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É a primeira vez que tomo Contracep...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Contracep é uma injeção de anticoncepcional de uso trimestral (= 3 meses que é = a 90 dias), você deve tomar o Contracep a cada 90 dias, quando a mulher começa a tomar essa injeção a menstruação costuma alterar (ela pode vir mensal como deve ser o normal, assim como ela pode vir a qualquer momento e de forma irregular e com alguns meses de uso ela pode até mesmo não vir mais.

Tomo Tâmisa 20, posso emendar duas cartelas?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim pode emendar uma cartela na outra, mas para evitar confusão e ficar desprotegida, o ideal é tomar toda a segunda cartela e somente dar a pausa quando acabar os comprimidos.

Anel vaginal: 9 Dúvidas frequentes
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O anel vaginal é um tipo de anticoncepcional hormonal indicado para evitar a gravidez. Os anéis contêm hormônios sexuais femininos (etonogestrel e etinilestradiol) que são liberados lentamente no organismo, impedindo a ovulação.

O anel vaginal funciona de forma semelhante à pilula anticoncepcional, com a diferença de que a pílula deve ser tomada diariamente e o anel é usado durante 3 semanas consecutivas.

1) Como o anel vaginal deve ser usado?

A anel vaginal pode ser introduzido na vagina do 1º ao 5º dia da menstruação. O dispositivo é colocado no colo do útero, onde permanece durante 3 semanas seguidas.

Depois da 3ª semana, a mulher deve retirar o anel e fazer uma semana de pausa para que venha o período. No sétimo dia após a retirada do anel deve-se introduzir outro anel vaginal.

2) O anel vaginal é seguro e eficaz?

Os anéis vaginais são bastante seguros e tão eficazes como a pílula para evitar a gravidez, com uma eficácia próxima de 100% de usado corretamente.

3) Quais são as vantagens do anel vaginal?

A grande vantagem do anel vaginal é a mulher não ter que se lembrar de tomar o anticoncepcional todos os dias, é um método fácil de usar.

Além disso, tem as mesmas vantagens das pílulas contraceptivas como controle do ciclo menstrual e diminuição do fluxo menstrual e cólicas menstruais.

4) Durante a relação sexual o meu parceiro pode sentir o anel vaginal?

A grande maioria dos homens não sente a presença do anel. Porém, alguns parceiros podem sentir um pouco o anel vaginal durante o ato sexual, mas isso não interfere em nada em grande parte dos casos.

5) O anel vaginal pode sair durante o ato sexual?

É possível que o anel vaginal saia durante a relação, mas se isso acontecer é só passá-lo por água fria e colocá-lo novamente. O fato do anel sair por um momento não afeta a eficácia do contraceptivo, desde que a mulher não fique mais de 3 horas sem o anel.

6) O anel vaginal pode sair acidentalmente da vagina?

Se o anel não tiver sido bem colocado, ele pode sair durante a relação sexual ou se a mulher tiver prisão de ventre ou prolapso uterino. Se sair basta recolocá-lo na vagina. Lembre de se certificar que o anel está bem posicionado, caso ele esteja saindo empurre novamente mais para o fundo.

7) Existem algum risco do anel vaginal causar infecções?

Não, não existe risco aumentado de infecções por conta do uso do anel vaginal.

8) Tenho que tirar o anel vaginal para fazer exame ginecológico?

Não, não é necessário retirar o anel vaginal para ir ao ginecologista ou fazer exames como papanicolau.

9) Posso usar anel vaginal com absorvente interno?

Sim, não há qualquer impedimento em usar anel vaginal e absorvente interno ao mesmo tempo. Contudo, o anel deve ser colocado antes do absorvente e a mulher deve verificar se o anel não saiu na hora de tirar o absorvente interno.

Lembrando que sempre que o anel vaginal sair acidentalmente, basta lavá-lo em água fria ou morna e colocá-lo novamente. Desde que não fique mais de 3 horas fora da vagina, o contraceptivo continua eficaz para evitar a gravidez.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso do anel vaginal, consulte um médico ginecologista ou médico de família.

Saiba mais em:

O anticoncepcional anel vaginal é seguro? Como deve ser utilizado?

Métodos contraceptivos: principais vantagens e desvantagens
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem diferentes métodos contraceptivos que protegem de uma gravidez indesejada. A pílula é um dos métodos mais populares, mas existem outras opções como injeções, implantes ou o DIU.

Conhecer diferentes métodos é essencial para que cada mulher consiga escolher a melhor forma de anticoncepção para o seu organismo e estilo de vida.

Vejamos um pouco sobre cada um dos métodos contraceptivos mais populares e reversíveis, ou seja, que após o término do uso a mulher pode voltar a engravidar normalmente.

Pílula oral combinada

Nomes comerciais: Ciclo 21®, Diane 35®, Yas®, Yasmin®, Qlaira®, entre outras.

São pílulas que possuem na sua composição dois hormônios, um estrógeno e um progestógeno. Atuam inibindo a ovulação, a mulher deixa de ovular, portanto não tem risco de engravidar se usar a pílula corretamente.

A pílula contraceptiva é um dos métodos contraceptivos mais populares. Apresentam alta eficácia se tomada de forma correta e sem esquecimentos.

Além disso, possuem algumas vantagens não relacionadas a contracepção, como:

  • Reduzem cólicas menstruais e excesso de sangramento menstrual;
  • Controlam sintomas da Síndrome dos Ovários Policísticos (acne, pelos faciais e corporais, oleosidade da pele);
  • Diminuem o risco de câncer do endométrio, do ovário e da Doença Inflamatória Pélvica

No entanto, como a pílula requer que se tome comprimidos diariamente pode não ser o método mais indicado para mulheres que se esquecem facilmente de tomá-la.

Além disso, diarreia, vômitos e uso de medicamentos podem diminuir a eficácia da pílula, por isso nessas situações pode ser necessário usar outro método como a camisinha.

Outra desvantagem das pílulas hormonais é que causam efeitos colaterais que podem ser impeditivos ao seu uso, como alteração do sangramento menstrual, dor de cabeça, tonturas, inchaços ou náuseas.

Também é importante lembrar do risco de eventos tromboembólicos (tromboses) com o uso de pílulas e outros métodos hormonais, que embora raro podem atingir mulheres que fazem uso desse contraceptivo.

Pílula apenas de progestógeno

Nomes comerciais: Cerazzete®, Norestin®.

Estas pílulas contêm apenas um tipo de hormônio, o progestógeno, não contém o estrógeno presente nas pílulas combinadas. Também atuam inibindo a ovulação, mas também deixam o muco do colo do útero mais espesso, impedindo que o espermatozoide alcance o óvulo.

O principal diferencial é que podem ser usadas por mulheres que estão amamentando.

O esquecimento da pílula afeta substancialmente a sua eficácia, principalmente em pílulas com baixa quantidade de hormônios como o Norestin®.

Uma possível desvantagem é que a pílula de progestógeno pode causar irregularidade menstrual ou cessar a menstruação. Além disso, pode causar efeitos adversos para algumas mulheres como dores de cabeça, náuseas, inchaço, entre outros.

Anel Vaginal

Nome comercial: Nuvaring®

Também é um método contraceptivo hormonal, consiste na colocação de uma estrutura em forma de anel na vagina, que contém hormônios (estrógeno e progestógeno).

O anel vaginal é um método contraceptivo eficaz e prático de ser usado, já que não requer a toma de comprimido diariamente. Basta colocar o anel na vagina que fica durante três semanas, ele é retirado por uma semana para vir a menstruação e depois coloca-se outro por mais três semanas.

É um método hormonal, portanto, apresenta os mesmo efeitos adversos que as pílulas hormonais. E ainda apresenta como desvantagem o custo, que é maior que algumas pílulas contraceptivas.

Adesivo anticoncepcional

Nome comercial: Evra®

O adesivo é um método externo, é colado sobre a pele e libera hormônios continuamente, estrógeno e progesterona, durante uma semana. A cada semana troca-se o adesivo por outro. Na quarta semana interrompe-se o uso para que venha a menstruação. É assim, um método muito prático e eficaz.

Como os hormônios não passam pelo tubo digestivo a sua eficácia não é afetada por vômitos ou diarreia.

Um dos problemas dos adesivos é que são colocados em áreas muitas vezes visíveis, como nos braços, costas e barriga, o que pode ser indesejável para muitas mulheres.

Também pode desgrudar e ter a eficácia reduzida. Além disso, pode apresentar os mesmos efeitos colaterais que as pílulas hormonais.

Injeção hormonal combinada (mensal)

Nomes comerciais: Mesigyna®, Noregyna®

A injeções contraceptivas mensais possuem estrógeno e progesterona. São aplicadas a cada 30 dias e da mesma forma que as pílulas orais inibem a ovulação, evitando a gravidez.

A principal vantagem da injeção hormonal mensal é a facilidade de uso, já que não requer a toma de comprimido diariamente.

No entanto, os efeitos adversos e contra-indicações são os mesmos da pílula hormonal combinada, já que as injeções mensais também são feitas dos mesmos dois hormônios.

Injeção apenas de progestógeno (trimestral)

Nomes comerciais: Depo provera®, Contracep®

A injeção apenas de progestógeno é aplicada a cada três meses, contém apenas um hormônio que geralmente é a medroxiprogesterona.

A injeção trimestral é ainda mais prática de usar, visto que as injeções são aplicadas apenas a cada três meses.

Além disso, também podem ser usadas por mulheres que estão a amamentar.

Uma possível vantagem da injeção de progestógeno é a redução importante do fluxo menstrual ou mesmo ausência de menstruação em alguns casos.

Entretanto, uma das principais queixas em relação à pílula trimestral é o ganho de peso, que pode ocorrer em algumas mulheres, levando ao aumento de até cerca de 3 kg.

Implante hormonal

Nome comercial: Implanon®

O implante hormonal consiste na aplicação de um pequeno bastão contendo hormônios por baixo da pele. O estrógeno e a progesterona são liberados continuamente no decorrer de três anos.

Apresentam alta eficácia contraceptiva, e são muito práticos, já que durante 3 anos a mulher está protegida contra gravidez, por isso costuma ser um método muito indicado para adolescentes.

Embora tenha muitas vantagens, o implante hormonal pode causar irregularidade menstrual e sangramento de escape, sendo um impeditivo para muitas mulheres. Também podem apresentar efeitos adversos do uso de hormônios.

Dispositivo intrauterino de cobre (DIU de cobre)

Este método consiste na inserção de um pequeno dispositivo em volta de T e coberto por cobre no útero.

O DIU de cobre é o método contraceptivo reversível de maior duração. Tem validade de 10 anos. Portanto, para mulheres que não planejam filhos a longo prazo é uma boa opção.

Também é importante destacar que é um método totalmente sem hormônios, indicado para mulheres que apresentam efeitos adversos a qualquer outro método hormonal como as pílulas ou injeções.

No entanto, o uso do DIU de cobre pode em algumas mulheres levar ao aumento do sangramento menstrual e cólicas menstruais.

Além disso, requer ser colocado por um médico ou enfermeiro capacitado

Dispositivo intrauterino de levonorgestrel (DIU hormonal)

Nome comercial: Mirena®

O DIU de levonorgestrel é um dispositivo implantado também na cavidade uterina, atua liberando gradativamente pequenas quantidades do hormônio levonorgestrel, inibindo a fecundação. Também é um método de longa duração com validade de 5 anos.

Tem ação hormonal predominantemente local, o que diminui o risco de efeitos adversos decorrentes do uso de hormônios.

Pode causar redução importante de sangramento e cólicas menstruais, em alguns casos provocando a interrupção da menstruação o que pode ser vantajoso para algumas mulheres.

Uma desvantagem do DIU de levonorgestrel é que pode causar irregularidade menstrual ou sangramento de escape frequente.

Também é importante ressaltar que embora a quantidade de hormônios liberada no organismo seja pequena, algumas mulheres mais sensíveis podem sentir alguns sintomas relacionados ao levonorgestrel como dor de cabeça, náuseas, irritabilidade e alterações de humor.

Caso precise de ajuda para escolher o método contraceptivo para adequado consulte um médico de família ou ginecologista para melhor orientação.

Também pode ser do seu interesse:

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Referências bibliográficas:

Planejamento Familiar UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. OMS.