concentração de vitamina K, como espinafre, brócolis e couve-flor, por exemplo. Porém, são alimentos de grande importância para o funcionamento do organismo, então é fundamental que essa medida seja definida e acompanhada por um profissional da área, um nutricionista.
2. AnticoncepcionaisO uso de anticoncepcionais, seja oral, injetável, ou na forma do DIU (dispositivo intrauterino) de hormônio, reduz consideravelmente a proliferação celular da camada do útero, o endométrio. Essa camada descama na ausência da gravidez, dando origem a menstruação. Como está reduzida, o sangramento será menor.
3. Anti-inflamatórios não esteroidais (AINE)Os AINE reduzem os níveis de prostaglandina, substância em grande quantidade na circulação sanguínea de mulheres com fluxo menstrual aumentado. Essa redução causa uma diminuição do sangramento, além de reduzir também as cólicas menstruais. Os AINE mais utilizados são o ibuprofeno (Alivium®) e o ácido mefenâmico (Ponstan®).
Os antifibrinolíticos como o ácido tranexâmico®, são utilizados para diminuir o sangramento uterino, de casos que não respondem aos tratamentos iniciais ou que tem maior risco como mulheres com anemia importante.
5. ProcedimentosAlguns procedimentos como a curetagem uterina, tamponamento, histerectomia e ablação do endométrio, são medidas mais invasivas, com maior risco de complicações, por isso devem ser indicadas para casos que não respondem ou que oferecem riscos de vida à mulher.
Causas de fluxo menstrual aumentadoO fluxo menstrual intenso (menorragia) pode ser causado por distúrbios como o sangramento uterino disfuncional, endometriose, presença de pólipos, miomas e tumores. Nesses casos, a redução do fluxo menstrual só será possível, com a ressecção do problema.
O que é uma menstruação normal?A menstruação considerada normal, é um sangramento que ocorre a cada 25 a 35 dias, com duração de 2 a 7 dias e uma perda total de 20ml a 80ml de sangue, ao final do ciclo.
Os fluxos menstruais que não correspondem a essas características são considerados anormais.
O ginecologista ou o endocrinologista podem ser consultados para diagnosticar e tratar os problemas relacionados ao ciclo menstrual.
Saiba mais em: O que fazer para aumentar ou diminuir o fluxo menstrual?
Não. Sangramento de escape é diferente do sangramento menstrual e não é considerado menstruação.
Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual. Esse sangramento não é prolongado, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente. Geralmente é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino).
As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.
A maioria das mulheres apresenta resolução espontânea do problema, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para orientações.
Não dê a pausa do anticoncepcional, emende uma cartela na outra (somente desta vez) que você não vai menstruar agora, somente vai menstruar quando parar de tomar a nova cartela.
Como fazer para atrasar ou adiantar a menstruaçãoAntes de usar qualquer método para atrasar ou adiantar a sua menstruação, é importante que você converse com o ginecologista ou médico de família. As formas usadas mais frequentemente para atrasar ou adiantar a menstruação são:
1. Emendar uma cartela de anticoncepcional na outraSuspender o intervalo entre uma cartela de anticoncepcional e a cartela seguinte é a forma mais comum de atrasar a menstruação. Deste modo, sua menstruação atrasará por um mês.
Nestes casos, basta que você tome o primeiro comprimido da nova cartela logo que a cartela que você está utilizando acabar. Ao final da segunda cartela, você deve dar o intervalo normal do seu anticoncepcional habitual (7 ou 10 dias) para que a menstruação venha e você volte a utilizar o medicamento normalmente.
2. Interromper o uso do anticoncepcionalA interrupção antecipada do uso da cartela de anticoncepcionais provoca uma queda súbita dos níveis hormonais equilibrados pelo contraceptivo. Isto faz com que a sua menstruação venha mais cedo.
Quando interrompe antecipadamente a cartela, a menstruação desce mais cedo, pela ausência abrupta dos hormônios da medicação.
3. Tomar o medicamento Primosiston®Para atrasar ou adiantar a menstruação por apenas 1 ou 2 dias, o método mais seguro e eficaz é o uso de um medicamento chamado Primosiston®. Sua função é impedir a ovulação e a produção hormonal, o que modifica o revestimento interno do útero (endométrio) e interrompe a menstruação.
Para adiantar a menstruação se recomenda tomar 1 comprimido, 3 vezes ao dia, por, pelo menos 8 dias, a partir do 5º dia do seu ciclo menstrual. Ou seja, comece a contar o primeiro dia da sua menstruação, como sendo o primeiro dia do seu ciclo. Ao usar a medicação deste modo, a sua menstruação ocorrerá 2 a 3 dias após a suspensão de Primosiston®.
Já para atrasar a menstruação, o indicado é ingerir 1 comprimido, 3 vezes ao dia, por 10 a 14 dias. Neste caso, o primeiro comprimido deve ser usado 3 dias antes da data prevista da sua próxima menstruação. Para isto, você deve ter ciclo menstrual regular e ter a certeza de que não está grávida, pois o uso da medicação durante a gravidez traz risco à saúde do bebê.
Primosiston® somente deve ser utilizado sob orientação médica.
4. Utilizar contraceptivo de uso contínuoA pílula de uso contínuo provoca a suspensão da menstruação durante o tempo em que você está a tomá-la. Por apresentar uma carga hormonal baixa, pode ser utilizada continuamente, ou seja, sem as pausas. Isto faz com que a menstruação não ocorra, entretanto, pequenos sangramentos podem ocorrer.
5. Inserir o Dispositivo Intrauterino (DIU)O Dispositivo Intrauterino hormonal é colocado no consultório pelo ginecologista. É um pequeno dispositivo em formato de “T” que é colocado dentro do útero e libera lenta e constantemente baixos níveis de hormônios, o que evita que a menstruação aconteça.
Apesar de causar a ausência da menstruação, algumas mulheres podem ter um sangramento leve e irregular nos 6 primeiros meses de uso.
Não utilize nenhum método para adiantar ou atrasar a menstruação sem orientação de um ginecologista.
Para saber mais sobre atrasar ou adiantar a menstruação, você pode ler:
- A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
- Vou para a praia, o que faço para menstruação não descer?
- O que posso tomar para que a menstruação não desça?
Referência
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
É bastante raro, mas quando ocorre uma relação desprotegida logo após terminar a menstruação, um ou dois dias apenas, pode sim ocorrer uma gravidez. Isso depende principalmente do ciclo menstrual da mulher.
A mulher que tem um ciclo menstrual muito curto e ao mesmo tempo, uma menstruação prolongada, tem maior risco de engravidar logo após terminar o sangramento, porque a ovulação acaba ficando próxima.
Como a ovulação acontece no meio do ciclo menstrual, mulheres com ciclos curtos, de 22 ou 23 dias, ovulam no 10º ou 11º dia. Por isso, se a menstruação durar 7 dias, um dia depois será o 8º dia, bem próximo à ovulação, oferecendo risco de uma gravidez.
Vejamos um exemplo:
- Ciclo menstrual curto (22 ou 23 dias) → dia fértil - 10º ou 11º dia
- Período fértil - 7º até 13º do ciclo.
Sabendo que os ciclos para a maioria das mulheres varia entre 28 e 30 dias, o dia fértil, de maior risco para engravidar, é o 14º ou 15º dia do ciclo, exatamente a metade do ciclo. Devido a vitalidade dos espermatozoides, e possíveis variações hormonais, são somados 3 dias antes e 3 dias após esse dia, resultando no período fértil, que varia entre o 11º e o 17º dia após o primeiro dia da menstruação.
Um exemplo prático:
Mulher que menstrua a cada 28 dias, regularmente, durante 5 dias, e teve o início da sua menstruação no dia 11 de março.
- Primeiro dia do ciclo: 11 de março
- Dia fértil: 14º dia (11+14) = 25 de março
- Período fértil: acrescenta 3 dias antes e 3 dias depois = 22 até 28 de março
Na semana de 22 a 28 de março provavelmente será liberado o óvulo que ao se encontrar com o espermatozoide, dá origem ao embrião. Portanto, nesse período, existe grande probabilidade de engravidar, se houver relação desprotegida.
Nos casos de irregularidade menstrual, o cálculo do dia fértil pode ser feito, mas é considerado menos seguro. Nesse caso anote os ciclos durante 6 meses e depois subtraia 18 do ciclo mais longo e 11 do ciclo mais curto. Os resultados são a semana estimada de fertilidade.
Quantos dias depois da menstruação é possível engravidar?Em geral, após 7 a 10 dias do último dia da menstruação, a possibilidade de engravidar se torna maior.
No entanto, alguns fatores podem interferir nesse cálculo e permitir que aconteça a gravidez antes desse período, e são esses fatores que a mulher que não deseja engravidar nesse momento, deve estar atenta.
Por exemplo, mulheres com irregularidade menstrual, podem ter um escape (pequeno sangramento), no meio do ciclo, próximo ao período fértil, mas interpretar como menstruação.
O uso de medicamentos, uso de anticoagulantes, que por vezes interferem na ovulação e pico hormonal da mulher.
Situações de estresse e ansiedade, crise de depressão e uso de antidepressivos, também podem modificar a liberação de neurotransmissores e assim, o pico do hormônio necessário para a liberação do óvulo.
O método mais confiável de evitar a gravidez é com uso regular de contraceptivos, em todas as relações. Como as pílulas anticoncepcionais, dispositivo intrauterino (DIU), implante subcutâneo e a camisinha (feminina ou masculina), que além da gravidez, protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Saiba um pouco mais sobre o assunto, nos artigos abaixo:
- Como calcular o Período Fértil?
- O período fértil é antes ou depois da menstruação?
- Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?
- Quantos dias depois da menstruação posso engravidar?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Sim, é normal ter sangramento de escape (spotting) por causa do anticoncepcional. Muitas vezes esses sangramentos de escape estão associados ao uso de anticoncepcionais hormonais como pílula, adesivo, anel vaginal, implante e DIU (Dispositivo intra uterino).
O spotting é mais comum e frequente quando se faz uso da pílula continuamente, sem intervalos e quando se faz uso de anticoncepcionais com menor dosagem de estrogênio, além disso costuma ocorrer spotting nos primeiros meses de uso do anticoncepcional, com o decorrer do tempo é comum cessar esse sintoma.
Vale ressaltar que o sangramento de escape não indica falha da pílula, portanto é importante continuar fazendo uso do método contraceptivo normalmente mesmo caso ocorra esse tipo de sangramento.
Em algumas situações principalmente quando o uso da pilula é contínuo pode ocorrer a cessação da menstruação e de qualquer sangramento, com o decorrer do tempo, o que também é um efeito esperado do anticoncepcional.
Grande parte dos casos de sangramento de escape decorrentes do uso de anticoncepcional apresenta resolução espontânea, sem necessidade de uso de outros medicamentos ou mudança da pílula ou do método contraceptivo.
Contudo, se o sangramento de escape for muito incômodo, fale com o seu médico ginecologista ou médico de família para receber orientações ou mudar a sua pílula.
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Um leve sangramento pode ser observado depois de colocar o DIU. Ele pode ser explicado pela manipulação do colo do útero e útero durante o procedimento.
Em geral, quando colocado pela primeira vez, o DIU deve ser colocado entre 5 a 10 dias após o primeiro dia da menstruação. A mulher pode sentir dores tipo cólica menstrual de leve intensidade durante e pouco após o procedimento. O sangramento observado pode ser de pequena quantidade e transitório.
Caso a mulher observe a presença de uma sangramento em maior quantidade ou outros sintomas como dores abdominais, ela deve retornar à consulta com a/o profissional de saúde para uma avaliação.
O DIU é um método anticoncepcional seguro e de longa duração. Porém, ele não previne doenças sexualmente transmissíveis, que devem ser evitadas com o uso de preservativo feminino ou masculino durante todos os atos sexuais.
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Sim, o DIU pode atrasar a menstruação devido às alterações menstruais que o dispositivo provoca. O DIU pode causar diminuição ou aumento do fluxo menstrual e até mesmo ausência de menstruação (amenorreia).
Em torno de 50% das mulheres que colocam o DIU hormonal deixam de menstruar após 24 meses de uso. Portanto, o "atraso da menstruação" pode ser, na realidade, ausência dela.
A irregularidade menstrual é esperada e ocorre principalmente nos primeiros meses de uso do DIU de cobre ou liberador de levonorgestrel, com tendência para melhorar ao longo do tempo.
O DIU de cobre, pode provocar um sangramento mais intenso, que é tratado com medicamentos específicos.
Já o DIU liberador de levonorgestrel tende a diminuir a menstruação com o passar do tempo. Isso se manifesta através de sangramento leve, sangramento de escape ou ausência de menstruação.
Veja também: O DIU tem efeitos colaterais?
No entanto, em caso de atraso da menstruação, a primeira coisa a fazer é verificar se há gravidez ou não. Apesar do DIU ser bastante eficaz, pode ocorrer uma gravidez em cada 100 pacientes que utilizam o método.
Mas é importante lembrar que o DIU tem uma eficácia contraceptiva considerada superior aos medicamentos por via oral, uma vez que não precisa ser tomado diariamente e por isso não há risco de esquecimento.
A mulher deve informar seu/sua ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família se notar qualquer alteração na sua menstruação durante a utilização do DIU.
Durante a menstruação é muito raro a mulher engravidar, mas não podemos dar 100% de certeza. Isso porque, algumas vezes a mulher pode apresentar um pequeno sangramento, que chamamos de "escape", ao longo do ciclo, e confundir com menstruação.
Por isso dizemos que a única forma de prevenir uma gravidez indesejada, em quase 100% de eficácia, é com uso de contraceptivos, seja uso regular de anticoncepcional, método de barreira, como a camisinha, ou uso da pílula do dia seguinte.
A pílula só pode ser utilizada até 72h após a relação, e sua eficácia é maior, quanto antes for tomada. Contudo deve ser reservada realmente para essas situações de urgência, e com cuidado para que não seja frequente, pois, a concentração elevada de hormônios pode causar efeitos colaterais à mulher.
Tomar pílula do dia seguinte estando menstruada, posso engravidar?Não. Se estiver menstruada você já praticamente não tem chances de engravidar, se ainda assim achar necessário tomar a pílula do dia seguinte, seja por não ter certeza da menstruação, ou outra questão, desde que seja dentro das 72 h após a relação, não há chances de engravidar.
Atenção ao uso excessivo ou desnecessário de medicação, pois pode ser prejudicial a sua saúde e equilíbrio hormonal.
Se observar a necessidade frequente do uso de contraceptivo de urgência, seja qual for a causa, orientamos a conversar com seu médico ou médica ginecologista, para avaliar um método contraceptivo mais eficaz, como dispositivo intrauterino (DIU), anticoncepcionais adesivos, injetáveis, trimestrais, entre outros. Atualmente existem muitas opções, o que facilita a melhor escolha para cada mulher.
Sempre vale ressaltar que, as relações sem proteção de barreira, além do risco de gravidez não planejada, oferecem risco de doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, AIDS, HPV, gonorreia, entre tantas outras. Por isso o mais recomendado é sempre fazer uso de proteção de barreira durante as relações sexuais.
Para mais esclarecimentos agende uma consulta com médico/a ginecologista.
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É possível engravidar tendo relação sexual uma noite antes da menstruação?
Sim, existem duas formas diferentes de atrasar a menstruação, uma está indicada para mulheres que fazem uso de contraceptivo oral e outra para mulheres que não fazem uso da pílula.
Se faz uso de contraceptivo oralCaso faça uso de pílula contraceptiva uma das formas mais prática de atrasar a menstruação é tomar a pílula de forma contínua, sem a pausa entre uma cartela e outra.
Poderá tomar o anticoncepcional continuamente durante o período que desejar, quando quiser menstruar deve fazer a pausa ao fim da cartela, antes de começar a próxima.
É importante destacar que quando se faz o uso contínuo da pílula a chance de apresentar sangramento de escape é maior, principalmente no começo.
Geralmente o sangramento de escape é em pequena quantidade e não atrapalha tanto a mulher que deseja parar de menstruar por algum motivo específico como ir à praia ou viajar.
Leia também: Posso engravidar na pausa do anticoncepcional?
Se não faz uso de contraceptivo oralCaso não faça uso de pílula, a forma segura de atrasar a menstruação é através do uso da noretisterona, um tipo de progesterona, um dos hormônios do ciclo menstrual feminino.
É possível usar a noretisterona isolada em comprimidos de 5mg ou em comprimidos em associação com o etinilestradiol (Primosiston).
Os níveis de progesterona se manterão altos enquanto fizer o uso de noretisterona, que deve ser no máximo durante 14 dias. Ao cessar o uso da medicação o sangramento menstrual irá vir após 2 a 3 dias.
Caso deseje fazer uso da noretisterona para retardar a menstruação é importante conversar com o seu médico de família ou ginecologista antes, para a correta orientação sobre o uso do medicamento.
Além disso, é importante ter certeza que a mulher não está grávida antes de tomar o medicamento, por isso descartar essa possibilidade é essencial.
E adiantar a menstruação?Não há uma maneira segura para adiantar a menstruação, tanto em mulheres que fazem contraceptivo hormonal, quanto naquelas que não usam anticoncepcional.
Para adiantar a menstruação algumas mulheres que fazem uso de pílula até podem parar de tomar a pílula e fazer a pausa mais cedo.
No entanto, esse método não é recomendado, porque irá afetar substancialmente a eficácia da pílula e poderá ocasionar irregularidade menstrual.
Para mais esclarecimentos consulte o seu ginecologista ou médico de família.
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A "pílula do dia seguinte" deve ser tomada o quanto antes, se possível logo após a relação sem proteção. A mulher deve tomar a pílula segundo a orientação do fabricante.
Existem pílulas que devem ser usadas em dois comprimidos, e outras pílulas em dose única.
A eficácia da pílula do dia seguinte só está garantida, quando a primeira dose é tomada até 72 horas após a relação desprotegida. Nas primeiras 24 horas, sua eficácia chega a 95%, depois de 48 horas, cai para 85% e próxima as 72 horas, tem apenas 58% de eficácia.
O único método anticoncepcional que pode ser usado para prevenir uma gravidez após uma relação sem proteção é a pílula do dia seguinte. Contudo, vale frisar que a pílula somente evita a gravidez para a relação já ocorrida, ou seja, se após tomar a pílula do dia seguinte houver outra relação sem proteção e a mulher não estiver usando outro método anticoncepcional, ela poderá engravidar.
Por isso, após tomar a pílula do dia seguinte, se recomenda ter relações com métodos contraceptivos seguros até a vinda da menstruação. Se depois de 4 semanas o período menstrual ainda não ocorrer, deverá procurar atendimento e realizar um teste de gravidez.
Como funciona a pílula do dia seguinte?A pílula do dia seguinte geralmente contém levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética, em alta dose. O mecanismo de ação é diferente dependendo do período do ciclo menstrual em que a mulher estiver.
A pílula do dia seguinte pode provocar retardamento ou inibição da ovulação, alterar a motilidade tubária e dificultar a passagem do espermatozoide no muco cervical, impedindo a fecundação, ou impedir que o óvulo fecundado se fixe na parede do útero.
Depois da implantação do óvulo fecundado no endométrio, a pílula do dia seguinte não possui efeito, por isso não provoca aborto. O seu uso também não causa malformações fetais em caso de gravidez.
O medicamento pode ser usado por qualquer mulher, mesmo para aquelas que não podem tomar pílula anticoncepcional.
Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?A pílula do dia seguinte é indicada após uma relação sexual que represente risco de gravidez, como, por exemplo, em casos de problemas com o método de uso regular (falha da camisinha, expulsão do DIU, deslocamento do diafragma, eventual relação sem proteção).
É importante lembrar que a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas como método de emergência. O ideal é usar outros métodos contraceptivos muito mais seguros e eficazes, como a pílula anticoncepcional comum associada ao uso de camisinha.
Nestes casos, um/a médico/a de família ou ginecologista deverá ser consultado/a para prescrição do melhor método anticoncepcional em cada caso.
Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?Em geral, a pílula do dia seguinte é bem tolerada. Porém, o uso do medicamento pode causar efeitos colaterais em alguns casos. Cerca de 25% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte apresentam náuseas e cerca de 12% podem ter vômitos.
Outros efeitos colaterais da pílula do dia seguinte incluem: aumento da tensão nas mamas, dor de cabeça, tontura, cansaço, diarreia e sangramento de escape. Contudo, esses efeitos secundários tendem a desaparecer nas primeiras horas.
Para maiores esclarecimentos sobre a pílula do dia seguinte, consulte um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou ginecologista.
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Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO