Sim. A mulher que tem pressão alta pode engravidar.
É recomendado que a mulher com hipertensão e que pretenda engravidar mantenha a pressão sob controle e faça o uso adequado das medicações.
Como algumas medicações anti-hipertensivas não podem ser usadas durante a gestação, é indicado que a mulher procure o ginecologista, médico de família ou clínico geral dizendo sua intenção em engravidar e fazer a mudança para outra medicação compatível com a gravidez.
Com a pressão em valores estáveis e normais, o uso de medicações adequadas, a mulher pode engravidar normalmente.
Durante a gestação, alguns cuidados devem ser feitos caso a mulher já tenha hipertensão e, assim, evitar complicações.
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Sim. A mulher com suspeita de gravidez pode fazer o exame de ultrassom transvaginal. Não precisa ter medo pois o exame não faz mal para a gravidez ou para o bebê.
O exame de ultrassonografia transvaginal não oferece nenhum risco para o bebê. A sonda introduzida para fazer o exame não irá machucar o bebê, que está bem protegido no útero. A ultrassonografia também não emite radiação, como o raio-X, e as ondas de alta frequência emitidas pelo aparelho não prejudicam o bebê.
Além de não trazer riscos para o bebê, o ultrassom transvaginal é fundamental para acompanhar o desenvolvimento e a saúde do feto, detectar malformações e identificar sinais de doenças genéticas, como a síndrome de Down.
No 1º trimestre de gravidez,o principal objetivo do exame é o rastreamento de anomalias genéticas. O ultrassom transvaginal pode ser realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, de preferência entre a 12ª e a 13ª semana.
A sensibilidade da ultrassonografia transvaginal para detectar a síndrome de Down é de aproximadamente 90% e cerca de 60% das malformações fetais podem ser identificadas nesta fase através do exame.
O/a médico/a ginecologista poderá esclarecer as suas dúvidas sobre o ultrassom transvaginal e tranquilizá-la para a realização do exame.
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Não, mulher não tem ejaculação. A ejaculação feminina não existe, o que acontece é quando a mulher fica excitada, a vagina produz uma secreção lubrificante, que é importante para dar conforto durante a relação.
Quando a mulher atinge o orgasmo, a vagina aumenta ainda mais a produção e secreção desse lubrificante, o que pode confundir com ejaculação.
No entanto, o que também pode acontecer, embora seja raro, é que essa secreção seja expelida de forma semelhante a um "jato", o que aumenta ainda mais a confusão, por causa da contração que ocorre nas glândulas produtoras da secreção, durante a relação e o orgasmo.
As glândulas existentes na entrada da vagina, chamadas ‘glândulas vestibulares’ ou ‘glândulas de Bartholin’, são responsáveis por produzir e expelir a secreção lubrificante. Durante a relação sexual, sobretudo durante o orgasmo, a vagina se contrai com força, e essa contração pode levar a uma compressão das glândulas, resultando na saída da secreção de forma semelhante a um "jato".
Porém, isso não é considerado uma “ejaculação”, uma vez que não é o mesmo que acontece no homem. Trata-se apenas de um aumento na lubrificação da vagina.
Para maiores esclarecimentos, fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista.
A anemia na gravidez aumenta o risco de complicações como parto prematuro, baixo peso ao nascimento, problemas cognitivos no bebê e morte do feto ou do recém-nascido. Uma grávida com anemia profunda também tem mais chances de ter hemorragias antes e depois do parto, o que eleva o risco de morte materna.
A anemia diminui a resistência da gestante a infecções e aumenta em até 3 vezes a ocorrência de complicações na gravidez e no parto. Se não for tratada, durante o pós-parto a anemia pode causar ainda uma diminuição dos níveis cognitivos e das habilidades físicas da mulher, além de aumento do estresse e da instabilidade emocional.
O ferro participa no desenvolvimento cerebral do feto e é importante para as funções cognitivas do recém-nascido. A falta de ferro pode danificar permanentemente o cérebro do bebê e prejudicar a sua inteligência, cognição e comportamento, não só na infância como também na fase adulta.
Cerca de 40% das mulheres grávidas apresentam algum grau de anemia, sendo que em mais da metade dos casos a anemia é causada por deficiência de ferro.
Isso acontece porque, durante a gestação, as necessidades de ferro da mulher aumentam cerca de 6 vezes. Se a grávida não conseguir obter ferro suficiente proveniente da alimentação, o seu organismo irá buscar nas suas reservas, instalando-se a anemia.
O tratamento e a prevenção da anemia durante a gravidez são importantes para prevenir possíveis complicações e proteger assim a saúde e a vida da mãe e do bebê.
Para maiores informações sobre os riscos e as formas de tratamento para a anemia na gestação, fale com o/a médico/a responsável pelo acompanhamento pré-natal.
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Os cuidados com a pressão alta na gravidez devem ser bem rigorosos devido à alta prevalência de complicações na nossa população, entretanto variam conforme o caso e os riscos que a hipertensão arterial pode trazer àquela gestação.
Podemos citar entre os principais tipos de tratamentos e medidas:
- Reduzir o ritmo das atividades diárias;
- Incluir mais horários de repouso no dia;
- Controlar a alimentação, diminuindo a ingestão de sal e gorduras;
- Praticar atividades físicas leves, de baixo impacto, como hidroginástica;
- Afastar-se do trabalho, se for muito estressante;
- Uso de medicamentos anti-hipertensivos, nos casos mais complicados;
- Internação hospitalar para repouso e monitoramento da pressão arterial, nos casos refratários ou de difícil controle.
A hipertensão arterial na gravidez ocorre quando os níveis pressóricos apresentam valores iguais ou maiores a 140 x 90 mmHg ("14 por 9"), podendo ser classificada de 4 formas:
- Pré-eclâmpsia (hipertensão específica da gravidez): Quando a pressão alta surge após 20 semanas de gestação e a grávida apresenta perda de proteínas pela urina;
- Hipertensão crônica: Quando é identificada antes da gravidez ou antes da 20ª semana de gestação;
- Pré-eclâmpsia com hipertensão crônica: A gestante já era hipertensa e começou a perder proteínas na urina depois da 20ª semana de gravidez;
- Hipertensão gestacional: Quando a pressão alta se manifesta em qualquer período da gravidez, mas sem os agravantes da pré-eclâmpsia.
A pressão alta durante a gravidez pode trazer sérias complicações para a gestação, interferindo no crescimento fetal, no funcionamento dos rins da mulher, acidente vascular cerebral, hemorragias, entre outros.
Se a hipertensão não for detectada e tratada corretamente, pode evoluir para eclâmpsia e provocar convulsão na gestante, podendo causar a morte da mãe e/ou do bebê.
A hipertensão arterial não controlada, está entre as três principais causas de morte nas gestantes no Brasil, com índices bem acima dos valores aceitáveis mundialmente, por isso precisamos reforçar a importância de um pré-natal ainda mais rigoroso para esses casos, com tratamento e orientações adequadas.
Portanto, grávidas hipertensas devem ser acompanhadas de perto pelo médico obstetra, sendo considerada uma gravidez de risco, cuidando da correta adesão das medicações e mudanças de hábito de vida, visando uma gravidez saudável.
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O exame sugere uma vaginose bacteriana (infecção vaginal), causada pela bactéria Gardnerella mobiluncus.
As vaginoses são infecções comuns nas mulheres, causadas por um aumento exagerado da população de bactérias presentes normalmente na flora vaginal.
E esse aumento da população de bactérias pode ser originado por situações e doenças que levem a redução da imunidade, como diabetes, depressão, estresse, uso de antibióticos, ainda, o tabagismo, uso regular de duchas vaginais, vários parceiros sexuais, até por gravidez.
Entretanto, esse resultado deve ser avaliado pelo médico ginecologista, em conjunto com seu exame clínico e ginecológico, para confirmar a suspeita da infecção e então, ser receitado a medicação para o tratamento definitivo da vaginose.
Infecção por GardnerellaA Gardnerella vaginalis ou mobiluncus, são as bactérias responsáveis pela maioria das vaginoses evidenciadas. O quadro clínico pode ser assintomático, ou seja, a mulher não apresenta qualquer sintoma, outras vezes pode apresentar um corrimento branco acinzentado, de consistência mais pastosa, coceira local, embora pouco comum, e odor desagradável.
O tratamento é baseado em medicamentos, sendo o mais utilizado, o metronidazol® 500 mg 2x ao dia, ou 250 mg 3x ao dia, por pelo menos 7 dias, ou a critério médico. Outra opção é a clindamicina® 300 mg 2x ao dia, também por 7 dias. O tratamento pode ser repetido se houver recidiva da doença.
Apesar de não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, porque a bactéria faz parte da flora vaginal natural, a doença pode ser transmitida ao parceiro por via sexual, portanto, deve evitar relações até o final do tratamento, e o parceiro deve ser avaliado pelo seu médico assistente.
Exame de preventivoTambém conhecido por Papanicolau, o exame preventivo é uma avaliação ginecológica, aonde são coletados materiais celulares do colo do útero e regiões ao redor, com o objetivo principal de detectar células anormais precocemente, como rastreio de câncer de colo de útero. Ainda, o exame é capaz de avaliar o equilíbrio da flora vaginal, e a presença de inflamação ou infecção local.
Leia também: Existe diferença entre papanicolau e preventivo?
A dor na virilha nas mulheres pode ter origem no aparelho reprodutor. As causas mais comuns são as cólicas no período próximo ao início da menstruação e a dor de ovulação.
Mas há alguns problemas nos ovários, tubas / trompas, útero e vagina que podem causar a dor na virilha. O mais comum é a doença inflamatória pélvica, causada por infecções não tratadas. Veja quais são os outros problemas ginecológicos que podem causá-la.
Problemas de ovários que podem causar dor na virilhaAlguns dos problemas que podem ser responsáveis pela dor são:
- Cistos de ovários
- Torções de ovário e tuba
- Endometriose
- Tumores de ovários
Nesses casos, a dor na virilha pode ser apenas em um dos lados.
A ruptura de um cisto (folículo) em um dos ovários é normal. Ela acontece quando você não toma pílula, por volta do meio do ciclo menstrual. Mas há alguns cistos formados devido a problemas nos ovários que podem romper e causar a dor na virilha. Eles podem ser causados devido a:
- Endometriose (formando um endometrioma nos ovários)
- Teratoma e cistoadenomas (são tumores benignos de ovário)
- Câncer
Nesses casos, pode haver sangramento vaginal, corrimento marrom ou rosado associado à dor na virilha. Pode ser necessário tomar analgésicos, mas alguns casos requerem cirurgia. Por isso, precisam ser acompanhados por um médico.
A endometriose acontece quando células e glândulas do útero se desenvolvem em outros lugares, causando inflamação. Ela pode causar cólica no período próximo à menstruação, dor durante as relações sexuais e infertilidade. Os sintomas podem ser suportáveis ou muito intensos.
A torção do ovário é uma causa que requer cuidados urgentes. Ela causa dor muito intensa na virilha e abdômen. É mais comum quando a mulher passa por algum tratamento para engravidar com estimulação exagerada da produção de óvulos.
A dor na virilha pode acontecer, ainda, com a ovulação. Ela surge no meio do ciclo menstrual (caso seu ciclo seja regular e de 28 dias). É leve e normalmente só de um dos lados da virilha. Dura pouco tempo e é normal.
Problemas das tubas / trompas que causam dor na virilhaA causa mais comum para a dor na virilha devido a um problema nas tubas é a gravidez ectópica. Isso acontece quando o embrião se fixa e se desenvolve no lugar errado. Pode levar ao rompimento da tuba quando ele se fixou lá.
A dor pode iniciar de 6 a 8 semanas depois da última menstruação. Ela é intensa e pode ser acompanhada de sangramento.
A ruptura da tuba é uma situação grave, que precisa de cuidados médicos urgentes.
Problemas do útero e vagina que podem causar dor na virilhaAlguns problemas do útero podem causar dor na virilha, cólicas e sangramento menstrual intenso. Miomas, adenomiomas e tumores são alguns exemplos.
As infecções ginecológicas também podem causar a dor na virilha. Alguns sintomas que podem estar associados, nesse caso, são corrimento e dor durante as relações sexuais.
Alterações na formação dos órgãos do sistema reprodutor também podem causar dor na virilha. É comum que, nesses casos, a dor apareça em algum momento durante o ciclo menstrual e comece na adolescência.
A alteração mais comum é o hímen sem perfuração, que causa o acúmulo da menstruação no útero, fazendo com que ele aumente e causando a dor. Outras alterações que podem causar dor na virilha são o útero com duas cavidades (útero septado ou bicorno) ou útero didelfo (são como dois úteros).
A dor na virilha também pode acontecer caso algo tenha sido introduzido na vagina e fique preso lá. Essa causa para a dor deve ser investigada em crianças, principalmente.
Os meses finais da gravidez também estão associados a dores na virilha. Isso acontece devido ao aumento do útero e do peso do bebê. A dor aumenta quando você senta ou abaixa e é normal. Se é o seu caso, pergunte ao seu médico quais são os exercícios que ajudam a diminuir esse desconforto.
Quando a dor na virilha nas mulheres não está associada a problemas ginecológicos?Como a região corresponde à articulação do quadril, ao pé da barriga e parte da coxa, há muitas causas para a dor na virilha. Outras causas possíveis são as que acometem ambos os sexos, como:
- Apendicite (a dor na virilha é só do lado direito)
- Distensão muscular
- Problemas da articulação do quadril
- Hérnias
- Ínguas e infecções
- Pedras nos rins
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Referências:
UpToDate. Ectopic pregnancy: Clinical manifestations and diagnosis
UpToDate. Congenital uterine anomalies: Clinical manifestations and diagnosis
UpToDate. Evaluation of acute pelvic pain in the adolescent female
Mulher com útero septado pode engravidar.
Útero septado é um útero com aparência normal externamente, mas que apresenta duas cavidades endometriais. Isso decorre de uma falha no desenvolvimento do septo durante o período embrionário, ou seja, é uma anormalidade congênita que a pessoa nasce com ela.
Mulheres com útero septado podem engravidar, porém, em geral, podem apresentar uma taxa maior de aborto espontâneo e parto prematuro. Em decorrência disso, mulheres com perda gestacional frequente podem se beneficiar com a cirurgia de ressecção do septo e de restabelecimento dos padrões anatômicos do útero.
Essa avaliação é feita pelo médico ginecologista.
Mulheres de origem portuguesa e espanhola que tem origem árabe (os árabes já viveram nessa região e deixaram seus genes) costumam ter muitos pelos sem que isso signifique algo relacionado a engravidar. Isto é uma mentira. Porém existe uma doença chamada Síndrome dos Ovários Policísticos que causa dificuldade de engravidar e aumento dos pelos.
Os exames que devem ser feitos pelo homem e pela mulher antes de tentar engravidar, são:
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Para a mulher:
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Tipagem sanguínea e fator Rh: Exame de sangue aonde será identificado o tipo sanguíneo da mãe e principalmente o fator RH. Nas mulheres com fator Rh negativo, é importante avaliar o fator do companheiro.
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Hemograma: É um exame de sangue usado para avaliar a série "vermelha", ou seja, o valor das hemácias da mãe, descartando anemia, um quadro que pode prejudicar a gestação.
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Teste de glicemia: Verifica os níveis de glicose (açúcar) no sangue e serve para detectar o diabetes ou saber se a mulher tem tendência para desenvolver a doença;
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Sorologia para toxoplasmose, sífilis, Citomegalovírus (CMV), Hepatites virais, rubéola e HIV: É importante saber se a mulher é imune a essas doenças ou não, para que sejam tomados os devidos cuidados para evitá-las. Se forem adquiridas durante gravidez, podem trazer sérias complicações para a mulher e para o feto, como:
- Parto prematuro, aborto espontâneo;
- Para o bebê, catarata, glaucoma, doença cardíaca, atraso mental, hidrocefalia, retardo mental, surdez, atraso do desenvolvimento;
- Colpocitologia oncológica: Exame de rastreio para alterações celulares que podem evoluir para câncer de colo de útero.
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Nos casos especiais, como mulheres acima de 35 anos de idade, obesas, diabéticas, ou com história prévia de abortos espontâneos, bebês muito grandes ou óbito fetal sem causa definida, podem ser acrescentados os seguintes exames:
- Mamografia: Pode ser indicada para mulheres acima de 35 anos de idade, ou com risco aumentado para câncer de mama;
- Ultrassom: Serve principalmente para detectar alterações no útero, como mudanças no seu formato e miomas, que podem causar aborto, além de endometriose, que pode dificultar a gravidez;
Tão importante quanto os exames antes de engravidar, é a avaliação médica quanto ao cartão de vacinação da mulher, atualizando todas as vacinas que forem necessárias, para prevenir doenças e ou complicações para a mulher e o bebê.
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Para o homem:
- Hemograma: Com o mesmo objetivo de avaliar possíveis doenças no sangue, como anemia;
- Sorologia para HIV: Da mesma forma que na mulher, é importante identificar doenças que podem afetar a saúde da mãe e do bebê precocemente, para dar a opção de tratamento e orientações;
- Espermograma: Não é um exame obrigatório, mas aconselhável que o homem faça se o casal pretende engravidar, pois o exame avalia a capacidade reprodutiva do homem, através da análise da quantidade e qualidade dos seus espermatozoides.
Leia também: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?
O/A médico/a obstetra deverá orientar o casal quanto aos exames que ambos deverão fazer antes da gravidez.
A maioria das gestantes sentem enjoo, mas não é sempre. O enjoo costuma ser mais comum entre a 5ª e a 12ª semana de gestação, depois o sintoma desaparece, ou pelo menos ameniza bastante.
O vômito pode acontecer, e acontece com frequência, entretanto não costuma aliviar os sintomas, pois é causado pelas alterações naturais que ocorrem no organismo da mulher e que permitem a evolução adequada da gravidez.
Portanto, como as causas do enjoo gestacional, apesar de ainda não estarem bem esclarecidas, estão relacionadas às mudanças no organismo da gestante, conseguir expelir algum conteúdo, através do vômito, não é capaz de interromper esse sintoma.
É preciso que os hormônios e outras modificações se organizem, o que acontece por volta da 10ª a 12ª semana de gestação, para que os enjoos terminem.
Felizmente, na maioria dos casos, são sintomas incômodos, porém toleráveis. Menos de 10% das mulheres apresentam enjoo persistente após as 12 semanas, ou tão intensos, que necessitem de tratamento.
Qual é a causa das náuseas e vômitos na gravidez?Diversas teorias são apresentadas como causas para as náuseas e vômitos gestacionais. Sintomas tão comuns entre as grávidas, atingindo uma faixa de 85% desse grupo, especialmente entre a 5ª a 12ª semana de gestação.
Teoria endócrinaA primeira teoria é a teoria endócrina, caracterizada pelo aumento dos hormônios estrogênio e progesterona, HCG e leptina.
O estrogênio e A progesterona agem reduzindo a motilidade do trato gastrointestinal, promovendo retardo na digestão e dilatação das alças intestinais, o que justificaria os sintomas mas mal-estar, náuseas e vômitos.
O HCG, acredita-se estar relacionado aos sintomas porque suas concentrações estão mais altas exatamente no período dos sintomas, inclusive quanto maior sua concentração, mais frequentes são as queixas. Como por exemplo em mulher grávidas de gêmeos ou com doença trofoblástica.
A leptina é um hormônio que há menos tempo vem sendo descrito como possível causa, pela sua presença elevada em mulheres com enjoos, e menos frequente naquelas sem queixas. Mas ainda não está bem estabelecida essa relação.
Teoria da H. pyloriA segunda teoria diz respeito a presença de infecção pelo Helicobacter pylori - estudos evidenciaram maior prevalência de infecção pela bactéria em mulheres com náuseas e vômitos gestacional, quando comparadas ao grupo de gestantes sem os sintomas. Além de evidenciar relação direta da gravidade dos sintomas com a alta carga bacteriana.
Teoria genéticaA teoria genética é evidente pois a relação entre casos na mesma família está comprovada. Ainda, mulheres que apresentaram náuseas na primeira gravidez, tem mais chance de ter sintomas, até mais intensos, nas gestações seguintes.
Teoria psicogênicaA causa psicossomática atualmente não é bem aceita, porque embora seja evidente a carga de estresse e preocupações para a mulher a partir do momento que descobre sua gravidez, por mais desejada que seja, estudos não foram capazes de comprovar essa relação causal. Ao contrário, um estudo norueguês mostrou que a ansiedade e sintomas de angústia, estão mais propensos a terem sido causados pelos distúrbios hormonais, do que ser a causa.
Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico ginecologista.
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Ninfomaníaca é o termo utilizado para designar um tipo de transtorno psiquiátrico, aonde ocorre um aumento excessivo, frequente e incontrolável do desejo e da atividade sexual feminina, na ausência de problemas físicos ou hormonais que justifiquem.
Uma mulher ninfomaníaca é viciada em sexo e sente uma necessidade constante de ter gratificação sexual. Nos homens, o distúrbio é denominado satiríase.
No entanto, a ninfomania não é propriamente uma busca desenfreada pelo prazer, mas sim uma tentativa de aliviar o desconforto e a tensão emocional que a pessoa sente. Trata-se de um vício, uma dependência sexual.
Os vícios caracterizam-se por mudanças no comportamento e no funcionamento do cérebro que visam buscar compulsivamente sensações de recompensa ou de alívio de algum desconforto emocional.
No caso de uma mulher ninfomaníaca, a sua hipersexualidade e preocupação com o sexo ocupam a maior parte do seu tempo, prejudicando o funcionamento normal da sua vida pessoal, social e profissional. Além de aumentar o risco de doenças sexualmente transmissíveis, pelo número elevado de parceiros, e risco de se ferir, pelo uso exagerado de objetos de prazer.
Quais as causas da ninfomania?As causas da ninfomania ainda não estão bem estabelecidas, entretanto parece estar relacionada com a atividade da dopamina, um neurotransmissor cerebral associado à sensação de prazer.
A ninfomania também pode ser consequência do uso de medicamentos agonistas da dopamina, como os usados para tratar a doença de Parkinson, além de lesões cerebrais nas áreas responsáveis pela regulação dos impulsos sexuais.
Muitas vezes, a ninfomania é um sintoma de outras doenças e transtornos, como autismo, demência, transtorno de personalidade borderline, transtorno bipolar, entre outros. O vício em álcool e outras drogas também pode favorecer o desenvolvimento da ninfomania.
Quais os sintomas da ninfomania?Os principais sintomas da ninfomania são o excesso de masturbação e atividade sexual. A mulher passa boa parte do seu tempo em busca de gratificação sexual e não consegue abandonar esse comportamento compulsivo, mesmo que prejudique a sua vida pessoal e ou profissional.
Uma ninfomaníaca deixa de lado as suas obrigações e responsabilidades para satisfazer o seu vício, o que interfere de forma muito negativa no seu funcionamento normal.
Em geral, uma mulher ninfomaníaca tende a ser infiel repetidamente ou tem dificuldade em se ligar de forma íntima aos seus parceiros.
Qual é o tratamento para a ninfomania?Por se tratar de um vício, o tratamento para uma ninfomaníaca é semelhante ao que é realizado para outros tipos de dependência, tendo como principais objetivos a abstinência (mesmo que temporária) e a mudança de comportamento.
O tratamento da ninfomania inclui psicoterapia, participação em grupos de apoio, terapia de casal e uso de medicamentos.
PsicoterapiaA terapia cognitivo-comportamental é um dos métodos de psicoterapia mais usado para tratar vícios, entre eles a ninfomania. O tratamento baseia-se na relação entre comportamento, pensamento e emoções, aumentando a motivação para mudanças e atividades recompensadoras. A terapia tem o objetivo de levar a mulher a compreender o porquê do seu comportamento e aprender a controlar os seus impulsos.
Grupos de apoioOs grupos de apoio podem ser liderados por psicoterapeutas ou mulheres que se recuperaram da ninfomania. Esses grupos são úteis para a partilha dos problemas em comum e das possíveis estratégias para lidar com eles. Também é um ótimo local para a paciente confrontar as suas negações e racionalizar sobre a sua dependência sexual.
Terapia de casalA terapia de casal pode ajudar a melhorar a satisfação sexual, a ligação e a comunicação entre a paciente e o seu parceiro ou companheiro.
MedicamentosQuando a ninfomania é consequência de sofrimento emocional, podem ser indicados medicamentos antidepressivos. Se a ninfomania for decorrente de transtorno bipolar, são usados estabilizadores de humor. Nos casos de alterações hormonais, é indicada terapia hormonal, especialmente antiandrogênica.
O diagnóstico e tratamento da ninfomania é da responsabilidade do médico psiquiatra, preferencialmente um especialista em sexualidade.
E sempre que possível, a participação de uma equipe multidisciplinar, com psicoterapeutas, psicólogos, educadores físicos e terapeuta ocupacional.
Saiba mais sobre o assunto em: Fazer sexo em excesso causa algum mal?