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Quais os sintomas da gastroenterite? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da gastroenterite incluem: diarreia aquosa (fezes pastosas ou líquidas), fezes com sangue, muco ou pus (sinais de infecção bacteriana ou por parasitas), náuseas, vômitos, cólicas, perda de apetite, febre, dor de cabeça, boca seca e diminuição do volume de urina (sinais de desidratação).

Normalmente, os sintomas da gastroenterite duram somente alguns dias, podendo persistir por até uma semana em alguns casos.

Se a diarreia ou os vômitos forem intensos e persistentes, pode causar desidratação. Nessas situações, a pessoa pode ficar com os olhos mais fundos, a boca seca, ter a sensação de engrossamento da língua e apresentar diminuição do volume de urina, que tende a ficar mais escura.

O tratamento da gastroenterite depende do micro-organismo causador da infecção, mas sempre envolve medidas de hidratação e alívio dos sintomas.

Qual é o tratamento para gastroenterite viral?

No caso da gastroenterite causada por vírus, não há medicação específica. Podem ser utilizados medicamentos para aliviar os sintomas, como cólicas e náuseas.

Também é importante ingerir grande quantidade de líquidos, para repor as perdas, e fazer alimentação leve, em pequenas quantidades.

Sempre que possível, deve-se evitar ficar sem comer. Depois, conforme os sintomas vão melhorando, podem ser incluídos gradualmente na dieta alimentos moles e de fácil digestão.

Nos casos mais graves de gastroenterite, principalmente em crianças, pode ser necessário internamento hospitalar para receber um tratamento e hidratação adequados.

Qual é o tratamento para gastroenterite bacteriana?

Na gastroenterite causada por bactérias, como Shigella, Salmonella e E. coli, o tratamento é feito seguindo as mesmas recomendações para a gastroenterite viral, como a hidratação. Em algumas situações pode ser necessário o uso de antibióticos.

Qual é o tratamento para gastroenterite causada por parasitas?

Na gastroenterite causada por parasitas, como por exemplo a Giárdia, é necessário o uso de antibióticos antiparasitários, além disso são feitas as mesmas recomendações de tratamento que as demais formas de gastroenterite.

O que é gastroenterite?

A gastroenterite é uma inflamação e irritação que afeta o estômago e o intestino. As gastroenterites podem ser causadas por vírus, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares.

A maioria dos casos de gastroenterite ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados por bactérias, vírus ou parasitas.

Também pode haver transmissão de pessoa para pessoa, principalmente se uma pessoa infectada não lavar adequadamente as mãos após evacuar.

Como prevenir a gastroenterite?

A prevenção da gastroenterite consiste em lavar as mãos cuidadosamente antes de se alimentar e após utilizar o sanitário. Também é importante que frutas e vegetais sejam muito bem lavados e que carnes e ovos sejam totalmente cozidos.

Vale lembrar que a gastroenterite pode ser altamente transmissível. Por isso, pessoas doentes devem lavar muito bem as mãos depois de usar o banheiro e antes de manusear alimentos.

Para evitar a transmissão, recomenda-se que o paciente permaneça em casa durante pelo menos 48 horas, até que sintomas como diarreia e vômitos tenham cessado.

O tratamento da gastroenterite deve ser prescrito por médico de pronto atendimento, especialmente e principalmente naqueles casos em as fezes tem sangue, muco ou pus, ou nos casos que duram mais de 7 dias. Não deve ser utilizado medicamento para interromper a diarreia sem prescrição médica devido ao risco de agravamento da doença.

O que é gastroenterite?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A gastroenterite é uma doença caracterizada pela inflamação dos órgãos do sistema digestivo, como estômago (causando náuseas e vômitos) e intestinos (causando diarreia).

A gastroenterite pode ser provocada por vírus, bactérias e parasitas, que podem ser transmitidos pelo ar, pela mão contaminada em contato com a boca e por intoxicação alimentar.

A gastroenterite viral, causada por uma variedade de vírus, é altamente contagiosa. Qualquer um pode contrai-la, sendo que a maioria das pessoas se recupera sem complicações. Pode ser grave para quem não ingere líquidos suficientes a fim de repor os que se perderam, em especial entre as crianças de colo e os idosos. Também pode ser grave para as pessoas cujo sistema imunológico estiver debilitado.

Dentre as bacterianas, é importante citar as gastroenterites causadas por Shigella, Salmonella e E. coli, que podem levar a sangramento com as fezes, febre e geralmente maior risco para o paciente, em especial crianças e idosos.

O parasita mais associado à gastroenterite é a Giardia, que também pode levar a sangramento nas fezes e febre.

Os sintomas mais comuns são diarreia (fezes aquosas), náuseas e vômitos e ocasionalmente febre e mal estar. O tratamento depende da suspeição do agente causador.

Deve ser procurado um pronto atendimento naqueles casos que duram mais de sete dias, ou na presença de febre, sangramento, pus ou muco (catarro) nas fezes e naqueles pacientes com mal estar importante.

Saiba mais em:

Quais os sintomas da gastroenterite viral? Como é o tratamento?

Quais os sintomas da gastroenterite bacteriana e como é o tratamento?

Gastroenterite é contagiosa?

Qual a dieta recomendada para quem tem gastroenterite?

O que é xantelasma gástrico?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Xantelasma gástrico é uma doença rara, que ocorre no estômago, pode-se apresentar em uma ou mais lesões, são pequenas lesões de forma circular ou oval, com coloraçäo amarela ou amarelo-esbranquiçada. não sabemos bem a causa deste tipo de lesão, pode estra relacionado ao colesterol elevado, podemos dizer que de forma geral e leiga que xantelasma gástrico é um pequeno tumor do estômago geralmente benigno.

Remédios que ajudam e pioram a gastrite
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O ácido do estômago é necessário para a digestão, mas quando você tem gastrite ele aumenta a inflamação e pode ser o responsável pelas lesões no estômago. Por isso, os remédios indicados para a gastrite agem diminuindo o ácido do estômago. Eles ajudam na recuperação das lesões e a diminuir a inflamação, aliviando os sintomas.

Por outro lado, o uso de medicamentos que aumentam o ácido do estômago pode piorar ou até causar a gastrite. Tomar muitos comprimidos diariamente também pode ter o mesmo efeito.

Remédios para alívio dos sintomas da gastrite

Os remédios mais importantes para o tratamento são os que diminuem a produção de ácido do estômago. São exemplos o omeprazol, o pantoprazol ou o lansoprazol (inibidores da bomba de prótons). O alívio dos sintomas começa assim que você iniciar o tratamento.

São medicamentos considerados seguros, mas que raramente podem causar problemas nos rins (omeprazol), hepatite (omeprazol e lansoprazol) e distúrbios visuais (pantoprazol e omeprazol). Eles também aumentam o risco de ter pneumonia.

É importante que sejam usados apenas durante o tempo indicado pelo médico, para evitar que causem problemas de saúde. Além disso, para parar de tomar é necessário diminuir a dose lentamente. Não ter esse cuidado pode causar a piora dos sintomas.

O uso prolongado pode causar problemas relacionados com a diminuição de absorção de cálcio e vitamina B12, principalmente em idosos. Você pode ter maior fragilidade dos ossos e anemia, por exemplo.

Veja quais são os sintomas mais comuns da gastrite e quais são os remédios usados para tratá-los:

Sintomas

Remédios

Dor na parte superior da barriga

Diminuidores da produção de ácido

Antiácidos

Sentir-se inchado ou cheio após comer

uma pequena quantidade de comida

Antiflatulentos (para gases)

Náusea ou vômito Antieméticos

Exemplos desses medicamentos são:

  • Ranitidina (Label): para diminuir a produção de ácido
  • Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio (Mylanta Plus, Maalox, Leite de Magnésia de Phillips e Sal de Frutas Eno são alguns exemplos): antiácidos
  • Dimeticona ou simeticona (Luftal é um exemplo): para gases
  • Metoclopramida, dimenidrinato, bromoprida, domperidona (Plasil, Dramin, Digesan, Motilium são alguns exemplos): para enjoo e náuseas

Os antiácidos e os medicamentos para gases não precisam de receita para serem comprados.

Os remédios para náuseas / enjoo e os antiácidos podem diminuir ou aumentar o efeito de outros medicamentos. Medicamentos para náuseas podem estar contra-indicados se você tem algumas doenças (glaucoma e prolactina alta são alguns exemplos). Por isso, não utilize por muito tempo sem o conhecimento do seu médico.

Alguns efeitos indesejados dos antiácidos são:

  • Prender o intestino (hidróxido de alumínio)
  • Soltar o intestino (hidróxido de magnésio)
Por que antibióticos são usados para gastrite?

A gastrite pode ser causada por uma infecção. O agente infeccioso mais comum que pode causar gastrite é a bactéria Helicobacter pylori. O tratamento se baseia em antibióticos para acabar com a infecção e outros medicamentos que controlam os sintomas.

Somente o médico pode dizer qual o melhor antibiótico para o seu caso. Ele vai avaliar os exames e algumas características suas para escolher o medicamento que tenha o efeito desejado e que não traga outros problemas para sua saúde.

Alguns exemplos de medicamentos prescritos são:

  • Claritromicina associada a amoxicilina e a algum medicamento para diminuir o ácido do estômago (omeprazol ou pantoprazol são exemplos). Normalmente os medicamentos são tomados 2 vezes ao dia, por 14 dias.
  • O metronidazol é o medicamento que substitui a amoxicilina nos casos de alergia à penicilina.
  • Outros antibióticos também podem ser prescritos, como o levofloxacino, o tinidazol ou metronidazol.

O diagnóstico e tratamento adequados são muito importantes, porque a bactéria também pode causar úlceras (feridas no estômago) e câncer de estômago.

Os medicamentos devem ser tomados no horário certo e pelo período indicado, conforme a receita, para garantir que a infecção acabe.

Os probióticos podem ajudar a controlar a infecção e reduzir os efeitos negativos do uso dos antibióticos. Alguns alimentos que contêm probióticos são os iogurtes, queijos como o gouda e cottage e conservas de legumes (como os picles).

A gastrite também pode ser causada por outras bactérias, vírus, parasitas e fungos. O agente causador da doença precisa ser identificado para iniciar o tratamento adequado.

Remédios que pioram a gastrite

Você pode ter gastrite ou sentir que ela piora por usar certos medicamentos. Os anti-inflamatórios como o ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, diclofenaco, nimesulida e o AAS, são os mais comuns. Por isso, você precisa evitar tomar esses medicamentos quando tem gastrite.

Quando o problema é o uso prolongado dos anti-inflamatórios, dependendo do motivo para o qual você os utiliza pode ser necessário substitui-los por outros métodos terapêuticos.

Você pode querer ler também:

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Gastrite crônica tem cura? Qual o tratamento?

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Referências:

Thomson ABR, Sauve MD, Kassam N, Kamitakahara H. Safety of the long-term use of proton pump inhibitors. World J Gastroenterol. 2010; 16(19): 2323-30

UpToDate

Principais tipos e como tratar a gastrite: infecciosa, autoimune e erosiva
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A gastrite é a inflamação da mucosa que reveste o estômago internamente. Existem diferentes tipos de gastrite, as principais são: gastrite infecciosa, gastrite autoimune e gastrite erosiva.

Além destes principais tipos, as gastrites também podem ser diferenciadas em duas formas: aguda e crônica.

  • Gastrite aguda: é a inflamação do estômago transitória, que apresenta lesões e alterações na mucosa gástrica reversíveis.
  • Gastrite crônica: é aquela que existe há mais tempo, por isso ocasiona lesões gástricas que não podem mais ser revertidas, como a atrofia da mucosa do estômago.

Vejamos as diferenças entre os principais tipos de gastrites.

Gastrite infecciosa

A presença de uma agente infeccioso pode causar tanto uma gastrite aguda quanto uma gastrite crônica. A principal causa de gastrite infecciosa é a bactéria Helicobacter pylori.

Algumas pessoas podem apresentar esta bactéria no estômago e não apresentar nenhum sintoma. No entanto, outras podem apresentar sintomas de dor, desconforto gástrico, azia e náuseas, caracterizando a gastrite.

Geralmente a gastrite causada pela H. pylori se inicia como uma gastrite aguda. Se não for tratada pode levar ao desenvolvimento de uma gastrite crônica, com persistência dos sintomas no decorrer do tempo.

Tratamento da gastrite infecciosa

O tratamento da gastrite infecciosa causada pelo Helicobacter pylori consiste no uso de medicamentos como o omeprazol, pantoprazol e outros, e também de antibióticos que visam erradicar a bactéria.

Gastrite autoimune

É uma forma de gastrite mais rara do que a gastrite infecciosa, mas sua incidência tem vindo a aumentar.

É causada por uma reação do sistema imune do próprio individuo contra células da mucosa do estômago.

A gastrite autoimune prejudica a absorção de nutrientes podendo levar ao desenvolvimento de anemia perniciosa, deficit de vitamina b12 e magnésio. Além disso, a gastrite autoimune também aumenta o risco de desenvolvimento de câncer do estômago.

Tratamento da gastrite autoimune

O tratamento é feito com medicamentos que aliviam os sintomas de desconforto estomacal, como antiácidos, e de suplementos vitamínicos como o ferro e a vitamina B12.

Gastrite erosiva

A gastrite erosiva é uma forma de gastrite aguda, que pode ser assintomática ou levar a sintomas de dor estomacal, azia e náuseas.

Pode ser causada pelo uso abusivo de medicamentos anti-inflamatórios, álcool ou por estresse persistente.

Tratamento da gastrite erosiva

O tratamento inclui a suspensão da causa da gastrite, portanto, pode ser necessário suspender o uso de anti-inflamatórios, ou do álcool, ou ainda reduzir os níveis de estresse.

Medicamentos antiácidos e do grupo dos inibidores de bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc) também podem ser utilizados no tratamento.

Na presença de sintomas sugestivos de gastrite é importante consultar um médico para uma avaliação, diagnóstico do tipo de gastrite e realização do tratamento adequado.

Leia também:

Referências bibliográficas

Mark Feldman. Gastritis: Etiology and diagnosis. Uptodate. 2020

Pamela J Jensen. Acute and chronic gastritis due to Helicobacter pylori. Uptodate. 2020

Aftas podem ser por causa da gastrite nervosa que tenho?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Aftas podem estar associadas com problemas estomacais ou esofágicos, como dispepsia, refluxo gastroesofágico ou presença da bactéria Helicobacter pylori no estômago, além disso, as aftas estão muito relacionadas a estresse intenso e a gastrite nervosa é desencadeada por sintomas de estresse emocional, portanto é possível haver uma relação entre uma coisa e outra.

O que causa as aftas?

A etiologia das aftas não está ainda muito bem estabelecida, mas sabe-se que alguns fatores que desencadeiam queda da imunidade podem contribuir para o seu aparecimento. Alguns fatores que já foram associados ao aparecimento de lesões aftosas são:

  • Estresse;
  • Trauma local (por exemplo, mordida sem querer na boca);
  • Alterações hormonais do ciclo menstrual;
  • Predisposição genética;
  • Dieta (alguns alimentos parecem se associar com o aparecimento de aftas como o abacaxi, chocolate e nozes);
  • Doenças que afetam o sistema imunológico;
  • Medicamentos imunossupressores.

A investigação na área sugere que a carência de alguns nutrientes como vitamina B12, vitamina C, zinco e ferro podem aumentar o risco do aparecimento de aftas.

Atualmente, também estuda-se a relação entre agentes microbiológicos como bactérias e vírus específicos que possam estar relacionados com as aftas.

O que são aftas?

As aftas são lesões em forma de úlceras esbranquiçadas e dolorosas que acometem a cavidade bucal. Podem causar dor intensa ou sensação de queimação, são benignas e não apresentam infecção, mas devido à dor que provocam podem ocasionar problemas na fala, na mastigação e na deglutição.

Caso apresente sintomas de afta persistentemente consulte um médico de família ou clínico geral para uma avaliação.

Posso tomar Torsilax, tenho úlcera, gastrite e hérnia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não é aconselhável o uso Torsilax® em portadores de doenças gástricas como a úlcera e a gastrite.

O Torsilax® é um medicamento composto por relaxante muscular, anti-inflamatório (diclofenaco) e analgésicos. A medicação é indicada para doenças reumáticas, especialmente associadas a sintomas de inflamação local, como edema, calor e dor.

Entretanto, os anti-inflamatórios como o diclofenaco, são medicamentos que possuem como efeitos colaterais, a irritação na parede do estômago (mucosa gástrica), com isso aumentam consideravelmente o risco de desenvolver úlceras ou gastrite medicamentosa.

Sendo assim, o medicamento não é recomendado para pessoas que já tenham história prévia de úlcera gástrica, gastrite ou qualquer outra doenças do trato gastrointestinal. O seu uso pode causar reativação da doença, perfuração da úlcera e ou sangramentos (hemorragia digestiva).

O sangramento digestivo, por sua vez, é uma doença grave, que dependendo da sua intensidade e demora no tratamento, pode levar ao óbito.

Portanto, antes de iniciar o uso de anti-inflamatórios, deve conversar e informar ao seu médico as doenças prévias e principalmente a história de úlcera gástrica, para que seja avaliado o real benefício de seu uso.

Se for preciso, o médico poderá considerar a associação de medicamentos protetores gástricos, reduzindo os riscos de complicações.

Leia também: Alguns remédios podem causar úlceras? O que fazer para evitar?

Contraindicações para o uso de Torsilax®

Existem contraindicações absolutas e relativas para o uso de Torsilax®, as principais contraindicações são:

  • Alergia a qualquer um dos componentes de sua fórmula;
  • Casos de insuficiência cardíaca;
  • Casos de insuficiência hepática ou renal grave;
  • Hipertensão arterial grave sem controle adequado;
  • Hipersensibilidade aos anti-inflamatórios (ex.: ácido acetilsalicílico);
  • História pregressa de doença gástrica.

Sabemos que cada caso deve ser avaliado individualmente. Por isso recomendamos que retorne ao seu médico assistente ou procure um médico gastroenterologista para avaliar e traçar a conduta mais adequada ao seu caso.

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O que faz um gastroenterologista? Que doenças trata?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O gastroenterologista é o médico que cuida de todos os órgãos do sistema digestivo, por isso é conhecido popularmente por médico de estômago ou médico de intestino.

O sistema digestivo, ou sistema gastrointestinal, é composto pelo tubo gastrointestinal e os órgãos que também participam da digestão, porém estão ao redor desse tubo, como o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.

O tubo gastrointestinal é o caminho que o alimento percorre, começando na boca, onde o alimento é ingerido, segue pela faringe, esôfago, estômago, intestino fino (dividido em intestino delgado, jejuno e íleo), intestino grosso e reto.

Tubo gastrointestinal: 1- Esôfago. 2- Estômago. 3- Duodeno. 4- Jejuno. 5- Íleo. 6- Intestino grosso. 7- Reto.

Durante todo esse trajeto, o alimento é quebrado pelas enzimas, bactérias da flora e ácidos produzidos por esses órgãos. As substâncias nutritivas vão sendo absorvidas, enquanto outras, vão seguindo pelo tubo até formar o bolo fecal e ser eliminada em forma das fezes.

Todo o sistema deve estar em equilíbrio para o bom funcionamento da digestão.

O médico gastroenterologista, além de tratar clinicamente as doenças do sistema digestivo, também é responsável por realizar alguns exames complementares nessa área, como a endoscopia digestiva, a colonoscopia, retossigmoidoscopia e a colangiopancreatografia retrógrada (CPRE).

Os exames são realizados através de tubos flexíveis com câmera na ponta, para visualização da parte interna dos órgãos. Alguns desses exames, além da finalidade de diagnóstico, são capazes de tratar as doenças.

A endoscopia é um exemplo, pois durante o exame, que avalia o interior do esôfago e estômago, é capaz de identificar problemas e, ao mesmo tempo, tratá-los.

Quais as doenças tratadas pelo gastroenterologista?

São muitas as doenças que o gastroenterologista é o responsável por tratar, desde mau hálito, quando originado por um problema de refluxo, problemas de má digestão, constipação crônica, tumores ou hemorroidas.

Podemos citar como as mais comuns nos consultórios dessa especialidade:

  • Refluxo gastroesofágico
  • Espasmo esofagiano
  • Azia (gastrite)
  • Úlceras de estômago
  • Cálculos de vesícula
  • Hepatite, cirrose hepática
  • Pancreatite, câncer de pâncreas
  • Síndrome do cólon irritável
  • Constipação crônica
  • Câncer de vesícula, câncer de intestino
  • Diverticulose
  • Hemorroidas
Quando procurar um gastro?

Todas as situações que são relativas a problemas no sistema digestivo devem ser avaliadas por um médico gastroenterologista.

Porém, alguns sinais e sintomas são considerados de urgência, por isso devem ser vistos o quanto antes, são eles: a presença de sangramento nas fezes ou no vômitos, icterícia (pele amarelada), mudança no aspecto das fezes, cólicas frequentes e/ou perda de peso.

1. Sangramento

Na presença de sangue nas fezes ou vômitos com sangue, é preciso procurar imediatamente um atendimento médico. O sangramento pode sinalizar uma ferida sangrando, por exemplo, uma úlcera de estômago, pode ser um pólipo ou um tumor no tubo gastrointestinal.

O câncer de intestino muitas vezes tem como primeiro sintomas, um pequeno sangramento nas fezes.

2. Pele amarelada (icterícia)

A pele amarelada, e olhos amarelados é chamado icterícia. Um sintoma que ocorre quando existe uma doença no fígado, por isso, sempre que observar esse sinal, procure um serviço de urgência ou gastroenterologista, imediatamente.

3. Mudança do aspecto das fezes

As fezes normais têm uma consistência mole e macia, com um formato definido, semelhante a uma salsicha. A superfície pode ser lisa ou conter algumas rachaduras e também, pedaços moles. Alteração na forma, coloração ou cheiro, é sinal de problema no trato gastrointestinal.

Fezes em fita ou com presença de sangue, por exemplo, são sinais de alerta. Fezes constantemente amolecidas, associada a febre, mal-estar e perda de peso também é sinal de gravidade.

4. Cólicas abdominais

As cólicas abdominais, associadas a alimentação gordurosa, falam a favor de problemas na vesícula biliar. Sabendo que os cálculos na vesícula representam um risco elevado para a pancreatite aguda, uma doença grave, é importante avaliar essa situação com um gastroenterologista, o quanto antes.

Uma cirurgia eletiva, para remoção da vesícula, pode ser a melhor forma de prevenir esse problema.

5. Perda de peso

A perda de peso sem motivo aparente, associada a sintomas gástricos, como azia constante, falta de apetite, constipação ou diarreia frequente, também pode sugerir a presença de um tumor. Principalmente se houver sangramento com perda de peso, procure imediatamente um serviço de emergência ou gastroenterologista.

Para mais esclarecimentos, converse com o seu médico de família, ou com o gastroenterologista.

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