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Menstruação veio duas vezes no mês: posso estar grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Se você menstruou duas vezes em um mesmo mês, o mais comum é ser um efeito adverso do anticoncepcional, ou mesmo esquecimento de tomar o anticoncepcional.

O sangramento que ocorre no início da gravidez é percebido em apenas 20% das mulheres e se chama sangramento de nidação. A diferença é que ocorre no meio do ciclo, em pequena quantidade, apenas suja a roupa íntima, e dura de 2 a 3 dias. Corresponde à implantação do embrião na parede do útero.

Uma vez que você suspeite que está grávida e apresente duas menstruações em mesmo mês, procure um ginecologista para fazer exame de gravidez (Beta HCG) ou para investigar outras causas possíveis do sangramento.

6 causas de menstruação duas vezes ao mês

Algumas alterações psicológicas e emocionais ou doenças podem fazer com que a menstruação ocorra duas vezes ou mais em um mesmo mês. As mais comuns são:

  1. Estresse em excesso, distúrbios de humor e alterações emocionais,
  2. Problemas hormonais (síndrome do ovário policístico, endometriose),
  3. Uso de medicamentos como os anticoncepcionais,
  4. Problemas uterinos (pólios, miomas, cistos, câncer)
  5. Cirurgias e pós-operatórios (laqueadura, ressecção de miomas, cirurgias nos ovários),
  6. Gravidez (sangramento de nidação, embora mais raro).
Sangramento de nidação - sinal de gravidez

Quando o embrião se fixa na parede do útero, pode ocorrer um sangramento chamado de nidação. Este sangramento é considerado um dos primeiros sinais de gravidez, mas raramente é percebido pelas mulheres.

Tem cor rosada, mais clara que a menstruação e dura até 3 dias. Na maior parte das vezes ele apenas suja um pouco a calcinha ou a mulher só percebe ao secar-se com o papel higiênico.

Além do sangramento de nidação, é importante que você esteja atenta a outros sinais mais frequentes de gravidez:

  • Atraso menstrual (15 dias de atraso),
  • Enjoos, especialmente pela manhã,
  • Tonturas,
  • Sonolência.

Lembre-se que a menstruação tem duração de 3 a 7 dias, vem com maior quantidade de sangue, especialmente nos primeiros dias, sendo necessário o uso de absorventes. Além disso, a coloração é mais avermelhada ou mesmo marrom escuro.

Menstruar duas vezes ao mês é normal?

Depende. A menstruação duas vezes é normal em adolescentes, em mulheres na pré-menopausa e em mulheres com ciclo menstrual curto.

Nas adolescentes a menstruação duas vezes ao mês ocorre devido à imaturidade das glândulas reprodutivas. Com o tempo a produção dos hormônios (estrógeno e progesterona) se tornam regulares e a menstruação também.

As mulheres em pré-menopausa apresentam irregularidades menstruais. A menstruação passa a oscilar entre a frequência e volume de sangue. Pode vir duas ou três vezes no mesmo mês, ou vir em grande volume e ainda, mais escassa do que o habitual. Isto varia de mulher para mulher e acontece devido às variações hormonais próprias deste período. Outros sintomas incluem: fogachos, alterações do sono, humor e libido.

Já o ciclo menstrual curto, se caracteriza por ser inferior a 28 dias de duração e pode fazer com que a mulher menstrue duas vezes ao mês.

Por exemplo: Se uma mulher tem ciclo regular de 25 dias e ela menstruou no 1º dia do mês, a próxima menstruação ocorrerá novamente no 25º dia do mesmo mês e isto é considerado normal.

Fora destas condições é preciso perceber se há outros sintomas e comunicar-se com o ginecologista para investigar as possíveis causas.

Quando devo me preocupar?

Alguns sinais servem de alerta de que algo mais grave pode estar acontecendo no seu organismo. Por este motivo, fique atenta aos seguintes sintomas:

  • Sangramento anormal que dura mais de 3 dias,
  • Aumento da frequência do sangramento (3 a 4 vezes ao mês ou mais),
  • Presença de dores abdominais ou cólicas intensas,
  • Sangue com odor,
  • Coloração anormal do sangue, especialmente vermelho vivo e
  • Sangramento abundante.

Diante de qualquer um destes sintomas, você deve buscar atendimento médico em uma emergência hospitalar.

É importante que você acompanhe e conheça as características do seu ciclo menstrual como duração e volume do sangramento para saber identificar alterações que possam acontecer. Ao perceber qualquer irregularidade, busque um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequados.

Para saber mais sobre sangramentos e gravidez, leia:

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Minha menstruação está irregular. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Menstruação irregular está relacionada principalmente com alterações hormonais. O atraso menstrual muitas vezes é causado por falta de ovulação, o que pode acontecer na síndrome dos ovários policísticos. Já os sangramentos irregulares podem ter como causa a presença de pólipos, miomas ou tumores de útero.

Contudo, a menstruação irregular pode ter muitas outras causas, que incluem desde problemas psicológicos, hábitos ruins a doenças, tais como:

  • Estresse emocional;
  • Ansiedade;
  • Sono insuficiente;
  • Perda ou ganho excessivo de peso;
  • Problemas na tireoide;
  • Exercícios físicos intensos;
  • Transtornos alimentares ou dietas muito restritivas;
  • Uso de medicamentos ou drogas;
  • Amamentação;
  • Tumores ovarianos;
  • Endometriose.

Os hormônios responsáveis pela regularidade do ciclo menstrual são o estrogênio e a progesterona, ambos produzidos pelos ovários.

Quando existe alguma irregularidade desses hormônios, é necessário detectar o tipo de anormalidade envolvida para que seja traçado o tratamento adequado, seja reposição hormonal, com uso de pílulas anticoncepcionais, tratamento psicoterápico, orientação dietética, entre outros.

O ciclo menstrual normal pode ter uma duração que vai de 21 a 35 dias, sendo que a média é de 28 dias para a maioria das mulheres.

Nos dois primeiros anos de menstruação os ciclos geralmente são desregulados, o que é normal nessa fase. Porém, excetuando esse caso, irregularidades frequentes na menstruação ou alterações constantes no ciclo menstrual não devem ser consideradas normais e devem ser investigadas.

Consulte um médico de família ou ginecologista para avaliação e devido acompanhamento.

Saiba mais em:

Dúvidas sobre menstruação, sangramentos, escapes

Minha menstruação veio duas vezes este mês, é normal?

Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?

Mulher com ovários policísticos pode engravidar se tomar anticoncepcional de forma irregular?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher com ovários policísticos pode engravidar mesmo nessas condições.

O uso incorreto e irregular do anticoncepcional não garante sua eficácia e, portanto, é possível ocorrer uma gravidez.

As mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos podem ter dificuldade de engravidar, pois apresentam o ciclo menstrual irregular.

Devido ao desequilíbrio hormonal, alguns ciclos menstruais não apresentam ovulação, o que pode levar um tempo maior para a mulher com síndrome dos ovários policísticos engravidar.

Em geral, após 12 meses consecutivos de tentativa de engravidar, a mulher juntamente com seu companheiro devem procurar uma consulta com médico de família, clínico geral ou ginecologista para uma avaliação da fertilidade do casal.

O uso do anticoncepcional tanto para fins de evitar gravidez como para tratamento para ovário policístico deve ser feito adequadamente, tomando 1 pílula por dia sempre no mesmo horário para não haver flutuações hormonais capazes de inabilitar a ação da medicação.

Se você faz tratamento para ovários policísticos e pretende engravidar, converse com seu médico para melhores orientações.

Tenho 50 anos e não menstruei mais, posso engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Talvez ainda possa acontecer, o mais provável é que não, caso já tenha passado um ano após a última menstruação já podemos considerar que a você já entrou no período pós-menopausa, portanto, não irá mais ovular e sendo assim não tem mais chance de engravidar.

Enquanto a mulher tiver menstruação, por mais que seja irregular, é possível ela engravidar. Quando esse processo cessa em definitivo a gravidez não pode mais ocorrer.

O que é a menopausa?

A menopausa corresponde ao fim do ciclo menstrual da mulher, devido a cessação da atividade hormonal dos ovários, que deixam progressivamente de produzir estrógeno. Ocorre normalmente entre os 40 e 58 anos e geralmente vem acompanhada de alguns sintomas de deficiência estrogênica, como:

  • Ondas de calor (fogachos) e suores noturnos;
  • Pertubações no sono como dificuldade para dormir e insônia;
  • Irritabilidade e mudanças no humor;
  • Atrofia da mucosa vaginal com secura e desconforto durante as relações sexuais.
Qual o tratamento dos sintomas da menopausa?

Para muitas mulheres não é necessário nenhum tratamento dos sintomas do período pós-menopausa, também chamado de climatério. Alguns sintomas tendem a desaparecer com o decorrer do tempo, como é o caso dos fogachos e das alterações do sono e do humor, isso permite com que muitas mulheres consigam tolerá-los durante esse período.

Contudo, há mulheres que apresentam sintomas intensos e persistem que comprometem substancialmente a qualidade de vida, nesse tipo de situação a depender dos sintomas há algumas opções terapêuticas como terapia de reposição hormonal, uso de cremes vaginais com estrógenos, antidepressivos e fitoterápicos.

Consulte o seu ginecologista ou médico de família para mais informações sobre a menopausa e o climatério.

O que é um fibroadenoma mamário e quais os sintomas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Fibroadenoma mamário é um tumor benigno que surge na mama e ocorre sobretudo em mulheres negras com menos de 30 anos. Seu principal sintoma é a presença de um ou mais caroços na mama que podem ser notados mais facilmente durante a menstruação.

O nódulo se move durante a palpação, não causa dor, mede de 2 a 3 cm, é firme e as suas bordas são bem definidas. Contudo, uma vez que o fibroadenoma reage às alterações hormonais da mulher, ele pode aumentar de tamanho e ficar dolorido com a aproximação da menstruação.

Na mamografia, o fibroadenoma aparece como uma massa redonda, oval ou lobulada, com margens bem definidas. Eles podem ser únicos ou múltiplos e desenvolvem calcificações bastante características nas mulheres mais idosas.

Leia também: Calcificação na mama é perigoso? O que pode ser?

Na ultrassonografia, o fibroadenoma é ovalado, com a largura maior do que a altura – o que é comumente referido como orientação paralela à pele – margens circunscritas e ecos fracos em seu interior – ou hipoecoico. Ele se diferencia do câncer de mama ao ultrassom por essas características. Além disso, o carcinoma tem margens mal-definidas, formato irregular e ecos heterogêneos em seu interior.

Veja também: Fibroadenoma mamário pode virar câncer?O que é um nódulo hipoecóico e hipoecogênico?

O diagnóstico do fibradenoma mamário é feito pela biópsia do nódulo e pelo exame anatomopatológico. A biópsia pode ser feita de diversas formas. No entanto, o método cirúrgico tem a vantagem de poder remover completamente o tumor, atuando já como uma forma definitiva de tratamento do fibroadenoma.

Saiba mais em: Qual o tratamento para fibroadenoma mamário?

Se você palpar um caroço na mama durante o autoexame com as características listadas acima, consulte um mastologista, que irá orientá-la sobre como confirmar o diagnóstico e como será feito o tratamento.

Prednisona engorda? Quais os efeitos colaterais?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Prednisona pode engordar devido à retenção de líquidos e sal. Além disso, por ser tratar de um corticoide, a prednisona pode aumentar o apetite, o que contribui ainda mais para o ganho de peso. O inchaço ocorre pela retenção de sódio, que provoca a retenção de água no corpo.

Outro efeito colateral da prednisona que também favorece o ganho de peso é a perda de massa muscular. Quanto menos músculos a pessoa tiver, menos calorias ela irá queimar, já que com a perda de massa muscular, o corpo consome menos energia. Se a quantidade de calorias ingerida for maior que a consumida, a pessoa engorda.

Porém, vale ressaltar que a bula da prednisona não refere o ganho de peso como um dos seus efeitos colaterais. Contudo, a retenção de líquidos e sal, o aumento do apetite e a perda de massa muscular são reações adversas esperadas com o uso do corticoide e todas elas podem fazer a pessoa engordar.

Por isso, para combater a retenção de líquidos e o consequente ganho de peso, além da possível hipertensão arterial, é importante ter um dieta com pouco sal durante o uso da prednisona. Em alguns casos, também pode ser indicada a suplementação de potássio para compensar a perda do mineral causada pela medicação.

Saiba mais em: Qual o tratamento para retenção de líquidos?

Quais os efeitos colaterais da prednisona?
  • Retenção de sal (sódio), retenção de líquidos, eliminação de potássio;
  • Elevação do pH sanguíneo, queda dos níveis de potássio;
  • Funcionamento insuficiente do coração, aumento da pressão arterial;
  • Fraqueza, doenças musculares, perda de massa muscular; perda de proteínas;
  • Miastenia gravis (doença autoimune que provoca fraqueza muscular grave);
  • Osteoporose, fraturas nas vértebras da coluna;
  • Necrose asséptica da cabeça do fêmur e do úmero;
  • Fratura de ossos longos, ruptura de tendões;
  • Úlcera, que pode vir acompanhada de perfuração e hemorragia;
  • Pancreatite, inchaço abdominal, esofagite;
  • Cicatrização lenta, atrofia da pele, diminuição da espessura e aumento da fragilidade da pele;
  • Presença de manchas vermelhas ou arroxeadas na pele, vermelhidão na face;
  • Aumento da transpiração, falta de resposta nos testes de pele;
  • Dermatite alérgica, urticária, inchaço facial causado por reação alérgica;
  • Convulsões, aumento da pressão intracraniana, tonturas, dor de cabeça;
  • Irregularidade menstrual, retardo do crescimento do feto ou da criança;
  • Interrupção da produção hormonal pela glândula suprarrenal;
  • Menor tolerância aos carboidratos, diabetes, maior necessidade de insulina ou medicamentos em pessoas com diabetes;
  • Catarata, aumento da pressão intraocular, glaucoma, olhos saltados;
  • Euforia, mudanças de humor; depressão;
  • Alterações da personalidade, irritabilidade, insônia.
Para que serve a prednisona?

A prednisona é um corticoide que serve para tratar doenças endócrinas, doenças ósseas e musculares, doenças autoimunes que afetam o colágeno, doenças dermatológicas, alergias, doenças oculares, doenças respiratórias, doenças que afetam o sangue e tumores.

A prednisona tem uma forte ação anti-inflamatória, antirreumática e antialérgica sobre as doenças que apresentam boa resposta a medicamentos corticoides.

Quais as contraindicações da prednisona?

A prednisona é contraindicada para pessoas com infecções sistêmicas causadas por fungos e para quem já apresentou reações alérgicas ou alguma reação à prednisona, a outro corticoide ou a algum dos componentes da fórmula do medicamento.

Como tomar prednisona?

Os comprimidos de prednisona devem tomados de manhã, com 1 copo de água. A dose do medicamento varia de acordo com a doença e a gravidade da mesma, além da resposta do paciente à medicação.

Para adultos, a dose inicial de prednisona varia entre 5 mg e 60 mg por dia. Se não houver melhora dos sintomas, recomenda-se procurar o médico que receitou o medicamento.

Para crianças, a dose diária inicial de prednisona varia entre 0,14 mg e 2 mg por cada quilo de peso corporal.

Com a melhora dos sintomas, a dosagem do medicamento vai sendo reduzida gradualmente, até chegar à dose de manutenção (menor dose possível capaz de produzir uma resposta satisfatória). Nessa fase, o paciente pode começar a tomar prednisona em dias alternados, conforme orientação médica.

Para maiores informações sobre o uso de prednisona e seus possíveis efeitos colaterais, consulte o médico que receitou o medicamento ou procure um médico de família ou clínico geral.

Depo-provera é o mesmo que Contracep?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Depo-provera e Contracep são nomes comerciais da mesma injeção anticoncepcional, formulada com acetato de medroxiprogesterona. Ambos são contraceptivos injetáveis de longa duração, ou seja, fornecem proteção eficaz contra a gravidez durante 3 meses. 

São contraceptivos que não contém estrógeno, por isso, muitas vezes são indicados para mulheres que não podem usar estrogênios e durante a amamentação. 

A medroxiprogesterona, que é o constituinte básico dessas duas injeções é uma progestina sintética, semelhante ao hormônio feminino progesterona. Atua na inibição da ovulação, levando ao efeito contraceptivo esperado.

Leia também: Vantagens e desvantagens do anticoncepcional injetável

Em algumas situações a medroxiprogesterona pode ser usada como tratamento de algumas doenças, como da endometriose.

Pode ainda apresentar alguns efeitos colaterais como irregularidade menstrual, ganho de peso, tontura, alterações no humor e na libido, entre outros.

Leia mais sobre os efeitos adversos em: Anticoncepcional injetável tem efeitos colaterais?

Muitas mulheres optam pelo uso dos anticoncepcionais injetáveis por conta da praticidade, já que não requer ter que lembrar diariamente de tomar o comprimido, basta aplicar a injeção trimestralmente. Além disso, algumas mulheres gostam do efeito de redução do sangramento menstrual proporcionado em alguns casos pela medroxiprogesterona.

Caso tenha mais dúvidas sobre o uso de anticoncepcionais injetáveis consulte o seu médico ginecologista ou médico de família.

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Tomei a pílula do dia seguinte e a minha menstruação...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, isso pode acontecer. A pílula do dia seguinte pode desregular o ciclo menstrual da mulher e, consequentemente, alterar a data da próxima menstruação, bem como a duração do sangramento.

Isso é normal e pode acontecer mesmo quanto a pílula do dia seguinte foi eficaz.

A pílula do dia seguinte pode alterar o ciclo menstrual habitual da mulher, pois ela possui uma quantidade elevada de hormônios o que pode provocar um desequilíbrio hormonal no organismo da mulher. Após o uso da medicação, o organismo precisa se readaptar e reajustar o ciclo menstrual. Isso pode demorar algum tempo a depender de qual momento do ciclo menstrual a mulher utilizou a pílula do dia seguinte.

Após a toma da pílula do dia seguinte, a menstruação pode vir em torno de uma semana antes ou depois da data esperada. Cada mulher terá uma reação diferente e esse tempo pode variar para alguns dias antes (antecipando a menstruação) ou depois da data habitual (atrasando a menstruação). Além disso, a quantidade de sangramento e duração dos dias pode reduzir ou alargar.

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que causa atraso ou antecipação da menstruação. A injeção anticoncepcional trimestral, o uso de DIU de cobre ou implantes anticoncepcionais também podem provocar irregularidade menstrual, muitas vezes com sangramentos mais intensos e prolongados que aqueles observados com o uso da pílula do dia seguinte.

As alterações do ciclo menstrual provocadas pelo uso da pílula do dia seguinte resolvem-se espontaneamente e normalmente são bem toleradas pela mulher. Não há evidências científicas de que o uso da pílula cause qualquer dano aos ciclos menstruais.

Contudo, tomar a pílula do dia seguinte repetitivamente e frequentemente pode agravar os distúrbios menstruais e tornar difícil para a mulher reconhecer as fases do seu ciclo menstrual e o seu período fértil.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte e suas possíveis alterações na menstruação, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Leia também:

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?

Tomei pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu...

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Tenho ovários micropolicisticos, tenho chance de engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher que tem ovários micro-policísticos tem chance de engravidar.

Ovário com aspecto micropolicístico é um ovário que tem vários cistos muito pequenos, visíveis durante o exame de ultrassom. Trata-se de uma condição também conhecida como ovário policístico.

Esses cistos surgem porque o folículo que se desenvolve dentro do ovário não cresce o suficiente para se transformar em óvulo, ser expulso do ovário e desencadear a ovulação. Dessa forma, os folículos vão se acumulando no ovário na forma de cisto.

A presença de cistos nos ovários pode ser uma condição benigna que não apresenta riscos para a mulher.

Quando os ovários com policistos são associados a um conjunto de outros sinais e sintomas, a mulher pode manifestar a Síndrome dos Ovários Policísticos. 

As mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos podem ter dificuldade de engravidar pois apresentam o ciclo menstrual irregular.

Devido ao desequilíbrio hormonal, alguns ciclos menstruais não apresentam ovulação, o que pode levar um tempo maior para a mulher com síndrome dos ovários policísticos engravidar.

Em geral, após 12 meses consecutivos de tentativa de engravidar, a mulher juntamente com seu companheiro devem procurar uma consulta com médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação da fertilidade do casal.

Outros fatores relativos à infertilidade são importantes de serem investigados no casal com dificuldade de engravidar.

O planejamento familiar e uma consulta pré concepção com o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família podem facilitar a solução de dúvidas e reduzir a insegurança do casal. 

Leia também:

O que quer dizer ovário com aspecto micropolicístico?

Ovários policísticos tem cura? Qual o tratamento?

Qual a chance de gravidez se ejacular dentro na relação sexual?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ejaculação na vagina quase sempre representa uma alta chance de gravidez, entretanto este risco pode variar se a mulher fizer uso de algum método contraceptivo e se estiver ou não no seu período fértil.

Vejamos qual o risco de gravidez nas diferentes situações possíveis:

Não usa nenhum método contraceptivo e está no período fértil

A maior chance de gravidez ocorre se a mulher não estiver usando nenhum método contraceptivo e ainda estiver no seu período fértil. Pode-se suspeitar que a mulher está fértil quando o muco vaginal fica com aspecto em clara de ovo, transparente e elástico e ocorre aumento na temperatura basal.

Alguns estudos indicam que a chance de gravidez entre o quatro dia antes da ovulação e um dia após a ovulação varia de 4 a 42%.

Não usa nenhum método contraceptivo e não está no período fértil

Mulheres que não estão ovulando, ou que estão muito distantes do seu período de ovulação dificilmente irão engravidar mesmo que tenham tido relação sexual sem preservativo. No entanto, como é muito difícil ter certeza do momento em que a mulher está fértil ou não, caso não se deseje engravidar o ideal é usar algum método contraceptivo regularmente.

Usa algum método contraceptivo mas de forma irregular, ou com erros

Esta é a situação de maior dificuldade para saber qual o risco de gravidez, caso haja relação sexual com ejaculação.A eficácia dos diferentes métodos contraceptivos como a pílula, a injeção ou mesmo o preservativo variam muito conforme a regularidade do uso.

A pílula deve ser tomada diariamente, sem esquecimentos de preferência no mesmo horário, caso a mulher tenha tido relação desprotegida e tenha esquecido recentemente de tomar a pílula, há risco de gravidez. O mesmo ocorre com o uso de injeções, que devem ser aplicadas no período correto.

Também existem algumas situações que podem interferir na eficácia das pílulas hormonais como a ocorrência de vômitos e diarreia ou ainda o uso de alguns tipos de medicamentos, como anticonvulsivantes, antivirais, alguns antibióticos como a rifampicina e alguns antifúngicos como a griseofulvina.

Usa algum método contraceptivo com regularidade e corretamente

Caso a mulher utilize algum método contraceptivo com regularidade a chance de engravidar é mínima. Por exemplo, se toma pílula diariamente, sem esquecimentos, esta mulher está protegida, o risco de gravidez é muito pequeno. A maioria das pílulas e injeções anticoncepcionais disponíveis hoje apresentam eficácia alta, em torno de 99%.

Em relação aos dispositivos intrauterino, de cobre ou hormonal, são métodos contraceptivo que também impedem a gravidez mesmo que se tenha tido uma relação sexual com ejaculação. O DIU é o método contraceptivo reversível com maior perfil de segurança, sendo que a chance de falha é menor que 1%.

O uso de preservativo, seja o masculino ou o feminino, também aumenta a proteção contra a gravidez, porque cria uma barreira que impede que o esperma entre na vagina. Se a camisinha não estourar e for colocada da forma correta, a probabilidade da mulher engravidar é de apenas 2%.

A camisinha é impermeável e eficaz para prevenir contra a gravidez e também protege de doenças sexualmente transmissíveis, desde que seja usada corretamente em todas as relações sexuais, do início ao fim do ato sexual.

Ejacular fora, tem chance de gravidez?

Ejacular fora da vagina apresenta risco muito baixo de gravidez, porque os espermatozoides sobrevivem pouco tempo fora do corpo humano. Em situações raras, se o esperma cair muito próximo à entrada da vagina, há a possibilidade de haver a locomoção dos espermatozoides até a entrada da vagina, ou seja, é algo possível de ocorrer, mas pouco provável.

O contato do pênis sujo com esperma e a vagina apresenta risco, visto que se o homem tiver espermatozoides podem já estar presente no pênis e assim aumentar o risco de gravidez.

Vale lembrar que caso tenha tido alguma relação sexual desprotegida é possível recorrer à pílula do dia seguinte. O contraceptivo de emergência deve ser tomado o mais rapidamente possível após a relação sexual, no máximo até 72 horas após a relação.

Em caso de relação sexual desprotegida e suspeita de gravidez é importante atentar-se ao atraso menstrual, que se superior a sete dias indica a realização de um teste de gravidez.

Se tiver mais dúvidas consulte o seu médico de família.

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Referência bibliográfica

Planejamento familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.

Tomo metformina, em quanto tempo minha menstruação desce?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode-se ovular (mas é mais difícil) mesmo não tendo menstruação ou ela sendo irregular. Provavelmente essa sujeirinha não dá para considerar como sendo uma menstruação.

A metformina é um tratamento auxiliar na SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos), não significa que a metformina vai fazer sua menstruação descer ou mesmo regular ela.

Leia também o artigo: Metformina é um bom tratamento para quem tem ovários policísticos?

Injeção trimestral engorda?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É possível, esse é um efeito colateral frequentemente relatado, no entanto, nem toda mulher que faz uso da injeção anticoncepcional trimestral irá engordar, o efeito sobre o ganho de peso é variável e depende de mulher para mulher. Geralmente, a injeção provoca um aumento de 1 a 2 kg de peso com o seu uso, mais do que isso não é esperado.

Caso o uso da injeção seja associado a uma dieta equilibrada, atividade física e estilo de vida saudável a influência sobre o peso pode ser minimizada.

A injeção trimestral é composta pelo acetato de medroxiprogesterona, uma progesterona de depósito que tem efeito durante três meses. Apresenta uma alta eficácia contraceptiva se usado corretamente, ou seja, a injeção deve ser aplicada a cada 90 dias sem atrasos maiores que 2 semanas.

A injeção trimestral interfere na menstruação?

Sim, é possível que ocorram algumas modificações no padrão menstrual das mulheres que fazem uso da medroxiprogesterona.

Nos primeiros 3 meses é possível que ocorra uma irregularidade do sangramento menstrual ou mesmo prolongamento do período de sangramento. Com o decorrer do tempo é comum que o sangramento menstrual diminua, muitas mulheres chegam inclusive a entrar em amenorreia, ou seja, param de menstruar. Outras mulheres podem apresentar apenas uma redução do fluxo menstrual ou manter uma certa irregularidade no ciclo menstrual.

Quais são os efeitos colaterais da injeção trimestral?

Além do ganho de peso e das alterações no padrão e no ciclo menstrual, outros efeitos colaterais associados ao uso da medroxiprogesterona, são:

  • Dores de cabeça
  • Tontura
  • Desconforto gástrico
  • Inchaço
  • Alterações no humor
  • Diminuição do desejo sexual

Muitos desses efeitos podem diminuir com o decorrer do uso do injetável trimestral, caso se mantenham, aumentem de intensidade ou sejam incômodos consulte o seu médico de família ou ginecologista para uma avaliação.

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