Exame com resultado "não reativo" significa que ele é negativo para aquela doença investigada.
Esses exames são úteis para detectar as seguintes infecções sexualmente transmissíveis (ISTs):
- Sífilis;
- Sida (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida);
- Hepatite C.
O exame VDRL é um teste de sangue para detectar a infecção sexualmente transmissível (IST) chamada Sífilis. O exame anti-HIV detecta a presença do vírus HIV no organismo. O exame anti-HCV detecta a Hepatite C.
Em alguns casos, estes exames podem ser apenas uma das etapas de diagnóstico da doença. Além do mais, um exame de sangue deve ser sempre interpretado em conjunto com os sinais e sintomas apresentados por cada pessoa e associado a outros exames. O/a médico/a é responsável por fazer a interpretação do exame conjuntamente com esses aspectos globais do/a paciente.
Alguns exames podem resultar em "falsos negativos", ou seja, apresentam um resultado não reativo (negativo), mas isso não significa ausência de doença. Isso pode ocorrer em estágios bem iniciais da doença ou na chamada "janela imunológica".
Todo exame deve ser apresentado ao/à médico/a que solicitou para que ele/ela efetue a devida interpretação, correlacione com os aspectos clínicos da pessoa e dê sequência ao tratamento recomendado.
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A maioria das pessoas com hepatite C não apresenta nenhum sintoma, tanto na infecção aguda quanto na infecção crônica. Entre as pessoas que manifestam algum sintoma, o mais comum é a fadiga. Outro sintomas podem aparecer, porém são menos comuns: falta de apetite, náusea, dor nas articulações e nos músculos, fraqueza e perda de peso.
A complicação mais importante da hepatite C é a inflamação crônica no fígado que provoca destruição das células desse órgão e cicatrizes que podem atingir o fígado todo levando à cirrose hepática.
Não existe vacina para a hepatite C, mas há tratamento com medicamentos específicos capazes de eliminar o vírus e curar a doença.
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A única forma de diagnosticar a hepatite C é através do exame de sangue ANTI HCV. Recomenda-se que todos que receberam transfusão de sangue antes de 1993, usuários de drogas injetáveis, quem tomou injeção com seringas de vidro ou se feriu com instrumentos cortantes usados por outras pessoas e ainda os portadores do vírus HIV façam o teste.
Saiba mais em: Qual é o tratamento para Hepatite C?
O tratamento da hepatite C é baseado em medicamentos específicos para combater o vírus e orientações gerais, seja para a forma aguda ou crônica. Atualmente, com a chegada de novos medicamentos, a taxa de cura pode chegar a 90%. Os medicamentos utilizados são:
- Antivirais de ação direta (AAD), como Daclatasvir; Simeprevir; Sofosbuvir;
- Ribavirina;
- Interferon;
- Associação entre as medicações.
Os novos medicamentos, AAD, agem diretamente no vírus, interrompendo a sua multiplicação até a eliminação completa no sangue. Eles oferecem vantagens comparados aos antigos, pela posologia mais prática, já que apresentam formulações orais e subcutâneas; além disso, o tempo de tratamento é mais curto, entre 8 e 24 semanas apenas e com menos efeitos adversos.
Entretanto a escolha de qual medicamento para cada caso deve ser avaliado pela equipe médica, de acordo com as características da pessoa e estágio da doença.
Vale lembrar também, que não são todos os casos de Hepatite C que recebem indicação de tratamento medicamentoso imediatamente, a necessidade terapêutica irá depender de exames específicos, como biópsia do fígado e exames de biologia molecular.
O que o portador de hepatite C não deve comer?Não existem restrições dietéticas ou de atividade física para os pacientes com hepatite C crônica. Devem ser evitados apenas o uso de medicamentos que possam sobrecarregar o fígado e cessar o consumo de álcool, porque podem agravar o curso clínico da doença.
É fundamental que os pacientes informem de todo e qualquer medicamento que esteja em uso ou que seja prescrito, ao seu médico hepatologista, antes de iniciar.
Importante também, que esses pacientes sejam bem esclarecidos quanto às possíveis vias de transmissão e o risco de contaminar outras pessoas.
E durante a gestação?O tratamento da hepatite C durante a gestação está contraindicado devido aos efeitos teratogênicos das medicações e principalmente devido à ausência de estudos que garantam a segurança do tratamento.
Não é recomendada gestação até 24 semanas após a conclusão do tratamento, tanto para homens quanto para mulheres.
E para outras situações especiais, como a doença em crianças e adolescentes, pacientes portadores de doença renal crônica, transplantados, pacientes alérgicos as medicações apresentadas, o tratamento será discutido e avaliado caso a caso.
Campanha de tratamento do vírus da hepatite CO Ministério da Saúde desenvolve uma campanha importante de divulgação da doença e recomendações, com o objetivo de erradicar a doença no Brasil até o ano de 2030. Para isso, é fundamental que a sociedade se mobilize e realize os testes quando indicado, para diagnosticar de forma precoce a doença, permitindo alcançar esse importante objetivo.
Vale lembrar que grande parte das pessoas com hepatite C não apresenta nenhum sintoma, porém, se não for diagnosticada e devidamente tratada, a doença pode trazer complicações irreversíveis para o fígado, como a cirrose hepática e câncer hepatocelular.
Saiba mais em: Quais são os sintomas da hepatite C?
O/A médico/a hepatologista é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar a hepatite C.