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Quais as vantagens e desvantagens do parto humanizado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais vantagens do parto humanizado para a mulher são:

  • Poder ter a presença de um(a) acompanhante escolhido(a) pela parturiente;
  • Liberdade para escolher a posição de parto no momento da expulsão e para caminhar durante o trabalho de parto;
  • Possibilidade de receber técnicas de relaxamento (massagens, banhos mornos, música) para aliviar a dor, o que permite uma participação mais ativa e autônoma da mulher durante o trabalho de parto;
  • Desde que o parto seja normal, a alimentação não precisa ser suspensa, podendo ser mantida e oferecida de maneira natural, com alimentos leves que forneçam energia, como frutas e sucos;
  • Menos exposição aos riscos associados à cirurgia, como infecção e efeitos colaterais da anestesia e dos medicamentos;
  • Maior facilidade de adaptação ao pós-parto, uma vez que não haverá a ferida e a dor resultantes da cirurgia ou a dificuldade em se movimentar;
  • Ambiente mais aconchegante, que favorece o conforto da mulher e do seu acompanhante, além de lhes proporcionar maior privacidade;
  • As condutas do parto humanizado são recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
Quais as vantagens do parto humanizado para o bebê?
  • Após o parto, os riscos de ocorrer doenças respiratórias e haver passagem de secreção do parto para o pulmão do bebê (broncoaspiração) são menores;
  • Início precoce da amamentação, uma vez que o leite materno desce mais rápido após o parto humanizado, por não haver efeitos colaterais das medicações utilizadas em uma anestesia e do pós-cirúrgico;
  • Melhores índices de vitalidade do bebê após o nascimento;
  • Redução das intervenções, como aspiração com sonda;
  • Menor risco associado às manobras cirúrgicas;
  • Não há o afastamento da mãe logo a seguir ao parto.
Quais as desvantagens do parto humanizado?
  • O parto humanizado pode ser realizado em ambiente não hospitalar, o que pode dificultar alguns procedimentos e tomadas de decisão caso haja alguma complicação. Por exemplo, demorar para interromper o parto normal e optar pela cesárea pode trazer sérias consequências para a mãe e para o bebê em uma situação de urgência;
  • Sentir todas as dores do trabalho de parto;
  • O processo de parto é longo, uma vez que o parto humanizado é realizado com o mínimo de intervenções;
  • Não é recomendado em casos de gravidez tardia ou na adolescência, bem como gravidez de gêmeos ou posição desfavorável do bebê;
  • Não é indicado para gestantes que tiveram anemia, diabetes e hipertensão arterial antes do parto.

O principal objetivo do parto humanizado é resgatar o nascimento pela sua simplicidade e promover mudanças no comportamento e nas atitudes dos profissionais envolvidos no processo.

Para maiores esclarecimentos sobre o parto humanizado, fale com o/a seu/sua médico/a obstetra.

Saiba mais sobre o assunto em: O que é parto humanizado?

Quando vem a menstruação depois do parto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A volta da menstruação depois do parto dependerá do processo de amamentação que a mulher estabelece com seu/sua bebê.

A mulher que amamenta exclusivamente e em livre demanda (não ultrapassando um intervalo de 3 horas entre cada mamada), geralmente fica sem menstruar durante todo esse período que pode variar de 6 meses a 1 ano após o parto. Quando a mulher que amamenta inicia a introdução dos alimentos sólidos e diminui a oferta da amamentação, ela pode já voltar a ter a menstruação.

A mulher que alimenta seu/sua bebê com fórmula infantil e amamenta pouco ou não amamenta geralmente volta a menstruar a partir do segundo mês pós parto.  

Essa variação ocorre pois os hormônios liberados com o aleitamento materno inibem a ovulação e, consequentemente, a menstruação.

Vale lembrar que a vinda da menstruação ocorre depois da ovulação e, portanto, a mulher pode engravidar no período do pós parto mesmo antes de voltar a primeira menstruação. Por isso, a mulher que desejar prevenir uma nova gravidez deve usar algum método anticoncepcional (pílula, DIU, preservativo, injetáveis) que pode ser indicado pelo/a obstetra ou médico/a de família que a acompanhou durante o pré natal.

Como deve ser a depilação para o parto?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A depilação para o parto normal ou cesárea não é diferente da depilação íntima habitual. Não há nenhuma recomendação especifica sobre a depilação intima, a mulher pode depilar como preferir ou mesmo não depilar.

A única indicação é que a depilação não seja realizada próxima ao parto, pois qualquer arranhão, corte ou pelo encravado pode infeccionar ou inflamar.

A depilação não provoca parto prematuro. A recomendação de não se depilar antes do parto é apenas para evitar a formação de portas de entrada para bactérias e prevenir infecções e inflamações.

Além disso, os pelos não atrapalham o parto. Se o médico achar necessário, ele próprio faz a depilação no local do corte, em caso departo cesárea, ou apara os pelos, se for parto normal.

Caso decida fazer a depilação, pode fazê-la normalmente. Se tiver dúvidas se deve ou não fazer depilação antes do parto, fale com o médico obstetra ou médico de família responsável pelo seu pré-natal.

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Quais são os sinais de trabalho de parto?

O que é parto humanizado?

Quanto tempo depois do parto posso doar sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A doação de sangue pode voltar a ser feita:

  • 90 dias após o parto normal e
  • 180 dias após a cesariana.

Durante o parto, tanto o parto normal quanto a cesariana, há perda de sangue. No período pós parto, a mulher irá recuperar essa perda, bem como restabelecer os parâmetros hematológicos que foram alterados durante a gestação.

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Grávida pode doar sangue?

Por isso, a mulher deve esperar esse período após o parto para voltar a doar sangue.

Passado o período indicado (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana), a mulher poderá ser uma doadora de sangue se incluir nos outros pré-requisitos solicitados.                                                                                                                                     

Parto normal após cesariana é perigoso?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Um parto normal após cesariana pode ser perigoso, se a mulher tiver antecedente de três ou mais cesáreas. Isso porque na cesárea o obstetra corta o útero numa região específica para poder retirar o bebê e nas cesarianas seguintes o local de abertura uterina é o mesmo da cicatriz anterior.

Por isso, acredita-se que após três cesáreas essa cicatriz passe a ser um local mais suscetível de rotura, tanto devido ao crescimento do útero durante a gravidez como e, principalmente, devido às contrações do trabalho de parto. 

Alguns obstetras optam por parto cesariana se a mulher tiver antecedente de duas ou três cesarianas, pelo risco de rotura uterina (rompimento do útero), e com isso um risco de morte fetal e materna (por sangramento).

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O seu obstetra deverá orientá-la sobre a melhor opção para o parto.  

Não conseguir segurar a urina depois do parto, é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Depois do parto normal a mulher pode ter incontinência urinária. Não é uma situação propriamente "normal", porque nem todas as mulheres com parto vaginal ficam com incontinência urinária, no entanto, a depender de como foi o parto o risco de incontinência urinária pode ser maior ou menor.

Algumas situações que podem aumentar o risco de incontinência urinária após o parto normal são: uso de fórceps, obesidade na mulher grávida e peso excessivo do recém-nascido.

O parto normal pode provocar lesão nos músculos, nervos e tecido conjuntivo do assoalho pélvico, que pode resultar em incontinência urinária.

O assoalho pélvico sustenta os órgãos pélvicos e mantém o controle da urina. Para desempenhar essa função adequadamente, é necessário que a sua musculatura, inervação e tecidos conectivos estejam íntegros.

Durante a fase de expulsão do trabalho de parto, a cabeça do bebê força e estica o assoalho pélvico, podendo provocar a ruptura dos músculos, tecidos e nervos.

Para diminuir o risco de ter incontinência urinária após o parto praticar exercícios específicos para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. Da mesma forma após o parto, exercícios de reabilitação do assoalho pélvico podem permitir a adequada recuperação dessa musculatura, levando a melhora dos sintomas de incontinência urinária.

Para mais informações, fale com o seu médico obstetra.

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Parto normal ou cesárea (cesariana), quais as vantagens e os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os dois tipos de partos, normal e cesariana ou cesárea, têm vantagens e desvantagens. Por isso, essa decisão deve ser tomada com bastante cuidado, pela gestante e seu/sua médico/a.

Qual dói mais?

Entre as mulheres, é frequente acreditar que a cesárea não dói. É fato que a anestesia realizada bloqueia totalmente a dor durante o procedimento, mas não se pode esquecer que se trata de uma cirurgia abdominal e, assim como qualquer outra, pode apresentar dor no pós-operatório, dependendo do limiar de dor de cada mulher, mas costuma ser mais intensa ou durar mais tempo do que no parto normal.

Entretanto, quando ocorre a necessidade de realização de uma abertura maior no canal do parto em um parto normal, chamado episiotomia, também leva a dor no pós operatório além do risco de infecção na cicatriz cirúrgica, devido à proximidade com o ânus.

Parto cesariana

A cesariana, é a forma mais indicada em situações médicas específicas em que a via vaginal ofereça riscos para a mãe ou o bebê. Por exemplo, quando o bebê está na posição transversa ("atravessado", "de lado" na barriga da mãe), no caso de desproporção cefalo-pélvica (cabeça do bebê maior que o canal de parto da mãe), ou na ocorrência de placenta prévia, em que a placenta se localiza na frente do bebê, impedindo a sua passagem.

A cesariana está indicada como via obrigatória nos casos de mãe HIV ou com feridas de herpes genital, em atividade. Evitando a contaminação pela via do parto, no bebê.

Como é feito o parto cesárea ou cesariana?

O parto cesárea ou cesariana é uma cirurgia, realizada com anestesia raquidiana ou peridural, aplicada no espaço entre as vértebras da coluna. O tempo de duração de uma cesariana costuma ser de uma hora.

Como é a recuperação da cesariana?

Após o parto, a mulher só pode se levantar depois de 6 a 12 horas. Os pontos do local da cirurgia são retirados cerca de 10 a 15 dias após o parto. No pós-operatório, é comum a ocorrência de dor e distensão abdominal.

Quais são os riscos do parto cesárea?

O maior risco da cesariana é a ocorrência de infecções e trombose, que são os riscos comuns em cirurgias dessa dimensão.

Parto cesárea traz vantagens para o bebê?

Depende. Nos casos que oferece risco para a vida do bebê, como asfixia neonatal (falta de oxigenação) durante o parto, quando o parto não evolui, ou existe risco de contaminação, é evidente o benefício. Sem indicação efetiva para a cirurgia não há vantagens específicas para o bebê.

Parto normal

O parto normal é a forma considerada "natural" do nascimento. Acredita-se que ofereça menos riscos de complicações tanto para a mulher quanto para o bebê nesse tipo de parto. A mulher, em geral, se recupera mais rapidamente do que na cesárea, há menor chance de infecção, trombose e hemorragia.

Como é feito o parto normal?

Durante o parto normal, existe um trabalho de parto que provoca contrações uterinas e dilatação do colo do útero quando o bebê vai nascer. A dilatação do colo do útero é verificada e deve estar medindo 10 cm. No caso da dilatação não ser suficiente para o bebê passar, é feito um corte cirúrgico na região perineal.

Assim que o colo do útero atinge a sua dilatação máxima e as contrações ficam mais fortes, o bebê é pressionado pelas paredes do útero e, com a ajuda da mãe, acaba por ser expulso do útero.

O parto normal também pode ser feito com uma anestesia que reduz a dor, sem interferir na participação da gestante no trabalho de parto. As anestesias usadas no parto normal são as mesmas usadas na cesárea, porém, em doses menores.

Quanto tempo dura um parto normal?

Todo o trabalho de parto até à expulsão do bebê pode levar até 15 horas, caso seja o primeiro parto. Como é a primeira vez que o corpo da mulher está sofrendo essa dilatação, ele costuma ser mais lento, ao ritmo de 1 cm por hora.

Como é a recuperação do parto normal?

No parto normal, a recuperação é mais rápida e simples, do que comparada à cesárea, caso não haja problemas. A mulher pode se levantar logo depois do parto e os pontos saem naturalmente.

Qual é a vantagem do parto normal para o bebê?

A vantagem para o bebê é a saída do excesso de líquido que está acumulado nos pulmões, pois precisa passar pela pelve estreita e apertada da mãe. A saída desse líquido diminui os riscos de complicações respiratórias.

Quais são as desvantagens e riscos no parto normal?

No parto normal também existem desvantagens e riscos, os quais as mulheres devem ser informadas, como risco de laceração do assoalho pélvico, músculos que sustentam os órgãos da pelve, causando incontinência de urina ou fezes. Pode apresentar dor intensa, e o bebê pode sofrer complicações neurológicas, como asfixia, ou lesão de nervos (como o plexo braquial), caso a evolução do parto não aconteça conforme o esperado.

Existem casos, na maioria das vezes, favoráveis sim ao parto normal, e casos bastante desfavoráveis.

Portanto, com avaliação de critérios adequados e acompanhamento regular do pré-natal, o parto poderá ser definido entre a gestante e seu/sua médico/a obstetra.

Como é o tampão mucoso e quais os primeiros sintomas de parto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tampão mucoso é um muco produzido pelo colo do útero desde o princípio da gravidez, com a função de proteger o útero, bloqueando a entrada de bactérias.

Possui uma consistência viscosa, podendo se apresentar com várias colorações, desde incolor, como a clara de ovo, até amarelado com presença de pequena quantidade de sangue.

Quando o colo do útero começa a se dilatar para se preparar para o parto, o tampão mucoso é expelido. Após a saída do tampão começam as contrações uterinas e o parto pode ocorrer a qualquer momento.

A perda do tampão mucoso e o início das dores (cólicas) são os primeiros sintomas de que o bebê está perto de nascer. Contudo, isso não significa que o bebê vai nascer imediatamente.

Quais são os sintomas do parto?

Os sintomas do parto variam conforme a fase em que a gestante está do trabalho de parto:

Pré-parto ou período premonitório

Essa fase começa entre a 30ª e a 36ª semana de gestação e se estende até o início do parto. O fundo do útero desce, começam as contrações uterinas e ocorre saída de secreção de aspecto mucoso, com sangue, pela vagina.

Essas alterações terminam quando o colo do útero começa a se preparar para o parto, que é quando as contrações uterinas ficam progressivamente mais fortes e regulares. O útero fica dilatado, amolecido e o colo do útero fica centralizado. Essa é a fase latente, que dura em média 14 a 20 horas.

Período de dilatação

O período de dilatação começa ao final da fase latente até o momento em que o colo do útero chega a 10 cm de dilatação. O período de dilatação pode durar de 6 a 12 horas.

Nessa fase do trabalho de parto, as contrações uterinas são regulares, geralmente com intervalos de 3 a 5 minutos e com intensidade que pode ser de moderada a forte.

Período expulsivo

Começa no final da dilatação e termina com a saída do bebê, podendo durar de 20 a 50 minutos. As contrações são fortes e o intervalo entre elas é cada vez menor.

Nessa fase, a gestante apresenta esforço expulsivo e vontade de defecar. A expulsão do bebê ocorre pelo esforço exercido pela gestante, podendo ser auxiliado pelo/a médico/a.

Período de secundamento

Esse é o período em que ocorre o descolamento e a expulsão da placenta. O período de secundamento acontece entre 5 até 30 minutos após o período expulsivo.

Quarto período

Começa no final do período de secundamento e dura até uma hora depois do parto. Esta é a fase de maior risco de sangramento, fase em que ocorre a contração do útero, portanto exige especial atenção por parte do obstetra.

Para maiores informações sobre a saída do tampão mucoso e os sintomas de parto, fale com o/a médico/a obstetra ou o/a médico/a que está acompanhando a gestação.

Quando fiz a cesariana o médico perguntou se podia fazer um corte maior e depois do parto tirar o excesso de gordura da minha barriga, isso existe?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Esse tipo de cirurgia existe sim, chama-se abdominoplastia e já tive pacientes que fizeram durante a cesárea, somente não sei dizer se é indicado fazer junto com a cirurgia de cesariana (provavelmente não deve haver nenhum problema).

Como saber se estou em trabalho de parto? Quais os sinais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais típicos do trabalho de parto são as contrações uterinas, a ruptura da bolsa amniótica e a perda do tampão mucoso.

Todos os sinais são importantes, porém o único que está sempre presente é a contração uterina. A ruptura da bolsa amniótica pode ocorrer até horas antes do início do trabalho de parto, sendo nesses casos o primeiro sinal, porém nem todas as mulheres têm a bolsa rota.

Assim como a perda do tampão mucoso, uma espécie de secreção viscosa expelida quando as contrações se iniciam, pode ser um dos primeiros sinais, ou pode nem ser percebido, quando for um tampão discreto ou extremamente fino.

Portanto, na presença de qualquer sinal sugestivo de trabalho de parto, a gestante deve fazer contato imediato com o seu médico obstetra, para informar e esclarecer as suas dúvidas, sem colocar a gravidez em risco.

Sinais de trabalho de parto 1. Contrações uterinas

Existem contrações que ocorrem naturalmente durante a gestação e as contrações uterinas relacionadas efetivamente, com o parto. As diferenças mais marcantes, são a dor e o ritmo nas contrações do parto.

Contrações de Braxton-Hicks

São contrações uterinas que acontecem durante a gravidez naturalmente, não tem relação com o trabalho de parto ou riscos para a gestação. São contrações que seguem o seguinte padrão:

  • Contrações indolores, ou causam leve sensação de cólica;
  • Duram pouco tempo;
  • Não tem regularidade, são aleatórias;
  • Raramente acontecem mais de duas por dia;
  • Melhoram com o repouso ou simples mudança de posição.

Contrações de trabalho de parto

As contrações típicas do trabalho de parto, ou contrações de parto "verdadeiras", tem como características:

  • Dor. São contrações dolorosas, desde o início, que pioram gradativamente;
  • Contrações ritmadas;
  • Frequência de 20 a 30 minutos, que se tornam mais curtas com a evolução do parto;
  • Localizadas na região pélvica, com irradiação para as costas, pernas e coxas.
2. Ruptura da bolsa amniótica

A bolsa amniótica, ou membrana amniótica, é o local aonde o bebê fica protegido, dentro da barriga da mãe. Quando essa bolsa se rompe, extravasa grande quantidade de líquido de coloração clara, pela vagina da mulher, de maneira indolor, indicando que o parto está próximo.

A ruptura pode acontecer naturalmente pelo início do trabalho de parto, ou devido a problemas na gravidez, como uma infecção vaginal ou traumatismos.

Sempre que a gestante apresentar "bolsa rota", deverá ser imediatamente internada e manter acompanhamento pela equipe médica, pelo risco de infecção e abortamento.

A bolsa pode também não romper, prejudicando a evolução do parto. Nessa situação, o médico obstetra poderá romper cirurgicamente essa bolsa, para ajudar na progressão do parto, evitando sofrimento do bebê.

Leia também: Como saber se a bolsa estourou e o que fazer?

3. Perda do tampão mucoso

O tampão mucoso, é a formação de uma "barreira de muco" no colo do útero, com o objetivo de impedir a entrada de bactérias e germes provenientes da vagina.

A perda do tampão mucoso costuma acontecer após a 37ª semana de gravidez, quando o colo do útero começa a reduzir, para aproximar o bebê do canal vaginal. A secreção é mucoide, espessa ou gelatinosa, de coloração clara com raias de sangue.

A saída dessa secreção deve ser explicada a mãe, para não causar sustos e alertar de que pode também não ser identificado. Por isso, não é obrigatório a sua presença para confirmar um trabalho de parto.

Como saber se estou em trabalho de parto?

Os sinais e sintomas que indicam o início do trabalho de parto são:

  • Presença de contrações uterinas dolorosas e ritmadas, em média 5 contrações dentro de 1 hora;
  • Dores que irradiam para as costas ou para as pernas;
  • Saída de líquido pela vagina ("bolsa rota");
  • Saída de secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue (perda do tampão mucoso).

No caso de estar grávida e observar a barriga mais "endurecida", contrações dolorosas que vem de maneira cíclica ou repetida, ou perda de líquido pela vagina, entre em contato com o seu médico imediatamente, e siga as suas orientações.

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Quais os sinais de parto prematuro?

O que é parto humanizado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Parto humanizado é um parto em que as condutas e as atitudes profissionais estão centralizadas nas necessidades da mulher. No parto humanizado, as intervenções ou os procedimentos são realizados apenas quando existe uma indicação real e não por rotina.

A Organização Mundial da Saúde define algumas atitudes que os profissionais devem ter e os direitos da mulher durante um parto humanizado:

  • Atitudes dos profissionais:

    • Respeitar a vontade da mulher de ter um(a) acompanhante da sua escolha durante o trabalho de parto e durante o parto;
    • Monitorar o bem-estar físico e emocional durante todo o processo;
    • Responder às informações e explicações solicitadas;
    • Permitir que a mulher caminhe durante o período de dilatação e fique na posição que desejar no momento da expulsão;
    • Orientar e oferecer formas de aliviar a dor durante o trabalho de parto, como massagem, banho morno e outras técnicas de relaxamento;
    • Permitir o contato de pele com pele entre mãe e bebê e o início da amamentação logo após o nascimento;
    • Ter normas de procedimentos e acompanhar a evolução do parto pelo partograma;
    • Oferecer alojamento conjunto e estimular o aleitamento materno.
  • Direitos da mulher:

    • Estar acompanhada durante o trabalho de parto e parto por alguém escolhido por ela;
    • Conhecer a identidade do profissional;
    • Receber informações sobre os procedimentos que serão realizados com ela e com o bebê;
    • Receber alimentos e líquidos, sem excessos, durante o trabalho de parto;
    • Caminhar e se movimentar durante o trabalho de parto;
    • Receber massagens ou outras técnicas de relaxamento;
    • Tomar banhos mornos;
    • Adotar a posição que quiser no momento da expulsão do bebê;
    • Receber o bebê para mamar logo após o nascimento;
    • Ser chamada pelo nome.
Técnicas de relaxamento durante trabalho de parto

Os profissionais devem respeitar o tempo, os limites, os desejos, a ansiedade e a expectativa da mulher durante todo o trabalho de parto e parto propriamente dito.

A figura central no parto humanizado é a mulher, que deve ter autoridade sobre o seu próprio corpo e também sobre o processo do nascimento.

O profissional que está dando assistência à parturiente deve chamá-la pelo nome, explicar em cada momento o que está acontecendo e orientá-la, bem como a sua família, o máximo possível.

O principal objetivo do parto humanizado é resgatar o nascimento pela sua simplicidade e promover mudanças no comportamento e nas atitudes dos profissionais envolvidos no processo.

Mais sobre o assunto em: Quais as vantagens e desvantagens do parto humanizado?

Quais os sinais de parto prematuro?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O parto prematuro ocorre quando o trabalho de parto começa antes da gestante completar 37 semanas de gravidez. O nascimento prematuro é uma das principais causas de incapacidade ou morte do bebê. Porém, um bom acompanhamento pré-natal aumenta as chances de um bebê prematuro se recuperar bem de um parto pré-termo.

Quais são os sinais e sintomas de parto prematuro?
  • Contrações uterinas acompanhadas de dor na coluna lombar ou sensação de pressão na virilha ou nas coxas;
  • Vazamento de líquido em gotas ou em um fluxo pela vagina;
  • Sangramento vaginal vermelho e brilhante;
  • Secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue;
  • Ruptura da bolsa das águas;
  • Ter mais de 5 contrações uterinas por hora ou contrações regulares e dolorosas;
  • Contrações que se tornam mais longas, fortes e próximas umas das outras.
O que fazer em caso de sinais e sintomas de parto prematuro?

Procure atendimento médico imediatamente se notar algum desses sinais e sintomas antes da 37ª semana de gravidez:

  • Cólica, dor ou pressão no abdômen;
  • Escapes, sangramento, muco ou líquido saindo pela vagina;
  • Aumento repentino de corrimento vaginal.

Na suspeita de parto prematuro, é feito um exame para verificar se há dilatação do colo do útero ou ruptura da bolsa.

Muitas vezes, é feito um ultrassom transvaginal para avaliar o comprimento do colo do útero. O parto prematuro geralmente pode ser diagnosticado quando o colo do útero está mais curto. Geralmente, o encurtamento do colo do útero ocorre antes da dilatação.

Se houver saída de líquido ou fluidos, estes serão analisados. O teste pode avaliar se a gestante dará à luz em breve ou não.

Se a gestante entrar em trabalho de parto prematuro, precisa ir a um hospital. Podem ser usados medicamentos para interromper as contrações e amadurecer os pulmões do bebê.

Quais as causas de parto prematuro?

Na maioria das gestações, as causas de parto prematuro não são totalmente conhecidas. No entanto, sabe-se que certas condições podem aumentar o risco de um parto pré-termo, tais como:

  • Parto prematuro anterior;
  • História de cirurgia do colo do útero, como excisão electrocirúrgica por alça (LEEP) ou conização;
  • Gravidez de gêmeos;
  • Infecção da mãe ou das membranas ao redor do bebê;
  • Defeitos congênitos do bebê;
  • Hipertensão arterial (pressão alta) da gestante;
  • Rompimento precoce da bolsa das águas;
  • Excesso de líquido amniótico;
  • Sangramento no primeiro trimestre de gravidez;
  • Fumar durante a gravidez;
  • Uso de drogas;
  • Estresse físico ou psicológico grave;
  • Pouco ganho de peso durante a gravidez;
  • Obesidade.

O parto prematuro também pode ser causado por problemas na placenta, no útero ou no colo do útero.

Quando o colo do útero não permanece fechado por si próprio (insuficiência cervical) ou a forma do útero não é normal, existe risco de haver um trabalho de parto prematuro.

Mau funcionamento da placenta, descolamento prematuro da placenta e placenta prévia também podem levar a uma ameaça de parto prematuro.

Como reduzir o risco de parto prematuro?

Para reduzir o risco de parto pré-termo, a gestante deve seguir as orientações do médico obstetra que está acompanhando a gravidez. Na presença de sinais e sintomas de trabalho de parto prematuro, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce é a melhor maneira de prevenir o nascimento de um bebê prematuro.

O pré-natal reduz o risco de parto prematuro. A gestante deve fazer os exames de rotina durante a gravidez, ter uma alimentação saudável, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e não usar drogas.

Mulheres com histórico de parto prematuro podem precisar receber o hormônio progesterona para retardar a evolução do parto.

Para maiores esclarecimentos sobre os sinais e sintomas de parto prematuro, consulte o médico obstetra responsável pelo acompanhamento pré-natal.