A gastrite (inflamação da mucosa do estômago) pode se acompanhar de vários sintomas:
- Dor e distensão no abdome (mais comum na metade superior);
- Náuseas e vômitos;
- Sensação de queimação no abdome ou retroesternal;
- Perda de apetite;
- Sensação de saciedade precoce, mesmo com pequena quantidade de alimento ingerido.
A gastrite complicada com úlcera pode dar sintomas mais graves e que necessitam de atendimento de urgência: sangramento nas fezes (fezes escuras, muito mal cheirosas e com cor similar à borra de café) ou vômitos com sangue.
No caso de sintomas similares, é importante consultar um médico gastroenterologista ou gastrocirurgião.
Sim. Alguns tipos de gastrite têm um risco maior de evoluir para o câncer, como a gastrite crônica atrófica, a metaplasia intestinal e as gastrites com a presença da bactéria Helicobacter pylori.
Quando for identificada a presença da Helicobacter pylori no estômago, a gastrite deverá ser tratada com antibióticos para eliminar a bactéria e interromper a inflamação do estômago.
Já a gastrite crônica é caracterizada pela presença constante de inflamações na mucosa. Ela acaba provocando atrofia da mucosa e metaplasia epitelial, uma lesão que pode evoluir progressivamente para uma lesão cancerígena.
A gastrite crônica atrófica indica haver uma alteração no revestimento interno do estômago, a mucosa gástrica, que também pode ser causada pela Helicobacter pylori. Nesse caso, o médico definirá o tipo de tratamento necessário e a repetição periódica de exames.
H. pylori pode causar câncer?Sim, uma das principais causas de câncer de estômago é a presença da bactéria H. pylori, que está relacionada a formação de úlceras e feridas que originam a gastrite. O micróbio causa uma inflamação crônica no estômago que aumenta as chances dessa ferida, ou úlcera se modificar e iniciar o processo de multiplicação desordenada de células, o câncer de estômago.
Contudo, somente uma parcela muito pequena das pessoas portadoras de H. pylori irão desenvolver um tumor maligno. A bactéria é muito comum e está presente em praticamente metade da população, sem manifestar nenhum sintoma.
Quais as causas da gastrite?Algumas causas para a gastrite podem incluir:
- Uso prolongado do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios (AINEs)
- Gastrite autoimune (quando o organismo produz anticorpos contra a própria mucosa gástrica)
- Tabagismo
- Obesidade
- Ingestão abusiva e prolongada de bebidas alcoólicas
Os sintomas da gastrite podem ser queimação (pirose), azia, sensação de empanzinamento e peso no estômago, dor, náusea, vômitos, falta de apetite e perda de peso.
As manifestações podem ser causadas por uma irritação aguda da mucosa gástrica. Isso pode acontecer devido a:
- Ingestão abusiva de bebidas alcoólicas
- Estresse excessivo
- Consumo exagerado de café e chá-preto
- Hérnia de hiato
- Refluxo gastroesofágico (esofagite de refluxo).
A gastrite é uma inflamação na parte interna do estômago que só pode ser confirmada através do exame de endoscopia com biópsia. Com o resultado desse exame e a história clínica do paciente, o médico pode diagnosticar o tipo de gastrite presente.
O gastroenterologista é o especialista capacitado para diagnosticar e tratar doenças gástricas.
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O que é gastrite enantematosa leve do antro?
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Gastrite enantematosa é um diagnóstico endoscópico da inflamação da mucosa do estômago, que pode ser leve, moderada e grave, além disso, pode ser aguda ou crônica. Aguda quando a inflamação é recente, e crônica quando já tem meses ou anos.
Sendo assim, a gastrite enantematosa leve do antro é a inflamação discreta da mucosa do estômago, que acomete apenas o antro. Uma região localizada próxima ao piloro, a válvula que liga o estômago à primeira porção do intestino delgado, o duodeno.
Sintomas de Gastrite- dor e queimação na "boca do estômago";
- azia;
- perda do apetite;
- náuseas e vômitos;
- distensão da "boca do estômago";
- sensação de saciedade precoce;
- sangramento digestivo, nos casos complicados, com evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).
O estômago é dividido em algumas partes: cárdia, corpo, antro e fundo. A inflamação pode acometer algumas destas localizações do estômago e normalmente a endoscopia especifica as regiões acometidas.
Pangastrite, é o nome dado a inflamação que acomete todo o estômago; gastrite de corpo, quando acomete apenas o corpo do estômago; gastrite de antro, quando está restrita ao antro.
O exame de endoscopia classifica a gastrite conforme o grau de acometimento da mucosa, segundo a classificação de Sidney, em leve moderada e grave. Os critérios analisados são a presença de edema, enantema, exsudato e erosão.
O diagnóstico é suspeitado pela queixa do paciente e deve ser confirmado através da realização de endoscopia digestiva alta. Após definir o diagnóstico, é importante iniciar o tratamento e seguir em acompanhamento com o clínico geral ou gastroenterologista.
Conheça mais sobre esse assunto nos links:
Os alimentos indicados para quem tem gastrite são:
- Pães
- Frutas
- Carnes magras
- Gengibre e
- Batata
Esses alimentos servem para aliviar ou evitar a piora dos sintomas da gastrite, principalmente a dor.
Tais alimentos devem estar incluídos na dieta pois ajudam a proteger a mucosa gástrica (parede do estômago), facilitam a cicatrização de feridas que porventura já existam, evitam o agravamento dessas lesões e favorecem o bom funcionamento do estômago.
Outros alimentos indicados para quem tem gastrite são: cereais, arroz, massas, leite e derivados desnatados ou light, peixes, ovo cozido, gelatina, manjar, temperos frescos e chás (erva doce, camomila, cidreira, hortelã, maçã).
1. PãesO pão protege a mucosa do estômago e atua como uma esponja, absorvendo parte do suco gástrico que poderia agravar os sintomas da gastrite.
2. FrutasQuem tem gastrite deve comer entre 2 e 4 frutas por dia. Maçã, banana, pera, mamão e melão estão entre as mais indicadas. Frutas ácidas como laranja, abacaxi, kiwi, morango e limão podem irritar a parede do estômago, dependendo da tolerância de cada um.
3. Carne magraA proteína mais indicada na dieta de pessoas com diagnóstico de gastrite deve ser sempre a carne magra. Menor teor de gordura e preparado assado, cozido ou grelhado. O frango deve ser consumido sem pele.
4. GengibreO gengibre tem ação anti-inflamatória, reduzindo assim os sintomas, como a dor, a queimação e as náuseas. Além disso, possui propriedades antissépticas e bactericidas que auxiliam na eliminação e controle da Helicobacter pylori.
Para isso, o gengibre deve ser consumido cru. Basta cortar um pedaço de 2 cm de gengibre, descascar e mastigá-lo puro ou misturar na comida. Se preferir, pode optar pelo chá de gengibre.
5. BatataO suco de batata crua ajuda a proteger o estômago dos sintomas da gastrite, diminuindo a acidez, a queimação, a dor e a azia. O suco pode ser obtido espremendo uma batata grande ralada com um pano ou contra um coador bem fino. Lembrando que o suco deve ser bebido puro.
A dieta para gastrite deve ainda ser rica em líquidos (água e sucos) e lembrar sempre que todo alimento deve ser ingerido com moderação. Nada em excesso faz bem ao nosso organismo.
Recomendações para quem tem gastrite- Se alimentar várias vezes ao dia e com pequenas porções de alimentos. O recomendado é fazer de 5 a 6 refeições por dia (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar, ceia) e não ficar mais de 3 horas em jejum.
- Comer com calma, é importante comer devagar, em ambientes tranquilos e mastigar bem os alimentos, evitando beber durante as refeições.
- Evitar alimentos que irritam o estômago, como as frituras, os picantes, os ácidos, temperos, condimentos, ketchup, mostarda, feijão, leguminosas, brócolis, couve, carnes gordas, gorduras e frituras, bebidas gaseificadas e alcoólicas.
- Evitar o estresse, outro fator que deve ser controlado para diminuir as crises de gastrite.
- Evitar o uso excessivo de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios ou se auto medicar, pois é outra causa bastante comum de gastrite na nossa população.
Além da dieta, o tratamento da gastrite inclui o uso de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido estomacal. Dentre os medicamentos utilizados para tratar a gastrite estão:
- Antiácidos
- Inibidores da bomba de prótons
- Antibióticos (na presença da H.Pylori)
O tipo de medicação usada depende da avaliação médica de cada caso.
No caso da gastrite ser causada pelo uso de anti-inflamatórios, a sua utilização deve ser suspensa e deverá ser avaliada nova proposta de tratamento.
Também é importante tratar a infeção por H. pylori, devido ao risco de causar úlceras ou câncer no estômago. O tratamento da infecção geralmente é feito com medicamentos antibióticos e inibidores da bomba de prótons.
Para prevenir a infecção pela bactéria H. pylori, se recomenda lavar frequentemente as mãos e consumir alimentos bem cozidos. A bactéria pode ser transmitida pela água ou comida contaminadas.
O/A médico/a gastroenterologista é responsável por tratar e esclarecer eventuais dúvidas sobre a gastrite, além de orientar quanto à alimentação mais adequada.
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Referências
Acute and chronic gastritis due to Helicobacter pylori. Uptodate. 2021
Sim, quem tem gastrite e esofagite pode sentir dor no peito, principalmente a esofagite, já que o esôfago fica localizado dentro da caixa torácica. Muitas vezes os pacientes sentem dor no peito por causa da esofagite e ficam preocupados, pois acham que estão sofrendo de alguma doença do coração.
Já na gastrite, a dor localizada na boca do estômago pode irradiar para outros locais, podendo também provocar dor no peito.
Alguns dos sintomas da esofagite e gastrite:
-
Esofagite:
- Sensação de queimação no peito, pescoço e garganta;
- Regurgitação ácida;
- Dificuldade para engolir alimentos;
- Dor no peito, que nos casos mais graves pode parecer uma dor cardíaca;
- Rouquidão;
- Dor de garganta,
- Mau hálito;
- Tosse seca.
- Gastrite:
- Dor na boca do estômago que pode irradiar para outras partes do corpo, incluindo o tórax;
- Azia;
- Perda de apetite;
- Náuseas e vômitos;
- Sangue nas fezes ou no vômito.
Leia também: Quais os sintomas de gastrite?; O que é esofagite erosiva e quais os sintomas?
Dentre as possíveis causas de dor no peito, além de gastrite e esofagite, estão:
- Gases;
- Ansiedade;
- Infarto;
- Doenças respiratórias, como pneumonia, pleurite, câncer no pulmão, embolia pulmonar;
- Lesões musculares ou nas costelas;
- Herpes-zoster;
- Úlceras.
Para ter a certeza de que a dor no peito é mesmo proveniente da gastrite e da esofagite, é recomendável consultar o/a médico de família, clínico/a geral, ou o próprio gastroenterologista, de maneira a despistar outras possíveis causas mais graves.
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Gastrite é a inflamação da mucosa do estômago e pode ser curada. Contudo, é necessário mudança de alguns hábitos de vida e, algumas vezes, uso de medicamentos.
Alguns cuidados devem ser seguidos:
- respeitar o horário e não "pular" refeições;
- preferir pequenas refeições, 6x/dia, ao invés de grandes refeições, poucas vezes ao dia;
- mastigar bem os alimentos;
- dar preferência a frutas, verduras, carnes magras e evitar frituras, refrigerantes, bebidas com cafeína;
- não fumar;
- evitar bebidas alcóolicas;
- evitar o uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica.
Se houver infecção pela bactéria H. pylori, é necessária curso de tratamento com antibióticos, para sua erradicação. Na ausência de infecção, pode ser necessário tratamento com medicamentos, como inibidores de bomba protônica, como omeprazol, e/ou bloqueadores H2, como a ranitidina.
O seguimento deve ser feito com médico clínico ou gastroenterologista.
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A gastrite crônica é a inflamação da mucosa do estômago e tem cura, se realizadas algumas mudanças de hábitos e uso correto de medicações.
Alguns cuidados devem ser seguidos por todos os pacientes:
- respeitar o horário e não "pular" refeições;
- preferir pequenas refeições, 6x/dia, ao invés de grandes refeições, poucas vezes ao dia;
- mastigar bem os alimentos;
- dar preferência a frutas, verduras, carnes magras e evitar frituras, refrigerantes, bebidas com cafeína;
- não fumar;
- evitar bebidas alcoólicas;
- evitar o uso de anti-inflamatórios sem prescrição médica.
Se houver infecção pela bactéria H. pylori, que pode ser detectada na endoscopia, é necessário curso de tratamento com terapia tríplice durante 7 dias, para sua erradicação. A terapia tríplice consiste no uso de inibidor da bomba de prótons 2x/dia (omeprazol, lanzoprazol, pantoprazol, esomeprazol ou rabeprazol), associado a amoxicilina 1g, 2x/dia, e claritromicina 500mg, 2x/dia. Há combinações das três drogas disponíveis.
Na ausência de infecção, pode ser necessário tratamento com medicamentos, como inibidores de bomba protônica, como omeprazol, e/ou bloqueadores H2, como a ranitidina.
O seguimento deve ser feito com médico clínico ou gastroenterologista.
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Quem tem gastrite deve evitar comer o quê?
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Quem tem gastrite deve evitar comer alimentos e consumir bebidas que possam provocar irritação na mucosa do estômago ou aumentar a produção de ácido estomacal. Em geral, deve-se evitar tudo o que tenha cafeína, como café, chá preto e chocolate, bebidas alcoólicas, leite e derivados, alimentos gordurosos, temperos fortes, alimentos e bebidas ácidas, como frutas e refrigerantes, além de doces de um modo geral.
Alguns alimentos e bebidas que devem ser evitados por quem tem gastrite:
- Carnes gordurosas: cupim, costela, picanha, leitoa, torresmo, bacon;
- Embutidos: linguiça, salsicha, mortadela, salame;
- Alimentos industrializados e congelados: hambúrguer, nuggets, salgadinhos, pizzas;
- Laticínios: Leite, iogurte, requeijão e queijos amarelos como muçarela, provolone, parmesão;
- Frutas cítricas: limão, laranja, maracujá, kiwi, abacaxi, morango;
- Alimentos gordurosos: Comida à milanesa, frituras, empanados, feijoada e dobradinha;
- Condimentos, molhos e temperos fortes: pimentas, temperos prontos, alho, cebola, vinagre, caldo de carne, molho de tomate, molho inglês, molho de pimenta, molho de soja (shoyu), noz moscada, canela, mostarda, catchup;
- Bebidas: Bebidas alcoólicas, bebidas gasosas, refrigerantes;
- Cafeína: Café (descafeinado pode), chá preto, verde e mate, chocolate;
- Doces em geral: Chocolate, frutas em calda, goiabada, leite condensado, creme de leite, coberturas, bolachas e bolos recheados.
Também é importante evitar alimentos muito quentes para não piorar a inflamação (gastrite é uma inflamação no estômago) e evitar mascar chicletes, pois aumentam a secreção de suco gástrico.
Pessoas com gastrite não devem ficar sem comer durante muito tempo, nem deixar de realizar refeições. Não convém ficar mais do que 4 horas sem comer nada. O ideal é fazer entre 5 a 6 refeições por dia, com café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.
Lembrando que é preciso mastigar lentamente os alimentos e não fazer grandes refeições ou refeições gordurosas perto da hora de dormir.
O médico gastroenterologista poderá fornecer maiores informações e esclarecer eventuais dúvidas sobre a alimentação em caso de gastrite.
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Quem tem gastrite pode comer chocolate?
Gastrite é um processo inflamatório da mucosa do estômago, geralmente causada por processo autoimune ou infeccioso, uso de medicamentos, reações de sensibilidade ou estresse. A gastrite pode ocorrer em determinadas partes do estômago (corpo, antro, cárdia). Quando ela está presente em todas as áreas do estômago, ela é chamada de pangastrite.
Portanto, a pangastrite é o processo inflamatório (gastrite) que ocorre na mucosa do estômago como um todo. Essa gastrite pode ser aguda, quando aparece de repente e dura um período curto de tempo. Quando a gastrite dura mais de meses, ela é classificada como crônica.
O estômago produz sucos digestivos ácidos e é a mucosa que reveste a sua parte interna que protege o órgão da acidez do suco gástrico. Porém, se a mucosa estiver danificada ou lesionada, o ácido estomacal penetra na mucosa, piorando a lesão.
Por isso, a gastrite e a pangastrite merecem tratamento e dieta adequados para evitar futuras complicações como úlceras, hemorragias, formação de pólipos e câncer de estômago.
Além disso, a mucosa que reveste o estômago produz várias substâncias fundamentais para a digestão. Por isso, em caso de inflamação de parte dela (gastrite) ou dela toda (pangastrite), a produção dessas substâncias fica prejudicada e, como consequência, o processo digestivo.
O risco de gastrite e pangastrite aumenta com a idade, uma vez que a mucosa gástrica vai ficando mais fina e frágil com o passar dos anos.
Qual a diferença entre gastrite ou pangastrite erosiva e enantematosa?A gastrite ou a pangastrite pode ser erosiva ou enantematosa. Na gastrite ou pangastrite erosiva, ocorrem erosões na mucosa do estômago. Já a enantematosa caracteriza-se pela vermelhidão da mucosa gástrica. Tanto a gastrite como a pangastrite erosiva e enantematosa podem ser leve, moderada ou acentuada.
Quais as causas da gastrite e da pangastrite? Gastrite e pangastrite agudaA principal causa de gastrite e pangastrite erosiva aguda é o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios, como aspirina (AAS - ácido acetilsalicílico) ou ibuprofeno. O consumo de bebidas alcoólicas, cocaína ou ainda a exposição à radiação também podem causar gastrite ou pangastrite erosiva.
As gastrites e as pangastrites erosivas também podem ter como causas acidentes, doenças graves, queimaduras extensas ou cirurgias de grande porte.
A gastrite e a pangastrite também podem ser provocadas por doenças autoimunes, doença de Crohn e infecções virais, parasitárias ou bacterianas.
Gastrite e pangastrite crônicaA principal responsável pelos casos de gastrite e pangastrite crônica é a bactéria Helicobacter pylori. A H. pylori está presente no estômago de cerca de 90% das pessoas com mais de 50 anos de idade e a sua transmissão ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados. Porém, a grande maioria dos portadores da bactéria não manifesta sintomas.
Por outro lado, quando ocorre e não recebe tratamento adequado, a gastrite crônica pode durar anos ou permanecer até o fim da vida.
Quais os sintomas de gastrite e pangastrite?O principal sintoma da gastrite e da pangastrite é a dor ou desconforto na porção superior esquerda do abdômen. Outros sintomas que podem estar presentes incluem náuseas, vômitos e sensação de enfartamento após as refeições. Contudo, em muitos casos, a gastrite e a pangastrite não manifestam sintomas.
Em casos de gastrite ou pangastrite erosiva, pode haver presença de sangue nos vômitos ou nas fezes.
Na gastrite e pangastrite crônica causadas por H. pylori, a mucosa pode ficar atrofiada e as células que produzem substâncias essenciais para a digestão são destruídas, podendo evoluir para câncer.
Gastrite e pangastrite têm cura? Qual é o tratamento?Gastrite e pangastrite tem cura. O tratamento é feito através de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, para aliviar a dor e o desconforto. Além da medicação, é fundamental ter uma dieta adequada, que deve ser seguida conforme orientação do médico gastroenterologista.
Quando a gastrite ou a pangastrite é provocada pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, pode ser necessário suspender a medicação, segundo avaliação médica.
Outra medida fundamental é tratar a infecção por H. pylori, mesmo quando a pessoa não manifesta sintomas, já que a infecção pela bactéria pode evoluir para úlceras ou câncer de estômago. O tratamento para erradicar a Helicobacter pylori é feito com a combinação de antibióticos e medicamentos específicos para o estômago.
O/a médico/a gastroenterologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da gastrite e da pangastrite.
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O consumo moderado de café (duas a quatro xícaras ao dia) exerce efeito na prevenção de doenças como depressão, cirrose hepática, doença de Alzheimer, asma, diabetes tipo 2, cálculos biliares, câncer de intestino, alguns tipos de dores de cabeça, doença de Parkinson. Previne o consumo de drogas e álcool. Melhora a atenção e desempenho mental. Contém vitaminas, sais minerais, antioxidantes que combatem os radicais livres e cafeína, a principal amina ativa do café, que é absorvida rapidamente e chega ao cérebro em cerca de 20 minutos após a ingestão, onde age aumentando a influência do neurotransmissor dopamina.
A cafeína é um estimulante e como tal pode interferir no sono e causar insônia. Seu uso durante a gravidez é desaconselhado devido ao aumento do risco de aborto e mal formações congênitas. O uso regular da cafeína pode levar ao vício e a descontinuidade da ingestão de café nessas situações leva a sintomas de abstinência como dor de cabeça, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração e rigidez muscular.
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O consumo exagerado pode levar a alguns malefícios que são atribuídos ao uso do café. Efeito diurético e perda de minerais e vitaminas, causando enfraquecimento do organismo. Possui uma relação direta com a doença fibrocística que é precursora do câncer de mama. Pode causar irritação da pele e outras doenças dermatológicas como verrugas e psoríase e favorecer o aparecimento de pólipos intestinais. Provoca aumento da secreção de ácido cloridrico (azia constante) no estômago levando ao aparecimento de gastrite e úlcera.
Gastrite enantematosa é um diagnóstico endoscópico da inflamação da mucosa do estômago, pode ser aguda ou crônica. Pode estar associada a diversos fatores:
- infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que também está associada a formação de úlceras gástricas;
- uso de ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios e prednisona;
- consumo de bebidas alcoólicas;
- inflamação auto-imune da mucosa estomacal.
Os sintomas de gastrite são:
-
dor e queimação na "boca do estômago";
-
azia;
-
perda do apetite;
-
náuseas e vômitos;
-
distensão da "boca do estômago";
-
sensação de saciedade precoce;
-
sangramento digestivo, nos casos complicados, com evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).
O diagnóstico é suspeitado pela queixa do paciente e deve ser confirmado através da realização de endoscopia digestiva alta.
O estômago é dividido em algumas partes: cárdia, corpo, antro e fundo. A inflamação pode acometer algumas destas localizações do estômago e normalmente a endoscopia especifica as regiões acometidas (pangastrite, quando acomete todo o estômago; gastrite de corpo, quando acomete o corpo do estômago; gastrite de antro, quando acomete o antro). Pela endoscopia, a gastrite pode ser classificada em leve, moderada ou grave, conforme o grau de acometimento da mucosa visto ao exame (classificação de Sidney), que considera os seguintes sinais: edema, enantema, exsudato e erosão.
O seguimento deve ser feito por médico clínico geral ou gastroenterologista.
H. pylori (Helicobacter pylori) é uma bactéria encontrada na mucosa do estômago, que pode causar gastrites, úlceras e até câncer de estômago. Calcula-se que a H. pylori esteja presente em pelo menos metade da população mundial. Contudo, apenas uma pequena parte dos portadores irão desenvolver alguma doença relacionada a essa bactéria.
Uma vez no estômago, a H. pylori se multiplica e provoca uma inflamação crônica na parede do órgão, causando assim a gastrite. A bactéria enfraquece a camada protetora de muco do estômago e do duodeno (porção inicial do intestino), permitindo que o ácido entre em contato com a parede sensível desses órgãos.
Helicobacter pyloriSabe-se que mais de 90% das úlceras são causadas pela Helicobacter pylori. Quanto ao câncer gástrico, a infecção por H. pylori é considerada um importante fator de risco para o desenvolvimento do tumor, além de estar associada a um tipo raro de linfoma de estômago.
Quais os sintomas da infecção por H. pylori?Na maioria das vezes, a infecção por H. pylori não provoca sintomas nem causa doenças durante toda a vida. Porém, uma parcela pequena da população pode desenvolver úlceras no estômago ou na porção inicial do intestino (duodeno), ou ainda câncer de estômago, devido a agressão causada por essa bactéria.
Existem outros fatores de risco associados ao desenvolvimento de úlceras, como predisposição genética e o tipo de bactéria, já que existem espécies mais agressivas do que outras.
Se forem pequenas, as úlceras podem ainda assim não causar sintomas, enquanto as lesões maiores costumam provocar sangramento intenso. Um sintoma clássico da úlcera é a dor abdominal ou queimação sentida na “boca do estômago”. A dor costuma ser mais intensa quando o estômago está vazio. Outros sintomas incluem:
- Sensação de saciedade ou empanzinamento;
- Dificuldade para beber quantidades habituais de líquidos;
- Fome e sensação de estômago vazio, geralmente uma a três horas depois de comer;
- Náusea e vômito, que pode ter sangue;
- Perda de apetite;
- Perda de peso;
- Eructação (arrotos);
- Fezes escuras ou com sangue.
A infecção por H. pylori normalmente acontece na infância e está relacionada com más condições de habitação e higiene. Não está claro como a Helicobacter pylori é transmitida de uma pessoa para outra. As bactérias podem se disseminar através do contato boca-a-boca, doenças do trato gastrointestinal (especialmente quando ocorre vômito), contato com fezes e ingestão de alimentos e água contaminados com a bactéria.
Acredita-se que a transmissão ocorra de pessoa para pessoa pelas vias oral-oral ou fecal-oral. A transmissão pela via oral-oral ocorre através do contato com a saliva ou gotículas de secreção de uma pessoa previamente infectada.
Já a via fecal-oral seria mais predominante em populações com baixo nível socioeconômico. Neste caso, a Helicobacter pylori é transmitida pela ingestão acidental de fezes, água ou alimentos contaminados pela bactéria.
Qual é o tratamento para H. pylori?O tratamento para a infecção por H. pylori é realizado com medicamentos antibióticos, associados ou não a medicamentos antiácidos, durante 10 a 14 dias.
Infecção por H. pylori tem cura?A infecção por Helicobacter pylori tem grandes chances de cura, desde que o tratamento seja feito corretamente e durante o tempo determinado. A erradicação da bactéria reduz o risco de aparecimento de uma nova úlcera.
Porém, às vezes pode ser difícil curar completamente a infecção por H. pylori, havendo a necessidade de diferentes tipos de tratamentos. Em alguns casos, pode ser realizada uma biópsia do estômago para identificar o tipo de bactéria e utilizar um antibiótico mais específico.
Há ainda casos em que a infecção por H pylori não tem cura, mesmo quando são usados todos os tipos de medicação disponíveis. Quando não acontece a cura, os medicamentos ao menos amenizam os sintomas.
Quais as possíveis complicações da infecção por H. Pylori?Uma infecção crônica por Helicobacter pylori pode causar complicações, como:
- Úlceras no estômago e no intestino,
- Hemorragia, por úlcera sangrante;
- Perfuração da parede do estômago (úlcera perfurada - urgência médica);
- Gastrite crônica,
- Câncer de estômago e
- Linfoma do tecido da mucosa gástrica, um outro tipo de câncer.
Alguns sinais e sintomas graves que começam repentinamente podem indicar a presença de obstrução intestinal, perfuração ou hemorragia. Procure imediatamente um serviço de urgência em caso de:
- Fezes pretas, escuras ou com sangue;
- Vômitos intensos que podem ter sangue ou conteúdo semelhante a borra de café;
- Vômitos com conteúdo do estômago (sinal de obstrução intestinal);
- Dor abdominal intensa, acompanhada ou não de vômito.
O diagnóstico e tratamento da infecção por H. pylori é da responsabilidade do médico gastroenterologista.
Para saber mais, você pode ler:
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H. pylori positivo é sinal de câncer de estômago?
Referência
FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.