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A mulher grávida sente enjoos sempre ou ao vomitar melhora?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maioria das gestantes sentem enjoo, mas não é sempre. O enjoo costuma ser mais comum entre a 5ª e a 12ª semana de gestação, depois o sintoma desaparece, ou pelo menos ameniza bastante.

O vômito pode acontecer, e acontece com frequência, entretanto não costuma aliviar os sintomas, pois é causado pelas alterações naturais que ocorrem no organismo da mulher e que permitem a evolução adequada da gravidez.

Portanto, como as causas do enjoo gestacional, apesar de ainda não estarem bem esclarecidas, estão relacionadas às mudanças no organismo da gestante, conseguir expelir algum conteúdo, através do vômito, não é capaz de interromper esse sintoma.

É preciso que os hormônios e outras modificações se organizem, o que acontece por volta da 10ª a 12ª semana de gestação, para que os enjoos terminem.

Felizmente, na maioria dos casos, são sintomas incômodos, porém toleráveis. Menos de 10% das mulheres apresentam enjoo persistente após as 12 semanas, ou tão intensos, que necessitem de tratamento.

Qual é a causa das náuseas e vômitos na gravidez?

Diversas teorias são apresentadas como causas para as náuseas e vômitos gestacionais. Sintomas tão comuns entre as grávidas, atingindo uma faixa de 85% desse grupo, especialmente entre a 5ª a 12ª semana de gestação.

Teoria endócrina

A primeira teoria é a teoria endócrina, caracterizada pelo aumento dos hormônios estrogênio e progesterona, HCG e leptina.

O estrogênio e A progesterona agem reduzindo a motilidade do trato gastrointestinal, promovendo retardo na digestão e dilatação das alças intestinais, o que justificaria os sintomas mas mal-estar, náuseas e vômitos.

O HCG, acredita-se estar relacionado aos sintomas porque suas concentrações estão mais altas exatamente no período dos sintomas, inclusive quanto maior sua concentração, mais frequentes são as queixas. Como por exemplo em mulher grávidas de gêmeos ou com doença trofoblástica.

A leptina é um hormônio que há menos tempo vem sendo descrito como possível causa, pela sua presença elevada em mulheres com enjoos, e menos frequente naquelas sem queixas. Mas ainda não está bem estabelecida essa relação.

Teoria da H. pylori

A segunda teoria diz respeito a presença de infecção pelo Helicobacter pylori - estudos evidenciaram maior prevalência de infecção pela bactéria em mulheres com náuseas e vômitos gestacional, quando comparadas ao grupo de gestantes sem os sintomas. Além de evidenciar relação direta da gravidade dos sintomas com a alta carga bacteriana.

Teoria genética

A teoria genética é evidente pois a relação entre casos na mesma família está comprovada. Ainda, mulheres que apresentaram náuseas na primeira gravidez, tem mais chance de ter sintomas, até mais intensos, nas gestações seguintes.

Teoria psicogênica

A causa psicossomática atualmente não é bem aceita, porque embora seja evidente a carga de estresse e preocupações para a mulher a partir do momento que descobre sua gravidez, por mais desejada que seja, estudos não foram capazes de comprovar essa relação causal. Ao contrário, um estudo norueguês mostrou que a ansiedade e sintomas de angústia, estão mais propensos a terem sido causados pelos distúrbios hormonais, do que ser a causa.

Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico ginecologista.

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Tontura: saiba as principais causas e o que pode ser o mal-estar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade
O que é Tontura?

Tontura é um sintoma geralmente associado a sensação de desequilíbrio, sensação de que tudo gira ao redor ou de que está girando (vertigem) ou ainda sensação de desmaio, mal estar ou fraqueza.

Diferentes pessoas podem descrever a sensação de tontura de diferentes formas, por isso é muitas vezes difícil identificar a causa da tontura e o seu tipo específico.

Na grande maioria das vezes é um sintoma benigno e autolimitado. No entanto, quando passa a ocorrer frequentemente e vem acompanhada de outros sintomas deve ser investigado mais detalhadamente por um médico.

Quais as principais causas de tontura?

A tontura é um sintoma que pode ser decorrente de diferentes causas, as mais comuns são:

  • Enxaqueca: a tontura pode ocorrer antes ou depois da dor de cabeça, ou mesmo sem a dor de cabeça;
  • Estresse ou ansiedade podem desencadear tontura;
  • Distúrbios do labirinto: corresponde as principais causas de vertigem, um tipo de tontura em que tudo gira ao redor. Pode também causar desequilíbrio e distúrbios na audição;
  • Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia): geralmente ocorre em pessoas com diabetes;
  • Hipotensão postural: corresponde a uma queda repentina da pressão arterial ao se levantar rapidamente. É um sintoma mais comum em idosos;
  • Desidratação: pode ser causada por doenças que cursam com sintomas como diarreia ou vômitos, ou por não beber água suficientes, principalmente em dias quentes e durante a prática de exercícios físicos;
  • Insuficiência vertebrobasilar: corresponde a diminuição do fluxo sanguíneo na parte posterior do cérebro, que pode ser causada pela presença de aterosclerose.

Outras causas menos comuns de tontura são:

  • Uso de medicamentos, como antidepressivos ou remédios para pressão alta (hipotensores);
  • Uso de álcool e outras drogas;
  • Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial e outras doenças cardíacas;
  • Intoxicação por monóxido de carbono.
O que pode ser tontura e dor de cabeça?

A tontura que vem acompanhada de dor de cabeça pode ser ocasionada por diferentes condições e estar presente em muitas situações.

Entre as causas mais frequentes da combinação de dor de cabeça e tontura estão a enxaqueca e a cefaleia tensional, que também podem vir acompanhas de náuseas ou vômitos.

O que pode ser tontura e tremedeira?

A tontura pode vir acompanhada de tremores, principalmente quando está associada a distúrbios metabólicos e endócrinos.

Os distúrbios metabólicos que mais frequentemente causam tontura e tremores são:

  • Hipoglicemia;
  • Hiperglicemia;
  • Desidratação;
  • Crise de hipertireoidismo.

O jejum prolongado também é uma causa frequente de tontura e tremores.

O que pode ser tontura e enjoo?

A presença de enjoo e náuseas durante o episódio de tontura é muito frequente, principalmente quando trata-se de uma tontura rotatória, portanto, todas as diferentes causas de tontura já citadas podem ocasionar também enjoo ou vômitos.

Para o correto diagnóstico e seguimento terapêutico sobre a causa da tontura é importante uma avaliação clínica dos sinais e sintomas e realização de exame físico especifico.

Por isso, apenas através de uma avaliação médica é possível encontrar a causa específica da tontura quando ela é constante.

Leia também: Sinto uma tontura constante, o que pode ser?

Quando devo procurar um médico?

Procure um médico de família ou um clínico geral toda vez que esteja a ter tontura constantemente ou caso seja um sintoma que vai e volta frequentemente.

Também é importante consultar um médico quando:

  • Notar uma diminuição da capacidade de ouvir;
  • Tiver zumbidos no ouvido;
  • Apresentar visão turva, dupla ou outras alterações visuais;
  • Tiver também outros sintomas como dores de cabeça, mal-estar ou desmaios.

Caso esteja muito preocupado com o sintoma de tontura ou deseje mais esclarecimentos não hesite em procurar um médico.

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Dor no braço esquerdo é sintoma de infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no braço esquerdo é um dos sintomas de infarto, porém, a dor no peito é o sintoma mais comum. Além disso a dor no braço esquerdo pode ser causada por outros motivos.

A dor causada por um infarto, pode ser irradiada do peito para os braços, principalmente para a parte interna do braço esquerdo, ombro, pescoço, dentes, mandíbula, abdômen ou costas.

Também pode haver dormência ou formigamento no braço, geralmente o esquerdo. Mais raramente, a dor pode ser irradiada para o braço direito, individualmente ou em conjunto com o esquerdo.

A intensidade da dor é variada, podendo ser leve, moderada ou intensa. Geralmente é descrita como uma sensação de faixa apertada ao redor do peito, peso, esmagamento ou pressão forte no peito.

A dor em aperto no peito, com irradiação para o braço esquerdo, que dura mais de 20 minutos, associada a outros sintomas típicos, quase confirma um episódio de infarto.

Outros sintomas que podem estar presentes em caso de infarto:
  • Suor frio;
  • Palidez;
  • Náuseas, Vômitos;
  • Palpitações (sensação de que o coração está batendo muito rápido ou irregularmente);
  • Dificuldade para respirar;
  • Transpiração, que pode ser muito abundante;
  • Fraqueza ou fadiga, principalmente em idosos e mulheres;
  • Mudanças no estado mental, principalmente em adultos mais velhos;
  • Ansiedade;
  • Tosse;
  • Tontura ou vertigem e
  • Desmaio.

Algumas pessoas, principalmente idosos e diabéticos, costumam ter uma apresentação menos comum dos sintomas, a começar pela dor, que pode ser pouca ou nenhuma dor no peito.

O que fazer se a dor no braço esquerdo for um infarto?

Se sentir um enjoo repentino e tiver dificuldade em recuperar o fôlego ou sentir uma forte dor do peito, braço esquerdo, direito ou dor grave na mandíbula, ligue para o número 192 e chame uma ambulância. Esses podem ser os sintomas de um infarto.

NÃO tente dirigir-se ao hospital e NÃO ESPERE para ver se os sintomas desaparecem. O risco de morte súbita é maior nas primeiras horas de um ataque cardíaco.

Um infarto ocorre quando o fluxo sanguíneo para o coração é subitamente interrompido. Sem sangue, o coração deixa de receber oxigênio. Se a pessoa não receber tratamento rapidamente, o músculo cardíaco começa a morrer. No entanto, o tratamento médico adequado e precoce reduz a extensão dos danos ao coração.

As pessoas demoram, em média, 3 horas para procurar ajuda quando estão com sintomas de ataque cardíaco. Por isso, muitos pacientes que sofrem um infarto morrem antes de chegar ao hospital. Quanto mais rápido a pessoa chegar à sala de emergência, maior é a chance de sobrevivência.

O que mais pode causar dor no braço esquerdo?

Uma dor no braço esquerdo também pode ser sintoma de lesão em osso, articulação, tendão ou músculo, compressão de nervo ou problema no coração.

Angina

A dor no braço esquerdo nem sempre é sintoma de infarto, mas pode indicar a presença de algum problema no coração, como angina. Conhecida também por "princípio de infarto", e não deixa de ser.

A angina é um sintoma de doença cardíaca coronariana. Isso significa que o músculo do coração não está recebendo oxigênio suficiente devido a uma diminuição da irrigação sanguínea do coração. Se a obstrução permanecer e algum momento esse fluxo for totalmente interrompido, dará origem a um infarto.

Os sintomas da angina são semelhantes aos de um ataque cardíaco, o que pode incluir dor no braço esquerdo, pescoço ou mandíbula, porém, não dura mais de 20 minutos e melhora com o repouso ou medicamentos vasodilatadores.

Bursite

A dor pode afetar o braço direito ou esquerdo, uma vez que a bursite pode afetar ambos os ombros. A dor geralmente aumenta quando a pessoa se movimenta ou se deita sobre o braço ou sobre o ombro. Em alguns casos, pode não ser possível girar completamente o ombro, devido a intensidade da dor. Outros sintomas incluem queimação e formigamento no local.

A bursite é uma inflamação da bursa, uma bolsa cheia de líquido localizada nas articulações, que afeta principalmente os ombros e geralmente é resultado de movimentos repetitivos.

Fratura

A dor no braço por uma fratura óssea, apresenta sintomas típicos de inchaço importante, dormência, coloração azulada ou roxa, e incapacidade de movimentar o membro.

O diagnóstico é clínico, na maioria das vezes existe uma história de trauma, ou queda, sendo confirmado por exame simples de imagem, como o Raio-X.

Hérnia de disco

A dor pode ter início no pescoço e irradiar para o ombro e para o braço, podendo piorar com o movimento. Outro sintoma caraterístico, é a dormência, fraqueza e/ou formigamento no braço, devido à compressão do nervo por essa hérnia.

Os discos intervertebrais atuam como amortecedores da coluna vertebral. A hérnia de disco surge quando o disco se rompe e o conteúdo gelatinoso do seu interior sai, pressiona os nervos que passam ao lado.

Compressão de nervo

Além de dor, um nervo comprimido pode causar dormência, formigamento ou sensação de queimação no braço. A dor pode piorar com o movimento. A compressão do nervo pode ocorrer devido a uma hérnia de disco, ou devido a traumas e lesão causada por desgaste, como o "bico de papagaio" e artroses na coluna.

Lesão do manguito rotador

O manguito rotador é formado por 4 músculos profundos que atuam na articulação do ombro. Levantar um objeto pesado ou realizar movimentos repetitivos pode provocar lesão nessa musculatura. Isso enfraquece significativamente o ombro e dificulta a execução de tarefas diárias.

A dor no braço piora ao movimentar o ombro de algumas formas e ao deitar-se de lado. Pode desenvolver uma fraqueza e incapacidade de movimentar esse braço e ombro.

Entorse e distensão

Uma entorse de braço pode acontecer ao cair e se proteger da queda com os braços. A distensão pode ocorrer ao levantar algo da maneira errada ou sobrecarregar os músculos.

Os sintomas são de dor, hematomas, inchaço e fraqueza no braço afetado.

Tendinite

Os sintomas da tendinite são semelhantes aos da bursite, podendo incluir dor no braço (ombro ou cotovelo), queimação, formigamento e diminuição da força. Tendinite é uma inflamação do tendão, que liga o músculo ao osso.

Síndrome do desfiladeiro torácico

A síndrome do desfiladeiro torácico é uma condição em que os vasos sanguíneos localizados abaixo da clavícula são pressionados por trauma ou lesão repetitiva. Se não for tratada, pode levar a danos progressivos nos nervos.

Pode causar dormência, formigamento e fraqueza no braço. Em alguns casos, o braço pode ficar inchado. Outros sinais incluem palidez da mão, braço frio e pulsação fraca.

Para um diagnóstico adequado da causa da dor no braço, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Para que serve e como devo usar Noripurum® injetável (intramuscular)? Quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Noripurum® injetável por via intramuscular é utilizado para combater as anemias causadas por deficiência de ferro. Inclui também o tratamento de anemias nutricionais. De modo geral, é prescrito quando se pretende rápida e eficiente reposição de ferro.

Indicações de Noripurum® intramuscular

A medicação intramuscular é indicada em casos de anemias ferropênicas (anemias por deficiência de ferro) nas seguintes anemias:

  • Anemias que ocorrem após hemorragias ou cirurgias (anemias ferropênicas graves);
  • Anemia acompanhada de distúrbios de absorção gastrointestinal;
  • Anemias diagnosticadas antes de cirurgias de grande porte;
  • Anemia associada por insuficiência renal crônica;
  • Impossibilidade de receber o tratamento para anemia por via oral;
  • Inviabilidade de tratar a anemia por via endovenosa.
Como usar Noripurum® intramuscular

Nessa apresentação intramuscular, como o nome já diz, o medicamento só deve ser administrado por via intramuscular.

De preferência, a primeira dose deve ser feita em unidades de saúde que tenham medicamentos e equipamentos disponíveis para tratar possíveis reações alérgicas.

Antes de iniciar a primeira dose é realizada uma dose de teste que consiste na administração de metade da dose prescrita. Se não ocorrer nenhuma reação adversa nos 30 minutos seguintes à administração da metade da dose, o restante do medicamento pode ser administrado.

A prescrição médica de Noripurum® intramuscular deve ser obedecida.

Cuidados na administração de Noripurum® intramuscular

Noripurum® deve ser administrado puro. Não pode haver mistura com outros medicamentos.

Observe se a solução no interior da ampola está homogênea, sem danos e sedimentos.

A administração da medicação deve ocorrer imediatamente após a abertura da ampola.

É obrigatória a aplicação profunda na região glútea utilizando-se a técnica em “Z”. (O profissional de saúde está capacitado a realizá-la.)

Após a aplicação é indicado movimentar-se.

O líquido não deve extravasar para a pele, pois este contato do medicamento com a pele pode provocar manchas escurecidas e difíceis de retirar.

Procure profissional de saúde para realizar a aplicação de Noripurum® intramuscular com segurança.

Contraindicações e cuidados para a administração de Noripurum® intramuscular

Noripurum® intramuscular é contraindicado em casos de:

  • Pessoas alérgicas a medicamentos à base de ferro e demais componentes da fórmula;
  • Fase aguda de infecção renal;
  • Asma brônquica;
  • Poliartrite crônica;
  • Cirrose hepática descompensada;
  • Hiperparatireoidismo não controlado;
  • Hepatite infecciosa;
  • Sobrecarga férrica;
  • Crianças com menos de 4 meses de vida;
  • Mulheres no primeiro trimestre de gestação.
Efeitos colaterais de Noripurum® intramuscular injetável

De forma geral, Noripurum® intramuscular injetável é bem tolerado e as reações adversas são incomuns (ocorre em 0,1% a 1% das pessoas que utilizam o medicamento), são elas:

  • Reações locais como dor no local da injeção ou manchas de longa duração na pele;
  • Dor nas articulações;
  • Ínguas (aumento de linfonodos);
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Distúrbios gastrintestinais;
  • Enjoos e vômitos;
  • Gosto metálico na boca;
  • Formigamento;
  • Dores musculares;
  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Urticária;
  • Vermelhidão;
  • Sensação de calor;
  • Edema nas mãos e nos pés.
  • Muito raramente ocorrem reações alérgicas.

O Noripurum® intramuscular nunca pode ser administrado por via endovenosa.

Não utilize o medicamento sem prescrição médica.

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Como saber se tenho anemia?

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Dor do lado esquerdo do peito: como saber se é infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para saber se a dor do lado esquerdo do peito é mesmo um infarto do coração, será preciso passar por uma avaliação médica e exames realizados na urgência, o eletrocardiograma e exames de sangue.

No entanto, o tipo da dor e os sintomas associados, ajudam a identificar esse grave problema cardíaco. Na presença de um ou mais dos sintomas abaixo, procure imediatamente uma emergência médica:

  • Dor no peito de início súbito, tipo peso ou aperto,
  • Localizada do lado esquerdo ou no meio do peito,
  • Com irradiação para o pescoço, mandíbula, braço esquerdo, costas, ou mais raramente para o braço direito,
  • Duração maior do que 20 minutos,
  • Sem melhora com o repouso ou com medicações,
  • Respiração rápida ou dificuldade de respirar,
  • Palidez, suor frio,
  • Dor no estômago, mal-estar,
  • Enjoos, tontura e vômitos.
O que posso fazer?

Se tem sinais e sintomas de um ataque cardíaco, pode mastigar um comprimido de aspirina, caso não tenha alergia, para ajudar a dissolver os coágulos que estão impedindo o fluxo de sangue para o coração, e procure imediatamente um pronto-socorro.

Na unidade de emergência você fará exames de sangue e eletrocardiograma. Sendo confirmado o infarto, seguirá para o tratamento mais indicado ao seu caso. Atualmente, existem diversos procedimentos para desobstruir o vaso, sem deixar sequelas, porém deve ser realizado nas primeiras 3 horas do início da dor.

Portanto, quanto antes chegar à emergência, melhor o resultado!

Quando preciso me preocupar com a dor no peito?

Procure um pronto-socorro se você apresentar alguns destes sintomas:

  • Dor no peito por mais de 20 minutos;
  • Dor no peito que não cessa com repouso;
  • Tonturas;
  • Sudorese fria (suor frio);
  • Dificuldade respiratória;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Palidez.

Os sintomas devem ser ainda mais valorizados, nas pessoas hipertensas, diabéticas e/ou cardiopatas.

Não sendo infarto, o que pode ser?

Angina pectoris, crise de ansiedade ou pânico, dor muscular no tórax, doenças pulmonares e gases em excesso são as causas mais comuns de dor no tórax quando não há associação ao infarto.

1. Angina pectoris

A angina pectoris ou angina do peito é caracterizada como uma dor, ou sensação de pressão temporária no meio do peito, que acontece quando o coração não recebe oxigênio suficiente, assim como no infarto. Por isso é conhecida como "princípio de infarto".

A grande diferença é que na angina, a dor desaparece com o repouso, e dura menos do que 20 minutos.

O que posso fazer?

Se você sente algum dos sintomas de angina pectoris é importante que procure uma emergência hospitalar quanto antes para que sejam feitos exames de sangue e eletrocardiograma. Estes exames associados aos sintomas, também afastarão a possibilidade de ser um ataque cardíaco.

Por este motivo, não atrase a ida ao hospital.

2. Crise de ansiedade ou ataque de pânico

Uma crise de ansiedade, ataque de pânico ou estresse extremo podem provocar dor no peito muito semelhante à do infarto. As dores se concentram no meio do peito e podem ser acompanhadas de falta de ar, bolo na garganta, tontura, náuseas, dor de barriga e suor frio.

Na crise de ansiedade, é possível ter uma causa inicial, uma situação de estresse que tenha desencadeado a dor, no entanto, nem sempre é possível essa diferenciação apenas com a história de início da dor.

Inclusive, pelo risco de mortalidade nos casos de infarto, sempre que houver dúvida, é preciso procurar uma emergência para avaliação.

O que fazer?

As crises de ansiedade ou pânico podem durar até 30 minutos. Ajudar a pessoa a trazer o foco para respiração e orientá-la a realizar respirações lentas e profundas a ajudarão a passar pela crise de forma menos desgastante.

Praticar atividade física, ioga, meditação, promover repouso em um local tranquilo e atividades de lazer ajudam a reduzir a ansiedade e evitar as crises.

3. Dor muscular no tórax

As dores musculares na região do tórax são bastante comuns em pessoas que praticam esportes ou exercícios na academia. A dor torácica também pode acontecer pelo excesso de tosse ou por transportar objetos pesados.

A tensão muscular que ocorre pela vivência de situações de estresse também podem provocar a dor no tórax. A dor pode piorar durante as respirações e ao movimentar o tórax.

O que posso fazer?

O tratamento é feito com o repouso da musculatura e compressa morna no local da dor, por 20 minutos, 3 vezes ao dia. Se a dor persistir por mais de 3 dias, mesmo com o tratamento, procure um médico de família avaliar a necessidade de medicamentos, como relaxante muscular.

4. Doenças pulmonares

A dor no peito é um sintoma bastante comum para quem tem problemas pulmonares como pneumonia, asma, bronquite e enfisema pulmonar.

Nas doenças pulmonares, a dor piora com o movimento, tosse ou ao respirar profundamente. Pode vir acompanhada ainda de tosse, falta de ar ou chiado no peito.

O que posso fazer?

Nestes casos, se recomenda que você procure um pneumologista para avaliação médica e tratamento adequado. Na presença de dificuldade em respirar, febre ou chiado no peito, procure imediatamente uma emergência, pode ser preciso iniciar antibioticoterapia.

5. Gases em excesso

É bastante comum que o excesso de gases seja confundido com dor no peito. O acúmulo de gases ocorre principalmente em pessoas que sofrem de prisão de ventre.

A dor costuma ser forte, em pontadas, que aparece e desaparece subitamente.

O que posso fazer?

Praticar atividade física regularmente e efetuar massagens na região abdominal podem ajudar na eliminação de gases. Se o problema persistir, procure um gastroenterologista para uma avaliação física e possível tratamento com medicamentos.

Na suspeita de infarto, mesmo que haja dúvidas, a recomendação é procurar rapidamente o serviço de emergência. O infarto é uma das causas mais comuns de morte no mundo, por isso é melhor que seja descartado pelo médico do que não tenha tempo para tratar.

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Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esses sintomas podem sim ser decorrentes de uma gravidez. Porém, nem sempre isso que você está sentindo é sinal de gravidez.

Sintomas como dor de cabeça, enjoo, dor nos seios e sonolência podem ter outras explicações que não a gravidez. O estresse pode ser outra explicação, porém outros acometimentos clínicos podem dar origem a esses sintomas.

O primeiro sinal da gravidez costuma ser o atraso menstrual, entretanto outros sinais são bastante comuns, como a cólica, náuseas e vômitos matinais, sonolência diurna, aumento da sensibilidade e do volume das mamas e alterações de humor.

Sendo assim, se observar alguns desses sintomas, associado a relação sexual nessa época, sem uso de contraceptivos, as chances de gravidez são maiores.

O estresse também pode causar sintomas como esses. Os sintomas físicos de estresse podem incluir diarreia ou prisão de ventre, falta de memória, dores frequentes, dor de cabeça, falta de energia, dificuldade de concentração, falta de libido ou outros problemas sexuais, rigidez no pescoço ou na mandíbula, cansaço, insônia, sono excessivo, dor no estômago, perda ou ganho de peso.

Para confirmar se esses sintomas são decorrentes de uma gravidez ou de estresse, você pode realizar um teste de gravidez de farmácia ou exame de sangue (mais específico) e procurar um/a medico/a de família, clinico/a geral ou ginecologista para uma avaliação médica.

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Dra. Janyele Sales
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Medicina de Família e Comunidade

Diferentes doenças e condições podem causar o sintoma de tontura, como distúrbios do labirinto, distúrbios metabólicos, hipotensão e arritmia, desidratação, enxaqueca ou mesmo crises de ansiedade ou uso de medicamentos.

Para se determinar qual a possível causa da tontura é importante estar atento a outros sintomas que podem acompanhar esse sintoma, como dor de cabeça, enjoos, desequilíbrio, perda de audição ou turvação visual.

As características da tontura são importantes na avaliação diagnóstica e ajudam o médico a descobrir a causa provável da tontura, por exemplo, se a tontura é rotatória, se surge repentinamente ou se assemelha a um desequilíbrio.

Doenças que causam tontura e dor de cabeça

As principais causas de tontura e dor de cabeça são a enxaqueca e a cefaleia tensional. Nesses quadros também podem estar presentes náuseas e vômitos.

Outros tipos de cefaleias e doenças também podem causar sintomas semelhantes. É comum a ocorrência de tontura e dor de cabeça em pessoas com distúrbios visuais.

Quando a dor de cabeça e a tontura são demasiadamente intensas e vem acompanhadas de outros sintomas como febre e rigidez de nuca, uma possibilidade é a meningite.

Em algumas situações em que ocorrem outros sintomas neurológicos ou vômitos pode se suspeitar de doenças de maior gravidade como tumores e aneurismas.

Doenças que causam tontura e sensação de mal-estar ou fraqueza

A tontura que vem acompanhada de mal-estar ou fraqueza pode ter diferentes causas, entre as mais frequentes destacam-se:

  • Hipoglicemia: é mais comum em pessoas com diabetes mellitus em uso de insulina.
  • Hipotensão: pode ocorrer em situações de aglomeração de pessoas, alta temperatura, ambientes fechados ou exposição excessiva ao sol.
  • Reflexo vaso-vagal: pode ocorrer em situações onde há dor intensa, contato com sangue, odores fortes, emoções intensas.
Doenças que causam tontura e tremedeira

A tontura pode vir acompanhada de tremores, principalmente quando está associada a distúrbios metabólicos e endócrinos.

Os distúrbios metabólicos que mais frequentemente causam tontura e tremores são:

  • Hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue);
  • Hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue);
  • Desidratação;
  • Hipertireoidismo (aumento dos hormônios tireoidianos).
Doenças que causam tontura e enjoos

Tontura e enjoo são sintomas que aparecem em uma grande variedade de situações, a própria tontura desencadeia náuseas ou mesmo vômitos.

Alguns exemplos de causas de tonturas e enjoos são:

  • Gravidez;
  • Alterações da pressão arterial;
  • Crise de ansiedade;
  • Enxaqueca ou cefaleia tensional;
  • Labirintite e outros distúrbios do labirinto;
  • Uso de medicamentos.

Leia também: Tontura e enjoo, saiba as principais causas

Doenças que causam tontura repentina

Uma frequente causa de tontura repentina que surge rapidamente e dura geralmente pouco tempo é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB).

A VPPB é um distúrbio benigno caracterizado por uma vertigem repentina, ou seja, pela sensação de que tudo gira ao redor.

Esse sintoma é desencadeado por alterações bruscas de posicionamento da cabeça, por exemplo, ao virar para o lado.

Doenças que causam tontura e sintomas auditivos

A tontura que vem acompanhada de sintomas auditivos como diminuição ou perda da audição, zumbido pode sugerir distúrbios no labirinto, entre os mais comuns destacam-se:

  • Labirintites infecciosas: doença que consiste na inflamação e infecção do labirinto desencadeando tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido e desequilíbrio;
  • Doença de Menieré: doença que causa perda de audição, zumbido e tontura importantes.
Doenças que causam tontura ao levantar

Uma forma de tontura também muito frequente, principalmente em idosos, é a tontura ao levantar rapidamente, geralmente esta tontura se deve a um quadro de hipotensão postural.

A hipotensão postural é caracterizada por uma queda importante da pressão arterial quando se levanta, e um dos seus principais sintomas é a tontura, além de escurecimento ou turvação visual.

Por conta da grande variedade de possíveis causas de tontura, os episódios de tontura, que se tornam constantes e persistentes e vem acompanhados de outros sintomas, devem ser avaliados por um médico.

Através de uma avaliação médica é possível chegar ao diagnóstico correto da causa de tontura e ser orientado sobre o melhor tratamento.

Causas mais e menos frequentes de tontura

Entre as causas mais frequentes de tontura estão:

  • Enxaqueca;
  • Estresse ou ansiedade;
  • Distúrbios do labirinto (Labirintite, Vertigem Paroxística Benigna, Doença de Menieré, entre outras);
  • Baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia);
  • Hipotensão postural;
  • Desidratação;
  • Insuficiência vertebrobasilar.

Outras causas menos frequentes são:

  • Uso de medicamentos, como antidepressivos ou remédios para pressão alta;
  • Uso de álcool e outras drogas;
  • Arritmias cardíacas e outras doenças cardíacas.

Algumas outras situações são mais raras, mas podem também em algumas situações levar ao aparecimento do sintoma de tontura como a presença de distúrbios visuais ou mesmo de tumores cerebrais.

Caso apresente tontura constante consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

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Óleo de Copaíba: quais os seus benefícios e riscos para a saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O óleo de Copaíba é bastante usado na medicina popular, como um bom anti-inflamatório e antisséptico fitoterápico, embora sem comprovação científica.

Já foi registrado e, portanto, aceito pela agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA), como fitoterápico da classe de anti-inflamatórios, porém seu registro encontra-se cancelado atualmente.

Além disso, alguns trabalhos indicam presença de substâncias tóxicas no óleo, que sugere riscos à saúde, como distúrbios gastrointestinais, metabólicos e reações alérgicas. Sendo assim, deve ser utilizado apenas sob orientação de profissional de saúde especializado ou um/a fitoterapeuta.

Propriedades do óleo de copaíba

Os estudos descrevem benefícios ainda escassos do óleo de copaíba para a saúde. As pesquisas que mencionaram a sua ação anti-inflamatória, antisséptica, antitumoral, entre outras, foram feitas com testes em animais ou in vitro e isto não garante que o mesmo efeito possa ser observado em seres humanos.

Ação anti-inflamatória

Os hidrocarbonetos e os sesquiterpênicos, especialmente o β-bisaboleno e β-cariophileno, têm sido apontados como os compostos envolvidos no efeito anti-inflamatório do óleo de copaíba. Entretanto, o mecanismo de ação dessas substâncias ainda precisa ser mais bem esclarecido.

Ação antisséptica

O potencial antisséptico do óleo de copaíba se deve ao alto teor de betacariofileno. Esta substância parece bloquear a ação nociva de vírus, bactérias, fungos e protozoários.

Auxilia no combate ao câncer

Um estudo preliminar feito por pesquisadores do Instituto de Química e do Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mostrou que substâncias sintetizadas a partir de elementos isolados do óleo de copaíba podem ser aliadas no combate ao câncer. Nove tipos de câncer foram testados com a substância inibindo ou mesmo matando as células cancerígenas.

Proteção ao sistema nervoso central

O uso do óleo de copaíba pode ajudar na proteção às células do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) contra lesões. A pesquisa que alcançou este resultado foi efetuada com animais na Universidade Federal do Pará.

Todos estes efeitos precisam ser replicados em outros estudos, e principalmente feitos em seres humanos para comprovação efetiva.

Riscos do uso óleo de copaíba

O óleo de copaíba possui toxinas que podem trazer riscos à saúde. Isto exige cuidados em relação ao seu consumo. As reações adversas mais comuns são:

  • Enjoos
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Reações alérgicas
  • Quebra de cromossomos
Contraindicações do uso óleo de copaíba

O óleo é contraindicado para:

  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando
  • Pessoas com sensibilidade ou distúrbios gástricos

Para usar o óleo de copaíba com segurança é preciso uma indicação adequada, consulte um/a nutrólogo/a, nutricionista ou fitoterapeuta.

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Noripurum® comprimidos mastigáveis: para que serve e como usar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Noripurum® comprimidos mastigáveis é indicado para tratamento de anemia provocada por deficiência de ferro. É utilizado em: síndromes (conjunto de sinais e sintomas) da deficiência de ferro que ainda não se manifestou ou se manifestou de forma suave; anemias por deficiência de ferro causadas por subnutrição e/ou carências alimentares tanto de qualidade quanto de quantidade; anemias motivadas pela má absorção intestinal; anemia por deficiência de ferro (ferropriva) durante a gravidez e a amamentação ou anemia originada de sangramentos recentes.

Como usar Noripurum® comprimidos mastigáveis

Noripurum® comprimidos mastigáveis devem ser administrados durante ou logo após as refeições.

A dose e a duração do tratamento dependem do grau de deficiência de ferro.

A dosagem varia também com:

  • A idade (crianças de 1 a 12 anos, crianças com mais de 12 anos e adultos)
  • Situações especiais, como gravidez ou a lactação;
  • O grau de deficiência de ferro avaliado pela presença ou não de sintomas de anemia.

Por estes motivos, Noripurum® comprimidos mastigáveis somente devem ser utilizados com orientação médica.

Contraindicações de Noripurum® comprimidos mastigáveis

O medicamento é contraindicado em casos de:

  • Alergias a medicamentos à base de ferro;
  • Doenças hepáticas agudas;
  • Distúrbios gastrointestinais;
  • Anemias que não são provocadas pela deficiência de ferro ou por problemas de absorção de ferro.
Efeitos colaterais de Noripurum® comprimidos mastigáveis

Noripurum® comprimidos mastigáveis é, de forma geral, muito bem tolerado pelas pessoas que precisam utilizá-lo. As reações adversas são raras e ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que o utilizam. São elas:

  • Dor abdominal;
  • Prisão de ventre;
  • Diarreia;
  • Enjoo;
  • Dor de estômago;
  • Indigestão;
  • Vômitos e ou
  • Alterações na pele: reações na pele como vermelhidão, urticária, erupções ou coceira na pele.

Se observar algum desses sintomas, você deve informar imediatamente ao seu/sua médico/a.

Cuidados quanto ao uso de Noripurum® comprimidos mastigáveis

Noripurum® comprimidos mastigáveis devem ser utilizados com cautela nos seguintes casos:

  • Alcoolismo;
  • Hepatites;
  • Quadros de infecções agudas;
  • Estados inflamatórios do trato gastrointestinal (enterites, colite ulcerativa), pancreatite e úlcera péptica;
  • Portadores de anemias associadas a infecções e neoplasias (câncer);
  • Pessoas que sofreram transfusões sanguíneas repetidas devem ser rigorosamente acompanhadas quando em uso de Noripurum® comprimidos mastigáveis;
  • Usuários de prótese dentária devem lavar a boca e escovar as próteses logo depois de utilizar a medicação;
  • Mulheres grávidas somente devem usar Noripurum® comprimidos mastigáveis com adequada prescrição médica.

Siga a orientação médica quanto ao uso de Noripurum® comprimidos mastigáveis. Respeite os horários de administração do medicamento, as doses e a duração do tratamento.

Não utilize Noripurum® comprimidos mastigáveis sem prescrição médica.

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Sangramento menstrual intenso: quais as principais causas e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O sangramento menstrual intenso, pode estar relacionado com diferentes causas, como problemas hormonais, relacionados a doenças no útero ou ainda alterações na coagulação sanguínea.

É considerado sangramento menstrual intenso, fora do normal, quando há aumento do volume de sangue (acima de 80 ml por período), ou quando há aumento no número de dias de menstruação (acima de sete).

Vejamos os três principais grupos de causas do aumento do fluxo menstrual.

1. Problemas hormonais

Alterações hormonais podem prejudicar a ovulação. A falta de ovulação pode causar irregularidade menstrual, que varia desde a ausência de menstruação até a menstruação em excesso.

Variações na ovulação acontecem mais frequentemente em adolescentes, nos primeiros anos após o início da menstruação, e nas mulheres próximas à menopausa, no fim da menstruação. Por isso, em adolescentes e em mulheres na pré-menopausa é comum que períodos de ausência de menstruação se intercalem com períodos de excesso de sangramento.

Também podem ocorrer alterações hormonais em pessoas com a Síndrome do Ovário Policístico, esta síndrome é caracterizada por disfunção na ovulação e excesso de hormônios androgênios, além da presença de pequenos cistos nos ovários.

2. Problemas no útero

Algumas condições e doenças do útero podem também alterar o padrão da menstruação e ocasionar sangramento menstrual excessivo. As principais são:

Pólipos

São pequenas formações na camada interna do útero, podem causar sangramento intenso durante a menstruação e também fora do período menstrual. Quando estão próximo do colo do útero, também pode causar sangramento durante a relação sexual.

Miomas (fibromas)

Os miomas são uma das mais frequentes causas de aumento do sangramento, seja durante a menstruação ou fora do período menstrual. Atinge muitas mulheres durante a idade fértil. Grandes miomas podem ser responsáveis por fluxo menstrual intenso, com coágulos, além de sensação de peso ou mesmo dor na região pélvica.

Adenomiose

A adenomiose é uma doença, na qual o tecido que reveste o útero chamado endométrio cresce na camada mais interna do músculo, no miométrio, fazendo com que o útero aumente de tamanho. Esta condição também pode aumentar o fluxo menstrual.

Hiperplasia endometrial

Corresponde ao espessamento do endométrio, a camada mais interna do útero. Este processo favorece o aumento do fluxo menstrual e também pode provocar sangramento fora do período menstrual ou mesmo em mulheres após a menopausa. Pode estar associado ao câncer de endométrio.

3. Problemas na coagulação do sangue

Disfunções na coagulação sanguínea fazem com que qualquer sangramento no corpo seja mais persistente e difícil de cessar, com a menstruação não é diferente. Por isso, pessoas com doenças na coagulação do sangue ou condições que afetam a coagulação, como o uso de medicamentos anticoagulantes, podem apresentar aumento do fluxo sanguíneo menstrual.

Algumas causas importante de alterações na coagulação que afetam a menstruação, são:

  • Doença de von Willebrand: é uma doença hereditária caracterizada pela deficiência do fator de von Willebrand, que leva a disfunção plaquetária propiciando o aumento do sangramento.
  • Plaquetopenia: corresponde a diminuição das plaquetas do sangue, componentes que atuam diretamente na coagulação do sangue. A diminuição no número de plaquetas ocorre em uma variedade de condições como: doenças infecciosas, doenças hepáticas, deficiências nutricionais e uso de medicamentos.
  • Uso de medicamentos anticoagulantes: como a varfarina e apixabano.
O que fazer quando suspeitar de fluxo menstrual intenso?

O tratamento do fluxo menstrual intenso irá depender da causa. Se a causa do sangramento menstrual for hormonal ou ausência de ovulação, o médico poderá prescrever anticoncepcionais ou reposição hormonal se for o caso.

Caso o problema se localize no útero deve-se instituir o melhor tratamento para a causa, que pode incluir procedimentos cirúrgicos, retirada do útero ou uso de medicamentos.

Se o sangramento for decorrente do uso de medicamentos anticoagulantes pode ser necessários suspender ou reduzir a posologia. Em situações de coagulopatias o tratamento deve ser guiado por um médico hematologista e pode envolver reposição de fatores da coagulação, transfusões ou medicamentos.

Como saber se o meu fluxo menstrual é intenso?

O sangramento menstrual intenso ocorre quando a mulher apresenta um volume menstrual maior do que 80 ml, ou o equivalente a 5 a 6 colheres de sopa durante todo o período em que está menstruada. Também é considerado fluxo menstrual intenso, a menstruação que dura mais de sete dias.

É muitas vezes difícil quantificar o volume da menstruação, por isso desconfie de fluxo menstrual intenso, quando:

  • Tiver que trocar de absorvente de hora em hora, durante horas seguidas;
  • Precisa trocar o absorvente durante a noite, enquanto dorme;
  • Presença de coágulos sanguíneos grandes e escuros;
  • Menstruação tão intensa que a impede de fazer as suas atividades do dia a dia, levando a ausências no trabalho, estudos ou outros compromissos;
  • Dores intensas na região pélvica, náuseas, enjoos ou outro sintomas;
  • Sente-se fraca ou sem energia.

Caso suspeite de sangramento menstrual intenso procure um ginecologista ou médico de família para ser realizada uma primeira avaliação. Só através do diagnóstico correto da causa de sangramento é possível instituir o tratamento mais adequado.

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Referências bibliográficas

Abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients: Evaluation and approach to diagnosis. Uptodate.2021

Heavy Menstrual Bleeding. CDC.

7 sintomas diferentes de infarto em mulheres
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O infarto em mulheres pode vir acompanhado de sintomas diferentes dos socialmente reconhecidos e padronizados. Elas podem apresentar sintomas leves como enjoos e cansaço excessivo que podem ser facilmente confundidos com um mal-estar passageiro ou gripe.

Sinais de infarto em mulheres

É comum que as mulheres apresentem sintomas que não são característicos do infarto. Estes sintomas são chamados de sintomas atípicos.

1. Cansaço excessivo sem causa aparente

Fadiga excessiva ou fraqueza sem um motivo aparente pode ser um sinal de ataque cardíaco em mulheres. Observe se mesmo após um período de descanso, o cansaço permanece. É importante também observar se você está acostumada a caminhar diariamente e, de repente, se sente cansada ao caminhar poucos metros.

O cansaço excessivo sem uma causa que justifique, pode ser um sinal de má circulação e oxigenação insuficiente, podendo indicar o início de um infarto.

2. Dor no queixo, dentes e/ou mandíbula

As mulheres que estão infartando podem apresentar dor no queixo, dentes e/ou mandíbula sem sentir a dor em aperto no peito, tão conhecida. Por este motivo, fique atenta se você sente dor nestas regiões e não apresenta inflamações ou problemas dentários, pode ser um sinal de infarto.

A causa pela qual isto acontece ainda não está esclarecida, mas parece ter relação com a inervação próxima dessas regiões.

3. Sensação de desconforto na garganta

A sensação de algo preso, "bolo na garganta" ou dificuldade de respirar, também são sintomas inespecíficos e atípicos que podem ser sinal de infarto do coração no caso das mulheres.

4. Falta de ar

A falta de ar pode ser um sinal de infarto em mulheres e, por nem sempre vir acompanhada de dor no peito, pode ser confundida com outras doenças. Entretanto, a falta de ar é um sintoma de que o coração pode não estar funcionando adequadamente e, por este motivo, afetar o bom funcionamento dos pulmões.

5. Batimentos cardíacos irregulares

Os batimentos cardíacos irregulares ou arritmias são frequentes nos infartos que acometem mulheres. Neste caso, o coração começa a bater mais rápido causando as palpitações sem dor no peito ou qualquer outro motivo aparente.

6. Dor na barriga e enjoos

A dor abdominal que acontece nos infartos frequentemente começa no estômago com uma sensação de queimação, azia ou peso. Os enjoos também podem ocorrer.

Estes sintomas, no entanto, nem sempre são associados ao infarto cardíaco, sendo tratados como um problema digestivo simples, retardando o inicio do tratamento correto.

7. Dor nas costas

Mulheres que estão infartando podem sentir uma dor em pontada muito forte na costas que pode ser localizada ou irradiar-se por toda a região. Esta dor é muito confundida com um mau jeito nas costas, especialmente, porque não vem acompanhada de dor no peito.

Diferenças no infarto entre mulheres e homens

A principal diferença nos sintomas de infarto entre homens e mulheres é que nas mulheres, frequentemente, a dor no peito não está presente e, além disso, apresentam os sintomas atípicos: cansaço excessivo sem causa aparente, dor no queixo, falta de ar, dor abdominal, batimentos cardíacos irregulares e dor nas costas.

Por motivos ainda não esclarecidos, os sintomas de infarto em mulheres são mais difíceis de se identificar como infarto. Por esta razão, o tratamento demora mais a ser iniciado e as mulheres podem apresentar maior risco de morte.

Os sintomas clássicos de infarto, bastante característicos nos homens e que também ocorrem em mulheres são: dor em aperto no peito que irradia para as costas, maxilar e braço esquerdo. A dor no peito não cessa com o repouso e pode vir acompanhada de falta de ar, cansaço e desconforto no estômago.

Se você perceber qualquer um deste sintomas, procure um pronto-socorro o mais rápido possível.

Como saber se estou tendo um infarto?

Alguns passos são importantes para identificar um infarto.

Passo 1: se você apresenta sintomas típicos ou atípicos de infarto que duram mais de 20 minutos

Sintomas atípicos de infarto (em mulheres):

  • Cansaço excessivo sem causa aparente
  • Dor no queixo
  • Falta de ar
  • Dor abdominal
  • Batimentos cardíacos irregulares
  • Dor nas costas

Estes sintomas podem começar repentinamente sem qualquer esforço, estresse emocional ou mesmo quando a mulher se encontra em repouso.

Sintomas clássicos de infarto:
  • Dor em aperto no peito que irradia para as costas, maxilar e braço esquerdo
  • Dor no peito que não cessa com o repouso e que pode vir acompanhada de falta de ar, cansaço e mal-estar no estômago

No caso de você identificar estes sintomas, dirija-se rapidamente ao serviço de emergência.

Passo 2: você pertence a algum grupo de risco para doenças do coração?

Antes de qualquer coisa, é necessário avaliar se você está no grupo de risco para as doenças cardíacas. Neste grupo estão:

  • Diabéticas
  • Pessoas com pressão alta
  • Portadoras de colesterol elevado
  • Fumantes
  • Sedentárias
  • Obesas
  • Pessoas com elevado nível de estresse

Estas características aumentam o risco para o desenvolvimento do infarto. Se você se enquadra em um ou mais grupos de risco, é importante o acompanhamento em consultas periódicas anuais com um cardiologista ou médico de família.

Infarto silencioso em mulheres

As mulheres podem ainda sofrer infarto sem sentir sintoma algum, chamado de infarto silencioso. Para evitar estes casos, é importante efetuar uma consulta clínica anual com o médico de família para avaliar os fatores de risco e realizar exames de rotina caso haja indicação. Dessa forma, você poderá identificar o risco de infarto e preveni-lo da maneira indicada pelo médico.

Ao sentir qualquer sintoma de infarto, especialmente, se você tiver pressão elevada, for diabética, tiver colesterol elevado ou história familiar de infarto, procure um pronto-socorro.

Iniciar rapidamente o tratamento aumenta as chances de sobreviver ao infarto.

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Alprazolam emagrece?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Emagrecer é uma reação comum para quem usa alprazolam. No entanto, e apesar de parecer contraditório, também existem pessoas que podem engordar.

Outras reações frequentes para quem usa alprazolam são:

  • Confusão, sensação de “cabeça vazia”, tontura, agitação, nervosismo e insônia;
  • Aumento da salivação, enjoo e vômitos;
  • Palpitações (taquicardia) e pressão baixa;
  • Visão turva;
  • Nariz entupido, alergia na pele e dermatite;
  • Tremores ou rigidez.

Existem reações que são ainda mais comuns ao iniciar o tratamento com alprazolam, como sonolência, dor de cabeça, boca seca, intestino preso ou solto. Todas essas reações indesejadas costumam desaparecer durante o tratamento.

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Referência:

Frontal SL. Bula do medicamento.