A maioria das gestantes sentem enjoo, mas não é sempre. O enjoo costuma ser mais comum entre a 5ª e a 12ª semana de gestação, depois o sintoma desaparece, ou pelo menos ameniza bastante.
O vômito pode acontecer, e acontece com frequência, entretanto não costuma aliviar os sintomas, pois é causado pelas alterações naturais que ocorrem no organismo da mulher e que permitem a evolução adequada da gravidez.
Portanto, como as causas do enjoo gestacional, apesar de ainda não estarem bem esclarecidas, estão relacionadas às mudanças no organismo da gestante, conseguir expelir algum conteúdo, através do vômito, não é capaz de interromper esse sintoma.
É preciso que os hormônios e outras modificações se organizem, o que acontece por volta da 10ª a 12ª semana de gestação, para que os enjoos terminem.
Felizmente, na maioria dos casos, são sintomas incômodos, porém toleráveis. Menos de 10% das mulheres apresentam enjoo persistente após as 12 semanas, ou tão intensos, que necessitem de tratamento.
Qual é a causa das náuseas e vômitos na gravidez?Diversas teorias são apresentadas como causas para as náuseas e vômitos gestacionais. Sintomas tão comuns entre as grávidas, atingindo uma faixa de 85% desse grupo, especialmente entre a 5ª a 12ª semana de gestação.
Teoria endócrinaA primeira teoria é a teoria endócrina, caracterizada pelo aumento dos hormônios estrogênio e progesterona, HCG e leptina.
O estrogênio e A progesterona agem reduzindo a motilidade do trato gastrointestinal, promovendo retardo na digestão e dilatação das alças intestinais, o que justificaria os sintomas mas mal-estar, náuseas e vômitos.
O HCG, acredita-se estar relacionado aos sintomas porque suas concentrações estão mais altas exatamente no período dos sintomas, inclusive quanto maior sua concentração, mais frequentes são as queixas. Como por exemplo em mulher grávidas de gêmeos ou com doença trofoblástica.
A leptina é um hormônio que há menos tempo vem sendo descrito como possível causa, pela sua presença elevada em mulheres com enjoos, e menos frequente naquelas sem queixas. Mas ainda não está bem estabelecida essa relação.
Teoria da H. pyloriA segunda teoria diz respeito a presença de infecção pelo Helicobacter pylori - estudos evidenciaram maior prevalência de infecção pela bactéria em mulheres com náuseas e vômitos gestacional, quando comparadas ao grupo de gestantes sem os sintomas. Além de evidenciar relação direta da gravidade dos sintomas com a alta carga bacteriana.
Teoria genéticaA teoria genética é evidente pois a relação entre casos na mesma família está comprovada. Ainda, mulheres que apresentaram náuseas na primeira gravidez, tem mais chance de ter sintomas, até mais intensos, nas gestações seguintes.
Teoria psicogênicaA causa psicossomática atualmente não é bem aceita, porque embora seja evidente a carga de estresse e preocupações para a mulher a partir do momento que descobre sua gravidez, por mais desejada que seja, estudos não foram capazes de comprovar essa relação causal. Ao contrário, um estudo norueguês mostrou que a ansiedade e sintomas de angústia, estão mais propensos a terem sido causados pelos distúrbios hormonais, do que ser a causa.
Para maiores esclarecimentos, converse com seu médico ginecologista.
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