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É comum ter dor e dormência nas mãos durante a gravidez? O que pode ser?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Dor e dormência nas mãos é comum na gravidez e é chamada de síndrome do túnel do carpo. O túnel do carpo é uma passagem estreita no punho, através da qual passam os tendões e o nervo mediano.

Esse nervo é responsável pelas funções motoras e sensoriais do polegar, indicador, dedo médio e anelar. A síndrome é provocada pelo aumento da pressão sobre o nervo. 

O formigamento, a dor e a dormência podem irradiar do pulso para a mão ou para cima no braço causando, mais tarde, fraqueza na mão, perda da força de aperto e a tendência de derrubar objetos.

Na gravidez, ocorre como consequência da retenção de líquidos, mas é importante afastar outras doenças, como diabetes, artrite reumatoide, hipotireoidismo ou distúrbios hormonais.

O tratamento pode ser feito com anti-inflamatórios e repouso.

O obstetra deverá ser consultado para avaliar o melhor tratamento e afastar outras patologias.

Quais são os principais sintomas do herpes genital?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do herpes genital são vermelhidão, dor em ferroada, coceira e bolhas na região genital. Em alguns casos, pode haver febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar, embora esses sintomas sejam muito menos comuns.

Na fase inicial, o herpes genital se manifesta sob a forma de manchas vermelhas, que depois evoluem para pequenas bolhas dolorosas cheias de líquido, que surgem em grupos, principalmente na vulva (parte externa da vagina), interior da vagina, pênis e ânus.

Antes do aparecimento das bolhas, a pessoa pode sentir outros sintomas nesses locais, como ardência, formigamento e coceira. Também podem surgir nódulos dolorosos nas virilhas ou próximos das lesões, que são os gânglios linfáticos inflamados devido à infecção.

Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus manifestam sinais da doença. Há indivíduos que nunca manifestam sintomas, outros só manifestam uma vez ao longo da vida, enquanto outros apresentam quadros frequentes.

Quando aparecem os primeiros sintomas do herpes genital?

O período de incubação do vírus do herpes genital varia entre 4 e 15 dias após a infecção, que ocorre através de relação sexual com pessoas infectadas. Após esse período, surgem os primeiros sintomas. Em geral, o primeiro surto da doença é mais agressivo, prolongado, generalizado e doloroso que os demais, podendo haver febre e mal-estar nesses casos.

Qual o tempo de duração dos sintomas do herpes genital?

Os sintomas do herpes genital geralmente permanecem durante 5 a 10 dias. Um sinal característico da doença é o desaparecimento e reaparecimento dos sintomas após algum tempo, geralmente no mesmo local.

O que é o herpes genital?

O herpes genital é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que se transmite por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. O vírus então se aloja nos nervos do indivíduo e se manifesta por meio dos sintomas descritos, que podem aparecer em diferentes locais como a vulva e vagina, pênis, ânus ou boca.

Quais são os sintomas do herpes genital feminino e masculino?

O herpes genital feminino e masculino provoca lesões na pele e nas mucosas das regiões dos órgãos genitais e do ânus, podendo causar ainda corrimento, dificuldade para urinar e dor ao andar, dependendo da localização.

Nos homens, as lesões podem se manifestar em qualquer parte do pênis, inclusive no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo ainda causar impotência.

Uma vez que causa coceira, as bolhas podem se romper ao coçar, podendo provocar a formação de pequenas feridas que formam casquinhas quando cicatrizam, na maioria das vezes espontaneamente. No entanto, o vírus do herpes genital migra através dos nervos e fica alojado num gânglio nervoso, onde permanece inativo até voltar a se manifestar.

As chances de transmissão são muito maiores nos períodos de manifestação dos sintomas, embora o vírus também possa ser transmitido na ausência de lesões.

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

Normalmente, os sintomas do herpes genital limitam-se aos locais das lesões, que normalmente regridem e cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento.

Porém, há casos em que podem ocorrer graves complicações, como quando o vírus atinge o cérebro, causando encefalite herpética. Esse tipo de complicação tende a acontecer em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes com HIV/AIDS, câncer e outras doenças graves.

As lesões em pessoas imunodeprimidas podem ser graves e espalhar-se para outras partes do corpo, como articulações, ou ainda a órgãos como fígado e pulmões. O herpes genital nesses casos pode levar semanas para desaparecer ou ficar resistente ao tratamento.

Quando atinge as meninges, que são membranas que recobrem o cérebro, provoca meningite, podendo causar vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. Se o vírus do herpes genital infectar a medula espinhal, pode levar à perda de força, movimentos ou causar outros tipos de debilidades nos membros inferiores.

Contudo, é importante lembrar que essas complicações são raras e tendem a acontecer apenas em situações específicas.

Há ainda um risco maior de contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, já que o herpes genital provoca pequenas lesões no local da infecção, o que aumenta as chances de penetração de vírus e bactérias no organismo.

Herpes genital na gravidez é grave?

Se a mulher estiver com lesões de herpes genital no momento do parto, pode transmitir o vírus ao bebê. A infecção do herpes genital pelo recém-nascido pode levar ao desenvolvimento de sequelas neurológicas extremamente graves ou até mesmo à morte da criança, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é bastante frágil.

As mulheres são as mais afetadas pelo herpes genital, uma vez que o vírus é mais facilmente transmitido do sexo masculino para o feminino, do que da mulher para o homem.

É fundamental procurar o/a médico/a o mais rápido possível, para abreviar a duração dos sintomas e evitar a transmissão para outras pessoas, já que as vesículas (pequenas bolhas com líquido dentro) são altamente contaminantes.

Em gestantes, o tratamento deve ser feito com urgência, uma vez que a doença pode passar para o bebê e, nesse caso, pode levar a sequelas relacionadas com o desenvolvimento do cérebro.

Saiba mais em: Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quais são os sintomas do câncer de língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O câncer de língua pode se manifestar sob a forma de aftas ou feridas dolorosas que não cicatrizam, aumentam de tamanho e não melhoram com os tratamentos. As lesões costumam sangrar e têm as bordas rígidas. Os sinais e sintomas também podem incluir a presença de manchas vermelhas ou esbranquiçadas que normalmente não causam dor.

Pessoas com câncer de língua também podem sentir dormência no local e apresentar inchaço ou caroços na língua.

A presença de caroços ou nódulos no pescoço também é comum. Nesse caso, trata-se do aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, também chamados de linfonodos. Esses pequenos órgãos de defesa participam do sistema imune do corpo e podem aumentar de tamanho em caso de inflamações, infecções e câncer.

Veja também: Linfonodos aumentados pode ser câncer?

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer na língua ou em qualquer parte da boca (lábios, gengivas, garganta) são o consumo frequente e excessivo de cigarro e bebidas alcoólicas.

Pessoas infectadas pelo vírus HPV ou que machucam constantemente a língua, geralmente com próteses dentárias mal ajustadas, também têm mais chances de desenvolver câncer de língua. A má higiene bucal também contribui para o aparecimento do tumor.

O câncer de língua tem cura, mas é importante detectá-lo precocemente e começar o tratamento nas fases iniciais do tumor.

A presença desses sintomas na língua ou em qualquer porção da cavidade oral deve ser avaliada pelo/a dentista especialista em estomatologia.

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Falta de ar constante: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Falta de ar constante pode ser sinal de ansiedade, doenças cardíacas ou doenças pulmonares. Pode ainda ser apenas falta de condicionamento físico e fraqueza muscular. A falta de ar caracteriza-se por dificuldade ou desconforto respiratório, criando a sensação de que a pessoa não consegue inalar a quantidade suficiente de ar.

A falta de ar decorrente de problemas cardíacos ocorre quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente para todo corpo, como por exemplo na insuficiência cardíaca. Nesses casos, o sangue não sai completamente do coração, que fica "inchado", provocando um extravasamento de líquido para o pulmão. A falta de ar também pode ser um sintoma de hipertensão arterial (pressão alta), embora não seja muito comum.

Doenças que afetam os pulmões ou as vias respiratórias, como gripe, resfriado, bronquite, enfisema pulmonar e asma dificultam a respiração e podem gerar a sensação de falta de ar.

A falta de condicionamento físico ou a fraqueza muscular também provocam falta de ar, já que a pessoa precisa fazer um esforço maior que o normal para realizar as tarefas.

Ansiedade, angústia (sensação de peso no peito) e síndrome do pânico estão entre as causas psíquicas de falta de ar. 

Leia também: Crises de falta de ar e formigamento no corpo. O que pode ser?

É importante ter atenção a alguns sinais que podem acompanhar a falta de ar, pois podem indicar problemas mais graves. Os sinais de alerta incluem: dificuldade para falar, respiração ofegante, esforço no pescoço ou no tórax para conseguir inspirar, interrupção do sono durante a noite, cansaço ao realizar tarefas do dia-a-dia, lábios roxos, tosse, chiado ou dor no peito.

Também pode lhe interessar: Tosse com falta de ar, o que pode ser?

Na presença desses sinais, a pessoa deve procurar um médico clínico geral ou médico de família para uma investigação mais apurada da causa da falta de ar.

Saiba mais em: Sinto coração acelerado e falta de ar, o que pode ser?

Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais tipos de anemia são as anemias ferropriva, hemolítica, falciforme, microcítica, sideroblástica, de Fanconi, perniciosa, aplástica, aplásica e megaloblástica. Os sintomas podem incluir fraqueza, dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, dificuldade para realizar atividades físicas, entre outros.

As anemias caracterizam-se pela diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como eritrócitos ou hemácias.

A hemoglobina é uma proteína de cor vermelha que se liga ao oxigênio, permitindo que os glóbulos vermelhos transportem esse gás para os tecidos do corpo.

Glóbulos vermelhos do sangue

Por isso, os sintomas da anemia estão relacionados com a falta de oxigenação do corpo, já que essas pessoas têm menos hemoglobina ou hemácias na circulação sanguínea.

Anemia ferropriva

A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro e é o tipo mais comum de anemia. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo também muito frequente durante a gravidez.

Sintomas de anemia ferropriva

Os principais sintomas da anemia ferropriva podem incluir: cansaço, aumento da frequência cardíaca, palpitações, falta de apetite, falta de ânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, falta de ar ao realizar esforços, dores abdominais, vontade de comer coisas pouco comuns ou estranhas, como terra, queda de cabelos, alisamento da língua, unhas quebradiças, feridas nos cantos da boca, palidez.

Anemia hemolítica

A anemia hemolítica é um tipo de anemia provocada pela destruição precoce das hemácias (glóbulos vermelhos), o que impossibilita a medula óssea de repor essas células sanguíneas na quantidade adequada.

Pode ocorrer devido ao uso de certos medicamentos, fatores genéticos, processos crônicos e agudos, resposta inadequada do sistema imunológico, picadas de cobra, problemas na coagulação sanguínea, reações após transfusões de sangue e malária.

Pode tratar-se de uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da pessoa produz anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos do próprio corpo, destruindo essas células.

Leia também: O que é anemia hemolítica e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia hemolítica

Algumas pessoas com anemia hemolítica podem não apresentar sintomas. Quando presentes, podem incluir cansaço, falta de ar, palidez, icterícia (peles e olhos amarelados), desconforto e sensação de barriga inchada.

Anemia falciforme

A anemia falciforme tem causas hereditárias. Pessoas com esse tipo de anemia têm os glóbulos vermelhos em forma de foice. Essa alteração na forma da hemácia prejudica o transporte do oxigênio, gerando complicações.

Sintomas de anemia falciforme

Dentre os sinais e sintomas da anemia falciforme, estão crises de dor, dor nas articulações, palidez, cansaço, icterícia (pele e olhos amarelados), atraso no crescimento e feridas nas pernas.

Anemia microcítica

A anemia microcítica caracteriza-se pela diminuição da quantidade de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos. Pode ocorrer em casos de inflamações crônicas, outros tipos de anemia (ferropriva, sideroblástica), carência de ferro, talassemia, intoxicação por alumínio, falta de zinco.

Sintomas de anemia microcítica

Pessoas com esse tipo de anemia podem apresentar cansaço, palidez, diarreia, aumento dos batimentos cardíacos, fraqueza, dor de cabeça e tontura.

Anemia sideroblástica

Esse tipo de anemia ocorre devido a um acúmulo de ferro em certas células da medula óssea, que é responsável pela produção das células do sangue. Como resultado, a produção de hemoglobina fica prejudicada e já não é suficiente.

Saiba mais em: O que é anemia sideroblástica e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia sideroblástica

Os sinais e sintomas da anemia sideroblástica podem incluir fraqueza, aumento da frequência cardíaca, palidez, dificuldade para respirar.

Anemia de Fanconi

A anemia de Fanconi também tem causas hereditárias e caracteriza-se pela diminuição da quantidade de células sanguíneas (hemácias, glóbulos brancos e plaquetas). Crianças com esse tipo de anemia nascem com malformações na medula, no sistema urinário e apresentam atraso no desenvolvimento.

Sintomas de anemia de Fanconi

A anemia de Fanconi pode causar palidez, cansaço, aumento da frequência cardíaca, dores de cabeça, dores musculares, falta de ar, facilidade em desenvolver infecções, tendência a apresentar sangramentos e hematomas.

Anemia perniciosa

A anemia perniciosa ocorre devido à incapacidade de absorver a vitamina B12 proveniente da alimentação. Essa vitamina está presente em ovos, carne vermelha, aves e peixes. A falta de vitamina B12 provoca uma redução do número de glóbulos vermelhos do sangue.

Veja também: O que é anemia perniciosa e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia perniciosa

Os sinais e sintomas desse tipo de anemia incluem dificuldade de raciocínio, dificuldade de memória, formigamento nas mãos e nos pés, alterações no equilíbrio, fraqueza, aumento da frequência cardíaca, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dores musculares, predisposição para desenvolver infecções, sangramentos frequentes e palidez.

Anemia aplástica

Essa anemia afeta a medula óssea e o sangue, sendo também chamada de aplasia medular. A anemia aplástica pode ter origem em fatores hereditários ou ser causada pelo contato com materiais tóxicos, quimioterapia ou ainda determinadas doenças.

Sintomas de anemia aplástica

A anemia aplástica pode causar palidez, cansaço, aumento dos batimentos cardíacos, dor de cabeça, predisposição para desenvolver infecções, sangramentos recorrentes e hematomas.

Anemia aplásica

A anemia aplásica é um tipo grave e raro de anemia, de causas hereditárias, que se caracteriza pela diminuição da produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. Pessoas com anemia aplásica desenvolvem anticorpos que atacam as células jovens da medula óssea, causando destruição das mesmas.

Sintomas de anemia aplásica

Os sinais e sintomas desse tipo de anemia podem incluir facilidade em apresentar hematomas e sangramentos, cansaço, predisposição para ter infecções, perda de apetite, emagrecimento, palidez e aumento da frequência cardíaca.

Anemia megaloblástica

Na anemia megaloblástica, os glóbulos vermelhos têm um tamanho maior que o normal. Pode ser causada por falta de vitamina B12, folato ou cobre e uso de certos medicamentos.

A anemia megaloblástica pode causar cansaço, palidez, diarreia, taquicardia e fraqueza.

O tratamento das anemias depende do tipo de anemia e pode ser feito através da alimentação, uso de medicamentos e transfusão de sangue, nos casos mais graves.

Quais os efeitos colaterais do topiramato?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos colaterais mais frequentes do topiramato são:

  • Sonolência, tontura, fadiga (cansaço);
  • Irritabilidade, lentificação do pensamento;
  • Parestesia (formigamento), diplopia (visão dupla), diminuição da coordenação motora;
  • Náusea, nistagmo (movimentos oculares oscilatórios);
  • Letargia (perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento);
  • Dificuldade para falar, visão turva;
  • Diminuição do apetite, perda de peso, comprometimento de memória e diarreia.

Alguns desses efeitos colaterais são dependentes da dose utilizada, ou seja, podem estar presentes apenas com doses elevadas.

O topiramato aumenta o risco de cálculos renais, por isso, orienta o aumento da ingestão de água durante o tratamento.

Outro cuidado deve ser feito com relação à direção e controle de máquinas, pois a medicação pode lentificar a coordenação motora, causar tontura, formigamento e visão embaçada.

O aparecimento de efeitos colaterais ou reações indesejáveis pelo uso do topiramato deve ser informado ao/à médico/a que receitou o medicamento para avaliar o ajuste na dosagem ou a modificação da medicação.

Estou com coceira na vagina há uns 3 dias. O que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A coceira na vagina pode ter várias causas. Dentre elas estão: infecção vaginal, vaginose, queda da imunidade, verruga genital, eczema, psoríase, IST (infecções sexualmente transmissíveis), líquen escleroso, alterações hormonais e alergia.

A candidíase, em geral, é uma infecção vaginal causada por fungos e provoca coceira, além de irritação e corrimento vaginal.

Alguns produtos podem provocar reação alérgica na vagina, como por exemplo: sabonete, absorvente, duchas vaginais, perfume, desodorante, shampoo, condicionador, lenço umedecido, calcinha de nylon, látex, detergentes e amaciantes de roupa.

Além da dermatite alérgica, outras doenças dermatológicas devem ser levadas em consideração no momento da avaliação da coceira vaginal, tais como a psoríase e o eczema. Nesses casos, além de coceira na vagina, a mulher poderá notar a presença de erupções e rachaduras na pele.

Vaginose

A vaginose está entre as principais causas de coceira na vagina e corrimento vaginal. Ocorre quando há um desequilíbrio no pH ou na flora vaginal, constituída por bactérias que habitam naturalmente a vagina.

A vaginose bacteriana é semelhante a uma infecção vaginal (vaginite) causada por fungos, como a candidíase. Porém, o seu corrimento é mais líquido, cinzento e geralmente apresenta cheiro forte. Outros sinais e sintomas da vaginose incluem ainda dor nas relações sexuais e ardência ao urinar.

Saiba mais em: Qual o tratamento para vaginose?

Infecção vaginal

As infecções vaginais (vaginites) são causadas sobretudo por fungos, como o Candida albicans, causador da candidíase.

As vaginites geralmente são causadas por um desequilíbrio no pH da vagina, o que pode estar associado a uso de antibióticos, relação sexual, estresse, diabetes e alimentação.

Leia também: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?

Além de coceira na vagina, a infecção vaginal provoca o aparecimento de um corrimento branco e grumoso, semelhante a requeijão, geralmente sem cheiro.

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem causar coceira na vagina, sensação de formigamento, dor, queimação, presença de corrimento com cheiro e feridas. Dentre as IST mais comuns estão a clamídia, o herpes genital, a tricomoníase e a gonorreia.

Saiba mais em: Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Líquen escleroso

O líquen escleroso é uma doença que caracteriza-se pela coceira na vagina e pela presença de diversos pequenos pontos brancos na pele. A causa do líquen escleroso pode estar relacionada com alterações hormonais e distúrbios no sistema imunológico.

Alterações hormonais

As alterações hormonais da gravidez, pré-menopausa ou decorrentes do uso de anticoncepcional, podem provocar coceira na vagina. Outro sintoma que pode estar presente é a secura vaginal.

A mulher com coceira na vagina deve procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Estou sentindo dormência nos membros. O que pode ser e qual médico procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dormência nos membros superiores ou inferiores pode ter diversas causas, desde alterações posturais e contraturas musculares a doenças como infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral - "derrame"), doenças do sistema nervoso periférico ou diabetes.

A dormência nos membros pode ocorrer por comprometimento de um nervo, seja por compressão ou diminuição da irrigação, como também por problemas circulatórios.

Se for uma alteração na postura, a dormência é passageira. Porém, se ela persistir, pode indicar alguma doença.

Uma dormência no braço pode ser o resultado de uma compressão das raízes nervosas localizadas na coluna. Essa compressão pode ser causada por má posição na hora de dormir, tensão muscular, hérnia de disco, entre outras.

No entanto, uma dormência no braço, principalmente o esquerdo, acompanhada de dor ou aperto no peito, aperto na garganta, náuseas e suor, pode indicar um problema cardíaco, como um infarto. Nestes casos, a pessoa também deve procurar socorre médico urgente.

Usar calças ou cintos apertados pode comprimir um nervo localizado perto da cintura e causar dormência na coxa. Esta condição também é comum nas grávidas.

No caso da dormência no membro vir acompanhada de formigamento ou dormência num lado do corpo, diminuição de força no membro e dificuldade de fala, são sinais de comprometimento cerebral, sugerem AVC e a pessoa deve ir imediatamente a uma emergência.

A ingestão excessiva de bebidas alcoólicas também pode provocar formigamento ou dormência nos membros devido à falta de vitaminas.

Uma vez que as causas de uma dormência nos membros são bastante variadas e podem inclusive ser indícios de doenças graves, o mais indicado é consultar um médico/a, clínico geral, médico/a da família ou neurologista para iniciar essa investigação.

Saiba mais em:

Sinto dormência nos pés, o que pode ser?

Dormência nas mãos, quais são as causas?

Referência

Academia Brasileira de Neurologia

Coceira na palma das mãos ou na sola dos pés, pode ser alguma doença?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A coceira na palma das mãos ou na sola dos pés é um sintoma frequente, sendo que, em muitos casos, é decorrente do ressecamento da pele. Quando é originada pela secura da pele, melhora com hidratação, ou espontaneamente, com o decorrer do tempo.

No entanto, quando a coceira torna-se muito frequente e intensa ou vem acompanhada de lesões na pele, ou outros sintomas, pode sim indicar alguma doença.

O que pode ser coceira nas mãos e/ou nos pés?

Além da pele seca, outras causas frequentes de prurido na palma das mãos e plantas dos pés são:

Disidrose

É uma doença crônica da pele, que apresenta momentos de piora ou melhora. Ocasiona a presença de pequenas vesículas (pequenas bolhas) localizadas na palma das mãos e/ou planta dos pés, principalmente na região lateral dos dedos.

Essas lesões podem evoluir para bolhas maiores e descamações. Provoca também coceira na região.

Disidrose Palmar Eczema

O eczema é uma condição caracterizada por pele muito seca e pruriginosa, pode ocasionar a presença de bolinhas de água ou formação de crostas. Diferentes doenças podem se manifestar através de eczema.

A dermatite atópica é uma das principais doenças relacionadas ao aparecimento do quadro eczematoso. É também uma doença de pele associada a condições alérgicas, como asma e rinite, pode acometer qualquer região do corpo, inclusive mãos e pés.

Dermatite em braço Reações alérgicas

O contato com substâncias ou agentes irritantes pode desencadear uma reação alérgica, que pode se manifestar através da dermatite de contato, um tipo de eczema que ocorre no local que entrou em contato com a substância irritativa.

Reações alérgicas também podem se manifestar através da presença de urticárias, bolhas, vermelhidão na pele e outras reações cutâneas, presentes também em mãos e pés.

Psoríase

A psoríase é uma doença de pele crônica, de provável etiologia autoimune, que leva a formação de placas hiperemiadas e descamativas na pele, principalmente em áreas como cotovelo e joelhos.

Pode também acometer mão e pés, sendo que existe uma forma de psoríase que acomete especificamente a palma das mãos e dos pés, a psoríase palmoplantar.

Psoríase em dorso Escabiose

A escabiose ou sarna é uma doença de pele, contagiosa, causado por um parasita o Sarcoptes scabie, que deposita os ovos sobre a pele causando intensa coceira e erupções cutâneas ou crostas.

Pode atingir as palmas das mãos e as plantas dos pés, principalmente em bebês e crianças, mas pode acometer outras regiões do corpo como as axilas, seios, nádegas, genitais e abdômen.

Causas frequentes de coceira nos pés Infecções fúngicas

Algumas infecções fúngicas podem também atingir as mãos e os pés. A tínea pedis é uma infecção típica do pé, popularmente é conhecida por pé de atleta. Causa intensa coceira principalmente entre os dedos, também pode provocar vermelhidão e descamação nos pés.

Tinha do pé (Pé de atleta) Diabetes

O diabetes pode causar uma condição chamada de neuropatia diabética, ocasionando sintomas de formigamento, coceira e dormência, principalmente nos pés, mas também pode atingir as mãos.

A má circulação também provocada pelo diabetes pode piorar ainda mais esses sintomas.

Na presença de coceira em mãos ou pés intenso e frequentes consulte um médico de família, clínico geral ou dermatologista para uma avaliação.

Leia também:

Coceira no corpo, o que pode ser e o que fazer?

Coceira na pele pode ser dermatite atópica? Saiba os sintomas

Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?

Referências:

Imagem: Eugene Alvin Villar (seav), CC BY-SA 4.0. Disponível em Wikimedias Commons.

Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga pode ser causada por várias doenças e condições. Também chamada de dor pélvica ou dor no baixo ventre, é uma dor abdominal inferior, localizada abaixo do umbigo, que pode indicar um problema no trato urinário, nos órgãos reprodutivos ou no aparelho digestivo. O pé da barriga, baixo ventre ou pelve, é a região entre o abdômen e as coxas. Inclui a parte inferior do abdômen, a virilha e os órgãos genitais. Homens e mulheres podem sentir dor nessa parte do corpo.

Algumas causas de dores no pé da barriga, incluindo cólicas menstruais em mulheres, são normais e não são motivo de preocupação. Outras podem ser sérias e graves, necessitando de tratamento urgente e específico.

O que pode causar dor no pé da barriga? 1. Infecção do trato urinário

A infecção urinária pode ocorrer em qualquer parte do trato urinário. Isso inclui uretra, bexiga, ureteres e rins. As infecções urinárias afetam sobretudo as mulheres, mas também podem ocorrer em homens. A bexiga costuma ser o órgão mais acometido, o que chamamos de cistite.

Os sinais e sintomas de infecção urinária incluem dor no pé da barriga, sensação de pressão ou peso no baixo ventre, urina turva, escura ou com mau cheiro, vontade frequente de urinar, presença de sangue na urina e dor ou ardência ao urinar.

A maioria das infecções urinárias afeta a bexiga. Além das infecções bacterianas, a cistite também pode ser causada por reação a medicamentos ou a produtos químicos, radioterapia e uso prolongado de cateter.

2. Infecção sexualmente transmissível

Uma infecção sexualmente transmissível é uma infecção transmitida por contato sexual. Dentre as mais comuns estão a clamídia e a gonorreia. Essas infecções são causadas por bactérias e geralmente aparecem juntas.

Em muitos casos, a gonorreia e a clamídia não causam sintomas, porém quando causam dor, nas mulheres a queixa é localizada no pé da barriga, especialmente ao urinar ou evacuar. Nos homens, a dor pode se localizar nos testículos.

Além da dor pélvica e da dor abdominal, os sintomas de uma infecção sexualmente transmissível podem incluir:

  • Secreção pela uretra
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Sangramentos entre os ciclos menstruais
  • Corrimento
  • Dor ou sangramento no reto
  • Pus na urina
  • Aumento da frequência urinária
  • Dor durante as relações sexuais
  • Sensibilidade e inchaço nos testículos (homens)
3. Hérnia

O tipo mais comum de hérnia é a hérnia inguinal, que ocorre quando o intestino empurra o músculo abdominal e uma parte do órgão extravasa através de uma área enfraquecida do músculo.

As hérnias inguinais frequentemente afetam os homens. A hérnia pode ser sentida através de um caroço doloroso na porção inferior do abdômen ou na virilha. O caroço desaparece quando o indivíduo se deita e pode ser empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal.

Os sinais e sintomas da hérnia inguinal incluem dor no pé da barriga, que piora ao rir, tossir ou inclinar-se para frente. Outros sintomas são fraqueza na virilha, presença de protuberância que cresce lentamente na parede do abdômen (ou virilha) e sensação de plenitude (“barriga cheia”).

4. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é um distúrbio gastrointestinal que afeta o funcionamento do intestino grosso. A causa exata não está clara, mas parece estar relacionada a distúrbios psicológicos, associado a problemas nos músculos intestinais e presença de bactérias intestinais.

A síndrome do intestino irritável causa problemas digestivos, incluindo dores no pé da barriga, dor abdominal, cólicas, alteração no trânsito intestinal (diarreia / prisão de ventre), inchaço abdominal, gases e presença de muco branco nas fezes.

5. Apendicite

Apendicite é uma inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno saco em forma de dedo anexado à primeira parte do intestino grosso. Está localizado no lado inferior direito do abdômen, ou seja, no pé da barriga do lado direito.

A apendicite pode causar dor abdominal intensa, que geralmente começa no umbigo e depois irradia para a porção inferior direita do abdômen. A dor tende a piorar, especialmente ao tossir ou espirrar.

Os sintomas da apendicite incluem forte dor no pé da barriga do lado direito, perda de apetite, prisão de ventre, diarreia, náusea, vômito, inchaço abdominal, febre baixa e incapacidade de eliminar gases.

A apendicite é uma urgência cirúrgica! Na sua suspeita, procure imediatamente um atendimento médico.

6. Cálculo renal (pedra no rim)

Os cálculos renais são pedras formadas por depósitos minerais que se desenvolvem no trato urinário. As pedras podem se formar nos rins ou na bexiga. Também é possível que pequenas pedras nos rins entrem na bexiga.

Os cálculos renais e da bexiga nem sempre causam sintomas. Podem causar>

  • Dor abaixo do umbigo (dor pélvica, dor no baixo ventre ou no pé da barriga)
  • Dor nas laterais do tronco e nas costas (abaixo das costelas)
  • Dor ao urinar
  • Micção frequente
  • Sangue ou escurecimento da urina
7. Aprisionamento do nervo pudendo

O nervo pudendo é o principal nervo pélvico. O aprisionamento do nervo pudendo ou neuralgia do pudendo ocorre quando o nervo pudendo está irritado ou danificado. O sintoma inicial é a dor pélvica constante, que pode piorar ao se sentar.

A dor no pé da barriga pode ser sentida em queimação, aperto, formigamento ou tipo "facadas". Outros sintomas incluem dormência, aumento da sensibilidade à dor na pelve, micção frequente, desejo repentino de urinar, dor durante as relações e disfunção erétil.

8. Aderência abdominal

As aderências abdominais são bandas fibrosas de tecido cicatricial que se formam no abdômen. As bandas podem se desenvolver entre as superfícies dos órgãos ou entre os órgãos e a parede abdominal. Essas aderências podem torcer, puxar ou pressionar os órgãos próximos, localizados na pelve.

Geralmente, a aderência abdominal ocorre em pessoas que fizeram cirurgia no abdômen. A maioria das aderências não causam sintomas. Contudo, quando presentes, causam dor abdominal que se espalha para o baixo ventre.

As aderências abdominais podem levar à obstrução intestinal. Nesses casos, além de causar dor no pé da barriga, pode haver inchaço abdominal, prisão de ventre, náusea, vômito, retenção de gases e interrupção dos movimentos intestinais.

O que pode causar dor no pé da barriga em homem?

A dor no pé da barriga em homem pode ser causada por problemas urinários, reprodutivos ou intestinais. Contudo, existem muitas causas possíveis para a dor no baixo ventre em homem. É importante observar outros sintomas, que podem ajudar a determinar a causa da dor.

Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata. A próstata é uma glândula que produz o líquido que compõe o sêmen. A prostatite pode ser causada por infecção bacteriana ou por danos nos nervos do trato urinário inferior. Às vezes, a inflamação não tem uma causa aparente.

Além de dor no pé da barriga, os sinais e sintomas da prostatite incluem:

  • Dor genital (pênis e testículos);
  • Dor abdominal ou na região lombar;
  • Dor entre o saco escrotal e o reto;
  • Sangue na urina;
  • Urina turva;
  • Micção frequente;
  • Dor ao urinar;
  • Ejaculação dolorosa;
  • Sintomas gripais (prostatite bacteriana).
Estenose uretral

Nos homens, a uretra é um tubo fino que leva a urina da bexiga para o exterior do corpo, além de transportar o sêmen. A uretra pode desenvolver cicatrizes devido a inflamação, infecção ou lesão. As cicatrizes estreitam o tubo, o que reduz o fluxo de urina. Isso é chamado de estenose uretral.

A dor no pé da barriga é um sintoma comum da estenose uretral. Pode também haver dor ao urinar, urina com sangue ou escura, fluxo lento de urina, perda de urina, pênis inchado e sangue no sêmen.

Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um aumento benigno da próstata, ou seja, não é um câncer. Uma próstata aumentada pode pressionar a uretra e a bexiga. Isso reduz o fluxo de urina e causa dor no pé da barriga e na pelve.

Outros sintomas da HPB incluem dor ao urinar, micção frequente (especialmente durante a noite), vontade constante de urinar, com sensação de esvaziamento incompleto, fluxo de urina fraco, urina com mau cheiro e dor após a ejaculação.

Síndrome da dor pélvica crônica

A síndrome da dor pélvica crônica é uma causa comum de dores no pé da barriga em homens. É frequentemente chamada de prostatite não bacteriana crônica, porque torna a próstata sensível, mas não é causada por bactérias.

A síndrome da dor pélvica crônica geralmente causa dor intermitente. Outros sintomas incluem dor na região lombar, dor nos órgãos genitais, micção frequente, dor ao urinar ou evacuar, piora da dor durante relações sexuais e disfunção erétil.

Síndrome da dor pós-vasectomia

A vasectomia é um método anticoncepcional definitivo masculino. Trata-se de um procedimento cirúrgico no qual o ducto deferente (tubos que transportam os espermatozoides) são cortados ou bloqueados. Até 2% dos homens que fazem vasectomia desenvolvem dor crônica. Isso é chamado de síndrome da dor pós-vasectomia.

A síndrome causa dor genital que se espalha para a pelve e para o abdômen. Outros sintomas incluem: dor durante a relação, na ereção e ejaculação, além de disfunção erétil.

O que pode causar dor no pé da barriga em mulheres?

Existem muitas causas de dor no pé da barriga em mulheres. A dor pélvica pode ser aguda ou crônica. Uma dor aguda refere-se a uma dor súbita ou nova. A dor crônica refere-se a uma condição duradoura, que pode permanecer constante ou ir e vir, há mais de 3 meses.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos. Geralmente é causada por uma infecção sexualmente transmissível não tratada, como clamídia ou gonorreia. As mulheres geralmente não apresentam sintomas quando são infectadas pela primeira vez.

Se não tratada, a DIP pode causar complicações sérias, incluindo dor crônica e intensa na pelve (pé da barriga) ou no abdômen. Outros sintomas podem incluir sangramento durante a relação sexual, febre, corrimento vaginal intenso com odor desagradável, dificuldade ou dor para urinar.

A doença inflamatória pélvica requer atenção médica imediata para evitar complicações adicionais, como gravidez ectópica, cicatrizes nos órgãos reprodutivos, abscessos e infertilidade.

Endometriose

A endometriose pode ocorrer em qualquer mulher em idade reprodutiva. É causada pelo crescimento de tecido uterino fora do útero. Porém, esse tecido continua a agir da maneira que faria se estivesse dentro do útero, incluindo espessamento e descamação com sangramento durante a menstruação.

A endometriose geralmente causa graus variados de dor pélvica, que variam de leve a debilitante. Essa dor no baixo ventre costuma ser mais forte durante a menstruação. Também pode ocorrer durante a relação sexual e com os movimentos intestinais ou da bexiga. A dor geralmente é localizada no pé da barriga, mas pode se estender para o abdômen.

Além da dor pélvica, a endometriose também pode causar fluxos menstruais mais intensos, náusea e inchaço. A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade.

Ovulação

Algumas mulheres experimentam dores no pé da barriga agudas e temporárias durante a ovulação, quando um óvulo é liberado de um ovário. Essas dores geralmente duram apenas algumas horas.

Menstruação

A dor pélvica pode ocorrer antes e durante a menstruação e é geralmente descrita como cãibras na pelve ou no pé da barriga. A intensidade da dor pode variar de mês para mês.

Além de dor no baixo ventre, a menstruação pode provocar inchaço, irritabilidade, insônia, ansiedade, aumento da sensibilidade das mamas, mudanças de humor, dor de cabeça e dor nas articulações. Esses sintomas geralmente desaparecem quando vem a menstruação.

A dor no pé da barriga durante a menstruação é chamada dismenorreia. Essa dor pode parecer com cãibras no abdômen ou se manifestar como uma dor persistente nas coxas e na região lombar. Pode ser acompanhada por náusea, dor de cabeça, tontura e vômito.

Torção ovariana

Se o ovário torcer repentinamente sobre o seu eixo, pode haver uma dor imediata, aguda e insuportável no pé da barriga. Às vezes, a dor pélvica é acompanhada de náusea e vômito. Essa dor também pode começar dias antes como cólicas intermitentes.

A torção ovariana é uma emergência médica que geralmente requer cirurgia imediata.

Cisto no ovário

Cistos no ovário geralmente não causam sintomas. Contudo, se forem grandes, a mulher pode sentir uma forte dor no quadrante inferior esquerdo ou direito do abdômen e dor abdominal difusa. Também pode haver inchaço e sensação de peso no baixo ventre. Se o cisto se romper, pode haver uma dor repentina e aguda no pé da barriga.

Mioma uterino

Miomas uterinos são tumores benignos do útero. Os sintomas variam de acordo com o tamanho e a localização, ou nem causam sintomas.

Porém, miomas grandes podem causar sensação de pressão ou dor abaixo do umbigo, sangramento durante a relação sexual, períodos menstruais intensos, problemas com a micção, dor na perna, prisão de ventre e dor nas costas. Miomas também podem dificultar uma gravidez.

Câncer ginecológico

O câncer ginecológico pode surgir no útero, no endométrio (camada interna do útero), no colo do útero ou nos ovários. Os sinais e sintomas variam, mas geralmente incluem dor abaixo da barriga ou dor abdominal difusa, dor durante a relação sexual e corrimento vaginal.

Síndrome de congestão pélvica

A síndrome de congestão pélvica caracteriza-se pelo desenvolvimento de varizes nos ovários. Ocorre quando as válvulas que normalmente mantêm o sangue fluindo na direção correta pelas veias não funcionam mais. Isso faz com que o sangue retorne nas veias, que incham.

A dor no pé da barriga é o principal sintoma da síndrome de congestão pélvica. A dor muitas vezes piora durante o dia, especialmente se a mulher estiver sentada ou em pé por muito tempo. Também pode haver dor durante a relação sexual e na época da menstruação.

Outros sintomas incluem diarreia, prisão de ventre, varizes nas coxas e dificuldade em controlar a micção.

Prolapso de órgão pélvico

Os órgãos pélvicos femininos permanecem no lugar devido a uma rede de músculos e outros tecidos que os sustentam. Devido ao parto e à idade, esses músculos podem enfraquecer e permitir que a bexiga e o útero caiam.

O prolapso de órgão pélvico pode afetar mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em mulheres mais velhas. Esta condição pode causar uma sensação de pressão ou peso no baixo ventre. A mulher também pode sentir um caroço saindo da vagina.

Gravidez

Dor no pé da barriga pode ser gravidez. A dor pélvica é comum durante a gestação. À medida que o corpo da mulher se ajusta e cresce, seus ossos e ligamentos se esticam. Isso pode causar dor ou desconforto.

Porém, uma dor pélvica na gravidez acompanhada de outros sintomas, como sangramento vaginal, ou se não desaparecer ou durar um longo período de tempo, deve ser avaliada pelo médico obstetra.

Algumas possíveis causas de dor no pé da barriga durante a gravidez incluem:

Contrações de Braxton-Hicks

Essas contrações ocorrem com mais frequência no 3º trimestre de gravidez, causando dores no pé da barriga. Elas podem ser provocados por esforço físico, movimentos do bebê ou desidratação.

As contrações de Braxton-Hicks não são uma emergência médica, mas a gestante deve informar o médico na próxima consulta pré-natal.

Aborto espontâneo

Um aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20ª semana de gestação. A maioria dos abortos ocorre durante o 1º trimestre, antes da 13ª semana de gravidez. Eles são frequentemente acompanhados por: Sangramento vaginal, cólicas abdominais, dores no pé da barriga, dor abdominal ou na região lombar e fluxo de fluidos ou tecidos pela vagina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto que ocorre antes da 37ª semana de gravidez é considerado trabalho de parto prematuro. Os sintomas incluem:

  • Dor abaixo do umbigo, que pode parecer contrações agudas e cronometradas;
  • Dor na região lombar;
  • Fadiga;
  • Corrimento vaginal mais intenso que o normal;
  • Cãibras no estômago com ou sem diarreia;
  • Saída do tampão mucoso;
  • Febre (se o parto estiver sendo causado por uma infecção).
Descolamento da placenta

A placenta se forma e se liga à parede uterina no início da gravidez. Ela foi projetada para fornecer oxigênio e nutrir o bebê até o momento do parto. Em situações raras, a placenta se descola parcialmente ou totalmente da parede do útero.

O descolamento da placenta pode causar sangramento vaginal, acompanhado por súbitas sensações de dor ou sensibilidade no abdômen ou nas costas. É mais comum no 3º trimestre, mas pode ocorrer a qualquer momento após a 20ª semana de gravidez.

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre se um óvulo fecundado se implantar em uma das trompa ou em outra parte do aparelho reprodutivo que não seja o útero. Esse tipo de gravidez nunca é viável e pode resultar em ruptura da trompa de Falópio e sangramento interno, com risco de morte para a mãe.

Os principais sintomas são a dor aguda e intensa no pé da barriga e o sangramento vaginal. A dor pode ocorrer no abdômen ou na pelve, pode irradiar para o ombro ou pescoço se houver sangramento interno e o sangue se acumular sob o diafragma.

Em caso de dor no pé da barriga intensa ou que não passa, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas, procure um atendimento de emergência para avaliação.

Saiba mais em:

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Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer

As 5 principais causas de dor abaixo do umbigo e o que fazer

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O que pode causar dor no pé da barriga e corrimento?

Referências

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Tenho veias muito altas nos pés, pernas, mãos e braços, porquê? Tem solução?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Ter veias altas nos pés, pernas, mãos e braços é uma característica física individual e normal, possivelmente causada por elas estarem mais próximas da pele (superficiais) ou ainda, devido à pouca gordura do tecido subcutâneo em pessoas mais magras ou musculosas. Porém, veias dilatadas nas pernas podem ser varizes que tendem a piorar ao ficar muito tempo em pé e na gravidez. Os sintomas das varizes podem ser: sensação de desconforto e peso nas pernas e pés, tornozelos inchados, formigamentos, dores nas pernas.

O uso de meias elásticas, fazer caminhadas para melhorar a circulação, evitar ficar em pé parado por muito tempo e deitar ou sentar elevando as pernas acima do nível do coração, sempre que possível, pode reduzir os desconfortos causados pela varizes.

O cirurgião vascular é o especialista a ser consultado para o diagnóstico e tratamento dos problemas relacionados com as veias e artérias.

Dor no osso do meio do tórax: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor no osso do meio do tórax pode ter como causa a costocondrite. Trata-se de uma inflamação da cartilagem que une as costelas ao osso esterno, que é o osso localizado no meio do peito. O principal sintoma da costocondrite é a dor no esterno. O paciente geralmente diz que está com “dor no peito”, “dor no osso do peito”, “dor no meio do peito”, “dor no centro do tórax” ou ainda “dor entre os seios”, no caso das mulheres.

A pessoa com costocondrite sente dor durante a palpação da área em que a cartilagem se liga ao osso esterno, no meio do tórax. A dor é aguda e se torna mais intensa quando a pessoa respira fundo ou tosse. A respiração ofegante e o repouso geralmente aliviam a dor no peito.

A dor torácica da costocondrite pode irradiar do meio do peito para as costas ou para o abdômen, podendo ser confundida com a dor de um infarto.

A costocondrite pode ser causada por lesões no tórax, atividade física intensa, trabalho que exige esforço físico, certos tipos de artrite, infecção respiratória, esforço devido a tosse intensa, infecção depois de uma operação ou causada pela administração de medicamentos intravenosos.

Gases podem causar dor no osso do meio do tórax?

Na realidade, gases podem causar dor no peito e não propriamente no osso do meio do tórax (esterno). Isso não significa que a pessoa tenha “gases no peito”. A dor torácica nesses casos é uma dor reflexa, ou seja, tem origem no intestino, mas é sentida no tórax.

Quando a dor no peito é causada por gases, localiza-se abaixo das costelas ou no meio do peito e geralmente piora com os movimentos. Também é comum haver dor abdominal (cólicas), inchaço abdominal e flatulência.

Como aliviar a dor no osso do meio do tórax?

No caso da costocondrite, a dor no esterno normalmente desaparece espontaneamente depois de poucos dias ou algumas semanas. Contudo, algumas pessoas podem continuar sentindo dor no osso do meio do tórax durante meses.

O tratamento da costocondrite tem com principal objetivo aliviar a dor no peito. Para isso, recomenda-se:

  • Aplicar compressas frias e quentes no tórax;
  • Evitar movimentos e atividades que agravam a dor torácica;
  • Tomar analgésicos (ibuprofeno, paracetamol, entre outros).

Se as dores no meio do peito forem intensas, podem ser necessários analgésicos mais fortes. A fisioterapia também pode ser útil no alívio da dor e no controle da inflamação.

O que mais pode causar dor no osso do meio do tórax?

É importante diferenciar a dor no osso esterno da dor no peito. Se a pessoa tiver costocondrite, ela sentirá dor à palpação da região em que as cartilagens costais se ligam ao esterno, ou seja, no centro do tórax. Os pacientes normalmente dizem que estão com “dor no osso do peito” ou “dor no osso do meio do tórax”.

Já a dor no peito pode ter várias causas. Nesses casos, a dor não localiza-se propriamente no osso esterno, mas é sentida de forma difusa no peito e porção superior do abdômen.

Qualquer órgão ou tecido no peito pode ser a fonte da dor torácica, incluindo coração, pulmões, esôfago, músculos, costelas, tendões ou nervos. A dor também pode se espalhar para o peito a partir do pescoço, do abdômen e das costas.

Quais as possíveis causas de dor no peito? Problemas cardiovasculares
  • Angina ou infarto: o sintoma mais comum é a dor no peito que pode ser sentida de forma opressiva ou constritiva ou ainda como uma sensação de pressão no peito. A dor pode irradiar para braço, ombro, mandíbula ou costas;
  • Ruptura da parede da aorta (grande vaso sanguíneo que transporta o sangue do coração para o resto do corpo): causa dor súbita e intensa no peito e na parte superior das costas;
  • Pericardite (inflamação do pericárdio, membrana fina que envolve o coração): causa dor no meio do peito.
Problemas respiratórios
  • Coágulo de sangue no pulmão (embolia pulmonar);
  • Colapso do pulmão (pneumotórax);
  • Pneumonia: causa dor no peito aguda que geralmente piora quando a pessoa tosse ou respira fundo;
  • Inflamação da pleura (pleurite), membrana que recobre os pulmões: pode causar dor no peito, geralmente aguda e que piora ao tossir ou respirar fundo.
Problemas digestivos
  • Espasmos ou estreitamento do esôfago;
  • Cálculos biliares: causam dor que piora após uma refeição, geralmente gordurosa;
  • Acidez gástrica ou refluxo gastroesofágico;
  • Úlcera gástrica ou gastrite.
Outras causas de dor no peito
  • Ataque de pânico: um ataque de ansiedade pode causar dor no peito, que geralmente vem acompanhada de aumento da frequência respiratória;
  • Herpes zoster (“cobreiro”): causam dor aguda com formigamento em apenas um lado do peito, numa faixa que vai do tórax às costas, acompanhada de erupções cutâneas na região;
  • Inchaço dos músculos e tendões localizados entre as costelas.

Procure atendimento médico com urgência se:

  • De repente, sentir uma dor opressiva e esmagadora, com compressão ou pressão no peito;
  • A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas, entre as escápulas (omoplatas);
  • Tiver dor no peito acompanhada de náusea, tontura, transpiração, aumento da frequência cardíaca ou dificuldade respiratória;
  • Sabe que tem angina e o desconforto no peito é causado por uma atividade leve e repentinamente se torna mais intenso ou dura mais que o normal;
  • Os sintomas de angina ocorrerem em repouso;
  • Sentir uma súbita e aguda dor no peito e dificuldade para respirar, especialmente após uma longa viagem, um período prolongado de imobilização ou uma permanência longa na cama, como após uma cirurgia. Se uma perna estiver inchada ou mais inchada que a outra, pode ser um pedaço de um coágulo sanguíneo que se desprendeu da perna e chegou aos pulmões;
  • Tiver dor no peito e já teve ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
  • Tiver febre ou tosse com catarro verde amarelado;
  • Tiver fortes dores no peito que não desaparecem;
  • Estiver tendo dificuldade para engolir;
  • A dor no peito durar mais de 3 a 5 dias.

Em caso de dor no osso do meio do tórax ou dor no peito, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.