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Após uma cirurgia de fimose apareceram lesões no pênis...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode usar sim, sem nenhum problema, salvo uma alergia ao medicamento Miconazol. Aqui encontramos um típico caso de auto-medicação com auxilio do farmacêutico (atendente de farmácia), nada pessoal, não tenho nada contra mais muito cuidado com a auto-medicação.

Leia também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?

Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A biópsia da próstata é feita através da retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão, que é então avaliada ao microscópio para detectar doenças. A biópsia da próstata é normalmente indicada quando há suspeita de câncer de próstata após uma avaliação clínica e laboratorial.

O procedimento é geralmente realizado pela via transretal (ânus-reto) e pode ser efetuado no próprio consultório médico, com o paciente acordado e com anestesia local.

Para fazer a biópsia da próstata, o paciente deita-se de lado e é introduzida uma sonda de ultrassom no ânus, semelhante àquelas usadas nas ultrassonografias transretais da próstata, porém, com uma agulha de biópsia acoplada.

Quando o exame é feito com anestesia, praticamente não causa dor, embora possa ser um pouco desconfortável para pessoas mais ansiosas.

Com o ultrassom, o médico consegue identificar a próstata e localizar o nódulo suspeito, inserindo a agulha no ponto exato para a coleta do material. Além dos locais suspeitos, o urologista também costuma tirar pelo menos mais seis amostras difusas de tecido prostático para aumentar a probabilidade de se obter uma amostra positiva.

Quanto maior o volume da próstata, mais amostras podem ser retiradas. Normalmente, o procedimento não dura mais do que 10 minutos e o paciente pode ir para casa logo após. O resultado normalmente leva uma semana para ficar pronto.

Pode acontecer do paciente ter um câncer de próstata e este não ser identificado pela biópsia. Caso o tumor não seja muito grande, a agulha pode não alcançá-lo, sendo obtidas apenas amostras de tecido sadio. Se o quadro clínico for muito sugestivo de câncer e a biópsia apontar apenas tecido saudável, o urologista pode decidir repeti-la.

Quando a biópsia é repetida, o médico pode optar pela chamada biópsia de saturação, em que são obtidas entre 12 e 24 amostras da próstata. Assim, a chance de se pegar uma área afetada por células malignas aumenta consideravelmente.

A biópsia da próstata também pode ser feita pela via transuretral (pela uretra, canal do pênis) ou transperineal (pelo períneo, região entre o ânus e a bolsa escrotal). No entanto, ambas as vias geralmente só são usadas em casos especiais.

As principais informações que levam o urologista a indicar uma biópsia são: presença de sintomas preocupantes, um exame de PSA aumentado, um toque retal que indique tumoração ou irregularidades da próstata ou uma ultrassonografia que detecte um nódulo suspeito.

Veja também: Como é feito o exame de próstata?

Que cuidados devo ter antes da biópsia de próstata?

A biópsia da próstata aumenta o risco de infecção urinária, por isso, é comum o urologista solicitar um exame de urina antes da biópsia. Se o paciente apresentar bactérias na urina (urocultura positiva), a biópsia não é realizada e o paciente deve fazer um tratamento com antibióticos durante 5 a 7 dias para esterilizar a urina.

Mesmo com resultado negativo, é recomendado o uso de pelo menos uma dose do antibiótico uma hora antes do procedimento. É comum também a prescrição de antibióticos durante alguns dias após a biópsia.

Alguns urologistas recomendam a lavagem intestinal com um enema, em casa, no dia do procedimento, embora esta conduta não seja essencial e nem todos os médicos a indicam. Também é indicado jejum de pelo menos 4 horas.

A biópsia é um procedimento que sangra, portanto, os pacientes não devem estar tomando medicamentos que inibem a coagulação. O paciente deve informar o médico se estiver usando medicações como Clopidogrel, Ticlopidina, Aspirina, anti-inflamatórios ou Varfarina, pois a maioria dos urologistas prefere suspender esses medicamentos dias antes da biópsia.

Que cuidados devo ter depois da biópsia de próstata?

Após a biópsia o paciente pode ir para casa. Deve-se evitar atividades físicas e atividade sexual até o dia seguinte. Como alguns médicos optam por uma sedação leve antes da biópsia, não é indicado dirigir após os procedimentos.

É normal o paciente sentir um pouco de dor na região pélvica e haver um pequeno sangramento pelo ânus. Também é comum haver uma pequena quantidade de sangue na urina e no esperma durante alguns dias. Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro ou sanguinolento.

Se houver muito sangramento urinário ou retal ou se o mesmo persistir por mais de 3 dias, o médico deve ser consultado. A retenção urinária é outro sinal de complicação. Se depois da biópsia o paciente tiver vontade de urinar, porém não conseguir, deve-se contactar o urologista. Se a dor se agravar com o passar dos dias ou ocorrer febre, podem ser sinais de possíveis complicações.

Saiba mais em: Biópsia de próstata: Quais são os riscos e as complicações?

Consulte regularmente seu médico urologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

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Como é o tratamento para câncer de próstata?

O que é prostatite e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prostatite é uma inflamação ou infecção na próstata. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga, responsável por produzir líquidos liberados durante a ejaculação. Os principais sintomas da prostatite são a dor e a dificuldade para urinar. Porém, a prostatite pode ser aguda ou crônica e cada uma delas apresenta um conjunto de sintomas diferentes.

Os sintomas da prostatite aguda são intensos e geralmente se manifestam de forma súbita. Por outro lado, na prostatite crônica os sintomas podem ser leves, intermitentes (vão e voltam) e surgir subitamente ou aos poucos, ao longo de semanas ou meses.

Quais são os sintomas da prostatite?Sintomas de prostatite aguda

Na prostatite aguda, o paciente pode ter:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor ao urinar;
  • Urina concentrada e turva;
  • Dor muscular;
  • Dor na região genital.
Sintomas de prostatite crônica

Na prostatite crônica, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma, enquanto outros podem ter:

  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Dificuldade para começar a urinar;
  • Jato de urina mais fraco que o normal ou com interrupções;
  • Aumento do número de micções, inclusive durante a noite;
  • Sensação de que a bexiga não esvazia completamente depois da micção;
  • Dor ou desconforto na porção inferior da coluna lombar, na região entre o ânus e o saco escrotal, na parte inferior do abdômen ou nas virilhas;
  • Urgência para urinar;
  • Dor ou leve desconforto ao ejacular ou após a ejaculação;
  • Diminuição do volume de urina;
  • Dor na região genital ou no pênis;
  • Febre baixa.
Quais as causas da prostatite?

Na maioria das vezes, a prostatite aguda é causada por bactérias. A infecção pode ter início quando bactérias que estão na urina ou no intestino chegam à próstata. Quando o tratamento com antibióticos não é suficiente para eliminar todas as bactérias e a infecção torna-se recorrente ou difícil de tratar, a prostatite é considerada crônica.

Além das infecções bacterianas, a próstata também pode ficar inflamada em casos de imunidade baixa, distúrbios do sistema nervoso e lesões na próstata ou na área ao redor. A prostatite também pode ter causa desconhecida.

Os fatores de risco para desenvolver prostatite incluem infecção urinária recente, episódio anterior de prostatite, uso de cateter, realização de cistoscopia (exame do interior da bexiga), infecções sexualmente transmissíveis e lesões causadas ao andar de bicicleta ou a cavalo.

Prostatite tem cura? Qual é o tratamento?

Prostatite tem cura. Contudo, a prostatite bacteriana crônica pode ser difícil de tratar e, mesmo após o tratamento, o risco da infecção voltar a aparecer é alto. O tratamento da prostatite é feito com medicamentos antibióticos, analgésicos e laxantes.

Os antibióticos normalmente são usados durante 4 semanas e são específicos para a bactéria que causou a infecção. Os analgésicos, como paracetamol, ibuprofeno ou outros de ação mais forte, servem para controlar a dor e a febre. Já os laxantes são usados para amolecer as fezes e aliviar a dor causada pela passagem do bolo fecal pelo intestino.

Os casos de prostatite aguda normalmente são curados com o tratamento adequado com antibióticos. Porém, é muito importante seguir o tratamento até o fim para evitar recaídas e para que a prostatite não se torne crônica.

O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da prostatite.

Qual o tratamento para fimose?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O tratamento para fimose deve ser feito por um médico urologista. A simples redução manual do prepúcio pode ser suficiente para corrigir a fimose, desde que seja feita por um profissional especializado para evitar complicações.

A posterior aplicação de gelo pode ajudar no processo, porém, se houver inchaço, pode ser necessário aplicar pomadas à base de corticoides para controlar a inflamação e facilitar posteriormente a redução.

O procedimento cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada parcial ou completa do prepúcio, com a aproximação das margens da pele à borda mucosa restante do prepúcio. O ideal é que seja realizado entre 7 e 10 anos de idade.

A criança sai no mesmo dia do hospital e, em cerca de quatro dias, pode retomar as atividades normais, mas os exercícios físicos devem ser evitados durante três semanas aproximadamente.

Cirurgia para Fimose:

Em adultos, a circuncisão é efetuada sob anestesia local, com o anestésico sendo injetado na base do pênis, logo abaixo da pele. A dor da injeção não é maior nem menor do que em outra parte do corpo. Apesar do medo da agulha, os que se submetem ao procedimento o toleram muito bem.

O tempo de duração da cirurgia é de cerca de 30 minutos. A operação consiste na remoção da porção prepucial que está aderida à glande ou estreitada, ou do excesso de prepúcio, quando necessário. Geralmente são necessários de 10 a 20 pontos cirúrgicos para reparar a ferida. Um curativo simples é feito e o indivíduo pode ir para casa logo a seguir.

Pós-operatório:

A dor no pós-operatório é moderada e controlada por analgésicos. As ereções penianas nessa fase não costumam causar problemas. Inchaço e hematomas penianos são comuns, mas cedem em poucos dias.

O paciente precisa ficar em repouso relativo por 1 a 3 dias. Após esse período, já pode dirigir automóveis ou realizar trabalhos que não exija maiores esforços físicos. Cerca de 15 dias depois da cirurgia já é possível praticar esportes. Relações sexuais só estão liberadas, em média, após 30 dias.

Os pontos cirúrgicos são absorvidos pelo corpo e não precisam ser retirados. Os curativos são simples e não requerem maiores cuidados. É comum haver uma discreta redução da sensibilidade da glande, mas raramente isso afeta a qualidade do ato sexual.

Leia também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande? Existem apenas algumas indicações médicas para a circuncisão:

  • Fimose verdadeira – é aquela que se apresenta como uma cicatriz esbranquiçada e é rara antes dos cinco anos de idade;
  • Bálano-postites recorrentes – episódios recorrentes de eritema e inflamação prepucial, às vezes, com corrimento purulento, que não respondem ao tratamento com compressas mornas, e antibioticoterapia local ou sistêmica. Indicada após os dois anos de idade ou em crianças com controle esfincteriano diurno;
  • Infecções recorrentes do trato urinário – a menor incidência de infecção do trato urinário (ITU) em lactentes masculinos circuncidados sugere que é possível uma infecção ascendente a partir do prepúcio. A postectomia pode ser oportuna nos casos de ITU recorrente e em anormalidade do trato urinário, anatômico, ou naqueles com disfunção vésico-esfincteriana, que fazem cateterismo uretral intermitente limpo. Um estudo multicêntrico, examinando pacientes com refluxo vésico-ureteral e história pré-natal de hidronefrose, refere uma diferença estatística importante em 63% dos meninos não circuncidados com refluxo e ITU, comparados com 19% dos circuncidados, ambos os grupos em quimioprofilaxia. Estes achados sugerem que a remoção do prepúcio pode proteger contra as ITU nos meninos com refluxo e, possivelmente, também em alguns casos de anomalias obstrutivas;
  • O adolescente que ainda não conseguir expor completamente sua glande pode ter uma masturbação dolorosa e dificuldades da penetração no início da atividade sexual.

Em caso de suspeita de fimose, um médico (preferencialmente um urologista), deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento.

Tenho 15 anos e não tenho fimose, porém...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Procure um médico urologista para uma avaliação criteriosa quanto a presença ou não de um grau de fimose, mesmo que leve, ou outras causas de dor na manipulação da glande.

Como aos 15 anos é o marco do desenvolvimento do órgão genital masculino em comprimento e espessura, pode começar a perceber alterações como sintomas de fimose que anteriormente não o incomodava.

Só o urologista, com o exame clínico e avaliação de outros fatores, poderá na consulta determinar esse diagnóstico e a partir de então, planejar seu tratamento.

Leia também: Dor no pênis. O que pode ser?

Como se caracteriza a fimose?

A fimose se caracteriza pelo estreitamento do prepúcio (pele que recobre a glande do pênis), dificultando ou impedindo a exposição da glande (“cabeça do pênis”).

Pode ser diagnosticada logo na infância, ou apenas na idade adulta, por vezes decorrente de eventos de inflamação e infecção durante seu crescimento.

Portanto, não é incomum o diagnóstico apenas na idade adulta, quando inicia a vida sexual e ereções mais vigorosas. É comum principalmente em casos de homens diabéticos, conhecido por "fimose secundária".

Qual é o tratamento para fimose? Fimose tem cura?

Sim, fimose tem cura. O tratamento pode variar entre:

  • Tratamento clínico; com o uso de pomadas à base de anti-inflamatórios e corticoides,
  • Exercícios orientados, especialmente na infância, ou
  • Tratamento cirúrgico, a chamada postectomia.

A cirurgia é simples, costuma ter a duração de uma hora ou menos, podendo ser agendada de maneira ambulatorial para os adultos e com alta no mesmo dia. Porém nem todas as fimoses tem indicação absoluta de cirurgia.

Procure um médico urologista, quem poderá avaliar seu caso e definir a melhor opção de tratamento.

Pode lhe interessar ainda: Fimose impossibilita relações sexuais?

Qual é a possibilidade do médico ter errado o sexo do bebê?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sempre existe a possibilidade de errar o sexo do bebê, pode fazer um novo ultrassom a hora que quiser.

É possível errar o sexo do bebê com a ultrassonografia. Os exames de ecografia nem sempre permitem visualizar as estruturas fetais com nitidez. Quanto mais cedo são realizados, maiores as chances de apresentar um resultado errado, isto porque a genitália do feto é muito semelhante nos dois sexos no início da gestação.

Além disso, a posição do feto durante o exame do ultrassom também pode dificultar a visualização do sexo do bebê e confundir o/a médico/a que está realizando o exame.

É ainda possível que o pênis do menino fique um pouco escondido e o/a profissional interpretar que portanto o bebê seja uma menina, também é possível ocorrer o oposto, quando o profissional confunde o clitóris da menina com um pênis.

Pesquisas mostram que a possibilidade de acerto do sexo do bebê através do ultrassom pode variar de 80 a 90%, a depender da época da gestação em que foi feito o exame.

Recomenda-se que o exame para visualização do sexo do bebê seja feito um pouco mais tarde, por volta da 16ª a 20ª semana, nesse período os genitais estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.

Como você está com 24 semanas, é possível que o/a médico/a tenha detectado o sexo do bebê, porém, você pode realizar um novo ultrassom a qualquer momento para tirar essa dúvida.

Converse com o/a médico/a que está acompanhando a gestação para esclarecer mais dúvidas sobre o exame de ultrassom e o sexo do bebê.

Leia também:

Na ultrassonografia transvaginal dá para saber o sexo do bebe?

Sangrar durante a relação, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento durante ou mesmo após a relação sexual pode ser considerado normal a depender da sua causa. Em situações como o rompimento do hímen na primeira relação sexual, por exemplo, o sangramento é dito normal.

Entretanto, também pode indicar algumas doenças como pólipos, miomas, infecções vaginais e até mesmo o câncer de colo de útero. Por isso, se você vem apresentando sangramento durante as relações sexuais, procure um ginecologista para verificar a causa e realizar o melhor tratamento.

1. Causas normais de sangramento durante a relação Rompimento do hímen

O rompimento do hímen, membrana fina que fica na entrada da vagina, ocorre frequentemente durante a primeira relação sexual da mulher e provoca um pequeno sangramento. Este sangramento apenas suja a roupa e cessa rápida e espontaneamente sem qualquer intervenção.

Hímen complacente

O hímen complacente é mais resistente e flexível e, por estes motivos, geralmente não se rompe na primeira relação sexual. Nesse caso, a mulher pode sangrar durante cada relação até que ele se rompa completamente. Pode haver ainda a presença de dor durante o ato sexual.

O ginecologista é o profissional indicado para identificar este tipo de hímen e orientar adequadamente.

Gravidez

Sangramentos leves durante a relação são comuns no início da gravidez, especialmente, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Estes pequenos sangramentos ocorrem porque na gravidez, novos vasos sanguíneos se formam e ao encostar no colo do útero, o pênis pode desencadear o sangramento.

Apesar de serem frequentes e nem sempre associados a complicações, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser avaliado pelo ginecologista para possíveis orientações e investigação adequada, quando necessário.

Menopausa

Na menopausa o ressecamento vaginal é uma causa comum do sangramento durante o ato sexual e é mais frequente em mulheres que não fazem reposição hormonal.

Se este for o seu caso, é possível usar lubrificantes durante a relação vaginal ou optar pela reposição hormonal. Converse com o ginecologista para juntos encontrarem a melhor solução.

Relação sexual intensa

Uma relação sexual muito intensa pode provocar pequenos traumas e criar feridas na vagina de uma mulher, o que pode provocar o sangramento após a relação acompanhado de dor.

Nestes casos é preciso que você lave a região e tenha cuidados para evitar infecções. Caso o sangramento demore a passar ou você perceba a presença de corrimento com odor, é importante consultar o ginecologista.

2. Causas de sangramento durante a relação, que não são consideradas normais Pólipos e miomas uterinos

Os pólipos e mioma uterinos são tumores benignos, caracterizados pelo crescimento anormal de células do útero. Quando os pólipos ou miomas estão localizados mais próximo ao colo do útero, o atrito com pênis nesta região durante as relações sexuais, podem causar sangramento.

O tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor e os sintomas. Na maioria das vezes p médico opta por acompanhar, mas em casos de sangramento volumoso pode ser preciso passar por uma cirurgia de urgência.

Feridas no colo do útero

As feridas no colo do útero, chamadas de ectopia cervical, são a exposição de células do colo de dentro do colo do útero para a vagina. A região no meio do colo uterino que contém estas “feridinhas” fica mais avermelhada, sensível e tende a sangrar durante as relações sexuais.

Nem sempre precisam de tratamento, porém é necessária uma consulta ao ginecologista quando está associada a corrimentos vaginais e infecções sexualmente transmissíveis.

Infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis

A doença inflamatória pélvica (DIP), inflamação que afeta a vagina, trompa útero e ovário, e infecções vaginais como a candidíase são doenças que podem provocar sangramento durante a relação sexual.

As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) igualmente provocam sangramento durante ou após a relação. Clamídia e gonorreia são a IST’s mais comuns. Observe, além do sangramento durante a relação, a presença de sintomas como coceira local, vermelhidão e corrimento amarelo-esverdeado com ou sem odor ruim.

O tratamento das infecções vaginais ou IST’s é feito com antibiótico e/ou antifúngicos de acordo com a prescrição médica. É importante que não mantenha relações sexuais durante o tratamento para que a cura definitiva seja alcançada e para evitar a transmissão da doença para outras pessoas em casos de IST’s.

Endometriose

A endometriose ocorre quando tecido endometrial (camada muscular mais interna do útero) cresce fora do útero. As regiões mais comuns para esse crescimento acontecem em torno dos ovários, útero e tubas uterinas.

Os sintomas mais comuns são dores antes e depois da menstruação e durante a relação sexual. Embora seja mais raro, o sangramento durante a relação sexual pode ocorrer.

O ginecologista é o profissional mais indicado para o tratamento da endometriose que envolve o uso de anticoncepcionais ou quando, o sangramento é intenso, pode ser indicado cirurgia para remoção das lesões.

Vaginismo

O vaginismo é a contração involuntária da musculatura da vagina, o que impede a penetração e provoca muita dor. A maioria das mulheres que têm vaginismo não consegue ter relações sexuais devido a dor. No entanto, quando conseguem o atrito aumentado pela contração vaginal com o pênis pode provocar traumas na vagina, o que leva ao sangramento durante a relação.

Nestes casos, é preciso uma avaliação ginecológica e, algumas vezes, psicológica para descobrir a causa da doença e efetuar o tratamento mais adequado.

Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero embora seja a causa mais grave, raramente provoca sangramento durante a relação sexual. É caracterizado por ser um tumor maligno associado à infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).

Geralmente o câncer de colo uterino evolui lentamente e quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura.

O uso de camisinha masculina ou feminina é o método mais eficaz para evitar a transmissão do HPV e prevenir o câncer de colo de útero. O exame Papanicolau ou preventivo, de acordo com as orientações do ginecologista também é importante na prevenção e/ou identificação precoce da doença.

Quando devo procurar o médico?

Você deve se preocupar com o sangramento durante as relações sexuais se estiverem presentes os seguintes sinais de alerta:

  • Sangramento frequente que ocorre em muitas relações seguidas,
  • Sangramento que perdura por mais de uma hora após a relação,
  • Dor intensa,
  • Sangramento volumoso e
  • Presença de corrimento com ou sem mau cheiro.

É importante que você use métodos de barreira (camisinha masculina ou feminina) para minimizar as chances de contrair doenças, entre elas as que provocam sangramento na relação.

Em caso de sangramento na relação é importante que procure um médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre sangramento na relação sexual, você pode ler:

O que significa ter sangramento durante a relação sexual?

Sangramento durante relação, não houve penetração...

Tive sangramento depois da relação sexual. O que pode ser?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Posso passar candidíase para o parceiro?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A candidíase pode ser transmitida de um pessoa para outra, porém não é considerada uma Doença sexualmente transmissível (DST), isto porque o desenvolvimento dos sintomas de candidíase e a proliferação do fungo depende muito mais de fatores predisponentes do hospedeiro do que da simples contaminação com o fungo.

Portanto, é possível sim passar o fungo para o parceiro, mas não necessariamente ele irá desenvolver candidíase o oposto também é válido. Inclusive muitas mulheres podem ser colonizadas pela Candida e não apresentarem sintomas. Os sintomas surgem quando há um desequilíbrio com grande proliferação da Candida.

Nas mulheres este desequilíbrio é causado principalmente por presença de fatores que modificam o ambiente vaginal como queda da imunidade e debilidade do organismo, aumento do glicogênio (situação que ocorre na diabetes) e queda do pH vaginal.

Quais são os sintomas da candidíase?

A candidíase causa na mulher sintomas como prurido vulvar e vaginal intenso, corrimento esbranquiçado com grumos sem odor, ardência para urinar e desconforto durante as relações. Nos homens pode ocasionar prurido peniano, edema e vermelhidão da glande e presença pequenos pontos esbranquiçados no pênis.

O que aumenta o risco de desenvolvimento de candidíase?

As situações que diminuem o pH, aumentam o glicogênio vaginal ou diminuem a imunidade e a quantidade de bactérias não nocivas aumentam o risco de aparecimentos de sintomas sugestivos de candidíase. Entre essas situações, tem-se:

  • Gestação;
  • Diabetes;
  • Uso de antibióticos, corticoides ou imunossupressores;
  • Uso de anticoncepcionais orais de alta dosagem;
  • Obesidade;
  • Estrogenoterapia;
  • Dieta alimentar muito ácida;
  • Uso de roupas muito justas ou de fibras sintéticas.

No caso de apresentar sintomas sugestivos de candidíase ou caso tenha mais dúvidas sobre essa infecção consulte o seu médico de família, clínico geral ou ginecologista.

Ejaculação precoce tem cura? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, ejaculação precoce tem cura. O tratamento normalmente é feito com a combinação de psicoterapia e medicamentos que podem retardar a ejaculação. O objetivo do tratamento da ejaculação precoce é baixar o nível de ansiedade do homem e ensiná-lo a controlar a ejaculação.

Terapia sexual

A terapia sexual é a mais indicada para tratar a ejaculação precoce. A terapia visa reduzir os focos de ansiedade relacionados com as relações afetivas e sexuais, além de propor mudanças comportamentais na vida sexual do homem ou do casal.

Fazem parte da psicoterapia o uso de técnicas para diminuir a ansiedade e treinar o controle da ejaculação. Além disso, a terapia sexual irá estimular uma comunicação mais ampla entre o casal, melhorando a qualidade do relacionamento.

Medicamentos para tratar ejaculação precoce

Dentre os medicamentos mais usados para tratar a ejaculação precoce estão os antidepressivos, principalmente da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS). 

Um dos efeitos colaterais mais conhecidos dos antidepressivos é retardar o orgasmo. Portanto, trata-se de usar uma reação adversa do medicamento a favor de quem sofre de ejaculação precoce.

Outros medicamentos, como analgésicos e inibidores da fosfodiesterase, também podem ser usados para tratar a ejaculação precoce. 

O tratamento da ejaculação precoce requer muita paciência por parte do paciente. Ter uma parceira compreensiva pode ajudar muito em todo o processo.

O que é ejaculação precoce?

Ejaculação precoce é uma disfunção sexual masculina que caracteriza-se por uma ejaculação muito rápida, ou seja, insatisfatória para o homem ou para o casal. 

As principais causas de ejaculação precoce estão relacionadas com fatores psicológicos, principalmente a ansiedade.

Porém, há casos em que a disfunção é causada por fatores físicos, como prostatite, alterações hormonais, sensibilidade exacerbada da glande e problemas da tireoide.

Para maiores informações, consulte um médico urologista.

Queria saber se tenho fimose... O que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

No seu caso é importante ir ao médico para uma avaliação sobre a presença de fimose ou não, pois a pele pode estar aderida a glande. Além disso, com a exposição forçada da sua glande pode ter acontecido uma reação inflamatória no local, por isso não consegue mais expor o restante.

Em adultos a ocorrência de traumatismos, inflamações ou infeções, como as postites, podem levar a um processo de cicatrização que torna a pele mais espessa e a faz perder a elasticidade, contribuindo assim para o aparecimento da fimose ou complicações em quem já tem fimose.

É comum a presença de aderências bálano-prepuciais que ocorrem desde o nascimento e podem permanecer até a adolescência. A grande maioria dessas aderências se resolvem espontaneamente até os 17 anos. O início da atividade masturbatória e sexual costuma contribuir para o descolamento do prepúcio.

No entanto, cerca 1% dos jovens podem permanecer com esse tipo de fimose fisiológica. Nessa situação é necessário a avaliação por um médico para que seja decidido sobre a necessidade de uma abordagem cirúrgica.

Quais são os sinais de alarme da fimose em adultos?

Deve-se também estar atentos a alguns sinais de alarme que pode indicar possíveis complicações da fimose exigindo uma avaliação médica, esses sinais são: dores ou ardência, sangue na urina, dificuldade de urinar, jato urinário fraco, infecções urinarias frequentes. ereções dolorosas, e diminuição da sensibilidade sexual.

Procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial, se for confirmada a fimose será necessário o acompanhamento e tratamento por um médico urologista.

Existe cirurgia para quem tem hímen complacente?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há uma cirurgia específica para hímen complacente. O hímen complacente é definido como um hímen mais elástico, que permite a passagem do pênis durante a penetração e por isso demora mais tempo para se romper.

Não há propriamente uma indicação cirúrgica para hímens complacentes, mas algumas mulheres podem sentir dor ou desconforto durante o ato sexual. Se for o caso, procure um médico ginecologista para identificar o seu tipo de hímen e avaliar se existe ou não necessidade de fazer uma himenotomia.

A cirurgia, chamada himenotomia, consiste na abertura ou remoção da membrana e é indicada principalmente para quem tem hímen imperfurado, uma vez que a falta de abertura no hímen obstrui o fluxo menstrual.

Mesmo os outros tipos de hímen (cribiforme, septado, microperfurado) podem apresentar variações nas suas aberturas e obstruir parcialmente a menstruação, além de causar desconforto nas relações sexuais, na aplicação de cremes vaginais ou no uso de absorventes internos.

Nesses casos, a cirurgia também é indicada para remover a porção central da membrana.

Adolescentes com hímen imperfurado podem apresentar dor no baixo ventre ou nas costas, dificuldade para urinar e dor para defecar.

Leia também: Quais os sintomas do hímen imperfurado e como é o tratamento?

Quando a condição não causa sintomas, a himenotomia deve ser adiada até que a menina tenha o seu órgão genital mais bem desenvolvido.

Saiba mais em:

O que é hímen complacente?

Quem tem hímen complacente pode engravidar?

Como posso saber se tenho hímen complacente?

Quais são as causas da impotência sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas da impotência sexual podem ser diversas, desde origem psicológica como ansiedade ou estresse, ou orgânica, como doenças, cirurgias, tabagismo, depressão, abuso de álcool, uso de medicamentos, entre outras. Contudo, a maioria dos homens com disfunção erétil apresenta componentes psicológicos e orgânicos.

As causas mais comuns são:

  • Ansiedade, estresse
  • Diabetes
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
  • Depressão
  • Idade
  • Cirurgias (ressecção da próstata)
  • Uso de medicamentos, como algumas classes de antidepressivos
  • Doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, arritmia cardíaca, aterosclerose, doenças coronárias)
  • Doenças renais
  • Doenças neurológicas

Praticamente metade dos homens com diabetes e aproximadamente 40% dos que têm doenças cardiovasculares apresentam algum grau de disfunção erétil.

O diabetes, quando não controlado adequadamente, provoca um estreitamento dos vasos sanguíneos que diminui o fluxo sanguíneo do pênis, dificultando sua ereção.

Quanto à idade, sabe-se que cerca de 50% dos homens com mais de 40 anos podem ter algum grau de impotência. Já entre os jovens a principal causa de impotência sexual está relacionada com fatores psicológicos.

Outras condições que podem levar à dificuldade de ereção incluem a doença de Peyronie (pênis curavdo), alterações hormonais (queda do hormônio testosterona), hiperplasia benigna da próstata e tratamento do câncer de próstata.

O que caracteriza Impotência sexual?

A impotência sexual é definida pela dificuldade em obter ou manter uma ereção adequada para ter uma relação sexual satisfatória. Porém, é importante lembrar que nem todos os homens que têm problemas de ereção de vez em quando sofrem de disfunção erétil.

No entanto, se o problema for recorrente, então é necessário procurar um/a médico/a urologista para avaliação clínica, definição diagnóstica e tratamento adequado.

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