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Dor no nervo ciático: Quais são as causas e como identificar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Uma das principais causas de dor no nervo ciático é a hérnia de disco, que comprime a raiz do nervo na coluna vertebral, gerando dor. A dor ciática também pode ser causada por inflamação do nervo, hérnia de disco, mudanças posturais da gravidez, anormalidades anatômicas do nervo ciático, contraturas musculares, esforço e movimentos bruscos da coluna, entre outras causas.

A dor ciática caracteriza-se como uma dor persistente, semelhante a pequenos choques elétricos, sentida ao longo do trajeto do nervo ciático (coluna lombar, região posterior da coxa, pernas e pés). Pode vir acompanhada de formigamento, dormência ou fraqueza muscular no membro afetado e piora com o movimento. Nos casos mais graves, pode haver dificuldade para caminhar.

O início da dor no nervo ciático pode ser lento ou súbito, tipo agulhadas, com tendência para piorar ao se sentar ou estender o membro inferior. Pode afetar ambas as pernas, embora seja mais comum acometer apenas um lado.

O nervo ciático é o mais longo do corpo: começa na coluna lombar, passa pelas nádegas e região posterior da coxa, estendendo-se até a perna. A dor pode atingir qualquer ponto do trajeto do nervo.

Em geral, a dor ciática costuma desaparecer após uma ou duas semanas, mas pode voltar se a causa persistir e não for tratada.

Veja também: Dor ciática tem cura? Qual o tratamento?

Vale lembrar que a dor no nervo ciático não é uma doença em si, mas sim um sintoma de que algo não está bem. Se a dor persistir, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou neurologista para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.

Dor na coluna ao urinar e defecar, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A dor na coluna ao urinar ou defecar pode ser causada pela presença de uma hérnia de disco na coluna lombar e ocorrer devido a posição mantida ou esforço exigido da coluna nessas situações. Esse sintoma pode ser provocado porque a coluna é formada por ossos (vértebras) e pela medula espinhal (conjunto de nervos que passa por um canal no interior das vértebras), para separar as vértebras e amortecer o atrito entre elas, existem os discos intervertebrais que, devido a algumas doenças ou ao envelhecimento, desgastam-se e saem do lugar, causando as hérnias de disco.

Os sinais e sintomas das hérnias de disco localizadas no final da coluna (hérnia lombo-sacra), podem ser:

  • dor que começa na região lombar, passa pelas nádegas e desce para as coxas, pernas e pés, chamada de dor ciática,
  • dor, formigamento, dormência e fraqueza nas nádegas, nas costas, nas pernas ou nos pés, ou em todos esses locais ao mesmo tempo,
  • dor aos esforços ou movimentos,
  • dormência em redor do ânus e genitais,
  • dificuldade em controlar o intestino e bexiga.

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Para diagnosticar essa ou outras causas de dores na coluna deve-se consultar um clínico geral ou um ortopedista.

Omeprazol: para que serve e quais os efeitos colaterais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O omeprazol é uma medicação que serve principalmente para tratar ou prevenir úlceras no estômago e intestino, doença do refluxo gastroesofágico, azia e síndromes causadas pelo aumento de ácido no estômago. Ele pode ter outras funções que seu médico poderá explicar em consulta.

A eficácia do omeprazol no tratamento das úlceras duodenais (porção inicial do intestino) é de quase 100%, sendo mais eficiente nesses casos do que quando comparado com o seu uso nas úlceras gástricas (estômago). Os resultados podem ser notados em até 4 semanas após o início do tratamento com o medicamento.

Sabe-se, através de estudos, que o omeprazol também é eficaz para tratar úlceras de estômago e intestino que são resistentes a outros tipos de medicação.

Já o tratamento do refluxo é mais prolongado, embora as taxas de cura nesses casos ultrapassaram os 80% depois da quarta semana de uso de omeprazol.

O omeprazol também serve para auxiliar no tratamento de erradicação a bactéria Helicobacter pylori, que pode causar gastrite, úlcera e até câncer de estômago.

O omeprazol pode servir ainda como protetor da mucosa do estômago contra os danos provocados por medicamentos anti-inflamatórios.

Quais os efeitos colaterais do omeprazol?Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais do omeprazol considerados comuns, ou seja, que ocorrem em até 10% dos casos, incluem dor de cabeça, diarreia, prisão de ventre, dores abdominais, náuseas, vômitos, gases intestinais, regurgitação, infecções respiratórias, tosse, tontura, aparecimento de manchas vermelhas na pele e dor nas costas.

Efeitos colaterais pouco comuns

Outros efeitos secundários do omeprazol foram observados em menos de 1% das pessoas que tomaram o medicamento. Dentre essas reações estão formigamentos, alterações no sono (insônia ou sonolência), vertigem, coceiras pelo corpo e mal-estar.

Efeitos colaterais raros

Já as reações adversas consideradas raras, que ocorrem em menos de 0,1% dos casos, incluem agitação, depressão, confusão mental, agressividade, alucinações, crescimento das mamas em homens, boca seca, diminuição das plaquetas, hepatite, insuficiência hepática, dores articulares e musculares, fraqueza muscular, sensibilidade à luz, febre, aumento da transpiração, inchaço em mãos e pés, visão turva, alterações no paladar, entre outras.

O omeprazol pode causar ainda encefalopatia hepática em pessoas com insuficiência hepática grave. Trata-se de uma perda das funções cerebrais devido à não eliminação das toxinas do sangue pelo fígado.

É importante ressaltar que o uso prolongado do omeprazol pode ter várias consequências à saúde. Por isso, apenas tome medicação com indicação e receita médica.

Caso você tenha alguma dessas reações descritas acima, pare de tomar o omeprazol e procure um/a médico/a.

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Hormônio da paratireoide (PTH) alto: quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se os níveis de paratormônio (PTH), um hormônio produzido pelas paratireoides, estiverem altos, a pessoa nem sempre manifesta sintomas, principalmente nos estágio iniciais desse aumento. Quando presentes, os sintomas são decorrentes do aumento da quantidade de cálcio no sangue e na urina e também da maior retirada de cálcio dos ossos, já o que PTH ajuda a controlar os níveis desse mineral no corpo.

Uma vez que o cálcio é fundamental para o bom funcionamento do sistema nervoso e muscular, os sintomas do hiperparatireoidismo também poderão estar muitas vezes relacionados com esses sistemas.

Pequenos aumentos na concentração de cálcio circulante no corpo normalmente não causam sintomas. Contudo, se os valores estiverem altos, poderá haver formação de pedra nos rins, osteopenia ou osteoporose, problemas renais, fraqueza muscular, formigamentos, prisão de ventre, dores abdominais, náuseas, vômitos, confusão mental, distúrbios psiquiátricos (depressão, psicose) e ainda dor nos ossos.

O hiperparatireoidismo pode ser causado por tumores benignos da paratireoide, aumento do seu tamanho ou ainda por câncer. Há ainda um tipo de hiperparatireoidismo secundário a insuficiência renal.

Para que os níveis de paratormônio voltem ao normal, geralmente é necessário remover o tumor ou a própria paratireoide através de cirurgia. Quando o hiperparatireoidismo é decorrente de um aumento benigno da paratireoide, como no caso do hiperparatireoidismo secundário, a glândula pode ser removida e implantada em outra parte do corpo. 

Se a quantidade de cálcio circulante estiver muito elevada, o tratamento deve incluir hidratação por via oral ou endovenosa. Se a opção for pela hidratação oral, a pessoa deve beber pelo menos 2 litros de água por dia. Caso o médico opte pela hidratação endovenosa, serão administrados, em média, 3 litros de soro por dia ao paciente. Quando essas medidas não são suficientes para normalizar os níveis de cálcio, podem ser usados alguns medicamentos, como diuréticos.

Caso suspeite de elevação do hormônio da paratireoide procure um médico de família ou clínico para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário um encaminhamento para o endocrinologista.

Saiba mais:

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Dedos da mão sem sensibilidade, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A falta de sensibilidade nos dedos das mãos pode ser causada por problemas na inervação do membro superior (braço, antebraço e mão). Muitas vezes é acompanhada de diminuição de força, formigamento e dormência, podendo estar relacionada à situações em que ocorre uma compressão ou lesão dos nervos desse membro.

Doenças que podem causar falta de sensibilidade nos dedos das mãos:

  • síndrome do Túnel do Carpo: compressão do nervo mediano, no túnel do carpo, localizado no punho, e que inerva os dedos,
  • hérnias de disco cervicais: compressão do nervos que saem da coluna cervical e  que se ligam aos nervos que inervam as mãos,
  • lesões do plexo braquial: conjunto de nervos (radial, ulnar, axilar, musculocutâneo e mediano) que atuam no membro superior,
  • neuropatias periféricas: lesões nos nervos que podem ser causadas  por diabetes, alcoolismo e hanseníase.

O clínico geral ou o neurologista são os médicos indicados para diagnosticar e indicar o tratamento adequado para a falta de sensibilidade nos dedos.

Como tratar uma picada de marimbondo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para a picada de marimbondo na maioria das vezes consiste em medidas de higiene e compressa gelada. Porém, em alguns casos pode evoluir com reação alérgica grave, e nesse caso é indicado procurar um atendimento médico com urgência.

O que fazer na picada de marimbondo? 1. Lavar a picada com água e sabão

A primeira medida a ser tomada é lavar o local com água e sabão, para evitar a entrada de germes e uma infecção no local.

2. Colocar gelo ou compressa gelada

Para aliviar os sintomas é indicado aplicar gelo ou compressa gelada sempre que sentir dor, ou desconforto, pelo menos 3 a 4x ao dia.

3. Manter o membro elevado

Elevar o membro onde ocorreu a picada também ajuda a reduzir o edema e aliviar os sintomas. A mão, por exemplo, pode aumentar consideravelmente de tamanho, causando dor e dificuldade de realizar atividades simples do dia a dia, como a higiene pessoal.

4. Pomadas antialérgicas

O uso de pomadas antialérgicas podem ser indicadas, com o objetivo de reduzir a reação alérgica ao veneno injetado pelo marimbondo, com isso reduz a dor e o edema local.

5. Corticoide e Antialérgico venoso - nos casos de reação alérgica grave!

Embora na maioria das vezes os sintomas sejam apenas locais e o tratamento descrito seja suficiente, alguns casos podem evoluir com uma reação alérgica mais grave, inclusive com risco de vida, se não for tratado rapidamente.

A reação alérgica grave, chamada choque anafilático, pode causar a morte se não for rapidamente tratada. O tratamento é feito com uso de corticoides e antialérgicos pela veia, em ambiente hospitalar.

Na suspeita de alergia, procure imediatamente uma emergência médica.

Quando procurar uma emergência?
  • Pessoas sabidamente alérgicas a insetos, como as abelhas, vespas e marimbondos,
  • Na presença de sintomas de alergia (inchaço na boca e no rosto, coceira, formigamento na pele, sensação de bolo na garganta e falta de ar),
  • Inchaço, dor e vermelhidão que durem mais de 1 semana.
Sintomas de picada de marimbondo
  • Dor intensa no local
  • Vermelhidão
  • Inchaço
  • Reação alérgica (mais raramente)
Vermelhidão e inchaço devido à picada de marimbondo.

Além dos sintomas habituais, na reação alérgica grave (choque anafilático), pode ocorrer um ou mais dos seguintes sintomas:

  • Inchaço importante nos lábios e rosto,
  • Coceira,
  • Chiado no peito, tosse,
  • Suor frio, calafrios,
  • Sensação de bolo na garganta e falta de ar.

Esses sinais e sintomas podem aparecer segundos após ou picada, ou até uma hora após a exposição ao veneno do inseto. Importante estar atento e na presença de um desses sintomas, procurar imediatamente uma emergência.

Quais são os tipos de marimbondos?

Os tipos de marimbondos mais encontrados no Brasil são o Marimbondo cavalo, Marimbondo amarelo e o Marimbondo mamangava.

Todas as espécies são consideradas pouco agressivas, os acidentes e ferroadas acontecem quando se sentem incomodados ou ameaçados.

Portanto, é importante manter-se afastado das colmeias e ninhos desses insetos, além de evitar situações que os incomode, como perfumes e cheiros fortes. Também não é indicado atear fogo nos ninhos, porque a fumaça torna os marimbondos mais agressivos.

Se encontrar um ninho de marimbondos é importante manter-se afastado e pedir ajuda de uma equipe especializada em eliminar esses insetos.

Qual a diferença da picada de abelha e do marimbondo?

A principal diferença entre as picadas de abelha e marimbondo, é que no caso da abelha, o inseto deixa o seu ferrão no local da picada, com uma bolsa de veneno que vai sendo liberado enquanto estiver na pele da pessoa.

O marimbondo não libera o seu ferrão, com isso transmite menos veneno, mas pode picar diversas vezes.

Sendo assim, na picada de abelha é fundamental como primeira medida, retirar o ferrão da pele, para interromper a entrada das toxinas no organismo. Na picada de marimbondo, não haverá o ferrão ou não tem urgência para retirá-lo.

As demais recomendações são as mesmas. Lavar com água e sabão, aplicar compressas geladas e elevar o membro. Pomada de antialérgico para acelerar a melhora dos sintomas e no caso de sintomas alérgicos, procurar uma emergência.

Veja também o que fazer no caso de uma reação alérgica e picadas de insetos nos artigos:

O que fazer em caso de reação alérgica?

Qual pomada usar para picada de insetos?

Picada de borrachudo é perigosa?

Referência:

  • Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) - Ministério da Saúde do Brasil.
  • ABAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
Dores no pescoço e ombros, dormência nos olhos e lábios, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Dores no pescoço e ombros, dormência nos olhos e lábios podem não estar diretamente relacionados. As dores no pescoço e ombros podem ser causadas por traumatismos, por tensão crônica sobre os músculos dessas regiões ou por má postura. Já a sensação de dormência pode ser um sintoma causado por estados de ansiedade.

A ansiedade é uma reação normal frente à situações de incerteza, estresse ou perigo. Porém quando essa reação tem uma intensidade ou duração anormal e exagerada para determinada situação, pode ser o resultado de um transtorno de ansiedade. Alguns sinais e sintomas do transtorno de ansiedade são: boca seca, inquietação, tremores, sudorese, dormências ou formigamentos, cansaço, tensão muscular, tontura, taquicardia, sensação de sufocamento, distúrbios gastrointestinais.

O clínico geral deve ser consultado para uma avaliação inicial e para encaminhamentos à outros profissionais da saúde, se necessário.

O que pode causar dor nas costas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A maioria dos casos de dor nas costas, seja do lado direito ou esquerdo, tem origem em tensões e contraturas musculares. Má postura, alterações posturais, esforço físico, estresse e outros transtornos emocionais são algumas das possíveis causas.

Contudo, as dores nas costas também podem ser provocadas por problemas relacionados com a coluna vertebral ou alguma das suas estruturas, como vértebras, nervos, discos intervertebrais, ligamentos e articulações. Como a escoliose e as hérnias de disco.

A dor nas costas pode surgir no meio das costas (dorsalgia) ou mais embaixo na altura dos rins, na região da coluna lombar (lombalgia). Em ambos os casos, as principais causas estão relacionadas com a musculatura.

Dor no meio das costas. O que pode ser?

Dor no meio das costas também pode ter origem em traumatismos, envelhecimento, problemas respiratórios, doenças ósseas e articulares da coluna (bico de papagaio, artrite, espondilose, osteomielite) e até tumores. Dependendo da causa, a dor pode piorar ao respirar fundo ou realizar movimentos.

O que pode causar dor na lombar?

A dor lombar tem como principais causas contraturas musculares, hérnias de disco, bicos de papagaio, gravidez, obesidade e alterações posturais.

As características da dor nas costas variam de acordo com a causa. Por exemplo, se a lombalgia for sintoma de uma hérnia de disco, a dor pode irradiar para os membros inferiores e vir acompanhada de sensação de formigamento ou dormência em uma das pernas, ou pés.

O que pode causar dor nas costas ao respirar?

Dor nas costas ao respirar pode ser causada por contratura ou tensão muscular, mas também pode ter origem em doenças respiratórias mais graves que merecem atenção. O ideal é sempre consultar um médico se a dor não passar.

Como tratar dor nas costas?

O tratamento da dor nas costas depende da sua causa. Se as dores forem musculares, podem ser indicados medicamentos analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios na fase aguda. A fisioterapia também está indicada, tendo como objetivo aliviar a dor e controlar a inflamação, se for o caso.

Depois da fase aguda, o tratamento da dor nas costas deve incidir sobre a sua causa. No caso das dores de origem nervosa, muscular e esquelética, o tratamento pode ser continuado com exercícios específicos, principalmente através de fisioterapia e fortalecimento muscular.

O tratamento para dor nas costas pode incluir anti-inflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares, fisioterapia, cuidados gerais com a postura e até cirurgias, dependo da origem da dor.

Em caso de dores nas costas, consulte o médico clínico geral, médico de família ou ortopedista para uma avaliação.

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O que acontece se uma pessoa que não tem diabetes toma insulina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se uma pessoa que não tem diabetes tomar insulina, o seu nível de glicose (açúcar) no sangue pode ficar baixo e ela pode apresentar desde tontura e dor de cabeça até convulsão e coma, nos casos mais graves. Essa diminuição da glicose sanguínea chama-se hipoglicemia.

É importante ressaltar que toda medicação deve ser tomada sempre com indicação médica e com receita constando a dosagem, a frequência e o período de tempo que deve ser utilizada.

As medicações que são tomadas sem indicação médica podem provocar sintomas não desejados e, por vezes, fatal.

Caso você não esteja se sentindo bem, peça ajuda para seus familiares, amigos mais próximos ou procure um serviço de saúde para ser atendido. No serviço de saúde, os profissionais podem ser úteis na escuta das suas angústias, na orientação sobre as possibilidades disponíveis para amenizar o seu problema.

Você pode realizar uma ligação gratuita para o Disque Intoxicação da ANVISA através do número 0800 722 6001.

Outro apoio disponível por meio de ligação telefônica gratuita é o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo número 188. Essa central telefônica disponibiliza pessoas competentes na oferta de apoio emocional e prevenção do suicídio. Por esse número de telefone ou em chat no site da CVV, você pode entrar em contato e conversar de forma totalmente sigilosa 24 horas por dia.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e que tem como função transportar a glicose para dentro das células para ela ser transformada em energia.

Esse açúcar, a glicose, é a principal fonte de energia utilizada pelo corpo e é essencial para manter o funcionamento do cérebro.

Os diabéticos produzem pouca ou nenhuma insulina e há casos em que produzem o hormônio, mas o organismo não é capaz de utilizá-lo.

Se um indivíduo com diabetes não tomar insulina, ou outra medicação específica, o seu nível de açúcar no sangue fica elevado (hiperglicemia), pois sem insulina a glicose não consegue entrar nas células e o seu corpo precisa queimar músculos e gordura para obter combustível.

No entanto, se alguém que não tem diabetes toma insulina, o excesso deste hormônio irá rapidamente diminuir a quantidade de glicose circulante no sangue, podendo então provocar um quadro de hipoglicemia.

Os sintomas de hipoglicemia são causados pela falta de açúcar no cérebro e pelo aumento da liberação de adrenalina, que é uma tentativa do corpo em fazer subir o nível de glicose.

Dentre os sintomas relacionados com a falta de glicose no cérebro estão:

  • Visão turva;
  • Tonturas;
  • Fraqueza;
  • Dor de cabeça;
  • Raciocínio lento;
  • Formigamentos;
  • Fome;
  • Dificuldade de concentração;
  • Irritabilidade;
  • Alterações de comportamento;
  • Convulsão e coma, nos casos mais graves.

Já os sintomas mais frequentes causados pelo aumento de adrenalina são;

  • Transpiração;
  • Tremores; Palpitações.

Veja também: O que é a hipoglicemia?

Para combater a hipoglicemia, a pessoa pode tomar um copo de suco de fruta ou refrigerante não diet, colocar um pouco de açúcar embaixo da língua ou chupar balas até melhorar os sintomas.

Em caso de desmaio, ela deve ser colocada de lado e uma ambulância deve ser chamada com urgência, através do número 192.

O que fazer em caso de picada de escorpião?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de picada de escorpião procure imediatamente um atendimento médico. Se houver qualquer dificuldade entre em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Tente manter a calma e se movimentar o mínimo possível. Se puder, capture o animal ou tire uma foto para levar junto ao serviço de saúde afim de facilitar a identificação da espécie do escorpião.

No caminho para o hospital ou serviço de saúde:

  • Lavar o local com água e sabão,
  • Aplicar compressa morna no local,
  • Afrouxar as roupas e remova os anéis e outras joias apertadas.

Porém nenhuma dessas medidas deve atrasar a ida ao serviço de emergência.

O que não se deve fazer após uma picada de escorpião?
  • Não amarrar ou fazer torniquete na região afetada;
  • Não colocar nenhuma substância no local da picada nem fazer curativos para não aumentar o risco de infecções;
  • Não queimar, cortar ou perfurar o local;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas, gasolina, álcool, querosene ou qualquer outro líquido com o intuito de cortar o efeito do veneno. Além de não produzirem nenhum efeito, podem causar intoxicações e piorar o quadro.
Qual é o tratamento para picada de escorpião?

O tratamento da picada de escorpião geralmente é feito com medicamentos anestésicos e analgésicos. O tempo de duração é de cerca de 6 horas. Nos casos mais delicados, a vítima recebe soro antiescorpiônico e antiaracnídico, e fica em observação durante pelo menos 12 horas.

O tratamento pode incluir também monitorização dos sinais vitais, como temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial, suporte respiratório, administração de soro por via endovenosa, medicamentos para controlar os sintomas e realização de exames de sangue e urina, raio-x de tórax e eletrocardiograma.

Quais os sintomas de uma picada de escorpião?

Normalmente, a picada de escorpião provoca dor moderada ou intensa, queimação ou formigamento no local, ainda, vermelhidão, edema e suor local.

Nos casos mais graves, os sintomas podem incluir náuseas, vômitos, transpiração intensa, aumento da frequência respiratória, alteração na frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, agitação e tremores. Outros sintomas menos comuns, mas que encontramos descritos são: visão dupla, dificuldade para respirar, coceira no nariz e na garganta, inchaço da língua, alterações renais, espasmos musculares, convulsões, cólicas abdominais, incontinência fecal e urinária.

Como evitar picadas de escorpião?

Os escorpiões são animais carnívoros de hábito noturno. Durante o dia, podem permanecer escondidos em lugares escuros, como armários, calçados, pedras, troncos, fendas, gavetas e toalhas.

Portanto, para evitar picadas desses animais peçonhentos, é importante alguns cuidados, como:

  • Manter o jardim e o quintal limpos, evitando o acúmulo de folhas secas e outros entulhos;
  • Não secar roupas no chão, em cercas ou em muros;
  • Manter a grama bem aparada;
  • Limpar regularmente as áreas de terrenos baldios que ficam próximas às casas;
  • Sacudir os calçados e as roupas antes de usá-los;
  • Verificar os lençóis das camas antes de se deitar;
  • Deixar camas e berços afastados pelo menos 10 cm das paredes e não os deixar em contato com as cortinas;
  • Colocar telas nos ralos e rolos nas portas, fechar frestas e buracos em paredes e vedar os vãos entre a parede e o forro para impedir a entrada de escorpiões na residência.

Segundo o Ministério da Saúde, as picadas de escorpião matam e por isso não devem perder tempo no caso de um acidente com qualquer animal peçonhento. Crianças com até 6 anos de idade têm mais probabilidade de sofrer os efeitos nocivos das picadas de escorpiões.

No caso de picada de qualquer animal peçonhento, procure um atendimento médico imediatamente ou chame imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

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Para que serve a losartana potássica?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A losartana potássica é uma medicação utilizada no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e na proteção dos rins em alguns pacientes com diabetes tipo 2.

A losartana potássica pode ser indicada para pessoas com pressão arterial elevada e que estão em tratamento de controle. Essa medicação deve ser usada todos os dias e na quantidade indicada na receita médica.

Por apresentar um efeito renal, ela também serve para proteger os rins de algumas lesões causadas pelo diabetes, retardando a evolução da doença renal.

Além disso, a losartana potássica serve para reduzir o risco de infarto e derrame cerebral em pessoas com hipertrofia do ventrículo esquerdo (espessamento das paredes do coração) e hipertensão.

Em alguns casos, ela será usada juntamente com outras medicações.

Para manter o efeito prolongado de controle da pressão arterial, a losartana deve ser usada de forma contínua, sem esquecimentos, no período do dia que melhor convier para a pessoa e durante o tempo determinado pelo médico.

Como funciona a losartana potássica?

A losartana potássica dilata os vasos sanguíneos, auxiliando o coração a bombear o sangue para o resto do corpo. Esse mecanismo de ação da losartana contribui para baixar a pressão arterial.

A losartana potássica também favorece o funcionamento do coração em pessoas com insuficiência cardíaca.

Como tomar losartana potássica?

Para o tratamento da hipertensão arterial e hipertrofia do ventrículo esquerdo, a dose indicada de losartana potássica é de 50 mg a 100 mg, uma vez ao dia. O medicamento atua durante 24 horas, mantendo a pressão arterial controlada nesse período.

Na insuficiência cardíaca, a dose inicial de losartana potássica é de 12,5 mg, uma vez ao dia. A dosagem pode ser gradualmente aumentada até se atingir a dose ideal. Em geral, para tratamentos prolongados, a dose de losartana potássica costuma ser de 50 mg, uma vez ao dia.

No diabetes tipo 2, a dose de losartana potássica costuma ser de 50 mg, uma vez ao dia. Contudo, a dosagem pode ser aumentada para 100 mg, uma vez ao dia.

A losartana potássica pode ser tomada sem ou junto com alimentos. A dose do medicamento depende do estado de saúde da pessoa e de outras medicações que ela estiver tomando.

Quais são os efeitos colaterais da losartana potássica?

Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 10% dos casos): tonturas, diminuição da pressão arterial, debilidade, cansaço, diminuição dos níveis de glicose (açúcar) no sangue, aumento dos níveis de potássio, ureia e creatinina no sangue, funcionamento renal alterado, falência renal e anemia.

Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 1% dos casos): sonolência, dor de cabeça, distúrbios do sono, palpitações, dor no peito, falta de ar, dores abdominais, prisão de ventre, diarreia, náuseas, vômitos, urticária, coceira, erupções cutâneas, inchaço localizado e tosse.

Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,1% dos casos): reações alérgicas, angioedema, inflamação dos vasos sanguíneos, dormência, formigamento, desmaio, batimentos cardíacos acelerados e irregulares, derrame cerebral, hepatite e aumento dos níveis de alanina aminotransferase (ALT).

A losartana potássica deve ser usada apenas com prescrição médica. Na presença de qualquer efeito colateral, o médico que receitou o medicamento deve ser informado.

Lúpus é contagioso? Como se pega lúpus?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, lúpus não é contagioso, o que significa que não se pega, nem se transmite. Pessoas com lúpus eritematoso sistêmico desenvolvem a doença porque o seu sistema imunológico produz anticorpos que atacam o seu próprio corpo. A causa do lúpus é desconhecida, embora já se saiba que a genética, bem como fatores hormonais e ambientais podem favorecer o aparecimento da doença.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune. Por isso, o lúpus não é contagioso, já que não é causado por vírus, bactérias ou qualquer micro-organismo que possa ser transmitido de pessoa para pessoa.

Lúpus eritematoso sistêmico

O lúpus é muito mais comum em mulheres do que em homens. Pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, aparece com mais frequência em pessoas entre 15 e 44 anos de idade.

Quais as causas do lúpus?

A causa do lúpus eritematoso sistêmico não é totalmente conhecida. A origem da doença pode estar associada a fatores genéticos, ambientais e hormonais, bem como ao uso de certos medicamentos.

A produção anormal de anticorpos ocorre devido a uma predisposição genética associada a outros fatores, como exposição ao sol e infecções.

Esses anticorpos atacam o tecido conjuntivo do próprio indivíduo, o que faz com que o lúpus se manifeste em qualquer parte do corpo que tenha tecido conjuntivo, como pele, nariz, orelhas, articulações, pulmões, rins, cérebro, entre outras.

Quais os sintomas do lúpus?

Os principais sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem febre, mal estar, inflamações e dores articulares, manchas na pele, distúrbios respiratórios, feridas na boca e presença de nódulos ou caroços pelo corpo.

Cerca de metade das pessoas com lúpus apresenta uma erupção cutânea em forma de "borboleta", que surge principalmente nas bochechas e no nariz. A erupção ou “rash" cutâneo pode se espalhar e piora com a luz do sol.

Outros sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem ainda:

  • Dor no peito ao respirar profundamente;
  • Fadiga;
  • Inquietação ou indisposição;
  • Queda de cabelo;
  • Perda de peso;
  • Sensibilidade à luz solar.

Os sintomas do lúpus também variam de acordo com a parte do corpo afetada:

Cérebro e sistema nervoso: dor de cabeça, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão e alterações de personalidade;Tubo digestivo: dor abdominal, náuseas e vômitos;Coração: problemas nas válvulas cardíacas, inflamação do músculo cardíaco (miocardite);Pulmão: acúmulo de líquido no espaço pleural, dificuldade para respirar;Pele: cor da pele irregular e dedos que mudam de cor quando está frio (fenômeno de Raynaud).Rim: insuficiência renal.

Os sintomas do lúpus variam de pessoa para pessoa e podem aparecer e desaparecer. Algumas pessoas têm apenas sintomas de pele. É o chamado lúpus eritematoso discoide.

Contudo, todas as pessoas com lúpus eritematoso sistêmico sofrem de dores e inchaço nas articulações em algum momento. Algumas desenvolvem artrite. O lúpus geralmente afeta as articulações dos dedos, mãos, punhos e joelhos.

Qual é o tratamento para lúpus?

O tratamento do lúpus é feito com medicamentos corticoides e imunomoduladores. Para tratar distúrbios de coagulação, são usados medicamentos anticoagulantes.

Formas leves de lúpus podem ser tratadas com:

  • Anti-inflamatórios não esteroides para alívio dos sintomas articulares e da pleurisia;
  • Corticoides em baixas doses, como prednisona, para a pele e para a artrite;
  • Cremes com corticoides para tratar as erupções cutâneas;
  • Hidroxicloroquina, um medicamento que também é usado no tratamento da malária;
  • Belimumab, um medicamento biológico que pode ser útil em alguns casos.

O tratamento dos casos graves de lúpus eritematoso sistêmico é feito com doses elevadas de corticoides e medicamentos imunossupressores. Estes últimos são utilizados se não houver melhora do quadro com os corticoides ou se os sintomas piorarem quando o medicamento deixa de ser usado.

Os medicamentos mais usados para tratar lúpus são: micofenolato, azatioprina e ciclofosfamida. Devido à sua toxicidade, o uso de ciclofosfamida é permitido apenas por períodos de 3 a 6 meses. Da mesma forma, o rituximab é usado apenas em alguns casos.

O lúpus eritematoso sistêmico não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas. Casos graves que envolvem coração, pulmões, rins e outros órgãos geralmente precisam de tratamento especializado.

Contudo, muitas pessoas com LES apresentam sintomas leves. O prognóstico depende da gravidade da doença. A maioria das pessoas com lúpus precisam tomar medicamentos por longos períodos de tempo.

Quais as possíveis complicações do lúpus?

Algumas pessoas com lúpus têm depósitos anormais de fatores imunológicos nas células renais. Isso leva a uma condição chamada nefrite lúpica, que pode causar insuficiência renal. Nesses casos, pode haver necessidade de diálise ou transplante de rim.

Uma biópsia renal é feita para detectar a extensão do dano e ajudar a orientar o tratamento. Se a nefrite estiver ativa, é necessário tratamento com medicamentos imunossupressores, incluindo altas doses de corticoides juntamente com ciclofosfamida ou micofenolato.

Outras possíveis complicações do lúpus eritematoso sistêmico:

  • Formação de coágulos sanguíneos nas artérias ou nas veias das pernas, pulmões, cérebro ou intestinos;
  • Destruição de glóbulos vermelhos e anemia;
  • Inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite);
  • Inflamação do coração (miocardite ou endocardite);
  • Presença de líquido ao redor dos pulmões;
  • Danos nos tecidos pulmonares;
  • Problemas durante a gravidez, incluindo aborto;
  • Derrame cerebral;
  • Lesão no intestino com dor e obstrução intestinal;
  • Inflamação do intestino;
  • Plaquetas baixas (essas células são responsáveis pela coagulação sanguínea, portanto interrompem sangramentos);
  • Inflamação dos vasos sanguíneos.

Muitas mulheres com LES podem engravidar e dar à luz um bebê saudável, principalmente se receberem tratamento adequado e não tiverem problemas cardíacos ou renais graves. No entanto, a presença de certos anticorpos na circulação sanguínea da gestante aumenta o risco de aborto espontâneo. Além disso, o lúpus e os medicamentos usados para tratar a doença podem prejudicar o feto.

O diagnóstico e o acompanhamento do lúpus eritematoso sistêmico é da responsabilidade do médico reumatologista.