O aumento do peso é um efeito comum para quem usa Noregyna. Isso ocorre porque os hormônios sexuais têm um papel importante na regulação do apetite, no comportamento alimentar e no metabolismo.
Normalmente o aumento de peso não é consequência da retenção de líquidos, que é um efeito muito pouco frequente. Há também quem emagreça ao usar o medicamento, mas este efeito é mais raro.
Por ser comum que exista aumento de peso, é importante que mulheres que usam Noregyna adotem medidas para manter o peso adequado, como uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Além de ajudarem na manutenção do peso, essas medidas contribuem para diminuir o risco de efeitos colaterais graves, como trombose, embolia pulmonar ou infarto.
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Referências:
Noregyna.Bula do medicamento.
Hirschberg AL, Sex hormones, appetite and eating behaviour in women. Maturitas. 2012; 71(3): 248-56
Sim. A pílula do dia seguinte mesmo usada corretamente pode falhar. Não há nenhum método de anticoncepção 100% eficaz e a pílula do dia seguinte como um método de anticoncepção de emergência não é diferente.
A pílula do dia seguinte apresenta uma probabilidade de falha em torno de 2 a 3%. A pílula do dia seguinte usada até no máximo 72 horas após uma relação sexual desprotegida é eficaz e se apresenta como uma boa opção contraceptiva de emergência.
Para aumentar a eficácia da pílula do dia seguinte, recomenda-se tomar o medicamento logo após a relação sexual desprotegida. Porém, mesmo usada em até 3 dias depois da relação, ela continua sendo eficaz para prevenir a gravidez.
Qual é a eficácia da pílula do dia seguinte?
Nas primeiras 24 horas, a eficácia da pílula do dia seguinte pode chegar a 98%. Depois de 48 horas, a eficácia diminui para cerca de 85%. Se a mulher tomar o medicamento em 72 horas, as chances de prevenir a gravidez caem para 58%.
Por isso, quanto mais cedo a pílula for tomada, maior é a sua eficácia. Para tomar a pílula do dia seguinte corretamente, a mulher deve seguir as orientações do fabricante.
Porém, como toda medicação, a pílula apresenta uma porcentagem de falha que pode ocorrer e, nesse caso, aparenta ser bem reduzida, variando de 2 a 3% dos casos.
A pílula do dia seguinte não é abortiva, ou seja, caso a fecundação (junção do óvulo com espermatozoide) já tenha ocorrido, ela não evitará a gravidez.
Como saber se a pílula do dia seguinte falhou?
Apesar de ter uma eficácia de até 98% se tomada nas 24 horas após a relação desprotegida, a pílula do dia seguinte pode falhar. Nesse caso, a única maneira de saber se o medicamento falhou é fazendo um teste de gravidez.
Por isso, espere pela menstruação. Se ela se atrasar por 8 a 15 dias, faça o teste. Os testes de gravidez de farmácia devem ser feitos preferencialmente com 8 a 15 dias de atraso menstrual. Isso porque só depois de 8 dias os níveis do hormônio Beta-hCG, produzido na gravidez, estão altos o suficiente para serem detectados no exame.
O uso da pílula do dia seguinte deve ser feito com precaução e não é recomendado o uso de rotina como método anticoncepcional de médio e longo prazo. Ela é uma medicação de emergência e deve ser usada no menor tempo possível após a relação sexual desprotegida.
Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?
As situações de emergência que justificam tomar a pílula do dia seguinte incluem: rompimento do preservativo, esquecimento do diafragma, uso incorreto ou esquecimento da pílula anticoncepcional, esquecimento do anticoncepcional injetável ou ainda em casos de estupro e relações sexuais desprotegidas imprevistas.
Para maiores esclarecimentos sobre a pílula do dia seguinte, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
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A escolha de um anticoncepcional sempre envolve a ponderação de vários fatores como idade, fatores hereditários, financeiros, aderência ao tratamento, facilidade no método e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
As adolescentes podem se beneficiar com os seguintes anticoncepcionais:
- Preservativo feminino ou masculino;
- Pílula anticoncepcional de uso contínuo;
- Injeção a cada 3 meses;
- Adesivo transdérmico;
- Anel vaginal.
É recomendada uma consulta inicial com o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral antes de iniciar o anticoncepcional para uma avaliação detalhada de todos esses fatores e ponderação de qual o melhor método anticoncepcional para a adolescente.
Vale a pena lembrar que apenas o preservativo (camisinha) é capaz de prevenir doenças transmitidas pelo sexo além de evitar gravidez. Por isso, é indicado o uso da camisinha em toda relação sexual, mesmo que a adolescente escolha por outro método anticoncepcional.
Sim. O anticoncepcional injetável pode enfraquecer os ossos da mulher, principalmente quando iniciado na adolescência e utilizados por tempo prolongado.
Diversos estudos mostraram que o anticoncepcional injetável, devido a baixa dosagem de progesterona e ausência do estrogênio, age reduzindo a massa óssea ou acelerando o processo de calcificação do osso, o que na adolescência é ainda mais prejudicial, visto que a mulher ainda não atingiu o pico de massa óssea, que costuma ocorrer entre os 20 e 25 anos de idade.
Entretanto quando o uso é suspendo e se preciso repor vitaminas e cálcio, os efeitos são reversíveis. Por isso, todo início de tratamento contraceptivo deve ser muito bem avaliado pelo profissional, caso a caso.
Já a pílula anticoncepcional, com a combinação de baixas doses de estrogênio e progesterona, parece ter uma ação contrária, ou seja, ao invés de enfraquecer os ossos, reduz a perda de cálcio ósseo que ocorre depois dos 40 anos, ajudando a prevenir osteoporose.
Portanto, devido ao efetivo colateral de perda de massa óssea pelo anticoncepcional injetável, ele deve ser evitado por mulheres que já apresentam fatores de risco para osteoporose, como:
- Alcoolismo;
- Tabagismo;
- Uso crônico de medicamentos como anticonvulsivantes e corticoides;
- História familiar de osteoporose;
- Peso inferior a 57 kg e baixo índice de massa corporal (IMC menor que 19);
- Distúrbios alimentares como bulimia e anorexia;
- Doenças do metabolismo ósseo;
- Doenças crônicas como artrite reumatoide, mal de Parkinson, hipertireoidismo.
Veja também: Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?
Além disso, é recomendável que todas as pacientes que utilizem anticoncepcional injetável tenham uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D.
Informe ao médico ginecologista se observar algum dos fatores de risco para desenvolver osteoporose, antes de iniciar qualquer tratamento com anticoncepcionais hormonais orais ou, principalmente, injetáveis.
Existem diferentes métodos contraceptivos eficazes e seguros, que podem ser usados por mulheres que amamentam. Destacam-se as pílulas e injeções contraceptivas contendo progesterona, o dispositivo intrauterino (DIU) e o método da amenorreia lactacional. Este último é um método que consiste em usar o aleitamento materno exclusivo como forma de impedir a ovulação nos primeiros seis meses após o parto.
Outras possibilidades são: o uso de métodos de barreira, como os preservativos e diafragma ou a cirurgia de esterilização, caso haja indicação.
Além desses métodos, caso durante a amamentação se tenha relação sexual desprotegida e não se esteja usando nenhum anticoncepcional, é possível tomar a pílula do dia seguinte, desde que já se tenha passado 6 semanas do parto.
Vejamos as diferentes possibilidades de métodos anticoncepcionais que podem ser utilizados pelas puérperas e são considerados seguros para a mãe e o bebê.
Contraceptivos hormonais permitidos durante a amamentaçãoHá duas composições de anticoncepcionais: uma que inclui dois hormônios, o estrogênio e a progesterona e outra que inclui apenas a progesterona.
Durante os primeiros seis meses de amamentação está recomendado usar pílulas que contém apenas progesterona, caso o leite materno seja a principal fonte nutricional do bebê. Isto porque, a progesterona isoladamente não interfere na amamentação e não aumenta o risco de trombose significativamente.
Durante o período de aleitamento materno, é possível a utilização dos anticoncepcionais a base de progesterona através de pílula com progestágeno isolado em baixa dose (minipílula), pílula com progestágeno isolado em alta dose, injeção ou implante subcutâneo.
Pílulas com progestágenos isolados (Minipílula)Nomes comerciais: Norestin, Micronor
Essas pílulas são compostas por progestógenos em baixas doses. São usadas continuamente, sem pausa, e também são conhecidas como minipílulas.
As minipílulas apenas são eficazes para mulheres que estão amamentando exclusivamente até 6 meses após o parto. Quando se cessa a amamentação a sua eficácia diminui e deixam de ser um método contraceptivo seguro.
- Quando usar? Podem ser usadas entre a 6º semana e 6 meses após o parto.
Nomes comerciais: Cerazzete, Nactali, Juliet
São pílulas que contém uma maior quantidade de progesterona (75 mcg de desogestrel), por isso são mais eficaz que as minipílulas. Também são de uso contínuo, como as minipílulas. Podem ser usadas mesmo com o término do aleitamento materno exclusivo e após 6 meses do parto.
- Quando usar? Podem ser iniciadas a partir da 6º semana após o parto e permanecer o uso por tempo indeterminado.
Nomes comerciais: Contracep, Depo-provera
A medroxiprogesterona é um progestágeno que atua no organismo durante três meses, por isso, a aplicação da injeção é trimestral. É um método muito eficaz.
- Quando usar? Pode-se iniciar a aplicação das injeções trimestrais a partir de 6 semanas após o parto e manter o uso por tempo indeterminado.
Nome comercial: Implanon
Os implantes subdérmicos são métodos seguros, compostos por progestágeno. Não interferem durante a amamentação e permitem contracepção de longa duração (3 anos).
- Quando usar? Pode ser aplicado a partir da sexta semana após o parto e pode ser mantido por até 3 anos. Pode ser retirado antes, caso se deseje.
Nomes comerciais: Diane 35, Ciclo 21, Yasmin, entre outras
Durante a amamentação evita-se o uso de contraceptivos contendo estrógenos, devido ao aumento do risco de trombose e formação de coágulos e pelo risco de interferência na amamentação, visto que o estrogênio pode interferir na qualidade e quantidade de leite materno.
Por isso, os anticoncepcionais combinados estão indicados apenas após 6 meses de vida do bebê. Após esse período, as mulheres, se desejarem, podem voltar a usar a pílula que usavam antes da gravidez.
- Quando usar? Os anticoncepcionais hormonais combinados podem ser usados a partir do sexto mês de vida do bebê ou quando o leite materno já não for o alimento principal do bebê.
O dispositivo intrauterino é um método prático, altamente eficaz, duradouro e reversível, sendo seguro durante o período de amamentação. Consiste na introdução dentro do útero de uma haste em T, contendo ou cobre, ou hormônio, que são capazes de impedir por diferentes mecanismos a fecundação.
Existem dois modelos mais utilizados, o DIU de cobre, com eficácia de 10 anos, e o hormonal (Mirena), com eficácia de 5 anos.
Quando se pode começar a usar o dispositivo intrauterino?Há dois períodos em que se pode fazer a inserção do DIU dentro do útero: em até 48 horas após o parto ou depois de 4 semanas após o parto. Em algumas maternidades ou casas de parto é possível inserir o DIU logo após o nascimento do bebê.
Se passar mais de dois dias do parto, deve-se aguardar então pelo menos um mês para colocá-lo.
Método da amenorreia lactacionalO processo de sucção do bebê durante a amamentação causa o aumento de um hormônio chamado prolactina. Quando a prolactina está alta interfere no eixo hormonal que leva a ovulação, impedindo que a mulher ovule e torne-se fértil enquanto amamenta.
Portanto, o aleitamento materno exclusivo pode ser considerado uma forma de contracepção. Porém, para que a amamentação de fato seja considerada um método seguro, a ponto de impedir eficazmente uma gravidez, duas condições devem ser cumpridas:
- O aleitamento deve ser exclusivo, ou seja, a mãe deve ofertar apenas leite materno para o bebê a livre demanda durante os seis primeiros meses. Se a criança consumir fórmulas infantis ou outros alimentos, a frequência das amamentações diminui e o efeito contraceptivo do aleitamento perde eficácia.
- A puérpera não pode ter menstruado ainda. Caso ocorra a primeira menstruação após o parto, o método da amenorreia lactacional deixa de ser considerado eficaz para a proteção contra a gravidez.
O método da amenorreia lactacional está indicado desde o retorno a atividade sexual até 6 meses após o parto, depois desse período perde-se a eficácia.
Métodos de barreira (camisinha e diafragma)Os métodos de barreira são métodos seguros durante o puerpério, não interferem com a amamentação e podem ser eficazes se usados corretamente. Entre os métodos de barreira mais conhecidos estão a camisinha feminina, a camisinha masculina e o diafragma.
Além disso, os preservativos, tanto o masculino quanto o feminino, são capazes de proteger durante doenças sexualmente transmissíveis.
Os métodos de barreira são eficazes se forem usados em todas as relações sexuais durante todo o ato sexual, caso contrário pode-se atingir um grande índice de falha.
Quando se pode usar os métodos de barreira?Os preservativos masculino e feminino podem ser usados a partir do retorno as atividades sexuais por tempo indefinido.
O diafragma só pode ser utilizado após 6 semanas do parto, que é o tempo para o útero e canal de parto voltarem à conformação antes da gravidez.
Quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte?Sim, quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte desde que já tenham passadas 6 semanas do parto.
A pílula do dia seguinte apresenta em sua composição um progestágeno em alta dose, que não interfere na amamentação, por isso pode ser usada em segurança durante o período de aleitamento.
Caso apresente mais dúvidas sobre a escolha do melhor método contraceptivo durante a amamentação, consulte o seu médico de família ou ginecologista.
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Referências bibliográficas
1 Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (SRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação (CPC) da Universidade Johns Hopkins, Projeto INFO. Planejamento Familiar: Um Manual Global para Prestadores de Serviços de Saúde. Baltimore e Genebra: CPC e OMS, 2007.
2 Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Amamentação. Série Orientações e Recomendações. São Paulo 2018.
É um efeito colateral do anticoncepcional.
Anticoncepcional masculino ainda não, contraceptivos sim. Por enquanto, os únicos métodos contraceptivos existentes e aprovados para um homem, que asseguram evitar uma gravidez, são a camisinha (preservativos) e a vasectomia.
Embora diversos estudos sobre anticoncepcionais masculinos estejam bem avançados, em fase II e III (última fase), com respostas favoráveis, precisam ainda cumprir todas as normas que determinam eficácia e segurança, para posterior liberação do produto.
O primeiro método parece que será apresentado ainda em 2020. Pesquisadores da Índia prometem o lançamento do primeiro anticoncepcional masculino, após encerrar a última etapa de estudos, com um grande número de homens testados, que será o RISUG (anticoncepcional injetável).
Camisinha (preservativos)A camisinha masculina, preservativo masculino ou condom, ainda é o único método contraceptivo masculino que não interfere na fertilidade, e é também o mais utilizado. Confere uma eficácia acima de 99%, quando usada de forma correta e protege da gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Portanto, é um método eficaz, simples, facilmente encontrado e disponibilizado no serviço público, que não deve ser desencorajado ou substituído mesmo com a chegada de novos métodos anticoncepcionais. Eles devem ser feitos em conjunto.
VasectomiaA vasectomia é um método de contracepção definitiva, porque compromete a fertilidade do homem, portanto um método de esterilização. Embora exista a cirurgia para tentar reverter a vasectomia, quando é de desejo do homem, a resposta geralmente não é satisfatória.
A cirurgia se caracteriza pelo fechamento do ducto deferente, canal por onde passam os espermatozoides produzidos nos testículos, até o pênis. Com o bloqueio, os espermatozoides não chegam ao canal vaginal, encerrando qualquer possibilidade de uma gravidez.
Contraceptivos masculinos em estudo 1. Anticoncepional masculino injetável (RISUG)A injeção RISUG, abreviação de reversible inhibition of sperm under guidance, deve ser o primeiro anticoncepcional reversível, lançado para os homens. Desenvolvido na Índia, encontra-se no final de fase II, entrando na fase III ainda no ano de 2020, e se obtiver os resultados favoráveis, poderá ser fabricado e disponibilizado no mercado até o final de 2020.
O produto deve ser injetado no ducto deferente, causando um bloqueio na passagem dos espermatozoides e promete incapacitar o espermatozoide que ultrapasse essa barreira, impedindo a fecundação do óvulo.
O método é semelhante a vasectomia, realizado por cirurgia sob anestesia local, e a sua maior vantagem é a possibilidade de reversão, caso seja o desejo do homem.
2. Gel anticoncepcional para homem (VASALGEL)O Vasalgel, é um método contraceptivo para o homem, bastante semelhante ao RISUG, também em fase de estudo, com a diferença de ser um gel apenas de bloqueio do canal deferente, que impede, mas não interfere nas propriedades dos espermatozoides.
Aplicado por injeção nos testículos sob anestesia, pode ser facilmente revertido se por injeção de bicarbonato de sódio no ducto obstruído. O bicarbonato consegue dissolver o gel, revertendo a passagem dos espermatozoides e fertilização.
Os estudos precisam demonstrar ainda o tempo de proteção, comprovar grau de eficácia e efeitos colaterais.
3. Pílula anticoncepcional masculinaAs pílulas hormonais e não hormonais para o homem vêm sendo estudadas há anos, porém não alcançaram a eficácia esperada, ou causam efeitos colaterais intoleráveis, interrompendo o estudo.
Os efeitos colaterais mais comuns apresentados, foram semelhantes às pílulas femininas, como a acne, distúrbios de humor, queda da libido, dores de cabeça, e nos homens, a dificuldade erétil.
4. Gel anticoncepcional tópico para homensO anticoncepcional masculino na forma de gel tópico, é composto por uma associação de progesterona e testosterona. A progesterona reduz a produção de testosterona pelo organismo, inibindo a produção dos espermatozoides, enquanto a testosterona do gel, busca impedir os efeitos colaterais da falta desse hormônio, como perda da libido ou disfunção erétil.
O gel deve ser aplicado na região dos ombros ou das costas uma vez ao dia, e já vem sendo testado em homens voluntários, com resultados positivos e pouco relato de efeitos colaterais, até o momento.
Para maiores esclarecimentos, converse com o médico de família ou com o especialista, urologista.
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Referências:
Sociedade Brasileira de Urologia.
Existem diferentes métodos contraceptivos que protegem de uma gravidez indesejada. A pílula é um dos métodos mais populares, mas existem outras opções como injeções, implantes ou o DIU.
Conhecer diferentes métodos é essencial para que cada mulher consiga escolher a melhor forma de anticoncepção para o seu organismo e estilo de vida.
Vejamos um pouco sobre cada um dos métodos contraceptivos mais populares e reversíveis, ou seja, que após o término do uso a mulher pode voltar a engravidar normalmente.
Pílula oral combinadaNomes comerciais: Ciclo 21®, Diane 35®, Yas®, Yasmin®, Qlaira®, entre outras.
São pílulas que possuem na sua composição dois hormônios, um estrógeno e um progestógeno. Atuam inibindo a ovulação, a mulher deixa de ovular, portanto não tem risco de engravidar se usar a pílula corretamente.
A pílula contraceptiva é um dos métodos contraceptivos mais populares. Apresentam alta eficácia se tomada de forma correta e sem esquecimentos.
Além disso, possuem algumas vantagens não relacionadas a contracepção, como:
- Reduzem cólicas menstruais e excesso de sangramento menstrual;
- Controlam sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (acne, pelos faciais e corporais, oleosidade da pele);
- Diminuem o risco de câncer do endométrio, do ovário e da Doença Inflamatória Pélvica
No entanto, como a pílula requer que se tome comprimidos diariamente pode não ser o método mais indicado para mulheres que se esquecem facilmente de tomá-la.
Além disso, diarreia, vômitos e uso de medicamentos podem diminuir a eficácia da pílula, por isso nessas situações pode ser necessário usar outro método como a camisinha.
Outra desvantagem das pílulas hormonais é que causam efeitos colaterais que podem ser impeditivos ao seu uso, como alteração do sangramento menstrual, dor de cabeça, tonturas, inchaços ou náuseas.
Também é importante lembrar do risco de eventos tromboembólicos (tromboses) com o uso de pílulas e outros métodos hormonais, que embora raro podem atingir mulheres que fazem uso desse contraceptivo.
Pílula apenas de progestógenoNomes comerciais: Cerazzete®, Norestin®.
Estas pílulas contêm apenas um tipo de hormônio, o progestógeno, não contém o estrógeno presente nas pílulas combinadas. Também atuam inibindo a ovulação, mas também deixam o muco do colo do útero mais espesso, impedindo que o espermatozoide alcance o óvulo.
O principal diferencial é que podem ser usadas por mulheres que estão amamentando.
O esquecimento da pílula afeta substancialmente a sua eficácia, principalmente em pílulas com baixa quantidade de hormônios como o Norestin®.
Uma possível desvantagem é que a pílula de progestógeno pode causar irregularidade menstrual ou cessar a menstruação. Além disso, pode causar efeitos adversos para algumas mulheres como dores de cabeça, náuseas, inchaço, entre outros.
Anel VaginalNome comercial: Nuvaring®
Também é um método contraceptivo hormonal, consiste na colocação de uma estrutura em forma de anel na vagina, que contém hormônios (estrógeno e progestógeno).
O anel vaginal é um método contraceptivo eficaz e prático de ser usado, já que não requer a toma de comprimido diariamente. Basta colocar o anel na vagina que fica durante três semanas, ele é retirado por uma semana para vir a menstruação e depois coloca-se outro por mais três semanas.
É um método hormonal, portanto, apresenta os mesmo efeitos adversos que as pílulas hormonais. E ainda apresenta como desvantagem o custo, que é maior que algumas pílulas contraceptivas.
Adesivo anticoncepcionalNome comercial: Evra®
O adesivo é um método externo, é colado sobre a pele e libera hormônios continuamente, estrógeno e progesterona, durante uma semana. A cada semana troca-se o adesivo por outro. Na quarta semana interrompe-se o uso para que venha a menstruação. É assim, um método muito prático e eficaz.
Como os hormônios não passam pelo tubo digestivo a sua eficácia não é afetada por vômitos ou diarreia.
Um dos problemas dos adesivos é que são colocados em áreas muitas vezes visíveis, como nos braços, costas e barriga, o que pode ser indesejável para muitas mulheres.
Também pode desgrudar e ter a eficácia reduzida. Além disso, pode apresentar os mesmos efeitos colaterais que as pílulas hormonais.
Injeção hormonal combinada (mensal)Nomes comerciais: Mesigyna®, Noregyna®
A injeções contraceptivas mensais possuem estrógeno e progesterona. São aplicadas a cada 30 dias e da mesma forma que as pílulas orais inibem a ovulação, evitando a gravidez.
A principal vantagem da injeção hormonal mensal é a facilidade de uso, já que não requer a toma de comprimido diariamente.
No entanto, os efeitos adversos e contra-indicações são os mesmos da pílula hormonal combinada, já que as injeções mensais também são feitas dos mesmos dois hormônios.
Injeção apenas de progestógeno (trimestral)Nomes comerciais: Depo provera®, Contracep®
A injeção apenas de progestógeno é aplicada a cada três meses, contém apenas um hormônio que geralmente é a medroxiprogesterona.
A injeção trimestral é ainda mais prática de usar, visto que as injeções são aplicadas apenas a cada três meses.
Além disso, também podem ser usadas por mulheres que estão a amamentar.
Uma possível vantagem da injeção de progestógeno é a redução importante do fluxo menstrual ou mesmo ausência de menstruação em alguns casos.
Entretanto, uma das principais queixas em relação à pílula trimestral é o ganho de peso, que pode ocorrer em algumas mulheres, levando ao aumento de até cerca de 3 kg.
Implante hormonalNome comercial: Implanon®
O implante hormonal consiste na aplicação de um pequeno bastão contendo hormônios por baixo da pele. O estrógeno e a progesterona são liberados continuamente no decorrer de três anos.
Apresentam alta eficácia contraceptiva, e são muito práticos, já que durante 3 anos a mulher está protegida contra gravidez, por isso costuma ser um método muito indicado para adolescentes.
Embora tenha muitas vantagens, o implante hormonal pode causar irregularidade menstrual e sangramento de escape, sendo um impeditivo para muitas mulheres. Também podem apresentar efeitos adversos do uso de hormônios.
Dispositivo intrauterino de cobre (DIU de cobre)Este método consiste na inserção de um pequeno dispositivo em volta de T e coberto por cobre no útero.
O DIU de cobre é o método contraceptivo reversível de maior duração. Tem validade de 10 anos. Portanto, para mulheres que não planejam filhos a longo prazo é uma boa opção.
Também é importante destacar que é um método totalmente sem hormônios, indicado para mulheres que apresentam efeitos adversos a qualquer outro método hormonal como as pílulas ou injeções.
No entanto, o uso do DIU de cobre pode em algumas mulheres levar ao aumento do sangramento menstrual e cólicas menstruais.
Além disso, requer ser colocado por um médico ou enfermeiro capacitado
Dispositivo intrauterino de levonorgestrel (DIU hormonal)Nome comercial: Mirena®
O DIU de levonorgestrel é um dispositivo implantado também na cavidade uterina, atua liberando gradativamente pequenas quantidades do hormônio levonorgestrel, inibindo a fecundação. Também é um método de longa duração com validade de 5 anos.
Tem ação hormonal predominantemente local, o que diminui o risco de efeitos adversos decorrentes do uso de hormônios.
Pode causar redução importante de sangramento e cólicas menstruais, em alguns casos provocando a interrupção da menstruação o que pode ser vantajoso para algumas mulheres.
Uma desvantagem do DIU de levonorgestrel é que pode causar irregularidade menstrual ou sangramento de escape frequente.
Também é importante ressaltar que embora a quantidade de hormônios liberada no organismo seja pequena, algumas mulheres mais sensíveis podem sentir alguns sintomas relacionados ao levonorgestrel como dor de cabeça, náuseas, irritabilidade e alterações de humor.
Caso precise de ajuda para escolher o método contraceptivo para adequado consulte um médico de família ou ginecologista para melhor orientação.
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Referências bibliográficas:
Planejamento Familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.
A forma de usar e o dia do início de cada tipo de anticoncepcional é diferente. Alguns são de uso diário, outros semanais, mensais ou trimestrais e até de 3 anos. A maioria deve ser iniciado no primeiro dia da menstruação, mas nem todos.
Sabendo que a eficácia dos anticoncepcionais depende do uso correto da medicação, é fundamental conhecer a forma correta de tomar o contraceptivo escolhido, dia de início e situações que possam interferir no seu mecanismo de contracepcão.
Como tomar um anticoncepcional oral?Tomar 01 comprimido por dia, todos os dias, de preferência no mesmo horário. O primeiro comprimido é tomado no primeiro dia da menstruação e a cartela seguinte depende do tipo de anticoncepcional em uso.
Cartela de 21 comprimidosPara as cartelas com 21 comprimidos, a mulher precisa fazer uma pausa de 7 dias, completando os 28 dias de ciclo, e depois recomeçar nova cartela. Durante esses 7 dias da pausa, é esperado que ocorra a menstruação. No entanto, a próxima cartela deverá ser iniciada no 8º dia independente do sangramento, até porque o uso regular de anticoncepcionais, tem como efeito comum, a irregularidade menstrual. Sendo assim, não é seguro se basear na menstruação.
Cartela de 28 comprimidosPara as cartelas de 28 comprimidos, opção habitual para as mulheres que não desejam menstruar ou que tenham essa indicação, como no caso de anemia e enxaqueca severa, não é preciso fazer a pausa. Ou seja, terminando a cartela, no dia seguinte inicia a nova cartela. As medicações são compostas de forma diferente, para manter o ciclo normal, sem precisar interromper o seu uso.
Como devo usar o anticoncepcional em adesivo?O anticoncepcional em adesivo (Evra®), deve ser aplicado 1vez por semana, durante 3 semanas. Depois é preciso fazer a pausa de 1 semana, e então recomeçar novo ciclo de adesivos.
Assim como os anticoncepcionais, o uso correto do produto é fundamental para assegurar a contracepção. Por isso é importante ter cuidado com as recomendações na sua aplicação, que incluem:
- Aplicar o primeiro adesivo no primeiro dia da menstruação,
- Trocar o adesivo sempre no mesmo dia da semana, após 7 dias de uso, ou seja, se o primeiro adesivo foi colocado no domingo, os demais devem ser colocados também no domingo,
- Aplicar nas regiões indicadas na bula: regiões sem pelo, nádegas, abdome, braço (parte externa) ou dorso (parte superior),
- Nunca aplicar na pele com vermelhidão, ou machucados,
- Não colocar em região onde a roupa possa causar fricção e o seu deslocamento,
- Se observar algum comprometimento do adesivo, como lateral levantada ou área descolando, deve ser trocado por um novo.
O adesivo não deve ser usado no caso de mulheres com contraindicações para uso de estrogênio, como historia de câncer de mama, tromboembolismo ou doenças tromboembólicas. Mulheres com peso acima de 90 kg também podem ter a absorção da medicação diminuída, reduzindo a eficácia do anticoncepcional.
Nesse caso é aconselhável conversar com o ginecologista para avaliar uma outra opção.
Como devo usar o anticoncepcional injetável?Os anticoncepcionais injetáveis devem ser aplicados por um profissional de saúde, habilitado para essa administração, pois a aplicação incorreta reduz consideravelmente a eficácia do anticoncepcional.
Os anticoncepcionais mensais, são compostos por estrogênio e progesterona, e devem ser aplicados, por via intramuscular, 1 vez por mês. A primeira aplicação pode ser feita no primeiro dia da menstruação para algumas apresentações, já outras pedem que seja feito entre o 7º e o 10º dia do ciclo, como no caso do Perlutan®.
Os injetáveis trimestrais, como Depo® Provera®, são compostos apenas por progestágenos, e tem uma duração maior. São administrados, também por profissional habilitado, por via intramuscular, a cada 12 a 13 semanas, com o máximo de 91 dias de intervalo.
Lembrar ainda que não se deve apertar ou massagear o local, após a aplicação.
Como devo usar o implante subcutâneo (Implanon®)?O implante subcutâneo, autorizado para uso no Brasil a menos tempo, é o Implanon®, método contraceptivo de alta eficácia e longa duração, que vem sendo muito utilizado.
Deve ser aplicado pelo médico, sob anestesia local, na região interna do braço, entre o primeiro e o quinto dia da menstruação. A sua duração é de 3 anos, ou um pouco menos para as mulheres com sobrepeso. Portanto, com a troca a cada 3 anos.
O que fazer se esquecer de tomar o anticoncepcional no dia certo?Nesse caso, mais uma vez, dependerá do medicamento que faz uso. Na maioria das vezes, a medicação não perde o seu efeito se o esquecimento for de menos de 2 dias. Então, basta retornar a medicação.
No caso de anticoncepcionais injetáveis, se passar dos 30 dias, para os mensais ou, 91 dias para os trimestrais, é preciso fazer um teste de gravidez antes de aplicar a próxima dose.
Como escolher o melhor anticoncepcional?Os anticoncepcionais devem ser escolhidos junto com o médico que a acompanha, para que possa receber as principais informações de cada opção, os seus riscos e benefícios, avaliação das suas características físicas, condições de saúde e estilo de vida.
A opção também deve ter como base os custos e pretensão de formação familiar, para que a adesão ao medicamento seja efetiva e não precise fazer trocas repetidas de anticoncepcionais, tornando essa questão um problema emocional.
São muitas as opções, por isso sempre haverá uma melhor indicação para cada caso.
Para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre anticoncepcionais, leia também os artigos:
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Referências:
- FEBRASGO - Federação Brasileira de Associações de Gineologia e Obstetrícia.
- Christine Dehlendorf, et al.; Contraception: Counseling and selection. UpToDate. Aug 03, 2020.