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Que exames posso fazer para saber se estou na menopausa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame mais indicado para saber se a mulher entrou na menopausa é o FSH (hormônio folículo estimulante). A elevação desse hormônio indica a diminuição da função ovariana e consequente entrada na menopausa.

Porém, em algumas situações como uso de reposição hormonal, investigação de menopausa precoce ou presença de sangramento vaginal, outros exames são solicitados para complementar a avaliação como: LH, estradiol, prolactina, testosterona, cortisol, beta-hCG.

A história clínica de pelo menos 12 meses sem menstruação é o critério diagnóstico mais preciso para saber se a mulher está na menopausa. O período de transição entre os anos férteis e a entrada na menopausa é chamado climatério. Nesse período, os ciclos menstruais são irregulares e algumas mulheres podem apresentar alguns sintomas como ondas de calor, diminuição na lubrificação vaginal, distúrbios do sono, alterações no humor e dor nas articulações.

A menopausa não é uma doença, ela é mais uma fase do ciclo de vida da mulher e deve ser entendida de forma natural para possibilitar uma vivência saudável.

Caso esteja apresentando sintomas indesejados, procure o/a ginecologista ou o/a médico/a de família para avaliar a necessidade de investigação de algum desses sintomas.

O DIU atrasa a menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o DIU pode atrasar a menstruação devido às alterações menstruais que o dispositivo provoca. O DIU pode causar diminuição ou aumento do fluxo menstrual e até mesmo ausência de menstruação (amenorreia).

Em torno de 50% das mulheres que colocam o DIU hormonal deixam de menstruar após 24 meses de uso. Portanto, o "atraso da menstruação" pode ser, na realidade, ausência dela.

A irregularidade menstrual é esperada e ocorre principalmente nos primeiros meses de uso do DIU de cobre ou liberador de levonorgestrel, com tendência para melhorar ao longo do tempo.

O DIU de cobre, pode provocar um sangramento mais intenso, que é tratado com medicamentos específicos.

Já o DIU liberador de levonorgestrel tende a diminuir a menstruação com o passar do tempo. Isso se manifesta através de sangramento leve, sangramento de escape ou ausência de menstruação.

Veja também: O DIU tem efeitos colaterais?

No entanto, em caso de atraso da menstruação, a primeira coisa a fazer é verificar se há gravidez ou não. Apesar do DIU ser bastante eficaz, pode ocorrer uma gravidez em cada 100 pacientes que utilizam o método.

Mas é importante lembrar que o DIU tem uma eficácia contraceptiva considerada superior aos medicamentos por via oral, uma vez que não precisa ser tomado diariamente e por isso não há risco de esquecimento.

A mulher deve informar seu/sua ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família se notar qualquer alteração na sua menstruação durante a utilização do DIU. 

Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para calcular o período fértil quando os ciclos menstruais são irregulares, você deve primeiro anotar, durante pelo menos 6 meses, quantos dias têm os seus ciclos menstruais. 

Depois de saber a duração dos últimos 6 ciclos, você deve subtrair 18 do número de dias do ciclo mais curto, para encontrar o 1º dia do período fértil, e subtrair 11 do número de dias do ciclo mais longo, para calcular o último dia do seu período fértil.

Exemplo: Se o seu ciclo mais longo foi de 35 dias e o mais curto foi de 26 dias, você tem que subtrair 18 do ciclo mais curto (18 - 26 = 8) e subtrair 11 do ciclo mais longo (35 - 11 = 24).

Resultado: O seu período fértil vai do ao 24º dia do ciclo. Portanto, se pretende engravidar, deve manter relações dentre desse período. Se não quiser engravidar e não usar nenhum método anticoncepcional, deve abster-se de relações nesse período.

Lembrando que o 1º dia de menstruação é sempre considerado o dia 1 do ciclo.

Veja aqui como calcular o período fértil.

Calcular o período fértil em ciclos irregulares é seguro?

Não, calcular o período fértil quando a mulher tem ciclos irregulares não é seguro, pois o cálculo faz uma avaliação retrospectiva que é projetada para o futuro, quando o funcionamento do organismo da mulher é bastante incerto.

Além disso, quanto maior for avariação entre os ciclos menstruais, maior será o número de dias doperíodo fértil e mais impreciso é o cálculo.

Isso porque os ciclos irregulares tornam impossível prever o dia exato da ovulação, uma vez que a mulher ovula num dia diferente do ciclo a cada mês.

Por isso, mulheres que apresentam ciclos com variações de mais de 6 dias não devem usar esse método, pois não dá para prever com segurança quais serão os dias férteis.

Saiba mais em: O período fértil pode mudar de mês para mês?

O ciclo menstrual irregular pode ter diversas causas, como distúrbios hormonais, alterações na produção do hormônio prolactina ou ainda problemas na tireoide.

No seu caso, os ciclos ficaram desregulados depois de ter parado com o anticoncepcional, o que está relacionado com fatores hormonais.

O melhor a fazer é falar com o seu médico de família ou ginecologista para saber o que pode ser feito e descobrir ao certo por que o seu ciclo ficou irregular.

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Tomo anticoncepcional e menstruei antes da cartela acabar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser um sangramento de escape ou uma irregularidade menstrual, quando acontece uma única vez não há com o que se preocupar, isso é bastante comum e normalmente não significa nada, porém se começar a ser algo repetitivo deve voltar ao seu médico.

Tenho sintomas de gravidez ou do anticoncepcional?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Parecem apenas sintomas do anticoncepcional, mas caso a menstruação atrase ou não venha no período de pausa da pílula pode ser feito um teste de gravidez para descartar esta hipótese.

É muito comum confundir alguns sintomas do uso do anticoncepcional, como sensação de inchaço, náuseas ou sensibilidade mamária, com os possíveis sintomas do início de uma gravidez, ou mesmo do período pré-menstrual.

Entretanto, vale lembrar que os sintomas de uma possível gravidez são mais persistentes e podem ser mais intensos do que os sintomas causados pelo anticoncepcional, ou seja, não melhoram com a vinda da menstruação e são contínuos durante todo o mês.

Caso você tenha feito o uso correto da pílula, sem esquecimentos e de preferência no mesmo horário, não há com o que se preocupar, já que o risco de gravidez é muitíssimo baixo.

Contudo, em algumas situações pode ser válida a realização de um teste de gravidez, mesmo estando a tomar o anticoncepcional, são elas:

  • Quando o uso da pílula foi irregular: quando se esqueceu de tomar a pílula por mais de três dias consecutivos, ou vários dias intercalados.
  • Quando se apresenta atraso menstrual considerável, acima de 7 dias ou mais.

Quais são os principais efeitos adversos dos anticoncepcionais hormonais?

Quando se inicia o uso de um anticoncepcional hormonal seja ele injetável ou oral é possível que ocorram alguns efeitos adversos, os principais são:

  • Irregularidade menstrual;
  • Náuseas e enjoos;
  • Sensação de inchaço;
  • Sensibilidade ou dor mamária;
  • Alterações no humor;
  • Diminuição da libido.

É importante destacar que a maioria desses sintomas são transitórios e tendem a diminuir com o decorrer do uso do anticoncepcional. Caso se tornem muito frequentes é importante consultar o médico para avaliar a necessidade de realizar a troca de método contraceptivo.

Consulte sempre o seu médico de família ou ginecologista para maiores esclarecimentos.

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Metformina é um bom tratamento para quem tem ovários policísticos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o uso de metformina pode ser um bom tratamento para síndrome dos ovários policísticos, sobretudo para mulheres resistentes à insulina (hormônio que transporta o açúcar para dentro das células).

Pessoas com resistência à insulina possuem níveis elevados desse hormônio no sangue e o excesso de insulina circulante pode agravar as manifestações da síndrome dos ovários policísticos.

O principal benefício da metformina no tratamento dos ovários policísticos é a normalização da irregularidade menstrual e o restabelecimento dos ciclos ovulatórios.

Porém, o tratamento da síndrome dos ovários policísticos deve ser particularizado para cada mulher a depender dos sintomas apresentados e do objetivo a ser atingido com o tratamento.

Para que serve a metformina?

O cloridrato de metformina é um medicamento oral utilizado no tratamento do diabetes para normalizar os níveis elevados de açúcar no sangue. Ao diminuir os níveis de açúcar, o efeito resultante da resistência à insulina reduz.

Como a maioria das mulheres com síndrome dos ovários policísticos são resistentes à insulina, a metformina constitui uma boa opção de tratamento em alguns casos.

Além da metformina, o tratamento pode incluir também exercícios físicos, pílula anticoncepcional e alimentação adequada.

Como tomar metformina?

Se a dose diária for de 1 comprimido por dia, a ingestão deve ser feita no café da manhã. Se forem 2 doses diárias, os comprimidos devem ser tomados no café da manhã e no jantar. No caso de 3 doses diárias, a pessoa deve tomar os comprimidos no café da manhã, no almoço e no jantar.

Os comprimidos de metformina devem ser tomados durante ou depois de uma refeição, juntamente com 1 copo de água. O início do tratamento é feito com doses pequenas, que são aumentadas gradualmente. Esse aumento gradual das doses reduz os efeitos colaterais do medicamento.

Quais são os efeitos colaterais da metformina?Efeitos colaterais muito comuns

Essas reações ocorrem em 10% das pessoas que tomam metformina e incluem: náuseas, vômito, diarreia, dor abdominal e perda de apetite. Esses efeitos colaterais são mais comuns no início do tratamento.

Para diminuir esses efeitos secundários, recomenda-se distribuir as doses ao longo do dia ou tomar os comprimidos durante ou logo após as refeições.

Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais adversos da metformina considerados comuns são aqueles que ocorrem entre 1% e 10% das pessoas que tomam a medicação. Essas reações incluem sobretudo alterações do paladar.

Efeitos colaterais muito raros

Essas reações foram observadas em menos de 0,01% dos casos. Dentre elas estão: acidose lática, vermelhidão na pele, coceira, urticária, diminuição dos níveis de vitamina B12, hepatite e perda de apetite.

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos com o uso da metformina, quando indicado, deve ser realizado de maneira contínua e com avaliações periódicas do/a ginecologista, médico/a de família ou clínico geral.

Vou ficar menstruada existe algo para adiantar ou atrasar a menstruação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existem duas formas diferentes de atrasar a menstruação, uma está indicada para mulheres que fazem uso de contraceptivo oral e outra para mulheres que não fazem uso da pílula.

Se faz uso de contraceptivo oral

Caso faça uso de pílula contraceptiva uma das formas mais prática de atrasar a menstruação é tomar a pílula de forma contínua, sem a pausa entre uma cartela e outra.

Poderá tomar o anticoncepcional continuamente durante o período que desejar, quando quiser menstruar deve fazer a pausa ao fim da cartela, antes de começar a próxima.

É importante destacar que quando se faz o uso contínuo da pílula a chance de apresentar sangramento de escape é maior, principalmente no começo.

Geralmente o sangramento de escape é em pequena quantidade e não atrapalha tanto a mulher que deseja parar de menstruar por algum motivo específico como ir à praia ou viajar.

Leia também: Posso engravidar na pausa do anticoncepcional?

Se não faz uso de contraceptivo oral

Caso não faça uso de pílula, a forma segura de atrasar a menstruação é através do uso da noretisterona, um tipo de progesterona, um dos hormônios do ciclo menstrual feminino.

É possível usar a noretisterona isolada em comprimidos de 5mg ou em comprimidos em associação com o etinilestradiol (Primosiston).

Os níveis de progesterona se manterão altos enquanto fizer o uso de noretisterona, que deve ser no máximo durante 14 dias. Ao cessar o uso da medicação o sangramento menstrual irá vir após 2 a 3 dias.

Caso deseje fazer uso da noretisterona para retardar a menstruação é importante conversar com o seu médico de família ou ginecologista antes, para a correta orientação sobre o uso do medicamento.

Além disso, é importante ter certeza que a mulher não está grávida antes de tomar o medicamento, por isso descartar essa possibilidade é essencial.

E adiantar a menstruação?

Não há uma maneira segura para adiantar a menstruação, tanto em mulheres que fazem contraceptivo hormonal, quanto naquelas que não usam anticoncepcional.

Para adiantar a menstruação algumas mulheres que fazem uso de pílula até podem parar de tomar a pílula e fazer a pausa mais cedo.

No entanto, esse método não é recomendado, porque irá afetar substancialmente a eficácia da pílula e poderá ocasionar irregularidade menstrual.

Para mais esclarecimentos consulte o seu ginecologista ou médico de família.

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Dúvidas sobre anticoncepcional

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A falta de menstruação, ou atraso menstrual, geralmente é decorrente de uma alteração hormonal, mas existem muitas outras causas, desde doenças físicas até emocionais que devem ser investigadas.

As causas mais comuns de falta de menstruação
  • Síndrome do ovário policístico (SOP)
  • Endometriose
  • Doenças da tireoide
  • Exercícios físicos extenuantes
  • Distúrbios alimentares
  • Ganho ou perda excessiva de peso (em pouco tempo)
  • Tumor ovariano
  • Tumor de hipófise
  • Uso de certos medicamentos
  • Distúrbios de humor (estresse, ansiedade)

O ciclo menstrual é regulado pelos hormônios progesterona e estrogênio, ambos produzidos principalmente pelos ovários, que por sua vez dependem de estímulos hormonais provenientes da hipófise e hipotálamo para funcionar adequadamente. Por isso qualquer alteração em um desses órgãos resulta na ausência de menstruação ou sangramento em excesso.

Síndrome dos ovários policísticos

A síndrome dos ovários policísticos acomete mais mulheres jovens, e se caracteriza por irregularidade menstrual, dificuldade para engravidar, aumento de peso, acne, aumento da oleosidade da pele e aumento de quantidade de pelos.

Endometriose

Endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora do útero, ou seja, são encontradas "ilhas" de endométrio em outros órgãos que não o útero, causando inflamação. O órgão mais acometido é o ovário, levando a ciclos menstruais irregulares, ainda, cólicas menstruais graves e dificuldade para engravidar.

Distúrbios endocrinológicos

Doenças endocrinológicas, como doenças da tireoide ou da hipófise, reduzem o estímulo hormonal para o ovário, alterando assim a produção de progesterona e estrogênio, consequentemente gera distúrbios no ciclo menstrual.

Distúrbios alimentares, distúrbios de humor e excesso de exercícios físicos

São distúrbios que interferem diretamente na liberação de hormônios, por isso podem causar falta de menstruação ou também, sangramento em excesso.

Para determinar qual a causa da sua amenorreia (falta de menstruação), recomendamos agendar uma consulta com médico/a ginecologista. O profissional será capaz de avaliar quais exames são necessários para definir o diagnóstico e com isso o devido tratamento.

Pode lhe interessar também: Tenho ovários policísticos, tomo Diane 35 e a menstruação não veio. O que fazer?

Como posso saber se o anticoncepcional está fazendo efeito?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não existem sinais ou sintomas que permitam determinar se o anticoncepcional está a fazer efeito ou não, a única forma de garantir que ele irá fazer efeito é tomá-lo corretamente, sem esquecimentos.

Se o anticoncepcional for tomado diariamente, sem esquecimentos e sem nenhum outro fator que interfira na sua eficácia, como o uso de certos tipos de medicamentos ou episódios de vômito e diarreia, ele irá funcionar e irá proteger contra a gravidez.

A presença ou ausência de sangramentos, ou irregularidade menstrual não se relacionam diretamente a eficácia do anticoncepcional.

Portanto, não significa que pelo fato de a mulher apresentar sangramento de escape ou irregularidade menstrual que o anticoncepcional esteja perdendo o efeito.

Por isso, não há uma forma especifica de saber se o anticoncepcional está funcionando.

Quando o anticoncepcional começa a fazer efeito? Posso engravidar na primeira cartela?

Alguns médicos orientam o uso de preservativo durante toda a primeira cartela do anticoncepcional, de modo a reduzir ao máximo a chance de gravidez no começo do uso da pílula.

No entanto, atualmente, as pílulas já garantem proteção logo no primeiro dia de uso, caso se comece a tomar o anticoncepcional até 5 dias depois do início da menstruação.

Se tiver começado após 5 dias do primeiro dia da menstruação deve-se fazer uso da camisinha por uma semana, esse é o tempo que o anticoncepcional começará a fazer efeito.

Caso contrário corre-se o risco de engravidar durante o uso da primeira cartela do anticoncepcional.

O que corta o efeito do anticoncepcional?

Os principais fatores que cortam o efeito do anticoncepcional ou podem diminuir sua eficácia, aumentando assim o risco de uma gravidez indesejada são:

Esquecimentos

O uso irregular, com esquecimentos frequentes é uma importante causa de redução do efeito da pílula, quantos mais dias se esquece menor a eficácia e maior é a chance de uma gravidez inesperada.

Por isso, é importante criar-se um hábito tomando a pílula, de preferência, sempre no mesmo horário de forma a criar o costume diário de sempre tomar o comprimido do anticoncepcional.

Medicamentos

Os principais medicamentos que podem reduzir o efeito do anticoncepcional são:

  • Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Topiramato, Oxcarbazepina, Fenitoína e Fenobarbital);
  • Rifampicina;
  • Rifabutina;
  • Primidona;
  • Anabolizantes;
  • Alguns anti retrovirais como o Ritonavir.

Leia também: 5 coisas que podem cortar o efeito do anticoncepcional

Vômitos ou diarreia

Já a presença de vômito ou diarreia pode cortar o efeito da pílula anticoncepcional, se ocorrerem em até 4 horas após ter tomado a pílula ou caso esses sintomas persistam por mais de 24 horas.

Caso apresente vômitos até 4 horas da ingesta da pílula deve tomar outra novamente.

Leia também: Vômito e diarreia podem cortar o efeito do anticoncepcional?

O que corta o efeito do anticoncepcional injetável?

Em relação aos anticoncepcionais injetáveis a principal causa de perda de efeito é o uso concomitante de medicamentos que interferem da eficácia do anticoncepcional. Entre eles estão:

  • Fenitoínas;
  • Barbitúricos;
  • Primidona;
  • Carbamazepina;
  • Rifampicina;
  • Oxcarbazepina;
  • Topiramato;
  • Felbamato;
  • Griseofulvina;
  • Erva de São João.

No caso da injeção anticoncepcional a presença de vômitos ou diarreia não reduzem o efeito contraceptivo.

Leia também: Dúvidas sobre anticoncepcional injetável

Antialérgico corta o efeito do anticoncepcional?

Não, medicamentos antialérgicos e anti-histamínicos como a loratadina, a desloratadina, fexofenadina, hidroxizina, dexclorfeniramina, entre outros, não interferem no efeito da pílula anticoncepcional.

São poucos os medicamentos que de fato podem reduzir o efeito da pílula, na dúvida consulte o seu médico.

Como saber se o anticoncepcional está fazendo mal?

Algumas mulheres podem considerar que o anticoncepcional está fazendo mal quando passam a sentir algum dos efeitos adversos da pílula, algo que é muito comum.

Contudo, a presença de efeitos adversos não necessariamente indicam um mal maior ao organismo.

Efeitos adversos como alterações no padrão menstrual, náuseas, alterações no peso, entre outros não indicam necessariamente que o anticoncepcional esteja a fazer mal ao organismo, geralmente tendem a melhora com o decorrer do tempo.

Caso os efeitos adversos persistam ou aumentem de intensidade precisam ser avaliados por um médico.

Além disso, quando se usa qualquer tipo de medicamento, incluindo os anticoncepcionais, deve-se ficar atenta a possíveis sintomas novos que podem surgir e não estavam presentes antes de começar a tomar o medicamento.

O anticoncepcional de fato pode fazer mal quando está diretamente relacionado a eventos tromboembólicos e cardiovasculares, no entanto, esses eventos são raros.

Os efeitos adversos mais comuns com o uso dos anticoncepcionais hormonais são as alterações no padrão menstrual, como:

  • Sangramento em menor quantidade e menos dias de sangramento,
  • Sangramento irregular,
  • Sangramento ocasional,
  • Ausência de menstruação.

Essas alterações no padrão menstrual não indicam que o anticoncepcional esteja a fazer mal ao organismo, geralmente tendem a melhora com o decorrer do tempo.

Outros efeitos adversos que podem ocorrer com o uso do anticoncepcional hormonal são:

  • Dores de cabeça
  • Tontura
  • Náusea
  • Sensibilidade das mamas
  • Alteração do peso
  • Alterações de humor
  • Acne (pode melhorar ou piorar)
  • Aumento da pressão arterial.

Os eventos de maior gravidade associados ao anticoncepcional são a trombose venosa profunda, o tromboembolismo pulmonar, o acidente vascular encefálico e o infarto agudo do miocárdio.

Na trombose venosa profunda, os principais sintomas são:

  • Dor e inchaço nos membro afetado (geralmente pernas ou pés)
  • Mudança da cor da pele (fica mais vermelha ou azulada)

No tromboembolismo pulmonar o principal sintoma é a falta de ar repentina e progressiva, que se inicia subitamente.

Na presença de sintomas sugestivos de evento tromboembólico um médico deve ser imediatamente consultado.

Para mais esclarecimentos sobre anticoncepcionais consulte o seu ginecologista ou médico de família.

Álcool altera o resultado do exame Beta-HCG?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Álcool não altera o resultado do exame Beta-HCG. A ingestão de bebidas alcoólicas pode, sim, alterar o resultado de outros exames, em especial o de triglicerídeos, além dos exames de colesterol e gama glutamil transferase (gama GT). No entanto, o álcool não irá alterar os níveis de Beta-HCG.

Beta-HCG é um hormônio detectado no sangue ou na urina da mulher grávida. O nível sanguíneo de Beta HCG pode ser detectável em torno de 6 a 8 dias após a concepção. O álcool não irá afetar a produção nem a detecção deste hormônio.

Como o período fértil da mulher situa-se no meio do ciclo menstrual, entre o 11º e o 17º dia (considerando um ciclo regular de 28 dias), com variações no período fértil que podem chegar a 7 dias, os resultados mais confiáveis para o Beta-HCG podem ser obtidos 14 dias depois da fecundação, ou seja, próximo da semana do atraso menstrual.

Assim, resultados negativos verificados antes desse período ou em mulheres com ciclos menstruais irregulares devem ser confirmados através de novos exames.

Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a clínico/a geral, ginecologista ou médico/a de família. 

É normal a menstruação descer se estou amamentando?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim é normal. Amamentando, geralmente, a menstruação costuma não vir, porém ela pode vir normalmente ou vir de forma irregular.

O retorno da menstruação pode variar de mulher para mulher, em mulheres que estão amamentando intensamente e frequentemente a menstruação pode demorar até meses para retornar. Sendo que algumas mulheres podem mesmo voltar a menstruar apenas quando iniciam a alimentação complementar da criança, já que diminuem a frequência da amamentação.

Por outro lado, mulheres que complementam a alimentação com fórmula infantil desde cedo e amamentam menos regularmente podem voltar a menstruar antes, entre 4 a 8 semanas pós parto.

A menstruação muda durante a amamentação?

É possível que a menstruação após o parto e durante o período que a mulher está amamentando também apresente uma certa irregularidade ou mudança no padrão de sangramento anterior a gravidez.

O sangramento da menstruação pode ser mais ou menos intenso do que aquilo que a mulher estava habituada, essas mudanças também são normais durante esse período.

Muitas mulheres referem um efeito positivo que é a diminuição das cólicas menstruais, sendo que após o parto algumas mulheres deixam de ter cólicas menstruais

O anticoncepcional interfere na menstruação no período pós parto?

É válido ressaltar que o próprio anticoncepcional tomado também pode interferir com o padrão de sangramento. Os anticoncepcionais só de progestógenos em baixas doses, como é o caso do Norestin, podem ocasionar mudanças no padrão menstrual levando a irregularidades no fluxo menstrual.

É possível que ocorra aumento ou diminuição da frequência de sangramento, presença de sangramento de escape ou mesmo ausência da menstruação. Todos esse são efeitos possíveis de acontecer.

Para mais informações e esclarecimentos consulte o seu médico de família ou ginecologista.

A laqueadura atrasa a menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A laqueadura não atrasa a menstruação. Não há nenhuma prova científica que a cirurgia de laqueadura faz atrasar a menstruação.

As mulheres que realizaram laqueadura continuam menstruando normalmente. Algumas mulheres podem apresentar irregularidades no ciclo menstrual com redução do fluxo menstrual, diminuição na duração dos dias de menstruação e redução das cólicas menstruais.

Há uma porcentagem muito pequena da chance de engravidar após a laqueadura. Caso a sua menstruação está demorando muito após realizar o procedimento, você precisa consultar o/a médico/a que realizou a cirurgia ou algum/a ginecologista.

Leia também: Mulher sem trompas pode engravidar?