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Candidíase na gravidez é perigoso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Candidíase na gravidez pode ser perigoso, se não for devidamente tratada, devido ao risco de prematuridade, baixo peso do bebê e infecções congênitas.

Se for infectado pelo fungo causador da infecção (Candida albicans), o recém-nascido pode manifestar a candidíase de duas formas: na boca ou na pele.

Há ainda o risco da infecção se propagar pelos pulmões da criança, o que pode ocorrer durante o parto normal e pela ingestão de material vaginal infectado. Se infectar os olhos, o fungo pode prejudicar a visão e provocar cegueira.

Uma complicação grave da candidíase no bebê é a meningite provocada pela Candida, que pode deixar sequelas e tem uma alta taxa de mortalidade.

Outras doenças e complicações decorrentes da infecção por Cândida em recém-nascidos incluem pneumonia, endocardite e peritonite, com severas consequências para a criança.

Quais as causas da candidíase na gravidez?

A candidíase vaginal pode surgir na gravidez de duas formas: a mulher já tinha a doença antes de engravidar ou as próprias mudanças no organismo durante a gestação favorecem o desenvolvimento da candidíase.

Saiba mais em: Candidíase impede a mulher de engravidar?

Durante a gravidez, as diversas alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher agravam a candidíase. Embora não seja uma situação propriamente perigosa, o tratamento pode reduzir o risco de parto prematuro ou abortos tardios.

Além disso, é importante tratar a candidíase vaginal antes de engravidar ou mesmo na gravidez, para evitar a contaminação do bebê no útero materno ou durante o nascimento.

Como tratar a candidíase na gravidez?

O tratamento da candidíase durante a gravidez é feito com aplicação de pomadas ou óvulos intravaginais, os medicamentos antifúngicos orais são pouco indicados, pelos riscos de malformação. Cada caso deve ser avaliado pelo médico/a assistente. Mesmo assim a infecção pode voltar a aparecer durante a gestação.

Como prevenir a candidíase na gravidez?

A prevenção da candidíase vaginal antes ou durante a gestação pode ser feita através de alguns cuidados e medidas, como uso de calcinhas de algodão, uso preferencial de saias, evitar calças apertadas, roupas úmidas ou protetores de calcinha perfumados e procurar dormir sem calcinha.

Candidíase na gravidez é comum? Quais os sintomas?

Candidíase vaginal ou monilíase é um problema muito comum na gravidez. Trata-se de uma infecção causada por um fungo chamado Candida albicans, presente no organismo, na própria vagina, no ânus e na boca, sem normalmente causar nenhum problema para essas regiões.

Porém, existem situações em que há uma multiplicação anormal da Candida, levando a sintomas como, corrimento vaginal esbranquiçado, coceira, dor na relação sexual, ardência ao urinar, vermelhidão e irritação na região da vagina e ânus.

Para maiores informações, consulte o seu médico de família, ginecologista ou obstetra.

Saiba mais em:

Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros

O que é candidíase?

Quais são os sintomas da candidíase?

Remédios para tratar a gardnerella e a infecção recorrente
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os remédios mais frequentemente usados no tratamento da Gardnerella são: o metronidazol, a clindamicina, o secnidazol e o tinidazol, sendo que os dois primeiros são os mais recomendados devido a maior eficácia.

Existem formulações em comprimidos ou em gel vaginal, o tratamento com comprimidos é mais prático de ser usado, mas há maior risco de efeitos adversos.

Podem ser utilizados diferentes esquemas de tratamento, vejamos:

Tratamento com metronidazol

A primeira opção de tratamento para a infecção vaginal por Gardnerella é através do uso do antibiótico metronidazol, este é o medicamento mais eficaz para o tratamento desta bactéria.

Existem duas opções de tratamento, através de comprimidos ou de gel vaginal:

  • Metronidazol via oral: Comprimidos de 250 mg, tomar 2 vezes ao dia por 7 dias;
  • Metronidazol gel vaginal 100 mg/g: inserir um aplicador cheio durante a noite na vagina, ao deitar por 5 dias, evitar relações sexuais com penetração vaginal nesse período.

O tratamento com dose única de 2 gramas de metronidazol apresenta uma eficácia muito reduzida, por isso, atualmente não é mais recomendado.

Tratamento com clindamicina

Outra alternativa para o tratamento da Gardnerella é através do uso do antibiótico clindamicina, este antibiótico pode ser usado ao invés do metronidazol, e também apresenta eficácia razoável no combate a esta bactéria.

Em mulheres grávidas até o primeiro trimestre a clindamicina também é o antibiótico de eleição, já que o metronidazol é contraindicado para gestantes no começo da gravidez.

A clindamicina também pode ser tomada em comprimidos ou aplicada em gel vaginal, as posologias são:

  • Clindamicina via oral: Comprimidos de 300 mg, tomar 2 vezes ao dia por 7 dias;
  • Clindamicina gel vaginal a 2%: Inserir um aplicador cheio na vagina a noite, ao deitar, por 7 dias;
  • Clindamicina óvulo vaginal 100 mg: uma aplicação por 3 noites seguida ao deitar.
Tratamento com secnidazol

Uma outra opção de tratamento para a Gardnerella é o Secnidazol, este é o que tem a posologia mais fácil, já que é tomado em dose única, com dois comprimido de 1 grama. Deve-se tomar os dois comprimidos, com líquido, de preferência a noite no jantar.

Tratamento com tinidazol

Esta é a opção menos utilizada, está geralmente indicada quando não é possível utilizar as opções anteriores devido a intolerancia ou efeitos adversos. O esquema terapêutico com tinidazol é tomar um comprimido de 1 grama, uma vez ao dia por 5 dias.

Remédios para infecção recorrente de Gardnerella

Em casos recorrentes de vaginose bacteriana causada por Gardnerella, o medicamento utilizado também é o metronidazol. Entretanto, o tempo de tratamento aumenta, como descrito abaixo:

  • Metronidazol via oral: Comprimidos de 250 mg tomados 2 vezes ao dia por 10 a 14 dias;
  • Metronidazol gel vaginal: inserir um aplicador cheio durante a noite, ao deitar por 10 dias seguidos. Depois reduzir para duas aplicações por semana, por 4 a 6 semanas.

O tratamento com antibióticos deve ser seguido até o fim do tempo estipulado pelo médico. Tome o medicamento no mesmo horário, durante todo o período proposto. Fazer o tratamento de forma incompleta pode aumentar o risco de resistência bacteriana e diminuir a eficácia dos antibióticos.

Na infecção por Gardnerella não é necessário tratar os parceiros sexuais, já que a vaginose bacteriana não é considerada uma infecção sexualmente transmissível.

Vale destacar que o antibiótico azitromicina e o antifúngico fluconazol não estão indicados para o tratamento da Gardnerella, por não serem suficientemente eficazes no combate a bactéria.

A Gardnerella vaginalis é uma das bactérias causadores da vaginose bacteriana, uma infeção vaginal que causa corrimento branco, amarelado ou acinzentado, com mau cheiro.

Não tome medicamentos sem prescrição médica, por isso, na suspeita de infecção por Gardnerella consulte o seu médico para uma avaliação e orientação do tratamento.

Também pode ser do seu interesse:

O que é Gardnerella e como se contrai?

Referências bibliográficas:

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Ministério da Saúde. 2015.

Bacterial vaginosis: Treatment. Uptodate. 2021.

Gostaria de saber se é normal a vagina ter um sabor ácido?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O pH da vagina é levemente ácido, isso serve para proteger a vagina contra infecções.

Qual o valor normal do PH vaginal?

A secreção vaginal normal costuma manter o PH abaixo de 4,0 a 4,5.

Por que o PH vaginal deve ser ácido?

O Ph deve se manter ácido, para oferecer uma maior proteção à vagina quanto a proliferação de germes (fungos e bactérias). A maioria dos germes não sobrevive ou se multiplica em meio ácido, inibindo o crescimento de bactérias oportunistas. Portanto, diminui os riscos de infecções vaginais como a tricomoníase e candidíase, por exemplo.

No entanto, no período de menopausa e pós menopausa, esse valor aumenta um pouco, com o pH chegando a 6,0; devido a redução da produção dos ácidos láticos, aumentando a prevalência de infecções nessa faixa etária.

Fatores que alteram o PH vaginal

Alguns fatores e cuidados com a higiene íntima alteram frequentemente o PH vaginal, expondo a mulher a doenças genitais. Para evitar essas doenças devemos seguir as seguintes recomendações:

  • Evitar o uso frequente de ducha higiênica,
  • Evitar o uso frequente de espermicidas e lubrificantes vaginais,
  • Evitar o uso de sabonetes em barra (costumam ser mais alcalinos), preferir sabonetes líquidos e sempre que possível, direcionados para a higiene íntima da mulher,
  • Evitar roupas muito justas e por tempo prolongado,
  • Durante a menstruação, trocar com frequência o absorvente, especialmente o absorvente íntimo,
  • Durante o banho, limpe bem a vulva apenas com os dedos, não utilize buchas ou roupas para evitar retirar a proteção natural da pele e não é necessário limpeza com sabonete dentro da vagina,
  • Durante o dia, procure se limpar com lenço umedecido, sem fragrância, pois o uso de papel higiênico frequente, pode causar lesões na vulva,
  • Evitar se relacionar durante tratamento com pomadas vaginais.

Pode lhe interessar também: Quanto tempo depois de usar a pomada vaginal posso ter relações sexuais?

Importâncias do PH vaginal

Além de proteger a vagina contra infecções oportunistas, na prática médica a simples medida do PH vaginal, contribui para muitas informações, como por exemplo, nos casos de corrimento vaginal, em que o valor do PH auxilia na diferenciação entre vaginose bacteriana e candidíase. Na vaginose bacteriana o PH está mais elevado ( acima de 5,0), enquanto na infecção fúngica, como a candidíase, o PH está normal (abaixo de 4,0).

Sendo o único método de análise em alguns serviços, e visto que a apresentação clínica por vezes é bem semelhante, o teste direciona uma melhor opção de tratamento de forma simples e eficaz.

O médico ginecologista é o responsável pela saúde íntima feminina, agende uma consulta para mais esclarecimentos.

É normal a barriga doer após fazer sexo pela primeira vez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode acontecer, sendo mais comum o desconforto na região pélvica, porém se for uma dor muito intensa ou persistente, precisa procurar um atendimento médico.

Causas de dor após relação sexual

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (febrasgo) e órgãos responsáveis pela descrição das doenças, existem alguns transtornos físicos e psicológicos, que podem causar dor genital ou abdominal, especialmente na região pélvica, durante ou após uma relação sexual.

As causas mais comuns são:

  • Doença inflamatória pélvica
  • Endometriose
  • Infecção fúngica (candidíase)
  • Cistite (infecção na bexiga)
  • Transtorno emocional (ansiedade)
  • Dispareunia e o
  • Vaginismo.
O que é dispareunia?

A dispareunia é a queixa de dor ou desconforto na região genital, durante a relação sexual, ou logo após. Acomete homens ou mulheres, embora seja mais comum nas mulheres.

Pode ser um sintoma tão desconfortável, que leva ao desinteresse nas relações, redução da libido e autoestima, causando ansiedade, sintomas de tristeza e conflito pessoal.

O que é vaginismo?

O vaginismo é descrito como uma contração involuntária da musculatura vaginal, que dificulta a penetração e causa desconforto importante, tanto durante, quanto após a relação. Inclusive é apontada como uma das causas mais comuns de dispareunia.

Essa condição está associada a fatores emocionais, como ansiedade e medo, na grande maioria das vezes.

Leia também: O que é vaginismo e quais os sintomas?

Por isso, pode acontecer a dor abdominal, principalmente se for baixa, na região pélvica, mas que melhora espontaneamente em poucas horas. Havendo piora ou persistência da dor, procure um médico clínico geral, médico da família ou ginecologista.

Pode lhe interessar também: Dor ao urinar depois da relação é normal? O que pode ser?

Candidíase impede a mulher de engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Candidíase não impede a mulher de engravidar.

A candidíase é uma infecção fúngica que pode ocorrer na vagina. Na presença de sintomas, ela deve ser corretamente tratada para aliviar a irritação e evitar outras complicações.

A candidiase não deixa a mulher infértil. Por isso, quem está ou já teve candidiase continuará podendo engravidar (a menos que tenha outras complicações advindas de outras causas).

Caso você esteja com candidiase, procure o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para indicar o tratamento adequado.

Caso você está na tentativa de engravidar há mais de 15 meses, procure também um/a desses/as profissionais para, juntamente com seu parceiro, investigar as causas de uma possível infertilidade. 

Tenho a boca seca constantemente. O que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A boca seca pode ser um sinal de que o corpo não está produzindo saliva suficiente. Suas principais causas são: uso de medicamentos, pouca ingestão de água, nervosismo ou estresse, envelhecimento e tratamentos com radiação na cabeça e no pescoço.

Muitos medicamentos, como anti-histamínicos, descongestionantes e medicamentos para pressão alta, ansiedade, depressão, dor, doença cardíaca, epilepsia, asma ou outras condições respiratórias, podem deixar a boca seca.

A boca seca pode ainda ter como causa:

  • Quimioterapia (pode afetar a produção de saliva);
  • Lesão dos nervos envolvidos na produção de saliva;
  • Síndrome de Sjögren;
  • Diabetes;
  • HIV ou AIDS;
  • Doença de Parkinson;
  • Fibrose cística;
  • Doença de Alzheimer;
  • Retirada de glândulas salivares devido a infecção ou tumor;
  • Tabagismo;
  • Consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas.

A falta de saliva na boca permite que as bactérias produtoras de ácido aumentem. Isso pode causar mau hálito, cáries e doenças gengivais, aumento do risco de infecção por fungos (candidíase) e feridas na boca ou infecções.

A xerostomia, termo médico para "boca seca", pode trazer problemas para a saúde bucal, uma vez que a saliva ajuda a proteger os dentes contra as cáries, previne infecções, atua na digestão dos alimentos e favorece a mastigação e a deglutição.

A falta de saliva pode causar uma sensação pegajosa e seca na boca e na garganta. A saliva também pode ficar mais espessa e pegajosa. A xerostomia pode vir acompanhada de outros sinais e sintomas, como:

  • Lábios rachados e ressecados;
  • Língua seca e áspera;
  • Incômodo para quem usa prótese;
  • Perda do paladar;
  • Dor de garganta;
  • Sensação de queimação ou formigamento na boca ou na língua;
  • Sede;
  • Dificuldade para falar, mastigar e engolir.
O que fazer em caso de boca seca?

Dentre as medidas indicadas para tratar o problema estão o uso de chicletes ou balas sem açúcar para estimular a salivação, medicamentos que aumentam a produção de saliva, umidificador no quarto durante a noite, saliva artificial e lubrificante de lábios, aumentar o consumo de água, além de mudanças na alimentação. Para diminuir o risco de cárie, pode ser indicada a aplicação local de flúor.

Na alimentação, algumas mudanças podem ajudar a diminuir a secura na boca, como:

  • Comer alimentos macios e fáceis de mastigar;
  • Incluir alimentos frescos na dieta, evitando alimentos quentes, condimentados e ácidos;
  • Consumir alimentos com alto conteúdo líquido, como aqueles com molho ou caldo;
  • Ingerir líquidos nas refeições;
  • Mergulhar alimentos duros ou crocantes em um líquido antes de engolir;
  • Evitar bebidas açucaradas, álcool e lavagem bucal à base de álcool;
  • Evitar alimentos e bebidas ácidas;
  • Evitar alimentos secos e ásperos, que podem irritar a língua ou a boca;
  • Evitar fumar e consumir tabaco em geral.

O tratamento para a boca seca consiste em identificar a causa e corrigi-la ou afastá-lado paciente. Não sendo possível, como nos casos de tratamentos com radiação ou medicamentos, o tratamento visa apenas amenizar os sintomas.

Procure um médico de família, clínico geral ou dentista para uma avaliação caso apresente sintomas de boca seca.

Tenho corrimento constante com mau cheiro, dores, enjoo... o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Estes são sintomas de uma infecção vaginal e colo do útero, precisa procurar um ginecologista que vai te solicitar os exames necessários e fazer o tratamento.

É possivel engravidar tendo uma mancha branca no útero
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Sim, é possível engravidar tendo uma mancha branca no útero, caso se trate de uma ferida na parte do útero que fica no fundo da vagina (colo do útero).

Somente o médico poderá dizer, por meio de exames como a colposcopia ou papanicolau, o que é essa "mancha branca", qual sua causa e tratamento. Geralmente, trata-se de uma ferida causada por uma infecção como papiloma vírus (HPV), candidíase ou herpes, que deve ser tratada, mas não impede que a mulher engravide.

O ginecologista é o médico mais indicado para ser consultado nessa situação, pois essas "manchas brancas" podem se transformar em câncer.

Resultado de exame preventivo com Gardnerella e Candida: deve-se tratar só a mulher ou o casal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da gardnerella e da candidíase, a princípio não precisa incluir o casal.

Gardnerella

A bactéria gardnerella é normalmente encontrada na flora vaginal da mulher, assim como o fungo candida, sem que causem qualquer alteração no epitélio ou doenças. Entretanto, se alcançarem quantidades maiores que o habitual, passam a causar reações e os sintomas.

Portanto, o resultado de preventivo com a presença desses germes, só indica necessidade de tratamento, se houver quantidades aumentadas, e presença de sinais e sintomas na mulher, como coceira, corrimento ou ardência ao urinar. Nesses casos, a mulher deverá ser tratada.

No homem, a gardnerella pode causar uretrite e balanite (inflamação do prepúcio e da glande). Quando a contaminação acontece no homem, causando sintomas, a gardnerella é considerada uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) e precisa de tratamento também.

Outra medida importante durante o tratamento, deve ser a interrupção de relações sexuais, para que o tratamento seja efetivo.

Candidíase

A candidíase não é considerada uma doença sexualmente transmissível e o tratamento do parceiro só é necessário se ele apresentar sintomas ou se a mulher apresentar episódios de candidíase recorrente.

Para mais esclarecimentos, converse com o médico de família, ou ginecologista para a mulher e urologista para os hoemns.

Saiba um pouco mais sobre o assunto nos artigos abaixo:

O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o uso de anticoncepcionais pode favorecer a vaginite, assim como a vulvovaginite recorrente, pois o componente estrogênico do anticoncepcional parece aumentar a sensibilidade e aderência de fungos, podendo causar esse processo infeccioso.

O muco vaginal protege o organismo contra inflamações e infecções. Mudanças na composição desse muco aumentam a predisposição para infecções vaginais (vaginites).

A pílula anticoncepcional também pode alterar o meio vaginal, interferindo no seu pH (acidez) e no equilíbrio da flora vaginal (bactérias naturalmente presentes na vagina).

Outros métodos anticoncepcionais como anel vaginal e dispositivo intrauterino (DIU), também podem aumentar a frequência de vaginites, por conter um "corpo estranho" (o próprio anel e o fio do DIU), que facilitam a aderência de fungos.

Quais as causas da vaginite?

Além dos anticoncepcionais, existem muitos outros fatores que podem alterar o equilíbrio da flora bacteriana normal e causar vaginites. Dentre eles incluem: o uso de antibióticos, corticoides, estresse, relações sexuais, uso de cremes vaginais, ter poucos pelos pubianos, aplicação de duchas na vagina, diabetes, gravidez, uso de desodorantes íntimos, entre outros.

Quais são os sintomas de vaginite?

O principal sintoma da vaginite é o corrimento vaginal, que normalmente vem acompanhado de coceira, vermelhidão, queimação ou pequeno sangramento. Podem ocorrer ainda dor, dificuldade para urinar, além de dor durante as relações sexuais.

No caso de vaginite atrófica, a mulher apresenta menos corrimento e mais incômodo durante as relações, decorrente da atrofia e ausência de muco, o que torna o ambiente muito seco.

Qual é o tratamento para vaginite?
  • Higiene adequada, evitando uso excessivo de sabonetes, desodorantes íntimos ou duchas, que alteram o Ph do muco vaginal;
  • Sintomáticos, banhos de assento ou compressas frias, aliviam a coceira e queimação;
  • Medicamentos, quando necessário, por exemplo no caso de dor e coceira intensa, podem ser prescritos medicamentos tópicos (pomadas) ou medicamentos orais, com corticoides e antifúngicos.

Consulte um/a médico/a ginecologista para avaliar o seu caso e diagnosticar a causa da sua vaginite. Pode ser necessário trocar de pílula ou utilizar outro método anticoncepcional, conforme orientação médica.

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Quais são os sintomas da candidíase?

Imunidade baixa é comum durante a gravidez?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Alterações na imunidade são normais e fundamentais para o sucesso da gravidez. A gravidez resulta em uma supressão da resposta imune celular (resposta celular), mas também na preservação e, algumas vezes, aumento da imunidade humoral (produção de anticorpos).

O aumento fisiológico das concentrações de cortisol, progesterona, estradiol e testosterona, observado durante o terceiro trimestre, estão envolvidos na polarização das citocinas Th2, acompanhada por uma intensificação moderada ou igual da resposta dos monócitos a favor das citocinas pró-inflamatórias. Esta polarização pode predispor à ocorrência de algumas infecções leves, como gripes e resfriados.

Outro fator importante na gestação são as alterações locais na região da vagina e vulva, promovidas pelas alterações hormonais, que podem predispor à ocorrência das vulvovaginites, como tricomoníase, vaginose bacteriana e candidíase, que não refletem necessariamente "imunidade baixa", apenas alterações locais que predispõem à proliferação destes micro-organismos.

Toda gestante deve realizar pré-natal e quaisquer dúvidas deverão ser tiradas com o médico ginecologista.

Sapinho na boca de bebê: O que é, quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sapinho é uma infecção causada por fungos, muito comum em bebês pequenos. Podendo afetar a boca (candidíase oral) ou a região ao redor do ânus, com tendência para se manifestar em períodos em que o organismo do bebê está com a imunidade mais baixa.

O sapinho na boca ocorre sobretudo em bebês que usam mamadeira e chupeta, já que o fungo causador da candidíase oral pode se proliferar facilmente nesses objetos.

Sintomas

Os sinais e sintomas que caracterizam a presença de sapinho na boca do bebê são pequenos pontos brancos semelhantes a restos de leite, que podem surgir nos lábios, nas gengivas, na parte interna das bochechas e na língua.

As manchinhas são difíceis de sair da boca e podem ser dolorosas. Por isso não se deve tentar tirá-las ou raspá-las, pois pode piorar o quadro e causar ainda mais dor ao bebê.

Os casos mais graves de sapinho podem provocar ainda febre, tosse, inapetência e problemas estomacais

Vale lembrar que a mãe pode ser infectada pelo bebê através da amamentação. Nesses casos, o sapinho se manifesta no bico do seio, causando coceira, descamação e ardência no local.

Tratamento

O tratamento do sapinho em bebês é feito com medicamentos antifúngicos que são aplicados diretamente na boca da criança. Não se trata de uma doença grave, mas é necessário tratá-la adequadamente para que a infecção não se agrave.

O tratamento também deve ser feito pelas mães que estão amamentando para evitar que sejam infectadas ou perpetuem essa infecção.

Prevenção

Para prevenir o aparecimento de sapinho na boca do bebê, recomenda-se higienizar adequadamente as chupetas, as mamadeiras, mordedores, e todos os objetos que fizerem parte do dia a dia do bebê, sobretudo se o bebê ainda não tiver completado 6 meses de vida.

Também deve ser evitado que a criança coloque coisas na boca, ou receba beijos de adultos na boca, já que esse hábito pode favorecer o desenvolvimento do fungo.

O tratamento do sapinho na boca do bebê pode demorar meses e deve ser acompanhado pelo/a médico/a pediatra.

Saiba mais em:

Sapinho na boca: Quais os sintomas e como tratar?

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