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É possível engravidar tomando anticoncepcional?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

É possível, porém muito raro. Se fizer o uso da medicação corretamente, o que inclui tomar uma pílula, todos os dias, de preferência no mesmo horário, a chance de engravidar é quase zero.

Inclusive durante o uso de anticoncepcional, não existe período fértil ou ovulação, devido a ação dos hormônios na pilula. Por isso, o risco de engravidar pode ser menor que 1%. Porém, se houver falha na toma da medicação, como o esquecimento de um ou mais comprimidos, a eficácia ficará comprometida.

Além disso, é recomendado que durante a primeira cartela, use mais um contraceptivo, como a camisinha, enquanto o organismo está em adaptação. Após um ano de uso, já está protegida.

Tomo anticoncepcional há 1 ano, posso engravidar?

Provavelmente não. O uso correto do anticoncepcional, impede a gravidez, devido à ausência da ovulação.

O importante é sempre fazer o uso conforme orientado pelo médico e pelo fabricante, o que pode variar um pouco, entre as diferentes pílulas encontradas atualmente no mercado.

A maioria das pílulas são tomadas diariamente, de preferência no mesmo horário, durante 21 dias consecutivos, e depois passa 7 dias sem medicação. Após essa semana reinicia nova cartela. Existem ainda as cartelas de 28 dias, onde não há necessidade da pausa.

Vale ressaltar, que a pílula anticoncepcional protege apenas contra uma gravidez não planejada, porém para evitar infecções sexualmente transmissíveis, como a clamídia, gonorreia, sífilis, HIV, entre outras, o único método eficaz é a método de barreira, a camisinha feminina ou masculina.

Conheça mais sobre esse tema, nos seguintes artigos:

Mesigyna engorda?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O Mesigyna é um anticoncepcional hormonal injetável que pode contribuir para a retenção de líquidos em algumas pessoas e, com isso, levar à um aumento do peso. Embora outras causas para o ganho de peso com o uso do Mesigyna estejam sendo investigadas sem comprovação científica ainda, na prática, isso é observado com frequência.

Mesigyna deve ser aplicado mensalmente, por injeção intramuscular profunda, de preferência nas nádegas. Sua ação hormonal impede a ovulação da mulher e a gravidez.  A primeira aplicação deve ser realizada no 1º dia da menstruação e depois, a cada mês, do 27º dia do ciclo até o 33º dia, no máximo.

O ginecologista deve ser consultado sempre que houver problemas em relação ao uso dos anticoncepcionais, como no caso do ganho de peso.

Tomei o anticoncepcional com falhas. Posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A pílula anticoncepcional usada com falhas diminui a sua eficácia em prevenir a gravidez e, portanto, quando não usada corretamente, a possibilidade de engravidar aumenta.

As falhas do uso do anticoncepcional costumam ser:

  • Esquecimento de comprimido;
  • Tomada do comprimido fora do horário habitual;
  • Intervalo prolongado da pausa entre as cartelas;
  • Tomada do comprimido em horário diferente a cada dia.

Todas essas falhas podem diminuir a eficácia da pílula e, consequentemente, aumentar a chance de engravidar.

O que fazer se esquecer o anticoncepcional?

O esquecimento por menos de 12h, não interfere na eficácia da pilula, por isso, nesse caso, basta tomar a pílula que foi esquecida assim que se lembre, e continuar tomando a cartela como antes.

Se passou mais de 12 horas, a eficácia do medicamento pode ter diminuído, por isso é recomendado conversar com o médico que receitou a pílula, ou ler a bula do medicamento, e seguir as orientações do fabricante.

Quando a mulher apresentou alguma falha no método, é recomendado o uso de outro método contraceptivo associado (por exemplo, o preservativo) para garantir que não engravide.

Conheça mais sobre esse tema, nos artigos:

Anticoncepcional injetável engorda?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O uso de anticoncepcional injetável pode levar ao ganho de peso.

Um dos efeitos colaterais relatado pelas mulheres que usam anticoncepcional injetável é o ganho de peso. Isso se deve principalmente pelo acúmulo de líquido provocado pelo hormônio do anticoncepcional. A média do ganho de peso pode ser em torno de 2 a 4 kg a depender da mulher, da atividade física praticada e da alimentação.

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Anticoncepcional engorda?

Geralmente, o efeito benéfico contraceptivo sobrepassa o efeito colateral do aumento do peso.

Antes de começar um novo tipo de anticoncepcional é recomendado procurar o/a médico ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para indicação do melhor método contraceptivo para você.

Tenho sintomas de gravidez ou do anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Parecem apenas sintomas do anticoncepcional, mas caso a menstruação atrase ou não venha no período de pausa da pílula pode ser feito um teste de gravidez para descartar esta hipótese.

É muito comum confundir alguns sintomas do uso do anticoncepcional, como sensação de inchaço, náuseas ou sensibilidade mamária, com os possíveis sintomas do início de uma gravidez, ou mesmo do período pré-menstrual.

Entretanto, vale lembrar que os sintomas de uma possível gravidez são mais persistentes e podem ser mais intensos do que os sintomas causados pelo anticoncepcional, ou seja, não melhoram com a vinda da menstruação e são contínuos durante todo o mês.

Caso você tenha feito o uso correto da pílula, sem esquecimentos e de preferência no mesmo horário, não há com o que se preocupar, já que o risco de gravidez é muitíssimo baixo.

Contudo, em algumas situações pode ser válida a realização de um teste de gravidez, mesmo estando a tomar o anticoncepcional, são elas:

  • Quando o uso da pílula foi irregular: quando se esqueceu de tomar a pílula por mais de três dias consecutivos, ou vários dias intercalados.
  • Quando se apresenta atraso menstrual considerável, acima de 7 dias ou mais.

Quais são os principais efeitos adversos dos anticoncepcionais hormonais?

Quando se inicia o uso de um anticoncepcional hormonal seja ele injetável ou oral é possível que ocorram alguns efeitos adversos, os principais são:

  • Irregularidade menstrual;
  • Náuseas e enjoos;
  • Sensação de inchaço;
  • Sensibilidade ou dor mamária;
  • Alterações no humor;
  • Diminuição da libido.

É importante destacar que a maioria desses sintomas são transitórios e tendem a diminuir com o decorrer do uso do anticoncepcional. Caso se tornem muito frequentes é importante consultar o médico para avaliar a necessidade de realizar a troca de método contraceptivo.

Consulte sempre o seu médico de família ou ginecologista para maiores esclarecimentos.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A princípio não existe qualquer problema em voltar a tomar o anticoncepcional, visto que já fez uso prévio, porém o ideal é sempre passar por uma avaliação médica antes de iniciar qualquer tipo de tratamento.

Parei o anticoncepcional há um mês, posso retornar?

Sim. Se fazia uso do anticoncepcional, não sentia nenhum efeito colateral e interrompeu há pouco tempo, pode retornar sem problemas.

O primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro dia da menstruação, conforme a primeira vez que fez uso.

Lembrando que no primeiro mês do anticoncepcional, a eficácia ainda não é completa, por isso deve fazer uso de mais um método de contracepção, como a camisinha, durante esse mês. A partir do segundo mês já estará protegida.

Se for anticoncepcional injetável, deve seguir a orientação do médico, de acordo com a medicação. A maioria pede que faça a aplicação nos primeiros dias da menstruação, porém alguns orientam a fazer a injeção entre o 7º e o 10º dia da menstruação.

Parei o anticoncepcional há um ano, posso retornar?

Na grande maioria das vezes pode retornar, mas o ideal é reavaliar com um ginecologista, visto que após 6 meses a um ano pode ter havido mudanças sobre as medicações e sobre as suas condições de saúde. Estas condições podem interferir na escolha do medicamento.

Como definir o melhor anticoncepcional para tomar?

Algumas questões devem ser avaliadas e discutidas com o ginecologista para definir o melhor anticoncepcional, de maneira individual, como:

  • Avaliar situação clínica atual,
  • Avaliar riscos e benefícios do seu uso,
  • Fatores de risco para doenças como trombose, infarto e AVC, e
  • Interação medicamentosa (com medicamentos que já faz uso regular).
1. Situação clínica atual

Com o tempo podemos desenvolver doenças crônicas ou mesmo agudas, modificar o estilo de vida, hábitos e alimentação, que interferem na opção do anticoncepcional a ser iniciado.

2. Riscos e benefícios do uso de anticoncepcionais

Uma questão extremamente importante e atual, é a discussão sobre os riscos e benefícios do uso de anticoncepcionais. Diversos estudos mostram que o uso de anticoncepcional aumenta o risco de câncer de mama, enquanto outros, evidenciam respostas benéficas, sendo considerado inclusive como um fator de prevenção para o câncer de ovário, endométrio e intestino.

Como ainda não existe um consenso nesse assunto, deve ser avaliado caso a caso.

3. Fatores de risco para trombose, infarto e AVC

Existe também um aumento do risco de doenças tromboembólicas, como a trombose, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), em mulheres com fatores de risco e história familiar para essas doenças.

Mais um motivo importante para que toda a mulher seja cuidadosamente avaliada, antes de iniciar um medicamento hormonal como os anticoncepcionais.

4. Interação medicamentosa

A interação medicamentosa é uma situação comum, especialmente quando é preciso fazer uso de medicamentos para doenças crônicas diariamente. Por exemplo, o uso regular de medicamentos anticonvulsivantes, uso de certos antibióticos, antirretrovirais e uso de anabolizantes, mesmo que de forma intermitentes, alteram a eficácia dos anticoncepcionais.

Por isso é importante informar ao seu médico o uso de qualquer medicamento, mesmo que faça uso de vez em quando.

A escolha do melhor anticoncepcional depende exatamente dessa avaliação. Portanto, embora não haja problemas em recomeçar a medicação, o mais adequado é que converse com o seu ginecologista, para decidirem juntos pela melhor opção.

Saiba melhor sobre quem pode ou não fazer uso de anticoncepcionais no seguinte artigo: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Tem problema em tomar a injeção 2 dias após a data?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Deve evitar ao máximo postergar a tomada da injeção para um período superior a 7 dias, sob o risco de engravidar. Tomar a injeção 2 dias após a data prevista não interfere na sua eficácia. No entanto, se esse período for superior a 7 dias, o risco de gravidez aumenta, caso tenha tido relações sexuais desprotegidas.

A mulher pode aplicar a injeção anticoncepcional até 1 semana antes ou 1 semana depois da data prevista para a nova aplicação.

O que fazer caso atrase a injeção mais de 7 dias?

Caso atrase a próxima injeção por mais de 7 dias, é recomendado o uso de método complementares como camisinha, diafragma ou espermicida até conseguir tomar a próxima injeção. Nessa situação, a mulher também pode usar a pílula seguinte, caso não tenha usado nenhum método complementar.

O uso do método contraceptivo complementar deve permanecer por mais uma semana após a tomada da injeção em atraso.

As mulheres que deixaram de tomar a injeção por mais de 7 dias da data prevista e mantiveram relação sexual desprotegida, precisam verificar se estão grávidas antes de voltar a realizar o anticoncepcional injetável. Neste caso, é indicada a realização de um teste de gravidez.

Caso ela não tenha tido relações sexuais ou caso tenha usado algum outro método contraceptivo nesse período ela pode tomar a nova injeção imediatamente.

Mesigyna é eficaz?

A Mesigyna® é um contraceptivo injetável mensal composto de enantato de noretisterona e valerato de estradiol, ou seja, por um progestágeno e um estrógeno. É um método eficaz se usado corretamente, apresenta um índice de falha de 1%, ou seja, a cada 100 mulheres que usam o método durante um ano somente uma engravida.

Para maiores orientações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

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Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Como posso saber se o anticoncepcional está fazendo efeito?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não existem sinais ou sintomas que permitam determinar se o anticoncepcional está a fazer efeito ou não, a única forma de garantir que ele irá fazer efeito é tomá-lo corretamente, sem esquecimentos.

Se o anticoncepcional for tomado diariamente, sem esquecimentos e sem nenhum outro fator que interfira na sua eficácia, como o uso de certos tipos de medicamentos ou episódios de vômito e diarreia, ele irá funcionar e irá proteger contra a gravidez.

A presença ou ausência de sangramentos, ou irregularidade menstrual não se relacionam diretamente a eficácia do anticoncepcional.

Portanto, não significa que pelo fato de a mulher apresentar sangramento de escape ou irregularidade menstrual que o anticoncepcional esteja perdendo o efeito.

Por isso, não há uma forma especifica de saber se o anticoncepcional está funcionando.

Quando o anticoncepcional começa a fazer efeito? Posso engravidar na primeira cartela?

Alguns médicos orientam o uso de preservativo durante toda a primeira cartela do anticoncepcional, de modo a reduzir ao máximo a chance de gravidez no começo do uso da pílula.

No entanto, atualmente, as pílulas já garantem proteção logo no primeiro dia de uso, caso se comece a tomar o anticoncepcional até 5 dias depois do início da menstruação.

Se tiver começado após 5 dias do primeiro dia da menstruação deve-se fazer uso da camisinha por uma semana, esse é o tempo que o anticoncepcional começará a fazer efeito.

Caso contrário corre-se o risco de engravidar durante o uso da primeira cartela do anticoncepcional.

O que corta o efeito do anticoncepcional?

Os principais fatores que cortam o efeito do anticoncepcional ou podem diminuir sua eficácia, aumentando assim o risco de uma gravidez indesejada são:

Esquecimentos

O uso irregular, com esquecimentos frequentes é uma importante causa de redução do efeito da pílula, quantos mais dias se esquece menor a eficácia e maior é a chance de uma gravidez inesperada.

Por isso, é importante criar-se um hábito tomando a pílula, de preferência, sempre no mesmo horário de forma a criar o costume diário de sempre tomar o comprimido do anticoncepcional.

Medicamentos

Os principais medicamentos que podem reduzir o efeito do anticoncepcional são:

  • Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Topiramato, Oxcarbazepina, Fenitoína e Fenobarbital);
  • Rifampicina;
  • Rifabutina;
  • Primidona;
  • Anabolizantes;
  • Alguns anti retrovirais como o Ritonavir.

Leia também: 5 coisas que podem cortar o efeito do anticoncepcional

Vômitos ou diarreia

Já a presença de vômito ou diarreia pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional, se ocorrerem em até 4 horas após ter tomado a pílula ou caso esses sintomas persistam por mais de 24 horas.

Caso apresente vômitos até 4 horas da ingesta da pílula deve tomar outra novamente.

Leia também: Vômito e diarreia podem cortar o efeito do anticoncepcional?

O que corta o efeito do anticoncepcional injetável?

Em relação aos anticoncepcionais injetáveis a principal causa de perda de efeito é o uso concomitante de medicamentos que interferem da eficácia do anticoncepcional. Entre eles estão:

  • Fenitoínas;
  • Barbitúricos;
  • Primidona;
  • Carbamazepina;
  • Rifampicina;
  • Oxcarbazepina;
  • Topiramato;
  • Felbamato;
  • Griseofulvina;
  • Erva de São João.

No caso da injeção anticoncepcional a presença de vômitos ou diarreia não reduzem o efeito contraceptivo.

Leia também: Dúvidas sobre anticoncepcional injetável

Antialérgico corta o efeito do anticoncepcional?

Não, medicamentos antialérgicos e anti-histamínicos como a loratadina, a desloratadina, fexofenadina, hidroxizina, dexclorfeniramina, entre outros, não interferem no efeito da pílula anticoncepcional.

São poucos os medicamentos que de fato podem reduzir o efeito da pílula, na dúvida consulte o seu médico.

Como saber se o anticoncepcional está fazendo mal?

Algumas mulheres podem considerar que o anticoncepcional está fazendo mal quando passam a sentir algum dos efeitos adversos da pílula, algo que é muito comum.

Contudo, a presença de efeitos adversos não necessariamente indicam um mal maior ao organismo.

Efeitos adversos como alterações no padrão menstrual, náuseas, alterações no peso, entre outros não indicam necessariamente que o anticoncepcional esteja a fazer mal ao organismo, geralmente tendem a melhora com o decorrer do tempo.

Caso os efeitos adversos persistam ou aumentem de intensidade precisam ser avaliados por um médico.

Além disso, quando se usa qualquer tipo de medicamento, incluindo os anticoncepcionais, deve-se ficar atenta a possíveis sintomas novos que podem surgir e não estavam presentes antes de começar a tomar o medicamento.

O anticoncepcional de fato pode fazer mal quando está diretamente relacionado a eventos tromboembólicos e cardiovasculares, no entanto, esses eventos são raros.

Os efeitos adversos mais comuns com o uso dos anticoncepcionais hormonais são as alterações no padrão menstrual, como:

  • Sangramento em menor quantidade e menos dias de sangramento,
  • Sangramento irregular,
  • Sangramento ocasional,
  • Ausência de menstruação.

Essas alterações no padrão menstrual não indicam que o anticoncepcional esteja a fazer mal ao organismo, geralmente tendem a melhora com o decorrer do tempo.

Outros efeitos adversos que podem ocorrer com o uso do anticoncepcional hormonal são:

  • Dores de cabeça
  • Tontura
  • Náusea
  • Sensibilidade das mamas
  • Alteração do peso
  • Alterações de humor
  • Acne (pode melhorar ou piorar)
  • Aumento da pressão arterial.

Os eventos de maior gravidade associados ao anticoncepcional são a trombose venosa profunda, o tromboembolismo pulmonar, o acidente vascular encefálico e o infarto agudo do miocárdio.

Na trombose venosa profunda, os principais sintomas são:

  • Dor e inchaço nos membro afetado (geralmente pernas ou pés)
  • Mudança da cor da pele (fica mais vermelha ou azulada)

No tromboembolismo pulmonar o principal sintoma é a falta de ar repentina e progressiva, que se inicia subitamente.

Na presença de sintomas sugestivos de evento tromboembólico um médico deve ser imediatamente consultado.

Para mais esclarecimentos sobre anticoncepcionais consulte o seu ginecologista ou médico de família.

O que fazer em caso de aplicação intramuscular no glúteo errada?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Algumas complicações podem ocorrer após a aplicação de uma injeção intramuscular glútea. Elas podem estar associadas a erros ou não. É importante conhecer o que pode dar errado para procurar ajuda rapidamente. Veja abaixo o que pode acontecer e o que fazer nestes casos.

Dor ou perda de movimentos podem indicar lesão do nervo ciático

Quando o nervo ciático é atingido pela agulha durante a aplicação da injeção, você pode sentir uma pequena dor passageira, dor mais intensa, dormência ou até a perda de movimento da perna. A lesão pode causar paralisia ou dormência permanentes da perna no lado onde a aplicação foi feita.

A lesão do nervo é a complicação mais comum após a injeção intramuscular. O nervo ciático é o nervo mais frequentemente afetado.

O que fazer?

É importante procurar um médico para reduzir a gravidade do dano e iniciar o tratamento quanto antes, aumentando as chances de recuperação. O tratamento da lesão inclui o uso de medicamentos para dor, fisioterapia, uso de dispositivos auxiliares e exploração cirúrgica.

Limitação de movimentos pode ser sinal de contratura do músculo glúteo

Quando fazemos um esforço com o músculo e sentimos que ele "endurece", ele está contraído. Quando relaxamos, ele deixa de ficar duro. Se você percebe que o músculo está sempre rígido e não relaxa, isso não é normal. Pode ser o caso da contratura do músculo glúteo.

A pessoa com esse problema apresenta uma rigidez no quadril que a impede de trazer ambos os joelhos juntos durante o agachamento.

Muitas causas são atribuídas à contratura do músculo glúteo, sendo que a aplicação repetida de injeção intramuscular glútea no mesmo músculo é a mais comum.

O que fazer?

Caso você sinta que o seu músculo está rígido e tem limitação de movimentos após uma ou mais injeções, procure um médico. Exames radiológicos conseguem detectar o problema e descartar outras causas. O tratamento com fisioterapia é indicado, mas pode ser necessário fazer cirurgia para corrigir o problema.

Alteração do efeito esperado para a injeção

Pessoas obesas, com sobrepeso e mulheres têm uma camada mais grossa de gordura na região do glúteo. Nestas pessoas a aplicação pode ser feita acidentalmente na região subcutânea. Isto afeta o efeito do medicamento feito para ser injetado no músculo, além de aumentar o risco de complicações.

Se o medicamento vazou depois da aplicação, o efeito pode ser afetado também. Consulte o médico para saber o que fazer neste caso.

Outras complicações mais raras Infecções

Nos casos de infecção, você pode observar bolha ou abscesso (pode sair líquido ou não), vermelhidão, inchaço. Pode sentir dor intensa e ter febre nas 24 horas depois da injeção.

Mal-estar e outros sintomas como confusão, pressão baixa, hipotermia ou febre podem estar associados. Pode levar à necrose (morte de tecidos) no local e à infecção generalizada.

Evolui rapidamente e precisa de diagnóstico rápido. Por isso você deve procurar um médico com urgência caso tenha os sintomas descritos.

A fasciíte necrosante é uma complicação, não um erro. Ela é uma infecção rara e grave que pode estar associada à aplicação intramuscular de medicamentos. Infecção (por exemplo, na garganta), o uso de anti-inflamatórios ou de corticoides podem aumentar a chance de fasciíte.

Outras consequências de infecção após a aplicação de injeção são a gangrena gasosa e a formação de abscesso. Elas também são muito raras. A falta de cuidados de higiene na aplicação também pode causar infecções e suas consequências.

Exames de sangue e de imagem são utilizados para diagnóstico e avaliação da gravidade. Requer cirurgia imediata, tratamento de suporte com antibióticos e hemodinâmico.

Mancha roxa que pulsa (psedoaneurisma)

Se você sente dor intensa, com inchaço, endurecimento (formação de “caroço”) no local da aplicação da injeção e vê hematoma (mancha roxa) que pulsa (em alguns casos), pode ser um caso de psedoaneurisma.

O caroço que se forma pode comprimir o nervo ciático, causando sintomas como dor, dormência ou perda de movimento na perna do lado correspondente ao local da aplicação. Pode causar anemia e necrose (morte de tecidos).

Você precisa procurar um médico com urgência.

O pseudoaneurisma é uma lesão rara e pode ser causada pela perfuração durante a aplicação da injeção intramuscular glútea. Devido à perfuração, o sangue sai da artéria e causa como uma hemorragia interna.

Exames de imagem, como ultrassom, tomografia ou ressonância magnética conseguem detectar o problema. O tratamento consiste em fazer parar o sangramento e na drenagem do hematoma para diminuir a necrose e aliviar a dor.

Quem está sob maior risco de ser vítima de ocorrência de erros e complicações?

Atenção maior durante e após a aplicação intramuscular glútea em:

  • Crianças;
  • Idosos;
  • Pacientes com baixo peso.

Eles têm um risco maior de lesão do nervo ciático devido à aplicação. As crianças e os idosos podem não perceber o problema ou não se queixar.

As pessoas com problemas de imunidade são mais suscetíveis a infecções. Por isso, há maior risco de complicações como a fasciíte necrosante, abscessos e a gangrena gasosa nestes casos, apesar de serem raras.

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Referências

Kim HJ, Park SH. Sciatic nerve injection injury. Journal of International Medical Research 2014; 42(4): 887–897

Rai S , Meng C, Wang X, Chaudhary N, Jin S, Yang S, Wang H. Gluteal muscle contracture: diagnosis and management options. SICOT J. 2017; 3, 1

Mendoza C, Salvo S, Luque P, Condado H, Gonzalo MA, Algarate S. Fascitis necrotizante y síndrome del shock tóxico por Streptococcus pyogenes tras inyección intramuscular. Rev Esp Quimioter. 2019; 32(5): 473-474

Saad PF, Saad KR, Armstrong DMFO, Soares BLF, Almeida PHF, Razuk Filho A. Inferior gluteal artery pseudoaneurysm related to intramuscular injection. Int J Surg Case Rep. 2015; 6: 29–32.

Dayananda L, Belaval V V, Raina A, Chandana R. Intended intramuscular gluteal injections: Are they truly intramuscular?. J Postgrad Med 2014;60:175-8

Sangramento acompanhado com um mau cheiro terrível?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sangramento ou corrimento com odor desagradável, geralmente, indica algum tipo de infecção ou inflamação vaginal, precisa procurar um médico para uma melhor avaliação e diagnóstico. Não é esperado que o uso do anticoncepcional injetável altere o odor da menstruação, portanto é importante investigar a causa desse odor.

O sangramento menstrual não costuma ter odor fétido, quando isso ocorre é importante avaliar qual o motivo do cheiro desagradável. Diversas situações podem ocasionar essa mudança no odor da menstruação, entre elas o sangramento excessivo e abundante e a presença de vulvovaginites como a vaginose bacteriana são as mais comuns.

A utilização de absorventes ou tampões por longos períodos também podem contribuir para a modificação do odor do sangue menstrual. Mais raramente a presença de tumores de colo uterino também podem ocasionar a presença de sangramento vaginal de odor pútrido.

O que é Vaginose bacteriana?

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

Quando a mulher está com essa vulvovaginite é esperado que a sua menstruação também apresente um odor desagradável devido a mistura entre o sangue e a secreção vaginal infectada, no entanto, o cheiro fétido permanece mesmo na ausência de menstruação.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Na presença de odor fétido menstrual consulte um médico ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

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Anticoncepcional provoca aborto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. O anticoncepcional não provoca aborto. O anticoncepcional pelos seus diversos mecanismos impede que ocorra a gravidez.

A gravidez é o processo no qual um embrião, formado pela união do óvulo com o espermatozoide, desenvolverá no útero da mulher.

Os métodos anticoncepcionais atuam de diversas formas para não haver o contato entre o óvulo e o espermatozoide e, consequentemente não ocorrer a formação do embrião. Caso haja a junção do óvulo com o espermatozoide, o anticoncepcional não impedirá a formação do embrião. Por isso, o anticoncepcional é um método que previne a concepção.

Aborto acontece quando há perda do embrião que já foi formado. Ou seja, a gravidez já está instalada e, por algum motivo, ocorre a perda do embrião.

Cada método anticoncepcional atua de uma forma diferente para evitar esse encontro entre o óvulo e o espermatozoide. Há os métodos de barreira ( preservativo, diafragma); os métodos hormonais (pílula, injeção, adesivo, anel vaginal); métodos comportamentais (fertilidade consciente, tabelinha) e métodos permanentes (vasectomia e ligação das tubas uterinas). Nenhum deles provoca aborto.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Em teoria 30 dias, na prática pode durar um pouco mais.

O Mesigyna é uma composição de dois hormônios, que são liberados aos poucos durante um mês na corrente sanguínea da mulher. Após os 30 dias da última injeção, em poucos dias o restante da medicação será eliminada pelo seu organismo e termina seu efeito.

Quando a mulher decide parar o uso das injeções de anticoncepcionais, imediatamente o organismo inicia uma readaptação hormonal, para retornar os ciclos ovulatórios normais. Essa readaptação depende muito de cada mulher.

Inclusive é esperado que aconteça uma irregularidade menstrual ou atrasos durante esse período, pela readaptação hormonal, e não mais por efeitos da injeção. De qualquer forma, é importante resultar que após esses 30 dias da última injeção, já pode haver ovulação normal e o risco de gravidez, caso haja relação sem outro método de contraceptivo.

Já no caso de anticoncepcional injetável trimestral, estudos referem um tempo mais prolongado para eliminação de toda a medicação, podendo levar de 6 a 8 meses após a última injeção. Em mulheres com excesso de peso essa eliminação do anticoncepcional pode ser ainda mais lenta.

Portanto, se deseja trocar a medicação contraceptiva, sugerimos agendar uma consulta com seu ginecologista para essa avaliação e orientações adequadas, antes de interromper o uso.

Veja também: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?

Se a decisão tomada tem como objetivo planejar uma gestação, sugerimos da mesma forma uma avaliação médica prévia, para realização de exames pré-natais, início de vitaminas e ácido fólico, conforme necessidade, visando um preparo adequado e saudável para a mãe e o bebê.

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