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Dermatite atópica deixa a pele branca para sempre?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não necessariamente, se a dermatite atópica for adequadamente tratada e o processo inflamatório que acomete a pele for controlado e prevenido é possível controlar os sintomas e reverter as alterações na pele, permitindo que a cor da pele volte ao normal.

No entanto, a dermatite atópica é uma doença crônica, em que os sintomas podem voltar a aparecer mesmo após remissão da doença.

É mais frequente em crianças, 90% dos casos surgem antes dos 5 anos de idade. Nos adultos os sintomas surgem com menos intensidade, e é mesmo possível que algumas pessoas que tenham tido episódios de dermatite atópica na infância não tenham mais na idade adulta.

A dermatite atópica é uma das principais doenças alérgicas da pele, de origem genética, e está frequentemente associada a outras atopias (doenças alérgicas) como asma e rinite alérgica.

Causa um processo inflamatório crônico da pele, levando a sintomas como: pele extremamente seca, coceira intensa (prurido), que pode levar a ferimentos da pele por conta do ato de coçar, e mudança da textura da pele, que torna-se mais grossa, avermelhada ou esbranquiçada.

Saiba mais sobre a doença em: O que é dermatite atópica?

O tratamento consiste basicamente em hidratação abundante e diária da pele, além de evitar o contato com alérgenos e irritantes da pele como produtos cosméticos, como sabonetes e shampoos com perfume, produtos de limpeza, pó, pólen, cigarro e água quente.

Leia mais sobre o tratamento em: Qual é o tratamento para dermatite atópica?

Procure o seu médico de família, ou pediatra ou clínico geral para mais orientações. Em casos graves e extensos da dermatite atópica pode ser necessário o acompanhamento também por um médico dermatologista.

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Tenho dermatite atópica, esta doença tem cura?

Cores e tipos de manchas na pele: quais as principais causas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de manchas na pele é um problema muito frequente. Pode acometer pessoas de qualquer idade, em diferentes zonas do corpo e do rosto. As manchas podem ser de diferentes cores como brancas, marrons, pretas, vermelhas ou roxas.

As causas e fatores de risco para o aparecimento de manchas podem ser as mais variadas, como infecções fúngicas, exposição solar, manchas congênitas, traumas, entre outras.

O tratamento é também é variado e pode incluir proteção solar, cremes, loções, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.

A cor das manchas e a localização podem sugerir a sua causa e ajudam o médico a definir qual o melhor tratamento para o seu desaparecimento ou melhoria.

Manchas escuras ou pretas

Algumas causas importantes de manchas pretas são:

  • Nevos: podem estar presentes em qualquer região do corpo, inclusive rosto. São pequenas proliferações de melanócitos, que formam pontos ou manchas escuras. São benignas e não causam nenhum problema grave.

  • Melanoma: as lesões sugestivas de melanoma podem estar presentes em qualquer localidade do corpo. O melanoma é um tipo de câncer de pele, que causa mancha ou pinta assimétricas, com bordas irregulares e com cores diferentes na mesma mancha.
Como tratar manchas pretas

O tratamento irá depender da causa da mancha. Em algumas situações, como no caso dos nevos, o tratamento muitas vezes não é necessário, a não ser que cause grande desconforto estético.

No que se refere ao melanoma, a principal forma de tratamento é através da retirada cirúrgica da lesão. Em casos mais avançados pode ser necessário fazer radioterapia ou imunoterapia.

Manchas marrons

As principais causas de manchas marrons são:

  • Melasma: ocorrem principalmente em rosto, na região das maçãs do rosto, testa, nariz e buço, mas podem também estar presentes em áreas como o colo, o pescoço e os braços. São manchas escuras na pele que estão relacionadas a exposição solar e fatores genéticos.
  • Melanose: atinge as áreas que sofrem maior exposição ao sol como mãos, colo e costas. São manchas de coloração amarronzada diretamente associadas com a exposição solar.

  • Fitodermatose: são manchas escuras amarronzadas no local onde a pele entrou em contato com o sumo de frutas ácidas.
Como tratar manchas marrons

A proteção solar está sempre indicada nos casos de manchas marrons. A melanose e o melasma podem ser tratados através de técnicas dermatológicas como ‘laser’ de luz pulsada ou peelings químicos. No melasma também podem ser usados cremes clareadores.

A fitodermatose também ocasiona manchas que com o decorrer do tempo muitas vezes desaparecem espontaneamente.

Manchas vermelhas e roxas

As manchas vermelhas e roxas também são muito frequentes e podem corresponder a:

  • Purpura senil: podem estar presentes em qualquer zona da pele. São manchas em tons arroxeados ou castanhos, que ocorrem devido ao extravasamento de sangue pelos capilares que se encontram mais frágeis, mais comum em idosos.
  • Nevo rubi: podem aparecer em qualquer região do corpo. São pintas (sinais) de coloração avermelhada, aparecem em adultos repentinamente e são muito comuns em idosos
  • Hemangioma: também podem surgir em qualquer parte do corpo. São proliferações de pequenos vasos sanguíneos na pele, ocasionando a presença de uma mancha vermelha.
  • Hematoma: aparecem em locais onde houve uma pancada ou se sofreu algum trauma. Se referem a extravasamento de sangue e rutura de vasos sanguíneos, formando manchas roxas.
Como tratar manchas vermelhas e roxas?

Na maioria nos casos, como na purpura senil e no nevo rubi, não há necessidade de realização de tratamento.

No caso do hemangioma, quando esse é congênito e atinge crianças (hemangioma infantil), é usado o propranolol como medicamento, mas também pode ser aplicado um gel de maleato de timolol na lesão.

Já o hematoma desaparece espontaneamente em alguns dias, mas para acelerar o processo pode-se aplicar gelo no local ou fazer massagem.

Leia também: O que é hemangioma?

Manchas brancas

Entre as principais causas de manchas brancas na pele tem-se:

  • Hipomelanose gutata: atinge principalmente extremidades como mãos, punhos e braços. São manchas em forma de gota, geralmente associadas a exposição solar e mais frequentes em pessoas de pele escura e idosas
  • Pitiríase versicolor (Pano branco): podem aparecer em diferentes regiões do corpo, mas são mais comuns na região das costas, ombros e tórax. É uma infecção fúngica e ocasiona a formação de manchas redondas ou ovais, de coloração branca ou marrom.
  • Pitiríase alba: aparecem principalmente no rosto de crianças e adolescentes, mas podem também está presentes em outras regiões do corpo. São manchas esbranquiçadas redondas ou ovaladas.
  • Leucodermia solar: São manchas esbranquiçadas presentes em mãos, braços e pernas, muito comuns e são causadas pela exposição contínua ao sol.
  • Vitiligo: podem atingir qualquer região da pele e dos pelos (inclusive cílios e sobrancelhas). É uma doença causada pela despigmentação de zonas da pele, formando manchas claras
Como tratar manchas brancas?

O tratamento indicado irá depender da doença. Em todos os casos a proteção da pele contra o sol está indicada, principalmente através do uso de protetor solar.

No caso da hipomelanose gutata e da leucodermia solar o tratamento pode incluir diferentes técnicas, como a crioterapia e a microdermabrasão.

Na pitiríase versicolor o tratamento inclui o uso de antifúngicos, através de loções para a pele e champôs. Já na pitiríase alba, o tratamento inclui medidas gerais de cuidado com a pele e o uso de emolientes e hidratantes, em algumas situações os corticosteroides tópicos podem estar indicado.

Em relação ao vitiligo, o tratamento inclui muitas opções terapêuticas e dependerá da extensão da lesão e zonas do corpo acometidas. É comum o uso de creme com corticosteroides e a associação da pomada de psoraleno com fototerapia.

Leia também: O que é pitisíase versicolor e quais são os sintomas?

Caso note o aparecimento de uma mancha nova consulte o seu médico de família para uma avaliação inicial ou vá diretamente a um dermatologista.

Fiz um enxerto de pele e está cheirando muito mal, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O local de um enxerto pode ter um cheiro um pouco desagradável devido a partes do tecido que podem ter pequenas áreas de necrose (cheiro mal é subjetivo neste caso), porém qualquer alteração neste caso deve ser levada em consideração (cheiro, secreção, febre, vermelhidão).

Três situações podem estar ocorrendo:

  • Erro de interpretação desse cheiro
  • Necrose do enxerto (morte do tecido)
  • Infecção no local

Precisa procurar um médico.

Babosa (Aloe vera) é benéfico para a saúde da pele? É cicatrizante?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A Aloe vera, popularmente conhecida como babosa, é uma planta medicinal que traz benefícios à saúde da pele. A ação hidratante da planta já foi comprovada em diversos estudos. Entretanto, ainda não há evidências científicas suficientes para afirmar o seu efeito cicatrizante.

Aloe vera e cicatrização

O uso da Aloe vera para a cicatrização de feridas ainda é questionado. Alguns estudos realizados em seres humanos demonstraram redução da dor pós-operatória e melhora da cicatrização, com redução do consumo de medicamentos analgésicos.

Contudo, houve pesquisas que mostraram o contrário, um aumento no tempo de cicatrização. O uso do gel de Aloe vera associado com ultrassom, micro corrente ou na forma de lipossomas parece estar mais relacionado aos casos de melhora na cicatrização de feridas e redução da inflamação.

Para confirmar o efeito cicatrizante da Aloe vera são necessários mais trabalhos, e se possível envolvendo populações maiores.

Aloe vera e seu efeito hidratante

Um benefício importante da Aloe vera para a saúde da pele é a sua ação hidratante. O efeito hidratante do gel de Aloe vera, se deve possivelmente, por um mecanismo umectante que ajuda a reter a água na sua superfície.

O uso do gel é bastante difundido na indústria cosmética e higiene pessoal em forma de cremes, xampus, sabonetes, entre outros.

Aloe vera e ação bactericida

O pirocatecol, ácido cinâmico, ácido ascórbico e ácido p-cumárico são algumas das substâncias envolvidas no efeito bactericida (destroem bactérias) e bacteriostático (impede a proliferação de bactérias) da Aloe vera. A planta tem ação antimicrobiana e combate alguns tipos de fungos, vírus e bactérias.

Aloe vera e ação anti-inflamatória

A atividade anti-inflamatória da Aloe vera foi confirmada em estudos com ratos ou pesquisas de laboratório, o que não permite afirmar que o mesmo efeito possa ser observado em seres humanos. Por este motivo, a ação anti-inflamatória da planta não é aceita.

Aloe vera e queimaduras

O uso de creme contendo Aloe vera pode auxiliar na cicatrização e na reepitalização (reparo do tecido da pele) em um curto período, se for adequadamente indicado, em caso de queimaduras.

No entanto, o uso de qualquer produto em queimaduras aumenta o risco de infecção secundária, visto que a barreira de proteção (epiderme) foi danificada. Sendo assim, nunca deve fazer uso de cremes ou hidratantes sem a orientação da equipe médica assistente.

Aloe vera e câncer

Alguns estudos mostram que a Aloe vera pode contribuir com atividade antineoplásica, ou seja, pode apresentar capacidade de destruir células malignas ou inibir seu crescimento e proliferação. Esta ação depende da dose utilizada e do tipo de câncer e parece estar ligada a presença da aloína, aloe-emodina e a acemanana na planta.

Alterações no desenvolvimento das células tumorais, estímulo ao bom funcionamento do sistema imunológico e a atividade antioxidante da Aloe vera são outros mecanismos envolvidos no combate a proliferação do câncer.

No entanto, são poucos os estudos que evidenciam estes efeitos, por isso, apesar dos bons resultados, serão necessários mais estudos clínicos com um número maior de pacientes para confirmar estes efeitos.

Aloe vera e psoríase

Existem estudos que comprovam a eficácia da Aloe vera no tratamento de pessoas com psoríase (doença inflamatória e autoimune que afeta a pele). O uso do creme de Aloe vera provocou a melhora dos sintomas clínicos da psoríase e da qualidade de vida dos pacientes.

Aloe vera e redução de colesterol e diabetes

Estudos indicam ainda indícios de que há benefícios no uso da Aloe vera para redução da glicose e do colesterol. Porém, da mesma forma que referido para o uso na psoríase e no câncer, são poucos os estudos, portanto, não foram suficientes para a compreensão desse benefício. Acredita-se que mais estudos poderão esclarecer e confirmar essa ação, de forma consistente.

Uso de Aloe vera oral na Gravidez

A administração oral de Aloe vera não é recomendada durante a gravidez. As antraquinonas presentes na planta estimulam o intestino grosso e podem se refletir na musculatura uterina induzindo ao aborto.

Efeitos colaterais da Aloe veraAdministração oral
  • Diarreia
  • Cólicas
  • Náuseas
  • Hepatite aguda
Uso tópico
  • Dermatite de contato
  • Sensação de queimação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de sucos e outros alimentos que contenham Aloe vera. A proibição se deve ao fato de que ainda há poucas evidências científicas que comprovem a segurança do seu consumo em forma de alimentos além de relatos de reações adversas.

Veja também

Plantas medicinais são seguras para a saúde?

Alergia na pele que coça, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem várias causas para a alergia na pele que coça muito. As principais são:

  • Dermatite atópica: é uma doença de origem genética, muito frequente. Associada muitas vezes a outros quadros alérgicos como rinite e asma. A pele costuma ficar muito seca, podendo tornar-se avermelhada ou mesmo descamativa, provocando coceira intensa. Atinge principalmente dobras do corpo como cotovelos, joelhos e pescoço.
  • Dermatite de contato: é uma reação da pele ao contato com substâncias irritativas. Geralmente provoca a formação de lesões avermelhadas, que coçam na área que entrou em contato com a substância causadora de irritação.
  • Picada de inseto: as picadas de insetos podem desencadear coceira, vermelhidão e inchaço na região da picada, sendo de maior ou menor gravidade a depender do inseto.
  • Urticária: é uma reação da pele em que aparecem lesões avermelhadas como vergões ou circulares, levemente elevadas que provocam intensa coceira. Podem ser causadas pelo contato com substâncias específicas como alimentos, medicamentos ou estímulos (calor, frio).

Existem ainda algumas doenças que não são reações alérgicas, mas que podem causar lesões avermelhadas que coçam. Alguns exemplos são as micoses, que são doenças causadas por fungos, e a escabiose, que é uma doença causada por um parasita, que causa coceira principalmente à noite.

Como tratar a alergia na pele que coça

Uma das primeiras medidas no caso de suspeita de reações alérgicas é afastar ou deixar de utilizar a substância que desencadeou a alergia. O tratamento para doenças alérgicas inclui o uso de remédios anti-histamínicos como a loratadina, desloratadina ou outros.

A hidratação da pele também contribui para o alívio do prurido e deve ser feita diariamente com cremes hidratantes de preferência após o banho. Deve-se evitar banhos de água quente e preferir o uso de roupas leves com tecidos de algodão.

Na presença de lesões na pele sugestivas de alergias ou coceira intensa pelo corpo consulte o seu médico de família, clínico geral ou dermatologista para uma avaliação.

Quais os benefícios do microagulhamento para a saúde da pele?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O microagulhamento consiste em um procedimento no qual são feitas microperfurações na pele por meio da utilização de microagulhas.

Utilização de microagulhas durante sessão de microagulhamento.

Este tratamento tem como principal resultado a indução de formação de colágeno e de outras fibras que atribuem firmeza e sustentação à pele. Os benefícios do microagulhamento são:

1. Atenuar ou remover cicatrizes

O microagulhamento pode ser utilizado para minimizar ou remover cicatrizes da pele, especialmente aquelas produzidas por acne.

2. Minimizar rugas e promover o rejuvenescimento da pele

O procedimento pode ajudar a minimizar rugas de expressão e provocar o rejuvenescimento da pele, uma vez que provoca a formação do colágeno no local aplicado.

3. Promover o clareamento da pele

O microagulhamento ajuda a tratar manchas acastanhadas de pele provocadas, principalmente, pelo sol chamadas melasmas. As microagulhas provocam a dilatação dos vasos e pequenos sangramentos nos locais de aplicação. Quando associado aos cremes de tratamento, o microagulhamento apresenta resultados positivos no clareamento da pele. Além disso, ajuda melhorar o aspecto dos poros.

4. Tratar estrias

O tratamento de estrias, tanto as vermelhas quanto as brancas, pode ser auxiliado com o uso do microagulhamento. As pequenas perfurações permitem que os cremes de tratamento de estrias penetrem com maior facilidade no tecido potencializando a sua ação. Isto faz com que o tratamento de estrias se torne mais efetivo.

5. Tratar calvície

O microgulhamento é também utilizado no tratamento de calvície. Entretanto, ainda não há evidências científicas suficientes que sustentem a efetividade do procedimento para este fim.

Como é feito o microagulhamento?

Utiliza-se um creme anestésico, uma vez que a técnica mais comumente aplicada é minimamente invasiva. O tratamento deve ser feito com a regularidade de uma vez ao mês. Esta periodicidade é necessária para que haja tempo suficiente para formação de colágeno e regeneração da pele e, assim, sejam alcançados os resultados desejados.

Quando é efetuado por meio de técnica cirúrgica, o microagulhamento alcança camadas mais profundas na pele. Esta modalidade de tratamento é realizada em centro cirúrgico com o paciente anestesiado. Alguns estudos apontam que o microgulhamento cirúrgico pode demonstrar seus resultados em apenas uma sessão.

Para a realização do microagulhamento são utilizados rollers, instrumento mais comum, carimbos ou canetas elétricas. Todo o material deve ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As agulhas devem ser estéreis e descartáveis e não podem ser reutilizadas nem pelo próprio paciente.

Saiba mais em: Dermaroller funciona? Para que serve o microagulhamento?

Quais as contraindicações do microagulhamento?

São condições que contraindicam o microagulhamento:

  • Presença de infecções no local da aplicação;
  • Câncer de pele na região a ser tratada ou em suas proximidades;
  • Bronzeamento da pele;
  • Herpes labial;
  • Uso de anticoagulantes;
  • Alergias aos cremes anestésicos.

O microagulhamento deve ser indicado e orientado pelo dermatologista.

Veja também:Existe alguma forma de clarear manchas escuras na pele?

Aparecem no meu pênis pequenas manchas vermelhas...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Parece ser uma balanite (ou balanopostite). A balanite é um processo inflamatório na glande (cabeça do pênis), caracterizado por vermelhidão, dor, coceira e/ou ardência ao urinar.

Quando a inflamação acomete a glande (cabeça do pênis) e o prepúcio, é chamada balanopostite.

Diversas doenças e situações podem dar origem a esse processo inflamatório, má higiene, traumas, doenças infecciosas, crônicas ou mais raramente tumoral. Dependendo da causa, os sintomas melhoram e voltam a acontecer.

Para interromper esse ciclo, é preciso tratar a doença de base, definitivamente. Na grande maioria das vezes, o problema tem cura. O herpes genital é uma das poucas causas de manchas vermelhas que não tem cura, mas o tratamento controla de forma satisfatória, os sintomas.

O Urologista é o médico responsável por definir a causa e planejar esse tratamento.

Causas de inflamação no pênis 1. Candidíase

A candidíase representa uma das principais causas de balanite no homem. Embora seja muito mais frequente nas mulheres, a doença originada pelo fungo candida albicans, também pode desenvolver-se nos órgãos genitais masculinos.

Os sintomas são de manchas avermelhadas no pênis, coceira, ardência ao urinar e por vezes, secreção esbranquiçada. Não é comum a queixa de dor nos casos de candidiase.

O tratamento deve ser feito com pomadas e/ou comprimidos antifúngicos. O/A parceiro/a também deve ser tratado/a.

2. Higiene inadequada

A higiene inadequada, seja limpar pouco essa região, ou limpar muitas vezes, pode levar a uma irritação da pele, hipersensibilidade, as manchas avermelhadas dolorosas e recorrentes.

Neste caso, a recomendação é que procure limpar a região com sabonete de PH neutro, apenas uma vez ao dia. As demais higienes devem ser realizadas apenas com água corrente e secar bem com toalha limpa.

Outras medidas de higiene importantes para evitar essa irritabilidade são: fazer uso de roupas com tecidos mais leves e que facilitem a transpiração. Optar por roupas íntimas de algodão. Se suar muito, fazer higiene mais vezes. Evitar uso de roupas apertadas por períodos prolongados.

3. Infecções

A gonorreia é uma causa de infecção sexualmente transmissível (IST), que se apresenta por manchas avermelhadas, ardência ao urinar, dor e secreção amarelada.

O tratamento deve ser feito com uso de antibióticos. Importante que o/a parceiro/a seja tratado/a, mesmo que não apresente sintomas da doença e que durante o tratamento, o casal faça uso de preservativos, como a camisinha.

4. Herpes genital

O herpes genital também é uma IST que se apresenta com manchas avermelhadas, mais comum na forma de pontinhos vermelhos ou pequenas bolhas agrupadas, ardência e coceira. Não costuma causar dor.

O tratamento é feito com antiviral em pomadas e/ou comprimidos.

Apesar de não ter cura, o cuidado com uso de preservativos, higiene, boa alimentação para auxiliar na imunidade e uso de antiviral assim que observar a presença de nova crise, previne a recorrência dos sintomas.

5. Alergias

Não é incomum os homens apresentarem alergias na região peniana. A alergia pode ser devido a sabonetes, cremes, tecidos mais grossos ou quentes e até ao preservativo.

Na alergia, além das manchas vermelhas, o homem queixa de pequenas bolinhas, coceira intensa e não tem dor.

Se perceber que após o uso de um determinado produto, começam a surgir os sintomas, será preciso interromper esse uso, para confirmar se é o motivo das manchas. Por vezes pode ser preciso acrescentar um medicamento antialérgico.

6. Trauma

Um trauma, ou uma pancada, pode ocasionar manchas vermelhas, mas apenas no local. A dor é um sintoma comum e ambos desaparecem espontaneamente, após alguns dias, não é uma alteração de pele que vai e volta como as demais doenças citadas anteriormente.

Não é necessário um tratamento específico, mas pode tomar um analgésico, no caso de dor intensa.

7. Câncer de pênis

O câncer de pênis é uma condição mais rara, onde o homem apresenta manchas vermelhas e feridas que não desaparecem. Ao contrário, as feridas tendem a aumentar de tamanho, gradativamente e não costumam causar dor. O que retarda a procure de atendimento e o início do tratamento preconizado.

Na presença de qualquer ferida no pênis, mesmo sem outros sintomas, é fundamental que procure um urologista para avaliação.

Doenças crônicas aumentam o risco de balanite recorrente

Homens com doenças crônicas, como a diabetes mellitus, insuficiência cardíaca, obesidade e doença renal crônica, têm maior risco de desenvolver balanite de repetição.

Sabendo que a recorrência de balanite aumenta o risco de câncer de pênis, não deixe de controlar a sua doença de base. Tome a sua medicação regularmente e mantenha um acompanhamento adequado com o seu médico.

Para definir qual é o motivo da sua inflamação e o tratamento definitivo, procure um médico especialista, nesse caso, o urologista.

Saiba também quais são as causas de feridas no pênis: Tenho feridas no pênis. O que pode ser e o que fazer?

Referências:

  • SBU - Sociedade Brasileira de Urologia.
  • Glen W Barrisford et al.; Balanitis in adults. UpToDate. Sep 23, 2019.